Alckmin diz que governo vai mobilizar base no Senado para acelerar aprovação do projeto de lei Combustível do Futuro

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), disse, hoje, que atenderá à solicitação do presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), para mobilizar a base do governo no Senado, de modo a buscar consenso em torno da aprovação rápida do projeto de lei Combustível do Futuro, proposto pelo governo, e que foi aprovado por 429 votos pela Câmara dos Deputados. Alceu fez o pedido ao abrir seminário organizado pela FPBio, em Brasília, voltado a avaliar e a debater os reflexos do setor de biodiesel na industrialização e no desenvolvimento do interior do país.

A mensagem do parlamentar da FPBio também foi direcionada a outros dois ministros presentes: Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Carlos Fávaro (Agricultura), além do representante do ministro Renan Filho (Transportes), Adrualdo Catão, secretário nacional de Trânsito, que, com os deputados Alceu Moreira e Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), compuseram a mesa de abertura do seminário “Construindo o Futuro – Biodiesel e Desenvolvimento Sustentável nos Municípios”, no Ministério dos Transportes.

Alceu disse que após as extensas discussões entre as partes interessadas no PL Combustível do Futuro, quando da tramitação na Câmara, “o projeto pode ser aprovado pelo Senado de forma rápida, sem alterações”. Eventuais aprimoramentos, disse, poderão ser feitos posteriormente. Alckmin comentou que “tem razão o nosso presidente da Frente (Alceu Moreira), vamos acelerar agora no Senado (a tramitação do projeto) e aprovar rapidamente, aliás, a Câmara está de parabéns, é um belíssimo projeto aprovado em tempo recorde. Agora é aprovar rapidamente no Senado, o presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) sancionar e trazermos investimentos para o Brasil e gerarmos emprego e renda”.

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O presidente Lula decidiu mudar o comando do Ministério das Mulheres. A ministra Cida Gonçalves será substituída por Márcia Lopes – ex-ministra do desenvolvimento no 2º mandato de Lula. A troca deve ser oficializada hoje ou, no mais tardar, na terça (6). O Planalto atribui a decisão à avaliação de que falta produtividade.

“Inércia e falta de protagonismo num ministério tão importante” são dois dos motivos para a mudança, segundo fonte do Planalto ouvida pelo blog da Andréia Sadi. Mas não é só isso. A troca também tem relação direta com a tentativa de Lula de recuperar o apoio do eleitorado feminino, mirando a eleição presidencial de 2026.

Uma pesquisa Quaest divulgada em 2 de abril apontou que, pela primeira vez, a desaprovação do governo Lula entre as mulheres superou a aprovação. A desaprovação oscilou seis pontos para cima, no limite da margem de erro, e chegou a 53% (eram 47% em janeiro). Já a aprovação caiu seis pontos e está em 43% (antes era 49%).

Outra fonte do Planalto afirmou que Lula já manifestava descontentamento com os resultados do ministério há algum tempo. “[Lula] avaliava que a pauta estava apenas direcionada ao combate à violência contra a mulher, o que é muito importante (e mesmo aí as ações eram insuficientes), mas que faltava cuidar de outras pautas, como a geração de renda, emprego, formação e capacitação”.

Dulino Sistema de ensino

Por Jorge Henrique Cartaxo* e Lenora Barbo**

Três naus, duas caravelas e um bergatim. Seiscentos militares e 300 funcionários para a construção das novas estruturas públicas. Um médico, os primeiros padres, dentre eles o jesuíta Manoel da Nóbrega, um farmacêutico, o ouvidor-mor – responsável pela Justiça –, nobres e serviçais em geral.

Foi essa a delegação que desembarcou na Baía de Todos os Santos, em 29 de março de 1549, sob o comando de Tomé de Souza, o primeiro governador-geral do Brasil, nomeado por Dom João III. Iniciava-se ali a construção de Salvador, primeira capital do Brasil colônia e o início do fim das capitanias hereditárias, inviáveis e desarticuladas. Coube ao arquiteto-militar Luiz Dias edificar a nova cidade, considerando seus aspectos administrativo, religioso e militar. Salvador nasce como representante da Coroa, com toda a autoridade administrativa e judicial para fazer valer o poder e os interesses da Corte portuguesa. Estavam ali as inspirações absolutistas com as capitais modernas em gestação: centralidade, símbolo e comando. Uma cidade portuária, numa posição militarmente estratégica entre o Nordeste e o Sudeste, com a função geopolítica de gerir, também, as atividades de exportação.

As motivações que levaram Lisboa a fundar a cidade de Salvador, não foram exatamente as mesmas que levaram a Coroa a transferir a capital da colônia para o Rio de Janeiro, em 1763. Mas a centralidade, o comando e a geopolítica, sim. Com o domínio holandês no Nordeste (1630 e 1654) o tráfego da colônia para Portugal era feito, exclusivamente, pelo porto do Rio de Janeiro. Essa rota foi reforçada e ampliada, com a expansão da exploração do ouro na província de Minas Gerais. A colônia de Sacramento, na fronteira sul, reforçava a importância militar do porto.

Ao chegar em Salvador, em 22 de janeiro de 1808, Dom Joao VI teria ficado encantado com a estrutura da cidade e a calorosa e grandiosa receptividade. Considerou a possibilidade de ali estabelecer a nova capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815). Prevaleceu, entretanto, os termos do próprio Decreto Real de 1807 que justificava a partida da Corte para o Brasil e definia o Rio de Janeiro como a cidade-sede da família real. Havia ainda a decisiva pressão do governo inglês que considerava a cidade do Rio de Janeiro estrategicamente mais adequada para as expectativas sul-americanas (Argentina e Uruguai) da Grã-Bretanha, em busca de mercados para as suas indústrias em crescimento acelerado. Destaca-se também o Tratado de Methuen de 1703 — que assegurava a proteção militar inglesa a Portugal — e a convenção de 8 de novembro de 1807, que formalizava a segurança militar e naval inglesa ao príncipe regente e sua corte, durante a travessia de Lisboa para o Brasil. A contrapartida seria a abertura dos portos brasileiros para a Inglaterra. Em 8 de março de 1808, Dom João VI desembarca no Rio de Janeiro — não exatamente contente com a salubridade e o clima úmido do lugar — e decidiu transformar o sítio urbano numa cidade adequada para ser a capital da Coroa portuguesa.

Por coincidência ou não, surge com o desconforto de Dom João VI o debate sobre a necessidade da conquista do interior do país e a transferência da capital. No Parlamento Imperial dos Reinos Unidos da Grã-Bretanha, William Pitt, entre 1807 e 1808, propõe uma reorganização territorial do Brasil; o conselheiro brasileiro Antônio Rodrigues Veloso, em 1810, oferece uma monografia ao príncipe regente em que defende uma reocupação com a edificação de vilas e cidades pelo interior do país; e o jornalista Hipólito José da Costa, exilado em Londres e dirigindo o já prestigioso Correio Braziliense, propõe o deslocamento da capital para o Planalto Central.

“No centro da referida península se formará, ou se edificará, uma cidade, denominada Nova Lisboa, para a Corte, e o assento do imperador: da Nova Lisboa se abrirão estradas reais, que a maneira de rios, conduzirão da Nova Lisboa para Porto Bello, Pará, Rio de Janeiro, Olinda, São Salvador….”, imaginou Willam Pitt, no seu famoso pronunciamento no Parlamento inglês, certamente atento a uma nova geopolítica adequada aos interesses do império inglês, já em expansão. “A capital do império se deve fixar em lugar são, ameno, aprazível e isento do confuso tropel de gentes, indistintamente acumuladas, e onde a educação pública ache seu verdadeiro assento, recebendo do soberano aquela proteção sem a qual não poderá jamais produzir os frutos que lhe são naturais. Deve-se pesar bem esta matéria, quando se trata dos meios de povoar uma ou mais províncias do Estado; porque é interessantíssima e a mais importante de todas… é preciso que a Corte não se fixe em algum ponto marítimo”, recomendou Rodrigues Veloso, dirigindo-se ao príncipe regente.

“… Se os cortezões que para ali foram de Lisboa tivessem assaz patriotismo e agradecimento pelo país que os acolheu, fariam um generoso sacrifício das comodidades, e tal qual luxo que podem gozar no Rio de Janeiro, e se iriam estabelecer em um país do interior, central, e imediato às cabeceiras dos grandes rios; edificariam ali uma nova cidade, começariam por abrir estradas que se dirigissem a todos os portos marítimos e removeriam os obstáculos naturais que têm diferentes rios navegáveis, e lançariam assim os fundamentos ao mais extenso, ligado, bem defendido e poderoso império que é possível que exista na superfície do globo, no estado atual das nações que o povoam”, propugnou Hipólito José da Costa, certamente o primeiro brasileiro dos brasileiros na construção do Brasil moderno.

*jornalista e diretor de Relações Institucionais do IHG-DF

**arquiteta e diretora do Centro de Documentação do IHG-DF

Petrolina - O melhor São João do Brasil

EXCLUSIVO

A governadora Raquel Lyra (PSD) aproveitou o feriadão do Dia do Trabalhador para formalizar contrato sem licitação com a Associação do Nordeste de Distribuidores e Editoras de Livros (ANDELIVROS), para realizar o “Projeto CLIPE – Circuito Literário de Pernambuco 2025, através da realização de quatro feiras em Recife, Caruaru, Serra Talhada e Petrolina”.

O projeto é o mesmo que, ano passado, foi denunciado pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa e alvo de auditoria especial do TCE. Desta vez, em 2025, Raquel quer transferir R$ 3.131.400,00 para a ANDELIVROS. A contratação sem licitação está sendo feita por um Termo de Fomento, assinado pelo secretário Gilson Monteiro, da pasta da Educação.

Em 2024, Raquel Lyra também contratou sem licitação a mesma ANDELIVROS, para fazer o mesmo projeto. O Governo foi denunciado pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa no TCE. O TCE expediu uma medida cautelar, em 29 de maio de 2024, suspendendo os pagamentos milionários para a ANDELIVROS, que foi contratada sem licitação para o projeto em 2024. O pedido de cautelar partiu da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa.

No entanto, como o blog revelou na época, a gestão Raquel já tinha pagado adiantado para a entidade o valor de R$ 2.500.000,00 com ordem bancária depositada em 21 de maio de 2024. O dinheiro foi liberado para a ANDELIVROS antes mesmo do “Projeto CLIPE” ter sido concluído, pois só acabou no Recife em 3 de junho de 2024. A contratação de 2024 ainda está sendo investigada pelo TCE na auditoria especial 24100699-5, que tem como relator o conselheiro Ranilson Ramos.

A relação entre Raquel Lyra e a ANDELIVROS é antiga. A entidade privada também foi contratada várias vezes, sempre sem licitação, pela gestão de Raquel Lyra quando prefeita de Caruaru. Segundo o site do TCE TomeConta, entre 2017 e 2022, exatamente os anos de gestão municipal de Raquel, foram 10 empenhos da Prefeitura de Caruaru com a ANDELIVROS, sempre por inexigibilidade de licitação, como feito agora com o Governo do Estado. Na Prefeitura de Caruaru, durante a gestão Raquel, a ANDELIVROS recebeu mais de R$ 6 milhões.

Ipojuca - No Grau 2025

Patrícia Raposo – Folha de Pernambuco

A pernambucana Dix Aeroportos, subsidiária do Grupo Agemar, está expandindo sua presença no setor aeroportuário brasileiro com um investimento total de R$ 230 milhões. As iniciativas vão da retomada emergencial da gestão em terminais turísticos do Ceará até obras de modernização em polos estratégicos da Região Norte e em Fernando de Noronha.

Desde quarta-feira (30), a Dix Aeroportos voltou a controlar os aeroportos cearenses de Jericoacoara e de Aracati – que atende Canoa Quebrada –, em regime de administração emergencial. A empresa já havia gerido esses equipamentos, mas, ao fim do contrato anterior, a Superintendência de Obras Públicas do Ceará (SOP) optou por firmar novo acordo com a Infraero. Com o distrato, a SOP busca aprimorar a eficiência operacional e ampliar a conectividade aérea desses destinos.

A gestão emergencial vigora enquanto o governo prepara a licitação definitiva, prevista para ocorrer em até um ano. O CEO da Agemar, Manoel Ferreira, assegura que a empresa irá participar do futuro certame.

A concessão emergencial foi oficializada pelo Governo do Ceará, com publicação no Diário Oficial do Estado em 15 de abril, por dispensa de licitação via SOP, e abrange serviços no valor de R$ 12.178.576,32.

Paralelamente, a empresa avança em projetos mais robustos na Região Norte. Em agosto de 2022, a Dix Aeroportos arrematou o Bloco Norte II – formado pelos aeroportos do Pará e do Amapá – por R$ 125 milhões, num ágio de 119,78%, em leilão promovido pelo governo federal.

Em Belém, a companhia investe quase R$ 150 milhões na modernização e ampliação do terminal, com entrega prevista para agosto, a fim de atender ao público da COP30. O escopo inclui reestruturação de áreas de check-in, expansão de lojas e desenvolvimento de espaços comerciais, incluindo um hotel em parceria com um grupo empresarial do Pará.

Margem Equatorial

Outro projeto estratégico é o aeroporto de Macapá. Com aporte estimado entre R$ 35 milhões e R$ 40 milhões, as obras englobam melhorias na pista e ampliação dos espaços internos de embarque e check-in. Segundo Manoel Ferreira, o fluxo de passageiros deve ser impulsionado pela exploração da Margem Equatorial, nova fronteira petrolífera da Petrobras.

Fernando de Noronha

Em Fernando de Noronha, a Agemar iniciou a modernização do terminal de passageiros, ampliando-o de 1.300 m² para 3.000 m², com conclusão prevista para dezembro de 2026 e investimento de até R$ 40 milhões. “O aeroporto atende cerca de 330 mil passageiros por ano, mas a expansão busca oferecer mais conforto, já que o crescimento é limitado pelas restrições ambientais da ilha”, afirmou o empresário.

Caruaru - São João na Roça

Na tarde de ontem, o prefeito de São José do Egito, Fredson Brito, acompanhado da sua esposa Dra. Lúcia Brito, e o vereador Vicente de Vevéi estiveram no gabinete do deputado federal Túlio Gadelha, no Recife. A visita teve como principal pauta a consolidação de uma conquista para a saúde pública do município: a garantia de um microônibus para o Transporte Fora de Domicílio (TFD) dos pacientes da hemodiálise.

A conquista é fruto da participação de um projeto de autoria do vereador no edital Emendas Participativas, promovido pelo gabinete de Túlio. Na ocasião, o prefeito celebrou a conquista e destacou a importância do apoio parlamentar. “A política feita com participação popular tem força e gera resultados. Esse ônibus vai garantir mais dignidade e conforto para os nossos pacientes da hemodiálise. Somos muito gratos ao deputado Túlio Gadelha por olhar com carinho para nossa terra”, afirmou Fredson.

Camaragibe - Cidade trabalho 100 dias

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – A mundiça da seita vermelha hoje proclama: anistia, never jamais, em relação à mulher do batom atômico aos depredadores do 8 de janeiro. Dizem que o batom atômico tinha uma potência de 15 megaton, mais que a bomba de Hiroshima, capaz de desestabilizar as instituições democráticas de Pindorama.

Fizeram uma coleta de 8 bilhões de denários na algibeira dos aposentados e pensionistas. A explosão, igual aos mísseis de Israel na Faixa de Gaza, aconteceu debaixo das barbas dos cardeais de Brasília (BSB tem mais cardeais que no Estado do Vaticano), mas os piedosos prelados disseram que eram apenas fogos de artifício em homenagem a São João dos carneirinhos. O monarca do Pastoril encarnado disse que se houve estragos a culpa era de Bolsonaro.

Nos anos 1990 a advogada Jorgina Freitas tornou-se figura lendária do reino da corrupção por fraudar o INSS em 310 milhões de dólares. Foi condenada a 14 anos de cadeia, não por usar batom na arte do roubo. Fugiu da cadeia e depois foi recapturada. Conquistou o direito do regime semiaberto por bom comportamento atrás das grades. Jorgina deixou um importante legado sobre corrupção nesta terra. A arte de roubar evoluiu bastante até os dias de hoje. Agora é questão de status.

Em sendo o escândalo da Previdência Social o novo Petrolão do Lunário número 3, espera-se que os devotos da seita vermelha façam campanha em favor da anistia aos golpistas do INSS. Sejam coerentes, bichos.

Criminalistas dizem que não existe o crime perfeito. Bobagem. O crime mais que perfeito é um produto a cada dia mais aperfeiçoado nesta Terra de Vera Cruz, a terra da verdadeira cruz. Também existe o milagre do crime sem autor. Nos idos de 2014 um dos expoentes da mega roubalheira na Petrobras profetizou que num futuro breve as histórias do Petrolão seriam consideradas piadas de salão. Acertou. Todos os expoentes daquela epopeia de corrução foram descondenados, até um descendente de Pedrálvares Cabral na Baia da Guanabara. Diz a sentença da bandidagem: “Se não está nos autos, não está no mundo”.

Num primeiro momento, as autoridades dizem com veemência que o caso será apurado com todo rigor, custe o que custar e doa em quem doer. Faz parte do enrolation. O indivíduo sangra, mata, esfola e confessa o crime com todos os detalhes, mas é sempre chamado de suspeito, para não ferir os seus brios. Se alguém tiver a ousadia de contestá-lo, mesmo que seja da família da vítima, será preso em primeira instância e processado por danos morais, com direito a indenização.

De grão em grão, até ser esquecido pela opinião pública, o crime será consumado sem autor, feito filho sem pai e mãe. Com amparo na legislação, a indústria da impunidade opera com muita eficiência. Aguardem este novo capítulo do mega assalto aos velhinhos e velhinhas da Previdência Social. Eu já coloquei as barbatanas de molho.

*Periodista, escritor e quase poeta

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

No podcast, Humberto foca eleição do PT

Caiu no colo do senador Humberto Costa (PT) a dura, árdua e problemática missão de coordenar o Processo de Eleição Direta (PED) do Partido dos Trabalhadores. Fez de tudo para unificar a sucessão de Gleisi Hoffmann — e dele por extensão, na condição de presidente de mandato tampão da executiva nacional — mas Edinho Silva, o preferido de Lula, não tem a liga necessária da unidade.

A eleição está marcada para 6 de julho. O segundo turno, se necessário, será em 20 de julho. O PT prevê a realização de ao menos dez debates entre os cinco candidatos Edinho Silva (CNB – Construindo um Novo Brasil), Valter Pomar (Articulação de Esquerda), Romênio Pereira (Movimento PT), Rui Falcão (Novo Rumo) e Washington Quaquá (CNB dissidente).

Amanhã, Humberto estará no meu podcast “Direto de Brasília”, em parceria com a Folha de Pernambuco, tratando da sua sucessão e das eleições nos Estados. Além da direção nacional, o PT renova os comandos estaduais e municipais. Após 12 anos, a sigla decidiu retomar o modelo de eleições diretas para as instâncias partidárias.

Nas duas últimas eleições — em 2017 e 2019 — a deputada Gleisi Hoffmann foi eleita e reeleita presidente do PT, com apoio de Lula, em votação híbrida. Representante da corrente “Construindo um Novo Brasil (CNB)”, Edinho Silva é ex-prefeito de Araraquara (SP) e ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Dilma Rousseff. É o candidato preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A CNB, porém, enfrenta um racha interno entre seus filiados. Segundo fontes, Lula teria sinalizado que apoia Edinho em uma das principais causas da crise interna: a distribuição de cargos na nova direção partidária. De acordo com relatos de interlocutores, o chefe do Executivo teria concordado que o futuro presidente do PT deve ter autonomia para indicar nomes da sua confiança para determinadas funções na direção partidária.

A tesouraria do PT é tida como o grande pano de fundo da crise que tomou a eleição interna. É ali que se faz a gestão do fundo eleitoral e do fundo partidário, o que confere ao ocupante da vaga um enorme poder de influenciar a gestão da sigla. “A próxima gestão do PT, com toda certeza, será uma gestão de continuidade para fazer com que o partido possa continuar avançando da mesma forma que avançou durante esse período anterior”, disse Humberto, numa recente entrevista.

DIVISÃO NO RECIFE – No Recife, cinco candidatos se inscreveram para disputar a presidência do diretório municipal. A surpresa ficou por conta da vereadora Kari Santos, que retirou o apoio à candidatura do professor Pedro Alcântara, indicado pelo deputado estadual João Paulo. Os dois defenderam sua eleição no ano passado, para o primeiro mandato. “Não posso condicionar os rumos do PT apenas aos apoios eleitorais que eu tive, assim como não vou contrariar a decisão coletiva tomada por minha corrente no Estado. Apresentamos o nome de Pedro, mas infelizmente ele não ganhou a adesão dos nossos companheiros da CNB”, argumentou.

Reorganização partidária – Entrevistado no meu podcast em parceria com a Folha, terça-feira passada, o ex-presidente do PT e candidato mais uma vez ao comando do partido, Rui Falcão, propôs uma reorganização da estrutura partidária, com núcleos ativos do PT em bairros nas cidades. “Precisamos aprender com as igrejas evangélicas em termos de capilaridade e presença cotidiana. Precisamos de um PT que esteja presente nas lutas diárias do povo, que ouça e mobilize, que seja a ponte para um outro modo de viver”, disse. Se for eleito, ele também planeja criar um grupo de trabalho com visão estratégica, que pense sobre o futuro do País.

Bolsonaro joga pesado – Por falar em PT, o ex-presidente Jair Bolsonaro criticou o partido adversário por não apoiar dois projetos no Congresso em publicação nas redes. Afirmou que o partido “sempre está do lado do mal” ao se referir à ausência de assinaturas de petistas no pedido de CPI para investigar fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e no requerimento de urgência para o projeto de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Bolsonaro também publicou uma foto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segurando a bandeira do partido. A imagem diz que os integrantes do PT são “protetores de criminosos”.

De volta ao poder – A Justiça autorizou que o prefeito de Pesqueira, Cacique Marcos Xukuru (Republicanos), e dois vereadores, réus por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, retornassem aos cargos no último sábado. O grupo é acusado de direcionar licitações e causar prejuízo de mais de R$ 15,7 milhões ao município. Marquinhos, como é mais conhecido, e os vereadores Sil Xukuru (PT) e Pastinha Xukuru (PP) haviam sido suspensos temporariamente de suas funções pelo período de 30 dias, após a Operação Pactum Amicis, da Polícia Civil, deflagrada no início do mês passado.

Chamado na fila de embarque – O ex-deputado Wolney Queiroz já estava na fila de embarque, em Brasília, na última quarta-feira, para passar o feriadão em Pernambuco, quando recebeu um telefonema do presidente Lula (PT) aconselhando-o a ficar de sobreaviso diante da situação insustentável do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, que se consolidou na sexta-feira. Ficou com o pressentimento de que iria substituir Lupi. E com razão: desde a formação do seu primeiro escalão, em janeiro de 2023, Lula já queria Wolney comandando a pasta reservada ao PDT, mas Lupi botou o olho grande, bateu o pé e se escalou. Deu no que deu! Aliás, quase teve direito a música no Fantástico: é a segunda queda em um governo petista por corrupção (o primeiro foi no de Dilma).

CURTAS

SEM SURPRESA – Para mim, não foi surpresa a vitória de Marcílio, ontem, nas eleições para prefeito de Goiana. Há dez dias, tive acesso a uma pesquisa interna na qual ele estava com 17 pontos de vantagem em relação ao atual prefeito, que encerra o seu mandato tampão e volta para Câmara de Vereadores.

PADRINHO FORTE – Marcílio teve um padrinho forte: o ex-prefeito Eduardo Honório, que encerrou sua gestão com mais de 80% de aprovação. Honório, aliás, foi reeleito, mas a justiça entendeu que ele não teria mais direito a nova disputa, anulando o resultado do pleito e marcando a eleição suplementar de ontem.

ATREVIDO – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta do Hospital DF Star, em Brasília, na manhã de ontem, por volta das 11h, após 22 dias de internação por conta de uma nova cirurgia para corrigir uma obstrução intestinal. E já quer participar do ato pela anistia na próxima quarta-feira, em Brasília. Loucura!

Perguntar não ofende: Quando os caciques da fusão do PSDB ao Podemos vão anunciar o dono do novo partido em Pernambuco?

Toritama - FJT 2025

A assistente social Márcia Lopes, ex-titular da pasta do Desenvolvimento Social, confirmou neste domingo (5) que aceitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o comando do Ministério das Mulheres. Segundo ela, a posse está marcada para a tarde desta segunda-feira (6), em Brasília. “Ele me convidou para assumir o Ministério das Mulheres e eu aceitei. Amanhã à tarde eu devo assinar o termo de posse. Estou indo pra Brasília logo cedo”, disse Márcia, que vive em Londrina (PR).

A nova ministra substituirá Cida Gonçalves, cuja saída já era esperada desde o início do ano. Filiadas ao PT, Cida e Márcia mantiveram diálogo sobre a transição da pasta. Na última sexta-feira (3), a ministra se reuniu rapidamente com Lula no Palácio do Planalto, encontro que, segundo sua assessoria, tratou de ações como a implementação da lei de igualdade salarial. Márcia Lopes é irmã de Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula e atual secretário nacional de Economia Solidária. Ela já integrou o governo no segundo mandato do petista, tendo comandado o Ministério do Desenvolvimento Social em 2010. As informações são do jornal O Globo.

A troca no Ministério das Mulheres integra o processo de reforma ministerial conduzido por Lula de forma gradual ao longo do ano. Além dessa mudança, há expectativa de alteração na Secretaria-Geral da Presidência, hoje ocupada por Márcio Macêdo, e da ampliação do espaço do PSD na Esplanada. A bancada do partido pressiona o Planalto por um ministério de maior relevância, insatisfeita com o comando do Ministério da Pesca, entregue a André de Paula.

Desde janeiro, Lula já promoveu trocas em seis pastas: Secom, Saúde, Relações Institucionais, Comunicações, Previdência e agora Mulheres. A mais recente mudança, antes de Márcia Lopes, ocorreu na Previdência, após a saída de Carlos Lupi, do PDT, envolvido em investigações sobre descontos indevidos em aposentadorias. O também pedetista Wolney Queiroz assumiu o lugar. A recomposição da Esplanada é vista como tentativa do presidente de realinhar forças no Congresso e garantir governabilidade.

Palmares - Pavimentação Zona Rural

Do jornal O Globo

O deputado Rogério Correia (PT-MG) encaminhou à Mesa Diretora da Câmara, hoje, um pedido para uma ação de busca e apreensão no gabinete do também deputado Delegado Caveira (PL-PA), depois que ele exibiu duas armas em seu gabinete nesta semana. Na ocasião, o parlamentar posou segurando uma pistola calibre .40 ao lado do vereador bolsonarista Zezinho Lima (PL-PA), que segurava um fuzil de 5.56 mm.

Caveira, que se apresenta como policial civil licenciado, é um dos autores do projeto que proíbe o uso de armamentos por agentes que integram a segurança presidencial e de ministros de Estado. O episódio em seu gabinete, no entanto, foi denunciado por Correia como uma violação do regimento interno da Casa.

“O ingresso de armas nas dependências da Câmara, especialmente armas de guerra, está condicionado ao acautelamento prévio das armas junto ao Departamento de Polícia Legislativa, nos termos do artigo 2º do Ato da Mesa nº 103/2019, tampouco há notícia de autorização excepcional concedida pela autoridade competente”, diz o documento apresentado pelo parlamentar petista.

Além da publicação nas redes, Correia também afirmou que as armas foram “ostensivamente exibidas a assessores e visitantes, sem qualquer registro prévio ou autorização formal da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados”. Ainda de acordo com o deputado, o porte de armas de fogo de uso restrito nas dependências do Congresso “além de violar as normas de segurança da Casa, configura afronta à Mesa e todos os Deputados, sendo incompatível com o regular funcionamento da Casa Legislativa sob a égide do Estado Democrático de Direito”.

A representação solicitou, além da busca e apreensão no gabinete do Delegado Caveira imediata, a comunicação do fato à Corregedoria Parlamentar, a análise da infração administrativa ou disciplinar no Conselho de Ética da Casa e a apuração, em caso de crime, com o envio de cópias para a PGR.

Ao GLOBO, Rogério Correia afirmou que a atitude gera um clima de insegurança na Casa, acirrado pelas disputas internas e pela polarização.

— A entrada com esse procedimento tem como objetivo fazer cumprir o regimento interno. Não se pode andar armado lá, mas, pelo que nós estamos vendo, não tem nada detectando se o deputado está entrando armado ou não. Ele não poderia fazer isso. O clima na Câmara de Deputados hoje é muito acirrado, então eles fazem ofensas e ameaças. Eles são policiais treinados, com uso de arma e agindo livremente na Câmara desse jeito. É um risco para todos, tem que ser tomada atitude urgente contra essa tal bancada da bala bolsonarista e, no meu entendimento, de ideologia neofascista — disse o Correia.

Procurado, Delegado Caveira não se manifestou até a última atualização desta matéria. O espaço segue em aberto.

O deputado estadual Mário Ricardo celebrou com entusiasmo a vitória de Marcílio Régio e Lícia no pleito suplementar realizado neste domingo (4) em Goiana. Presente em diversos momentos da campanha, o parlamentar destacou que a eleição da chapa é a confirmação do desejo da população de seguir em frente com o trabalho iniciado pelo prefeito Eduardo Honório.

“Goiana reconheceu quem verdadeiramente tem compromisso com o povo. Marcílio e Lícia representam a continuidade de um projeto que tem feito a diferença na vida das pessoas. Fico feliz e agradecido por ter caminhado ao lado deles nessa jornada. Agora é hora de unir forças por uma cidade ainda mais forte e cuidada”, afirmou Mário.

A presença do deputado ao longo da campanha foi constante, participando de caminhadas, encontros e atos públicos, reforçando o apoio político e institucional à chapa eleita.

Por Larissa Rodrigues
Enviada especial a Goiana

Na primeira entrevista que concedeu, logo após estar matematicamente eleito, o novo prefeito de Goiana, Marcilio Regio (PP), afirmou que vai dar continuidade ao trabalho do ex-prefeito Eduardo Honório (União Brasil). Ele saudou os eleitores reforçando sua gratidão.

“Agradecer à população de Goiana, gratidão. Agradecer aos amigos que me ajudaram, à população em geral. E pode ficar certo de que este aqui não vai decepcionar Goiana, não” declarou Regio.

Questionado qual a prioridade da gestão, o prefeito respondeu: “assumir para continuar o trabalho de Honório”. “Essa vitória representa para a gente um sonho, para o cidadão goianense, um sonho de trabalhar pelo povo. O povo pode esperar muito trabalho, muito trabalho”, acrescentou.

O ex-prefeito Eduardo Honório foi eleito em outubro de 2024 com quase 80% dos votos, mas foi impedido pela Justiça Eleitoral de exercer o terceiro mandato consecutivo. Ele decidiu apoiar Marcilio Regio, que derrotou Eduardo Batista (Avante), neste domingo (4), com mais de quatro mil votos à frente.

Do Jornal do Commercio

Um incêndio atingiu a fábrica da Mondelez, que fica às margens da BR-232, em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata de Pernambuco. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a ocorrência foi registrada por volta das 15h de hoje e contou com a atuação de quatro viaturas da corporação.

Além dos bombeiros militares, a brigada de incêndio da fábrica também atuou na extinção do fogo. O Corpo de Bombeiros informou que não houve vítimas, e a ocorrência foi finalizada por volta das 18h.

Em vídeos publicados nas redes sociais, é possível ver as chamas e uma fumaça preta saindo de dentro da fábrica. Até a publicação desta matéria, não havia informações sobre as causas do incêndio.

Sobre a Mondelez

A Mondelez Brasil é dona de marcas como Lacta, Bis, Oreo, Club Social, Tang, Halls, entre outras. A fábrica localizada em Vitória de Santo Antão, que fabrica biscoitos e chocolates, já foi eleita pela Mondelez Internacional como a melhor planta da companhia na América Latina.