Não bastassem essas inflexões que pioram a vida humana, dos EUA ainda vêm clamores para que o novo Papa seja um conservador. Clérigos da Igreja Católica americana plantam nomes de “favoritos” à sucessão de Francisco. Para eles o novo Papa deveria fortalecer dogmas que têm afastado a Igreja dos desfavorecidos e discriminados. Querem o retorno de um estilo Beneditino de mais “substância na governança” da Igreja (Washington  Post, 1º/5/25). Nomes como os dos cardinais Raymond Burke, bispo de Wisconsin, Robert Sarah, de Guiné, Peter Turkson, de Gana e Peter Erdo, da Hungria, parecem ter chances nos círculos católicos da ultradireita americana.

Mesmo com as excentricidades de suas ortodoxias. A volta da missa em Latin com o padre de costas para o público. A remoção da abertura para a comunidade LGBTQ+ e para os divorciados. A reação à maior participação das mulheres na Igreja. O combate ao que seria uma “obsessão pela política”. Aspirações retrógradas que parecem condenadas às franjas do Conclave. Agitadas pelos que apenas tentam intimidar os reformistas. Ainda bem que esssa não parece ser a tendência de um conclave que tem 80% dos cardeais nomeados pelo Papa Francisco. Que, a partir de sua força moral, soube combinar a modernização com a preservação da tradição.

Nos assuntos terrenos, felizmmente, o mundo parece estar se reposicionando diante da ascensão da política supremacista de Trump. Ao seu sonho de imposição unilateral do poder americano, outros países e regiões estão sabendo se rearticular. Econômica, financeira e politicamente. Outros percebem os benefícios do livre comércio, da ciência e do multilateralismo. Algo essencial. Pelo menos até que o próprio povo americano saia do seu torpor e volte a ser parte da comunidade global. Algo que pode estar em curso, como atestam algumas do poder judiáiro e e de universidades como Harvard. E mobilizações populares como as registradas em mais de mil eventos no dia 05/4/25. As últimas pesquisas apontam que apenas 42% aprovam o desempenho de Trump. Contra 53% que desaprovam. Sua gestão econômica é ainda mais reprovada (56% a 36%).

Parecem em baixa tantos os desvarios dos católicos ultraconservadores como os daquele que já se vai encaminhando para ser o pior presidente da história dos EUA. Que esse fiasco de lá estimule reflexões por aqui. Daqui a um ano e meio estaremos elegendo um novo governo. Não podemos nos esquecer daquelas fotos de governadores de ultradireita que pousaram com boné do “Make America Great Again”. Saudosos seguidores do notório “Bob Fields”, que preconizava ser bom para o Brasil tudo que fosse bom para os EUA.

*Advogado formado pela FDR da UFPE, professor de Direito Constitucional da Unicap, PhD pela Universidade Oxford

De volta ao Recife, ampliou sua presença no meio jornalístico, contribuindo com publicações importantes e fortalecendo seu impacto no cenário midiático. O grande marco de sua carreira foi o pioneirismo no jornalismo digital, ao fundar o primeiro blog político do Nordeste, o Blog do Magno, que rapidamente se tornou o mais lido da região.

Sua abordagem dinâmica e compromisso com a informação consolidaram sua relevância e influência, acompanhando de perto as transformações do jornalismo e conquistando um público fiel.

Além de sua expertise no jornalismo político, Magno Martins é um escritor talentoso, com várias obras publicadas, demonstrando sua versatilidade e profundo conhecimento sobre o País. A trajetória vitoriosa não apenas reflete sua paixão pela comunicação, mas também evidencia o poder da inovação na mídia contemporânea.

Tanto que, há pouco, fez outra revolução, desta feita no plano nacional, ao pilotar seu podcast Direto de Brasília, em parceria com a Folha de Pernambuco, o qual não perco uma só edição. Nele, Magno mostra seu grande e influente trânsito em Brasília, entrevistando grandes nomes e personalidades da política nacional.

Tenho muito orgulho de ser amigo, contemporâneo e conterrâneo de Magno Martins, verdadeiro pajeuzeiro que deixa sua marca no País.

*Administrador, contador e professor universitário