Antonio Magalhães*
O Brasil virou uma grande Itaguaí (RJ), cidade interiorana do conto “O Alienista” de Machado de Assis (1839-1908). De volta à sua cidade natal, o Dr. Simão Bacamarte começou a aplicar seus conhecimentos de psiquiatria para enxergar loucura nos habitantes itaguaienses. Construiu um manicômio e começou a fazer internações depois de diagnósticos monocráticos.
A situação chegou a tal ponto que deixou a população alarmada. Os critérios para a reclusão dos supostos loucos eram econômicos e principalmente políticos, a ponto de provocar a revolta das autoridades constituídas. As reações foram inócuas e crescia o número de internados por loucura ou dissidência.
Leia maisQuando 75% da população de Itaguaí estava internada, o alienista percebeu que sua teoria estava errada e libertou todos os internos com a intenção de refazer sua teoria sobre a loucura.
Refez sua tese e novamente deu errado. O Dr. Simão Bacamarte constatou que a maioria apresentava desvios de personalidade e não seguia um padrão, então o louco era quem mantinha regularidade nas ações e possuía firmeza de caráter como ele. Como ninguém tinha uma personalidade perfeita, exceto ele próprio, o alienista concluiu ser o único anormal e decidiu se trancar sozinho no manicômio para o resto de sua vida.
Investidas inconstitucionais
O conto de Machado de Assis é a alegoria perfeita com o que se passa com o ministro do STF Alexandre de Moraes – que se diz leitor do escritor – nas suas investidas inconstitucionais contra o ex-presidente Bolsonaro e seus apoiadores, sejam políticos, intelectuais, jornalistas ou militantes da direita.
Como o Dr. Simão Bacamarte, ele não descansa enquanto não enquadrar os simpatizantes do ex-presidente. Seja por prisão ou cassação de mandatos. No “manicômio” de Moraes sempre cabe mais um bolsonarista ou direitista.
Muita gente se pergunta por que esta obsessão em massacrar tudo e todos ligados ao ex-presidente que já teve reação até no Exterior? Não se tem resposta clara a isto. Mas especula-se que por trás estão grandes interesses financeiros da China. Outros acham que o comportamento do ministro é um desvio psicológico. Moraes está com a “síndrome de stalker”, doença do perseguidor obsessivo.
Que poderia ser definido, segundo psiquiatras, como “um comportamento anômalo e extravagante, causado por vários distúrbios psicológicos (narcisismo patológico, pensamentos obsessivos etc), nutridos por mecanismos inconscientes como raiva, agressividade, solidão e inaptidão social, podendo ser classificado como patologia do apego”.
Tendência do perseguidor
O que se sabe é que existe a tendência do perseguidor de ter transtorno de personalidade como antissocial e borderline. E também com comportamento específico de acordo com a situação, como agressividade, necessidade de controle e de vingança, obsessão e medo de abandono.
Se esse é o diagnóstico médico, o olhar político revela ainda que o portador da “síndrome de stalker” é um provocador de reações impensáveis para os brasileiros e estrangeiros, gerando uma situação muito grave para o País, juntamente com uma imprensa hostil ao ex-presidente Bolsonaro e a uma esquerda ressentida, que voltou ao poder para se vingar e atacar os cofres públicos.
Para o mero perseguidor de pessoas existe hoje a lei 14.132/2021 que pune stalkers ousados com pena de reclusão de até dois anos. Mas para esse tipo de pessoa com toga poderosa, a lei acima é fichinha. Apenas o Senado pode dar um jeito na catástrofe que nos consome.
A liderança covarde da Casa Alta, no entanto, prefere ficar longe dessa questão. Sendo coresponsável, portanto, pelo circo em chamas que já queima todos os brasileiros.
Portanto, a sugestão ao stalker togado, diante dos equívocos da sua tese, é que ele se tranque no “manicômio do Dr. Simão Bacamarte” para o resto da vida. A Nação ia agradecer. É isso.
*Jornalista
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