Nobel da Paz toma posse em governo temporário de Bangladesh

O economista Nobel da Paz Muhammad Yunus foi empossado como chefe do governo interino de Bangladesh no início da tarde de hoje, três dias depois de a primeira-ministra Sheikh Hasina ser forçada a renunciar e fugir do país após protestos violentos.

“Defenderei, apoiarei e protegerei a Constituição”, afirmou Yunis na cerimônia de posse em Daca, a capital do país asiático, acrescentando que desempenharia suas funções “com sinceridade”. Ele disse ainda espera ajudar a curar o país “convulsionado por semanas de violência”.

Ele chegou a Bangladesh, de Paris, horas antes de tomar posse. Assumir temporariamente o posto foi um pedido dos manifestantes que apoiaram seu nome para conduzir o país à escolha democrática de um novo chefe de governo. Ele afirmou que espera ter “eleições livres e justas” nos próximos meses.

Os líderes estudantis Nahid Islam e Asif Mahmud, que estiveram à frente das manifestações desde julho, farão parte do novo governo interino, informou o jornal Prothom Alo.

Para o economista de 84 anos, os manifestantes salvaram o país. “Qualquer caminho que nossos estudantes nos mostrem seguiremos adiante.”

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, congratulou o vizinho e disse ter esperança de um retorno antecipado à normalidade em Bangladesh, segurança e proteção dos hindus de de todas as outras comunidades minoritárias.

Da Folha de São Paulo.

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O deputado federal Rui Falcão, candidato à presidência nacional do PT, afirmou, em entrevista exclusiva ao meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o Direto de Brasília, que mantém uma relação antiga com Edinho Silva, nome apoiado por Lula na disputa interna do partido, mas que tem divergências políticas com ele.

Segundo Falcão, as incompatibilidades se intensificaram após a campanha de 2022, quando Edinho defendeu que Lula aparecesse ao lado de Jair Bolsonaro para simbolizar uma transição pacífica. “Aquilo foi um erro de avaliação de conjuntura. Os caminhões já estavam fechando estrada e o punhal verde e amarelo já estava sendo empunhado”, disse o parlamentar, ao relembrar o clima de tensão pós-eleitoral. Para ele, a proposta desconsiderava o ambiente de radicalização da extrema-direita no país.

Falcão também criticou a tese de que é preciso pôr fim à polarização política. “A polarização não é uma escolha. Ela está dada entre a extrema-direita no mundo e no Brasil”, afirmou. O deputado rejeitou a ideia de que o combate ao fascismo e ao autoritarismo possa ser feito por meio de gestos conciliatórios. “Não foi com flores que os fascistas se encolheram”, concluiu. Assista:

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Em entrevista ao meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o Direto de Brasília, o deputado federal Rui Falcão, candidato à presidência nacional do PT, afirmou que o partido precisa voltar a se estruturar nos territórios e deixar de ser uma legenda visível apenas nos períodos eleitorais. Segundo ele, esse distanciamento da base foi determinante para os insucessos em disputas estaduais. “Esse negócio de ser partido só nos anos pares é que nos levou a esses insucessos”, destacou.

Falcão defendeu que o PT adote uma estratégia permanente de atuação, com foco em formação política, comunicação e organização — pilares que, segundo ele, garantem mobilização e sustentação das lutas sociais. “O PT nunca ganhou eleição na paralisia, na motorra, no tempo bom. Nós sempre crescemos fazendo luta social”, afirmou, ao lembrar que o partido chegou a eleger 682 prefeitos em 2012, número que caiu nos últimos anos.

Durante a entrevista, o parlamentar reforçou que, além de ampliar a bancada de deputados e senadores, o partido precisa liderar uma reforma no sistema político-eleitoral. Entre as propostas que defende, estão a adoção de listas partidárias, a definição clara de programas e a regulação das plataformas digitais. “Precisamos de programas que dialoguem mais com a população e menos com as contingências das alianças contra as quais o PT nunca se votou”, concluiu.

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O prefeito de Paranatama, Henrique Gois, anunciou sua filiação ao PSD, legenda da governadora Raquel Lyra, reforçando o avanço do partido no interior de Pernambuco. A adesão consolida o movimento de aproximação de gestores municipais ao projeto político liderado pela chefe do Executivo estadual, que tem buscado ampliar sua base de apoio com foco nas eleições de 2026.

Ao comentar a filiação, Raquel Lyra afirmou que o gesto simboliza o compromisso com um novo ciclo de desenvolvimento no estado. “Henrique tem feito um trabalho sério em Paranatama, e sua chegada fortalece ainda mais a nossa base no interior”, declarou. O vice-presidente estadual do PSD, André Teixeira Filho, também celebrou o ingresso do prefeito, destacando o crescimento da sigla e seu alinhamento com pautas municipalistas.

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A prefeita de Serra Talhada e secretária da Mulher da Amupe, Márcia Conrado, moderou nesta terça-feira (29) o painel “Mulheres: Participação Política e Transformação Social”, durante o 8º Congresso Pernambucano de Municípios, promovido pela Amupe. A atividade reuniu lideranças para discutir os avanços e obstáculos enfrentados pelas mulheres na política e em espaços de poder.

Durante o debate, Márcia destacou a presença crescente de mulheres na direção da entidade municipalista e defendeu a ampliação da representatividade feminina. “É preciso incentivar, formar e dar visibilidade às mulheres que estão prontas para liderar”, afirmou. O painel contou com a participação de Juliana Gouveia (secretária da Mulher de Pernambuco), Adriana de Agenor (vereadora de Solidão), Ana Lúcia (Ministério das Mulheres) e Manoela Alves dos Santos (OAB/PE).

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Por Manoel Guimarães
Especial para o blog


O governo do presidente Lula estaria melhorando seus índices de popularidade e começando a virar a chave para chegar forte às eleições. Essa é a avaliação do deputado federal e candidato a presidente nacional do PT, Rui Falcão. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins, o parlamentar, que já foi dirigente nacional do partido por seis anos, ressalta que o cenário já começou a mudar a favor de seu correligionário.

“O mais importante é que o governo está se recuperando. Teve vários fatores de desgaste, como foi a taxação das blusinhas, a armação sobre taxação do PIX, as filas do INSS. São fatores que foram atribuídos ao presidente da República. Mesmo questões estaduais, como a segurança pública, vão para a conta dele. Teve a queda que ele levou, que gerou alguma desconfiança, ainda as viagens internacionais que colocam um certo distanciamento. Mas o presidente começa a reestabelecer a popularidade. E mesmo no pior momento, ele sempre apareceu como favorito”, ressaltou Falcão.

O ex-presidente do PT reforçou que a sigla precisa fazer um esforço para dialogar com o segmento evangélico. “Precisamos acabar com um preconceito que existe muitas vezes. Todos são cidadãos, independente do que acreditam, têm os mesmos direitos a saúde, segurança, moradia, meio ambiente. Isso tem que ser direcionado pelo nosso governo. No passado, já tivemos o apoio da cúpula das igrejas evangélicas. Acho que não é um problema que vá nos levar a perder a eleição, mas é preciso diálogo”, observou.

Camaragibe - Cidade trabalho 100 dias

Por Manoel Guimarães
Especial para o blog

Cinco candidatos em uma disputa que tende a deixar feridas, mas que não deve prejudicar a imagem do governo Lula. Essa é a visão do deputado federal Rui Falcão (PT-SP) sobre o processo de eleições diretas (PED) que o partido vivenciará nos próximos meses para a escolha de seu próximo presidente. Falcão é um dos candidatos, oficializado na disputa desde o último dia 14, e vem tentando construir seu nome como alternativa ao favoritismo do ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva.

“A depender do resultado, a eleição do PT pode favorecer o presidente Lula, e não trazer prejuízo. A meta dos candidatos deve ser um projeto de cinco anos, de dez anos, e não ficar em torno da eleição de 2026. Mas como é fundamental reeleger o presidente Lula, esse virou o projeto. O PED pode nos favorecer, porque todo consenso leva a enganos, mas o debate livre e aberto aponta soluções. É isso que nossa candidatura está propondo, mudanças, e espero que essas novas ideias possam fazer com que nosso partido tenha muita coragem e energia para reeleger o presidente Lula”, declarou, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.

Sobre não ter o apoio do presidente para a disputa interna, Falcão afirmou que “nunca houve unanimidade no PT, nem com o próprio Lula”. “Claro que o apoio dele é importante, mas acredito que ele não fará nenhuma pressão, até mesmo por respeito a mim, pelas missões que já cumpri pelo PT. E eu também nunca ouvi o presidente declarar apoio ao Edinho, mas claro que ele não usaria o nome do Lula se não houvesse receptividade”, despistou.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

O deputado federal e candidato à presidência da Executiva Nacional do PT, Rui Falcão, afirmou, em entrevista exclusiva ao meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o Direto de Brasília, que sua candidatura representa uma luta desigual dentro do partido. Ao comentar a disputa contra o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva, nome apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Falcão declarou: “É Davi contra Golias. Exatamente.”

Durante a conversa, Rui Falcão destacou que pretende fazer do PT um partido que não se restrinja apenas à eleição de Lula, defendendo a preservação da identidade partidária diante das mudanças sociais. “Nós vamos continuar. Os partidos não são eternos, e para serem mais duradouros, não podem perder a identidade”, afirmou. Segundo ele, apesar das adversidades e da força do grupo adversário, sua campanha segue firme.

Se o leitor não conseguiu assistir a exibição ao vivo do podcast, clique no link abaixo e confira. Está imperdível!

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitou nesta terça-feira (29), por 44 votos a 22, o recurso apresentado pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) contra a decisão sobre o processo de cassação de seu mandato no Conselho de Ética.

Com a rejeição, o processo seguirá para análise do plenário, onde deve ser pautado no prazo de 60 dias, conforme acordo com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). Para a cassação ser aprovada, são necessários ao menos 257 votos.

Na CCJ, a maioria da comissão acompanhou o relator na comissão, deputado Alex Manente (Cidadania-SP), que votou em seu parecer para negar o recurso. A sessão para análise do relatório durou cerca de 7 horas. As informações são da CNN Brasil.

Manente argumentou no parecer que as alegações da defesa de Glauber trataram de mérito e não dos procedimentos. Em seu relatório, ele afirmou que não cabe à CCJ debater a dosimetria e a proporcionalidade da punição ao deputado. Segundo o relator, a comissão deve apenas analisar se houve respeito à constitucionalidade e às regras procedimentais no Conselho de Ética.

Em apelo, Glauber afirmou na reunião que irá viajar pelos estados da federação, durante 60 dias, e apresentar sua defesa pela manutenção do seu mandato.

“Vou estar percorrendo os 26 estados brasileiros apresentando a minha defesa, dialogando com as pessoas sobre o que está acontecendo. E me coloco à disposição para apresentar os argumentos a qualquer dos parlamentares que queiram me ouvir”, disse.

Se o processo avançar e for aprovado no plenário, Glauber perde o mandato e pode ficar inelegível por oito anos. Ele está em seu quarto mandato seguido como deputado pelo Rio de Janeiro. Antes, assumiu a vaga pela primeira vez em 2009, como suplente.

Pedidos da defesa
Na sessão, o advogado de Glauber, André Maimoni, declarou haver desproporcionalidade na pena proposta, com a perda de mandato. “A CCJ da Câmara dos Deputados não precisa ir aos fatos, não precisa ir às provas do processo para verificar de que se trata de uma pena aplicada de modo desproporcional. Não precisa ir a nenhum outro instrumento que não a Constituição Federal brasileira”, declarou.

A ação no Conselho de Ética contra Glauber foi apresentada pelo Partido Novo. Glauber é acusado de empurrar e expulsar um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) do Congresso Nacional durante uma confusão em 2024 em que o parlamentar chegou a chutar o homem.

Na ocasião, Glauber afirmou ter ouvidos ofensas direcionadas à sua mãe que motivaram sua reação. Ele destacou nesta terça-feira que foi alvo de provocações do integrante do MBL por “sete vezes”. A quinta vez teria sido no episódio ocorrido no Congresso.

O recurso apresentado pela defesa de Glauber questionou diversos pontos do processo no Conselho, como: a validade da ação original; a suspeição do relator, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA); possíveis ofensa às normas internas; suposta ausência de proporcionalidade na penalidade imposta; o alegado cerceamento da defesa; e a suposta violação da isonomia em relação a casos anteriores.

O pedido também alegou que Glauber agiu em legítima defesa e afirmou haver “perseguição política com desvio de finalidade” contra o parlamentar. O documento também ressaltou que os atos do deputado estariam protegidos pela imunidade parlamentar.

Greve de fome
Antes da análise na CCJ, Glauber Braga ficou mais de uma semana em greve de fome como protesto contra o processo de cassação. O movimento foi um protesto contra a decisão do Conselho de Ética da Câmara que aprovou parecer a favor da cassação de seu mandato.

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Daqui a pouco, a partir das 18h, o deputado federal e candidato à presidência da Executiva Nacional do PT, Rui Falcão, concede entrevista exclusiva ao meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o ‘Direto de Brasília’. A entrevista vai ao ar das 18h às 19h, com transmissão ao vivo pelo YouTube da Folha, pelo canal do blog e pelas redes sociais (Instagram e Facebook) deste espaço.

O programa também será retransmitido pela Rede Nordeste de Rádio, composta por 48 emissoras em Pernambuco, Alagoas e Bahia, com a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife, como cabeça de rede. Confira:

A cerimônia da edição 2025 do Prêmio Engenho Mulher — Reconhecimento a Quem nos Transforma — será realizada no próximo dia 12 de maio, no Museu de Arte de Brasília (MAB). Três mulheres do Distrito Federal serão homenageadas por suas contribuições relevantes à cidadania e à transformação social. Criado pela jornalista Kátia Cubel, o prêmio reconhece lideranças femininas que atuam em diferentes áreas e são escolhidas por um júri composto por sete mulheres jornalistas. Os nomes das vencedoras deste ano serão anunciados na próxima semana.

O prêmio conta com apoio institucional do Sebrae-DF e patrocínio de Alves Correia e Veríssimo Advocacia, Fibra – Federação das Indústrias de Brasília, Chocolat Restaurante e Bufê e Paulo Octavio. O Boulevard Shopping também apoia o evento, que é realizado pela equipe da Engenho Comunicação.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse nesta terça-feira (29/4) que a pasta, sob ordens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não vai medir esforços para punir todos os responsáveis pelo esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que desviou mais de R$ 6 bilhões em dinheiro de aposentados.

“Nós, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, estamos capitaneando a luta contra os ladrões do parco dinheiro dos aposentados. Nós não abrimos mão, estamos mobilizando toda a Polícia Federal, todos os recursos que nós temos. (…) Vamos às últimas consequências para colocar na prisão todos aqueles responsáveis por estes crimes hediondos”, disse Lewandowski, durante sessão da Comissão de Segurança Pública na Câmara. As informações são do Correio Braziliense.

“Não mediremos esforços e pagarão todos aqueles que tiverem responsabilidade, custe o que custar, atinja a quem atingir”, disse o ministro, que fez questão de dizer que o esquema de desvio de aposentadorias começou ainda em 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro. Os crimes, no entanto, se intensificaram na gestão Lula III.

“Este governo vem levantando uma chaga que se iniciou em 2019 e agora está sendo atingida com todo o vigor. E as senhoras e senhores esperem: haverá desdobramentos. Nós encontraremos todos os culpados onde estiverem. Esta é a garantia que o ministro da Justiça e da Segurança Pública lhes dá e que o presidente da República nos deu: é combate total sem trégua”, afirmou.

O União Brasil e o PP anunciaram nesta terça-feira o lançamento de uma federação entre os dois partidos. O grupo já nasce como o maior do Congresso e com o maior número de governadores e prefeitos, mas ainda enfrenta divergências internas entre as duas legendas e, em alguns casos, dentro até do mesmo partido. Nove estados ainda precisarão ter as presidências definidas.

Entre os estados indefinidos estão São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que, por serem os principais colégios eleitorais, farão parte de uma negociação envolvendo diretamente as cúpulas nacionais dos dois partidos.

Já há acordo para a divisão do comando de 18 das 27 unidades da federação. Por acordo entre as duas siglas, o União Brasil vai ter o comando do Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará e Rio Grande do Norte. Por sua vez, o PP indicará as presidências de Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. As informações são do Jornal O Globo.

A divisão obedeceu diversos critérios. Um deles estabelece que onde o partido tiver o governador do estado haverá prioridade, outro diz que o número de deputados federais influenciam na decisão.

No caso da Câmara, a federação União-PP terá a maior bancada, superando o PL, de Jair Bolsonaro, que tem 92 deputados. Já no Senado o grupo empata com o PSD e com o PL pelo posto de maior bancada. Juntos, os partidos teriam ainda um fundo partidário quase bilionário, de R$ 954 milhões, além de seis governadores e 1.343 prefeitos, a maior quantidade entre as legendas.

Líderes nacionais das duas legendas conseguiram emplacar os comandos de suas bases. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), fez seu partido conseguir o comando do Amapá, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), garantiu o de seu estado, assim com o vice-presidente do União, ACM Neto, emplacou a sigla no comando da Bahia, o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) o de Alagoas e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), o do Piauí.

Mesmo nos comandos já definidos há divergências. O deputado Mendonça Filho (União-PE) não concorda que seu estado fique com o PP. Assim como deputados do PP da Bahia, que são governistas resistem a serem comandados pelo União Brasil, que é oposição ao governo estadual comandado pelo PT. No Amazonas, mesmo com o comando sob o União Brasil, o deputado Pauderney Avelino (União-AM) possui uma desavença com o governador do Amazonas, Wilson Lima (União), que irá influenciar na federação. Todos esses parlamentares insatisfeitos ameaçam sair no ano que vem, no período da janela partidária.

Por outro lado, integrantes da cúpula dos partidos dizem que, mesmo após as debandadas, a expectativa é que a federação saia maior depois da janela partidária, com 150 deputados e 20 senadores.

A federação também tem sinalizado que vai se afastar do governo. Hoje o União tem os ministérios do Turismo, Integração Nacional e Comunicações, e o PP possui o Ministérios dos Esportes e o comando da Caixa. Segundo ACM Neto, a ideia é que no final deste ano, a federação se reúna para decidir se retira ou não as participações nos cargos do governo.

O vice-presidente do partido também disse que o grupo precisará dialogar com o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre um acordo para a candidatura presidencial de 2026.

– Bolsonaro é um personagem político com um tamanho e densidade eleitoral inegável no campo da direita. Ninguém pode querer construir um projeto de enfrentamento ao PT sério, competitivo e vitorioso sem considerar isso. Tem que considerar o peso e o tamanho de Bolsonaro, é preciso dialogar.

Haverá um regime inicial de co-presidentes, com participação do dirigente e o atual presidente do PP, Ciro Nogueira, no comando da federação, sem um superior hierárquico. Essa dinâmica deve ocorrer até dezembro e, para 2026, outra escolha será feita.

O PP tentou negociar para que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) fosse o primeiro a presidir a federação, mas não houve acordo. Já o União queria o comando de Rueda. Por fim, foi anunciada essa solução. Lira demonstrou a interlocutores que não havia ficado satisfeito com o arranjo anterior.

Em conversas com aliados, ele reclamou que Nogueira havia garantido que a federação seria comandada inicialmente por ele. Além dos conflitos regionais, a insatisfação do ex-presidente da Câmara será uma das questões a contornar.

Apesar disso, integrantes do União minimizam as rusgas e dizem que, se Lira quisesse, ele poderia ter vetado a federação, mas não fez isso. O ex-presidente da Câmara participou do evento de lançamento hoje. A ideia de empurrar para 2026 o comando definitivo da federação serviu para que as legendas tivessem mais tempo para chegarem a um acordo.

Há ainda um conflito na Paraíba entre o senador Efraim Filho (União-PB) e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) que envolve disputas por vagas de candidaturas nas eleições estaduais de 2026.

Apesar disso, os parlamentares ainda vão tentar um acordo quando estiver mais próximo da eleição. Outro atrito que a cúpula da federação vai ter que administrar é a intenção do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), de ser candidato a presidente.

Outro que precisará convencer a cúpula dos dois partidos para manter suas pretensões eleitorais é o senador Sergio Moro (União-PR), que deseja concorrer ao governo do Paraná. O deputado Ricardo Barros (PP-PR) e o presidente do PP, Ciro Nogueira, são rivais de Moro desde quando ele era o juiz responsável pela operação Lava-Jato.

Veja a divisão dos comandos por estado:

União Brasil

  • Ceará
  • Goiás
  • Amazonas
  • Bahia
  • Amapá
  • Mato Grosso
  • Pará
  • Rio Grande do Norte
  • Rondônia

PP

  • Acre
  • Alagoas
  • Espírito Santo
  • Mato Grosso do Sul
  • Pernambuco
  • Piauí
  • Rio Grande do Sul
  • Roraima
  • Santa Catarina

Direção nacional vai decidir

  • Distrito Federal
  • Maranhão
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Rio de Janeiro
  • São Paulo
  • Sergipe
  • Tocantins