Hoje, minha corridinha de 8 km na Jaqueira, no Recife, foi em companhia de uma lenda do futebol pernambucano: João José Venceslau, o “Cuíca”, um dos maiores craques do Santa Cruz nos anos 70.
Garoto em Afogados da Ingazeira, tricolor de coração e histórico, herança do meu pai Gastão Cerquinha, acompanhei a trajetória de Cuica pelo rádio. No meu Sertão, TV era do mundo das galáxias no tempo da escuridão. Energia? Só até às 22 horas, horário que o motor-gerador, uma geringonça, era desligado.
Leia maisPor isso, nunca vi Cuica jogando, nem em campo nem pela TV. Mas pelo meu time de botão, assim como nos jogos da vida, ele fazia gols emocionantes, driblava como Garrincha.
Cuica foi meu ídolo, um ícone do Santa Cruz. Nasceu em Recife no dia 13 de outubro de 1947 e ingressou no futebol em 1963, através de um time amador do bairro do Zumbi.
Em 1964, passou para as categorias de base do Santa Cruz sendo campeão juvenil, no ano seguinte, e bicampeão de aspirantes entre 1966 e 1967. Pelo time profissional do Santa Cruz, foi tetracampeão jogando até 1973, quando passou no vestibular de Educação Física e largou a equipe Coral.
Cuíca jogou, ainda, uma temporada pelo América, onde encerrou sua carreira. Entre os seus grandes feitos no Santinha, marcou um dos gols da final do pernambucano de 1970 e em 1971 fez o gol do título do Santa, entrando para a história como o herói da final.
As duas grandes conquistas foram em cima do Sport. Após encerrar a carreira de atleta, Cuíca atuou por vários anos como árbitro de futebol. Hoje, na Jaqueira, faz sua caminhada diária ao lado de um grupo que, no passado, também vibrou com seus gols, seus dribles, com uma categoria invejável.
Viva Cuica!
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