Antigos adversários se unem em chapa única pela Prefeitura de Catende

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Em Catende, a atual prefeita, Graça Braz (PRD), fez uma aliança histórica com o seu opositor nas eleições de 2020. Trata-se de Rinaldo Barros (PSB), que formalizou, ontem, seu nome como pré-candidato a vice na chapa encabeçada por Graça à reeleição.

O episódio pegou todos de surpresa, porque Rinaldo é ex-genro de Otacílio Cordeiro, que administrou a cidade por três ocasiões, e acontece apenas quatro dias após Otacílio ter se filiado ao Republicanos como pré-candidato pela sigla em Catende.

Com o apoio da maioria dos vereadores municipais, a chapa formada por Graça e Rinaldo tende a assumir a dianteira no pleito de outubro, deixando, dessa forma, o projeto do ex-prefeito de retornar ao comando da cidade, apenas em seus sonhos.

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A 24ª Vara da Justiça do Trabalho do Recife suspendeu, nesta segunda-feira (5), a realização da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que havia sido convocada por um grupo de filiados do Sindifisco-PE para o dia 6 de maio. A decisão judicial foi tomada no processo nº 0000491-68.2025.5.06.0024 e anulou o edital de convocação publicado em 25 de abril na versão impressa da Folha de Pernambuco.

Com a decisão, a AGE, que aconteceria na sede do sindicato, na Rua da Aurora, está oficialmente cancelada. A publicação do edital de suspensão foi feita na versão digital do mesmo jornal. A convocação da assembleia havia sido articulada por integrantes da Comissão Paridade Já, grupo que contesta o reajuste salarial negociado com o Governo de Pernambuco e acusa a atual diretoria de romper a paridade entre ativos e aposentados.

Em entrevista recente ao blog, o presidente do Sindifisco-PE e da Fenafisco, Francelino Valença, rebateu as acusações, classificando a mobilização como um “motim” político e afirmando que a negociação foi aprovada em assembleia com participação de ativos e aposentados. A Comissão, por sua vez, reiterou a legitimidade da convocação da AGE e manteve as críticas à condução da diretoria, mesmo após a decisão da Justiça.

Dulino Sistema de ensino

Por Bela Megale
Do Jornal o Globo

O governador Tarcísio de Freitas terá a chance de se consolidar de vez como a opção de Jair Bolsonaro para disputar a Presidência, ou se afastar da disputa de 2026. É essa a leitura entre aliados e auxiliares do ex-presidente sobre o depoimento de Tarcísio no Supremo Tribunal Federal (STF).

O governador foi um dos 15 indicados pelo capitão reformado para falar em sua defesa no julgamento da tentativa de golpe.

A avaliação do grupo de Bolsonaro é que as declarações de Tarcísio, a depender da maneira como ele enfatizará a defesa do ex-presidente, serão a principal oportunidade para o governador se consolidar como seu sucessor na próxima eleição presidencial.

Mesmo com Tarcísio afirmando que pretende concorrer à reeleição do Palácio dos Bandeirantes, aliados do governador avaliam que, se o governo Lula estiver mal avaliado e a economia abalada, o governador vai se dedicar para ser o candidato de Bolsonaro ao Palácio do Planalto. O ex-presidente foi declarado inelegível pelo tribunal eleitoral e não poderá concorrer até 2030.

Os depoimentos de defesa, no entanto, podem não ter o resultado esperado pelo capitão reformado e seus aliados. Diferentemente do julgamento que aceitou a denúncia, que foi exibido na televisão, essas oitavas acontecem de maneira privada. Tarcísio de Freitas e os outros indicados serão ouvidos pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes e, só depois, o material será juntado ao processo.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

Um acidente entre uma van e um carro de luxo, na manhã desta segunda-feira (5), no Km 116 da BR 428, em Santa Maria da Boa Vista, no Sertão de Pernambuco, deixou uma mulher morta e sete pessoas feridas.

A mulher que morreu foi identificada como como Thiara Freire, de 33 anos. Ela era uma das 15 pessoas que estavam na van. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), sete ocupantes ficaram feridos e foram encaminhados para unidades de saúde da região. As informações são do g1 Petrolina.

A prefeitura de Santa Maria da Boa Vista informou que cinco pessoas feridas foram encaminhadas para o Hospital Municipal da cidade. Três vítimas em estado mais grave, sendo que uma delas foi transferida para Petrolina e as outras duas estão aguardando transferência.

A PRF informou que o carro de luxo bateu na parte de trás da van. Em seguida, a van capotou e o carro desceu a ribanceira. O motorista do carro sofreu ferimentos leves, se recusou a fazer o teste do bafômetro e foi autuado.

Ipojuca - No Grau 2025

O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas viagens para Rússia e China. Eles embarcam nesta terça-feira e voltam na semana que vem.

Em Moscou, na Rússia, Lula e Alcolumbre participam, a convite de Vladimir Putin, da celebração dos 80 anos da vitória sobre a Alemanha de Hitler na Segunda Guerra.

Eles emendam a agenda internacional em uma visita à China, onde participam da Cúpula entre China e países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em 12 e 13 de maio. As informações são do Jornal O Globo.

Durante as agendas no país asiático, Lula também terá um encontro bilateral com o presidente Xi Jinping. A reunião acontece em meio ao acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, causada pela imposição de tarifas mútuas.

Segundo a assessoria do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), não há previsão de ida dele às agendas.

Caruaru - São João na Roça

Por Maysa Sena e Ricco Viana
Do Blog da Folha

Seguindo os compromissos no Recife, nesta segunda-feira (5), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, visitou o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para receber homenagens.

Na solenidade, no Salão Nobre do Palácio da Justiça, Dino foi homenageado com o Grão Colar de Alta Distinção da Ordem do Mérito Judiciário Desembargador Joaquim Nunes Machado (TJPE), o título de Cidadão Pernambucano, da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e a Medalha Conselheiro João Alfredo Correia de Oliveira, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT6).

A cerimônia contou com os chefes dos três poderes do Judiciário no estado: Ricardo Paes Barreto (TJPE), Álvaro Porto (Alepe) e Ruy Salatiel Ventura (TRT6). Também estiveram presentes outras autoridades como o senador Fernando Dueire (MDB), o presidente da Alepe em exercício, Rodrigo Farias (PSB), e os deputados Francismar Pontes (PSB) e Sileno Guedes (PSB), este último autor da proposta do título ao ministro, além do prefeito do Recife, João Campos (PSB).

Durante homenagem ao ministro Flávio Dino, o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Ricardo Paes Barreto, destacou os méritos do ministro, lembrando sua trajetória como juiz, deputado, senador, ministro de Estado e agora membro do STF. “Ninguém mais merecedor dessa honraria”, afirmou, ao justificar a concessão da medalha grau ouro, mais alta comenda da corte.

“Para os ministros do Supremo Tribunal Federal, concedemos a medalha no grau mais alto, que é o grau ouro. E o ministro Flávio Dino foi escolhido por eleição interna, que é sempre bastante árdua, justamente por seus méritos”, ressaltou.

O presidente do TRT6, Ruy Salatiel, entregou a Medalha Conselheiro João Alfredo Correia de Oliveira, que remete a um dos grandes estadistas história brasileira do segundo reinado. “Queria que o senhor recebesse essa medalha com um agradecimento do mundo judiciário e trabalhista, por sua dedicação à causa pública, seu compromisso com a constituição, com os direitos fundamentais”, pontuou.

O deputado Sileno, ao entregar o título de cidadão pernambucano ao ministro, destacou que a concessão do título é motivo de orgulho para todos e representa o acolhimento a um homem cuja história é marcada pelo compromisso com a democracia, com a justiça e com o bem público.

“Senhor Ministro, receba o nosso abraço, o nosso respeito e a nossa gratidão. Pernambuco se alegra em poder chamá-lo de filho. Não apenas o ministro, o senador ou o governador, mas, antes de tudo, o grande homem público que o senhor é”, finalizou.

Discurso
Durante a solenidade, o ministro Flávio Dino agradeceu pela presença e generosidade de todos os que estavam no Tribunal, ressaltando a importância histórica de Pernambuco. “Pernambuco também é parte essencial da história política e cultural do nosso país, com múltiplas contribuições”, afirmou.

Ainda lembrou que iniciou sua trajetória no serviço público aos 19 anos, como funcionário de nível médio aprovado em concurso, e desde então mantém a convicção de que o serviço público é essencial para a construção de uma nação próspera.

Dino afirmou que recebia a comenda com alegria, mas destacou que o mais importante não são os títulos ou medalhas que ficam nas paredes. “Carrego no coração o compromisso de servir bem à população. É isso que torna nossa função nobre: servir com dignidade, com humildade, com fraternidade.” Finalizou dizendo que recebia a homenagem como um pernambucano de coração.

Camaragibe - Cidade trabalho 100 dias

Por Jorge Cosme
Do Diario de Pernambuco

A Justiça Eleitoral determinou, nesta segunda-feira (5), a cassação do prefeito José Pinto Saraiva Júnior, o Júnior Pinto (PSD), e do vice-prefeito Francisco Afonso de Oliveira, o Chico Afonso (PP), de Exu, no Sertão pernambucano. O juiz também declarou a inelegibilidade por 8 anos do ex-prefeito Raimundo Pinto Saraiva Sobrinho, o Raimundinho Saraiva (PSDB).

O ex-prefeito é acusado da prática de abuso de poder político, com uso indevido dos meios de comunicação social, nas eleições municipais de 2024. Já Júnior Pinto e Chico Afonso foram condenados por se beneficiar do abuso que teria sido cometido pelo antecessor. Raimundinho e Júnior são primos.

Na decisão, o juiz João Victor Rocha da Silva, da 79ª Zona Eleitoral de Exu, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), conclui que a realização de uma obra pública de pavimentação, que foi divulgada pelo então prefeito em suas redes sociais, em 5 de outubro de 2024, na véspera da eleição, configurou abuso de poder político, “com gravidade suficiente para afetar a normalidade e legitimidade do pleito”.

“Os candidatos José Pinto Saraivo Júnior e Francisco Afonso de Oliveira, embora não tenham participado diretamente dos atos abusivos, foram beneficiários destes, havendo nexo de causalidade suficiente para a aplicação da cassação do diploma já expedido”, acrescenta o juiz.

A ação de investigação judicial eleitoral foi ajuizada pela Coligação Unindo Forças para Transformar, que perdeu as últimas eleições contra Júnior Pinto.

A ação também alegava que um contrato havia sido prorrogado estrategicamente por aditivos para coincidir com o período eleitoral e que houve contratação de operação de crédito em período vedado. O juiz, entretanto, considerou que não havia elementos suficientes para configurar abuso de poder político ou econômico com relação a essas duas outras acusações.

A defesa dos atuais prefeito e vice declarou ao Diario que a decisão foi recebida com surpresa. “A gente respeita a decisão, apesar de não concordar. Há uma ausência de robustez das provas. Tanto o TRE quanto o TSE são pacíficos no entendimento de que, para que haja cassação de um mandato eleitoral, deve haver essa robustez”, diz o advogado Alan Andrade. Ele afirmou que irá recorrer.

Procurado, o ex-prefeito Raimundinho Saraiva declarou esperar que a Justiça reveja a decisão. “A gente está bem tranquilo. Acredito que a Justiça vai rever isso aí”, avalia.

Sobre a acusação de uso indevido dos meios de comunicação, ele diz que agiu como sempre costumou fazer. “Eu era prefeito, mas não fiz isso na rede da prefeitura ou de secretaria. Era início de uma obra, não era inauguração ou nenhum evento. Acho exagero uma coisa dessa. Também acho muito exagero cassar o prefeito. Ele não fazia parte da gestão, era apenas o candidato que eu apoiava”. Raimundo afirmou que também vai entrar com recurso à decisão.

O juiz não determinou afastamento das funções, portanto prefeito e vice-prefeito deverão seguir no cargo até o trânsito em julgado ou determinação de execução imediata por instância superior. Caso o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) concorde com a decisão, a cidade deverá realizar novas eleições.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

Por Blog da Folha

Durante coletiva de imprensa no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino afirmou que a Corte não pode se omitir de seu papel institucional, sobretudo, sobre as emendas. “O Supremo não pode prevaricar. O Supremo não pode deixar de cumprir o seu papel em relação a esse tema e outros temas”, declarou.

Dino também ressaltou a importância desses recursos para garantir a chegada de verbas federais a municípios e estados, especialmente em um país de dimensões continentais como o Brasil. “Fui deputado federal, fui senador, e por isso sei da importância das emendas parlamentares”, afirmou.

No entanto, reforçou que essas emendas devem seguir os trilhos constitucionais. “Elas devem ser respeitadas desde que sejam compatíveis com a Constituição.”, esclareceu.

Segundo Dino, o papel do STF não é interferir politicamente no destino das verbas, mas garantir que elas sejam aplicadas corretamente e com transparência. “O trabalho que o Supremo tem feito, desde a ministra Rosa Weber, tem sido, nessa perspectiva, jamais de ter ingerência sobre o Poder Legislativo no sentido de definir para onde o dinheiro vai. Essa é uma tarefa política. Mas é um dever judicial fazer com que esse dinheiro de fato chegue, seja aplicado e haja prestação de contas.”

Equilíbrio
Dino destacou que o STF busca atuar com responsabilidade e equilíbrio, apesar das críticas. “O Supremo procura fazer o seu trabalho do melhor modo. Como qualquer instituição humana, tem falhas, evidentemente, mas procura acertar sempre”, disse.

O ministro afirmou estar feliz em integrar a Suprema Corte e mencionou que atualmente relata processos de grande relevância, como os que envolvem a pauta ambiental, que classificou como estratégica para o Brasil e para o mundo.

Dino também explicou que o STF trata das normas gerais, enquanto casos concretos sobre práticas ilegais envolvendo emendas seguem para outros ministros conforme sorteio. “São duas situações diferentes. Uma é aquela que eu cuido, que é a garantia das regras do jogo. É um debate abstrato”, afirmou. E completou: “Paralelo a isto, há sim processos concretos, o que é normal e saudável. Poder sem controle degenera, inclusive o próprio Judiciário.”

Flávio defendeu a harmonia entre os Poderes, mas fez questão de frisar que essa convivência não significa subserviência. “Harmonia não significa dizer ‘eu posso, eu quero, eu mando’. Harmonia significa cada um fazer o que deve ser feito nos limites da sua competência.”

Ao comentar a atuação do Supremo, o ministro rebateu críticas sobre ativismo judicial. “Essa ideia de que o Supremo quer se meter em tudo não é verdadeira. Até porque, se o Supremo julga um assunto, é porque alguém pediu. O Supremo não julga de ofício.”

Sobre a relação com o Congresso, Flávio Dino disse que é necessário abandonar a lógica do espetáculo e buscar mais ponderação no debate público. “A democracia é o regime da ponderação, da moderação, do equilíbrio”, declarou. Para ele, o Brasil precisa evitar a polarização excessiva. “Um país não pode viver permanentemente conflagrado em torno de cores e posições ideológicas.”

Anistia
Questionado sobre a possibilidade de anistia a envolvidos nos atos antidemocráticos, Dino reforçou que esse tipo de decisão cabe, inicialmente, ao Congresso Nacional. “Se houver essa ideia de anistia, não é algo que o Supremo decida. Quem vota se haverá ou em que termos haverá são os deputados e senadores.”

No entanto, lembrou que, como qualquer lei, uma eventual norma aprovada poderá ser questionada no STF. “Poderá ser um dia um tema judicial, desde que eventualmente exista essa lei e alguém impugne”, afirmou. Dino destacou que essa possibilidade não é exclusividade brasileira. “É assim nos Estados Unidos, é assim em todo o país do mundo.”

Ao concluir, reforçou a importância de manter o Judiciário como pilar da democracia. “Não existe sociedade sem Judiciário. O Supremo e o Poder Judiciário podem e devem ser criticados, mas não com lógica de extermínio. Somente ditaduras vivem sem Supremo Tribunal Federal.”

Toritama - FJT 2025

A prefeita de Casinhas, Juliana Chaparral, foi um dos nomes em destaque nas inserções de TV do União Brasil. No vídeo veiculado pelo partido, ela exalta a força das mulheres pernambucanas na política e reforça o compromisso da legenda com a atuação feminina. Assista:

Palmares - Pavimentação Zona Rural

Mais um livro de minha autoria, desta feita o 13º, já está no prelo e com data de lançamento marcada para 9 de junho: Os Leões do Norte. Traz a minibiografia de 22 governadores de Pernambuco, da era do interventor Carlos de Lima Cavalcanti (1930-35) ao ex-governador Paulo Câmara (PSB).

Com prefácio do ex-deputado federal e professor Maurício Rands, sai com o selo da pernambucana “Eu Escrevo Editora”, do meu amigo cartunista Samuca. Com este trabalho, meu propósito é direcionar ao público da nova geração para conhecer um pouco da história política e administrativa do Estado e dos seus gestores.

Uma obra muito didática, diria, para chegar às escolas estaduais e municipais como leitura obrigatória: estão perfilados, por ordem, Carlos de Lima Cavalcanti, Agamenon Magalhães, Etelvino Lins, Barbosa Lima Sobrinho, General Cordeiro de Farias, Miguel Arraes e Paulo Guerra.

Ainda Nilo Coelho, Eraldo Gueiros Leite, Moura Cavalcanti, Marco Maciel, José Muniz Ramos, Roberto Magalhães, Gustavo Krause, Carlos Wilson, Joaquim Francisco, Jarbas Vasconcelos, Mendonça Filho, Eduardo Campos, João Lyra Neto e Paulo Câmara”. Vale o registro da trajetória desses governadores e o quanto eles influíram na política nacional e foram influenciados pelo seu contexto”, diz Rands, no prefácio.

Para o cientista político Antônio Lavareda, a obra “muito contribuirá para o conhecimento da política de Pernambuco”. Já o jornalista Júlio Mosquéra, da TV Globo em Brasília, que ilustra o livro com um depoimento, diz: “Magno bebeu na fonte nutrida por políticos que se notabilizaram pelo compromisso com a negociação, com o diálogo exaustivo em busca do consenso, como Marco Maciel”.

Já o jornalista Marcelo Tognozzi, colaborador do site Poder-360, de Brasília, escreveu: “Leões não são simplesmente força e majestade. Eles conhecem sua essência, sabem do que são capazes. Não são leões por mero acaso ou capricho. Um livro para servir de guia a quem quiser entender o poder, sua força e energia”.

A noite de autógrafos está marcada para o bar e restaurante “Boteco Porto Ferreiro”, na Avenida Rui Barbosa, a partir das 19 horas. O convite é público e aberto principalmente para estudantes, professores, formadores de opinião, políticos em geral e a quem se interessar por uma apurada pesquisa. 

Um dia após PP e PSB sairem vitoriosos na eleição de Goiana, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), fez rasgados elogios, há pouco, ao deputado federal Eduardo da Fonte, presidente estadual do PP.

Confira!

O projeto de lei complementar (PLP) 177 de 2023 que prevê o aumento do número de deputados federais no Brasil entrou na pauta de votações da Câmara dos Deputados nesta semana com um requerimento de urgência que pode acelerar a tramitação do texto.

O PLP é uma resposta à exigência do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Congresso vote lei, até 30 de junho deste ano, para redistribuir a representação de deputados federais em relação a proporção da população brasileira em cada unidade da federação (UF).

O STF acatou uma ação do governo do Pará que apontou omissão do Legislativo Federal em atualizar o número de deputados de acordo com a mudança populacional. O Pará argumentou que teria direito a mais quatro deputados desde 2010. A atual distribuição dos 513 deputados federais foi definida em 1993. As informações são da Agência Brasil.

O Artigo 45 da Constituição define que o número de deputados “será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta deputados”.

Em sua decisão, o STF determina que, caso o Congresso não atualize a representação parlamentar por Estado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) poderá fixar, até 1º de outubro de 2025, o número deputados para a legislatura que começará em 2027. O TSE deverá usar os dados do Censo de 2022.

Mais deputados
No projeto de lei de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), proíbe-se a redução do número de deputados para menos de 513, além de vetar que qualquer estado perca representação. Com isso, a correção do número de representantes por unidade da federação teria que ocorrer via aumento de parlamentares.

“Se necessário, deveremos aumentar o número de deputados da nossa Câmara, que mesmo se ocorrer em número de cerca de 3%, em nada significará, levando em conta um aumento de população e de eleitores, em média no país, superior a 240% [entre 1994 e 2022]”, diz o relatório da deputada Cunha.

Censo 2022
Apesar do STF indicar que a representação por UF deve ser feita com base no último censo de 2022, o projeto de lei complementar até então apresentado determina novo recenseamento com participação compulsória das famílias para definir o número total da população.

“[O censo de 2022] trouxe várias inconsistências que prejudicaram alguns estados e muitos municípios. Não parece crível, a quem vive no Rio de Janeiro, a redução da população em determinadas áreas do Estado, onde sabemos as dificuldades de acesso a população real, em função do domínio das áreas mais carentes”, disse a autoria do projeto.

O relator designado para o projeto foi o deputado Damião Feliciano (União-PB), que poderá apresentar alterações em relação ao projeto de autoria da deputada Dani Cunha.

Por Flávio Chaves*

Lady Gaga é um desses fenômenos raros que o mundo da arte produz de tempos em tempos. Nascida Stefani Joanne Angelina Germanotta, em 1986, em Nova Iorque, escolheu como nome artístico a referência direta a “Radio Ga Ga”, canção do Queen imortalizada pela voz estrondosa de Freddie Mercury. Gaga não apenas homenageia seu ídolo — ela reinventa, desafia e desconstrói o próprio conceito de pop star. Multi-instrumentista, compositora, atriz, uma artista completa. E, acima de tudo, inteligente. Uma performer que transita do jazz clássico ao eletrônico, da balada à catarse, sem perder a identidade.

Sua trajetória cinematográfica com Nasce Uma Estrela (2018) não foi mero acaso. Foi a concretização simbólica do que ela representa: uma estrela que soube nascer muitas vezes — em cada palco, em cada trauma, em cada piano, em cada reinvenção estética. Naquele filme, Lady Gaga mostrou que sua alma é tão grande quanto sua voz — e isso é raro.

No entanto, o espetáculo recente em Copacabana, transmitido em tempo real pela comoção nacional, revela mais do que o talento de uma estrela. Revela também um Brasil cansado. Um país faminto, injusto, anestesiado.

O argumento oficial — repetido à exaustão pelo prefeito Eduardo Paes e pela grande mídia — é que o show foi “gratuito”. Mas o gratuito tem um preço. E este custou milhões aos cofres públicos, que são abastecidos justamente pelos impostos cobrados daquele mesmo povo que, sob as luzes, o suor e a exaltação, delirava na areia. Um tesouro saqueado em nome de um êxtase coletivo. Um povo esfomeado de beleza, mas também de justiça.

Copacabana virou o Coliseu. Os corpos, espremidos, se agitavam como gladiadores de uma era anestesiada. A multidão ali estava não apenas para ver Lady Gaga, mas para esquecer que o Brasil registrou mais de R$ 6,5 bilhões desviados de aposentados pobres por meio de esquemas fraudulentos, envolvendo sindicatos e gestores públicos. O escândalo, abafado pelas luzes do palco, grita nos bastidores de uma sociedade que aplaude o espetáculo enquanto sangra.

O que seria do país se tamanha multidão se levantasse para defender seus direitos? Seríamos um barril de pólvora social — e, talvez por isso mesmo, nos ofereçam shows gratuitos. O circo é o mais eficaz dos calmantes.

Lady Gaga, é preciso dizer, não faz concessões fáceis ao erotismo vulgar das Madonnas e suas madonnetes. É uma artista maior. Quando senta ao piano e canta baladas ao estilo de Elton John, Gaga mostra o que é arte com alma. Suas composições carregam densidade, sensibilidade e uma inteligência emocional rara. Já a vi em entrevistas com declarações tocantes, de uma sensibilidade que me encantou profundamente. Ela tem a grandeza dos que não se perdem na fama.

Mas o que há de mais perturbador em tudo isso é o contraste: enquanto a Lady encanta, o país padece. Enquanto a artista voa, a nação rasteja. O talento de uma estrela global foi usado, consciente ou não, para encobrir a fúria dos desamparados, a dor dos invisíveis, a vergonha dos que ainda se importam.

O Brasil está em transe. Aplaude com as mãos enquanto é espoliado pelas costas. O som que se ouve é o da batida — não do tambor, mas do silêncio que cobre os gritos por justiça.

Lady Gaga foi magnífica. O show, impecável. Mas também foi o retrato mais cru da utopia governamental: enquanto a areia se enchia de luz, o povo seguia mergulhado na escuridão.

*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras. Foi delegado federal/Minc.