Coluna do sabadão

Série governadores: Jarbas de Andrade Vasconcelos

Capítulo 17

Derrotado por Joaquim Francisco nas eleições de 1990, Jarbas Vasconcelos (MDB) assistiu Miguel Arraes voltar a ser eleito governador na eleição seguinte, em 1994, já no exercício do mandato de prefeito do Recife, conquistado dois anos antes, em 1992, gestão extremamente aprovada pela população. Com Miguel Arraes de novo em evidência, só restou a Jarbas se unir a históricos adversários pefelistas, formando uma coligação partidária entre o PMDB e o PFL, batizada de “União por Pernambuco”.

A nova coligação já queria que ele disputasse o Governo do Estado em 1994, porém Jarbas decidiu permanecer no cargo de prefeito. Governou o Recife por dois mandatos. Sua primeira eleição se deu em 1985, a primeira disputa direta após o golpe, quando derrotou Sérgio Murilo, então deputado federal. Em 1992, foi eleito para o seu segundo mandato, derrotando nomes como os de Eduardo Campos – neto e herdeiro político de Miguel Arraes – e André de Paula, o candidato oficial do governador Joaquim Francisco.

Em suas duas gestões, Jarbas Vasconcelos incentivou um modelo de gestão com ampla participação da população através do programa “Prefeituras nos bairros”. Muitos consideram esse programa como a base do orçamento participativo, implementado em muitos municípios do Brasil nas décadas seguintes. Sem poder contar com Jarbas, a “União por Pernambuco” lançou então o ex-governador e deputado federal Gustavo Krause, que disputou pelo PFL, perdendo para Arraes.

Firme no acordo com a direita, e perseguindo uma forma de derrotar Arraes, Jarbas apoiou a candidatura do também pefelista Roberto Magalhães à sua sucessão na Prefeitura do Recife, confirmando o acordo que selou a União por Pernambuco. A eleição Municipal do Recife em 1996 foi realizada em 3 de outubro.

O então deputado Roberto Magalhães, do Partido da Frente Liberal (PFL), foi eleito com 50,93% dos votos, sendo vitorioso ainda no primeiro turno em disputa com sete adversários: João Braga (PSDB), João Paulo (PT), Pedro Corrêa (PPB), Roberto Freire (PPS), João Olímpio Valença (PSC), Joaquim Oliveira Magalhães (PSTU) e Jurandyr Mendes Alves (PT do B). O candidato de Arraes era, oficialmente, Roberto Freire, mas este após a derrota o acusou de fazer corpo mole.

A chegada de Magalhães à Prefeitura do Recife consolidou a União por Pernambuco. Fortalecido com o apoio das forças conservadoras do Estado, lideradas pelo senador Marco Maciel, Jarbas construiu o alicerce do seu projeto para derrotar Miguel Arraes, que disputou a reeleição em 1998. Foi buscar o seu candidato a vice no PFL, o então deputado Mendonça Filho, filho do ex-deputado José Mendonça Bezerra, que havia sido um dos protagonistas da formação da União por Pernambuco, promovendo um almoço histórico em sua fazenda de Belo Jardim.

Com o ibope nas estrelas, a fama de ser o melhor prefeito do País, conferida por seguidas pesquisas do Datafolha, Jarbas impôs a Arraes uma derrota acachapante, vingando-se do velho mito, que em 1990 fez de conta que estava envolvido na sua campanha contra Joaquim Francisco, eleito governador. Foi um massacre nas urnas. Bateu Arraes por uma diferença superior a mais de 1 milhão de votos.

Quando as urnas abriram, 1.809.792 votos foram contabilizados em seu favor contra 744.280 de Arraes, vencendo o pleito no primeiro turno. Para a vaga no Senado, foi eleito José Jorge, do PFL, com 1.460.835 votos. Para a Câmara dos Deputados, o PSB e o PFL foram os partidos que mais elegeram candidatos (8 cada um), seguidos pelo PMDB, que elegeu três deputados, e pelo PPB, com dois. PSDB, PT, PSL e PTB conquistaram uma vaga.

Na disputa pela Presidência da República, Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, com Marco Maciel (PFL) na vice, venceu Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, por expressiva vantagem de votos (1.637.394, contra 890.971), garantindo sua reeleição logo no primeiro turno. Eleito, Jarbas priorizou a privatização da Celpe, para conseguir cumprir uma das principais promessas de sua campanha: a duplicação da BR-232 até São Caetano.

Além de tirar do papel e fazer a obra, consolidando um novo eixo de desenvolvimento no Estado, fez a ampliação do Aeroporto Internacional do Recife, com requalificação de uma nova pista, construção de um novo terminal de passageiros e todo sistema viário de acesso ao equipamento, consolidando-o como um dos melhores do País desde então.

Também promoveu a expansão do Metrô do Recife, com a criação da linha sul, trecho que incluiu ainda o percurso TIP/Camaragibe. Na área de recursos hídricos, executou o Programa Águas de Pernambuco, para melhorar o abastecimento em 122 dos 184 municípios do Estado. Foram priorizadas a construção de barragens e sistemas adutores para fortalecer o abastecimento na Região Metropolitana e no Interior.

Outra marca da sua gestão foi a criação do Programa Governo nos Municípios, iniciativa que permitiu às lideranças da sociedade civil de cada microrregião definir as ações e as obras que consideravam estratégicas para o desenvolvimento local. Fez ainda vias importantes no Interior, consolidando a economia de regiões importantes, como a Estrada da Uva e do Vinho (PE-428), no Vale do São Francisco, e a Estrada do Gesso (PE-585), no Araripe. Implantou o Porto Digital, consolidando Recife na rota dos novos negócios, sendo referência em tecnologia dentro e fora do País.

Fez, por fim, obras que consolidaram o Complexo Industrial e Portuário de Suape, determinantes para atração e viabilidade de três grandes empreendimentos: a Refinaria Abreu e Lima, o Estaleiro Hemisfério Sul e o Polo de Poliéster.

Nem Duda Mendonça salvou Arraes da maior derrota em sua trajetória política – O terceiro e mais criticado Governo Arraes, de 1995 a 1999, deixou o ex-governador mais fragilizado ainda no enfrentamento a Jarbas por causa do escândalo dos precatórios. Investigações da CPI dos Precatórios, em 1997, e uma auditoria realizada no ano seguinte pelo Banco Central, constataram um desvio de US$ 88 milhões dos cofres do Estado. Arraes perdeu o discurso e o tirocínio. No desespero, já prevendo uma derrota acachapante para Jarbas, entregou a sua campanha para o marqueteiro Duda Mendonça, responsável pela primeira eleição vitoriosa de Lula na corrida ao Planalto. Duda aterrissa no Recife e segue direto para uma reunião com Arraes e sua equipe de campanha. Abre um painel com um amontoado de slides, diagnósticos, tabelas, enfim, projeções e números para concluir que só um milagre levaria Arraes a derrotar Jarbas. Já sem paciência diante da chatice da explanação, Arraes, que não perdia uma oportunidade diante de um ambiente pesado para descontrair com o seu fino humor, pegou a deixa de Duda e sapecou: “Mas você foi contratado para fazer o milagre. Se vire!”.

Maior ativo do Estado, a Celpe, privatizada, deu as condições para Jarbas duplicar a BR-232 – Um dos maiores patrimônios do Estado, a Companhia de Eletricidade de Pernambuco (Celpe), privatizada no Governo Jarbas, viabilizou a duplicação da BR-232 até Caruaru, a maior promessa de sua campanha em 1998. Lá atrás, entretanto, Miguel Arraes, historicamente contrário a qualquer tipo de concessão pública, tentou fechar o leilão da venda da estatal, mas não viabilizou por uma manobra do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Em novembro de 98, já derrotado, Arraes foi obrigado a suspender o processo. “O que estão fazendo com Pernambuco é pior do que faziam os coronéis”, afirmou o governador Miguel Arraes (PSB), numa entrevista, acrescentando: “Nem os regulamentos se obedecem mais.” Em ofício enviado ao presidente interino do BNDES, Pio Borges, Arraes reclamou que o Estado foi vítima de “insuportável discriminação”. Com a decisão, o então governador eleito Jarbas Vasconcelos (PMDB) ficou responsável pela venda da Celpe. Finalmente, a Celpe foi vendida em 17 de abril de 2000, em leilão na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, pelo preço mínimo de R$ 1.780.979.194,00 oferecido pelo único concorrente, o consórcio Guaraniana. O grupo era formado pela empresa espanhola Iberdrola com o Banco do Brasil Investimentos (BBI) e a Previ, fundo de pensão dos funcionários do banco. Com a aquisição, o consórcio passou a controlar 10,9% da distribuição de eletricidade do País, com 5,3 milhões de clientes. Foi o Tribunal de Contas do Estado, analisando o processo de privatização da Celpe, que obrigou Jarbas Vasconcelos a fixar o preço mínimo das ações no leilão em R$ 1.780.979.194 (um bilhão, setecentos e oitenta milhões, novecentos e setenta e nove mil e cento e noventa e quatro reais), valor este considerado aceitável pelos técnicos do TCE. A análise do Tribunal de Contas resultou em uma economia para o Estado no valor de R$ 623 milhões, que pôde ser revertido em ações sociais e melhorias para a população, a exemplo das obras de abastecimento de água do Programa Águas de Pernambuco e da duplicação da BR-232 (trecho Recife-Caruaru).

Jarbas, o senador que perdeu, mas ganhou na eleição de 78 – Filho de Carlindo de Moraes Vasconcelos e Áurea de Andrade Vasconcelos, Jarbas mudou-se para Recife aos sete anos de idade juntamente com seus pais e oito irmãos. Na capital, deu início à sua vida escolar ingressando na Universidade Católica em 1964, após dois anos servindo ao Exército. Uma vez no ambiente acadêmico, abraçou a militância política sendo um dos fundadores do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) no qual ingressou em 1966 e dois anos depois receberia o título de bacharel em Direito conciliando a advocacia e a política. Eleito deputado estadual em 1970 e deputado federal mais votado em 1974, preparou um ousado lance com vistas às eleições de 1978, quando foi candidato a senador, disputando a vaga destinada à eleição pelo voto direto (a outra seria preenchida por meio de eleição indireta conforme emenda constitucional vigente) contra dois representantes da Arena – Nilo Coelho (“sublegenda um”) e Cid Sampaio (“sublegenda dois”). Em uma eleição marcada por denúncias de irregularidades e cuja apuração se estendeu por quase um mês, o TRE divulgou o resultado dando vitória a Nilo Coelho, segundo o critério da sublegenda, já que a sua votação e a de Cid Sampaio excediam a de Jarbas Vasconcelos por quase quarenta mil votos, embora o representante da oposição tenha sido o mais votado em termos individuais. O absurdo proporcionado por uma legislação eleitoral tão casuística repercutiu junto à grande imprensa, a ponto de a Folha de S. Paulo estampar em manchete: “Jarbas, o que perdeu, mas ganhou”. Extinto o bipartidarismo, Jarbas Vasconcelos ingressou no PMDB sendo eleito deputado federal em 1982.

No Senado, já chegou pedindo a cabeça de Renan Calheiros – Depois de um governo bem-sucedido, Jarbas Vasconcelos disputou o Senado, foi eleito em 2006 e ao assumir, em 2007, se destacou como uma das principais lideranças políticas no Congresso, inclusive sendo uma das principais vozes a favor da renúncia ou cassação do mandato do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que se envolveu em várias denúncias de corrupção. Mesmo não tendo tido êxito na tentativa de forçar a renúncia ou cassação do presidente, o movimento em prol pelo afastamento de Renan acabou favorecendo positivamente a imagem de Jarbas na opinião pública. No início de 2009, em entrevista à revista Veja, expressou seu desencantamento com o PMDB e os rumos políticos dados pelo Governo do presidente Lula. A entrevista teve grande repercussão política na imprensa nacional, uma vez que o senador acusava seu próprio partido de fazer parte de práticas de corrupção generalizadas com o governo federal. Esse fato político se confirmou no mesmo ano com as denúncias de corrupção envolvendo o presidente do Senado, José Sarney, uma das principais lideranças políticas do PMDB e aliado do presidente Lula.

Acachapante derrota para Eduardo e o pedido de aposentadoria – Em 2010, Jarbas cometeu o maior erro político da sua carreira, ao aceitar disputar novamente o Governo de Pernambuco num cenário extremamente adverso, cuja principal liderança, o governador Eduardo Campos, no poder e bem avaliado, era o franco favorito. Foi uma humilhação. Eduardo se vingou e deu o troco a Jarbas da estrondosa derrota sofrida em 98 pelo seu avô, o ex-governador Miguel Arraes. Perdeu a eleição no primeiro turno por uma diferença superior a 1 milhão de votos. Na eleição presidencial, apoiou o candidato do PSDB, José Serra, que também perdeu para a candidata do presidente Lula, Dilma Rousseff. Em 2012, entretanto, Jarbas reconcilia-se com Eduardo Campos e ajuda a formar a coligação que apoiou o candidato socialista, Geraldo Julio, à Prefeitura de Recife pelo PSB. Em novembro de 2022, se licenciou do seu mandato no Senado por razões de saúde e com isso, seu primeiro suplente, Fernando Dueire, foi convocado para assumir sua cadeira em 7 de dezembro. Inicialmente, o afastamento de Jarbas iria até março de 2023, mas o senador não retornou ao cargo e acabou renunciando em setembro de 2023. Ele anunciou a sua aposentadoria da vida pública e seu cargo foi entregue ao suplente de maneira efetiva.

CURTAS

NÃO VOTOU EM TANCREDO E TANCREDO DESCONTOU EM ULYSSES – Deputado federal em 1985, Jarbas não votou em Tancredo Neves para presidente da República na eleição indireta pelo Colégio Eleitoral, não se sabe por causa do tipo de eleição ou se por causa de Sarney, que nunca tolerou. Jarbas pagou, politicamente, um preço muito alto por não ter votado em Tancredo. Sua posição, claro, respingou em Ulysses Guimarães. Tancredo cobrou duramente de Ulysses, por saber que Jarbas era um dos seus maiores amigos, numa daquelas conversas de se arrepiar: “Ulysses, Jarbas é você, e você é Jarbas. O voto dele não vai alterar os resultados. Mas é um voto simbólico. É um absurdo! É como se Nelson Carneiro, nosso querido amigo, dissesse que não vai votar em mim. Esse moço é tudo aquilo que você gostaria de ser, mas, ainda bem, não tem coragem de ser: inconsequente, extremado, rancoroso! Até o Arraes está comigo! O Arraes hoje está à direita desse maluco”.

JARBINHAS, O HERDEIRO POLÍTICO – Do seu primeiro casamento com Neide Vasconcelos, Jarbas teve três filhas – Andréa, Adriana e Ana. Mas nenhuma delas ingressou na vida pública. Aliás, sempre discretas, nunca frequentavam o Palácio das Princesas nem nunca foram nomeadas em cargos por influência do pai, que sempre as manteve distante do poder. Único filho homem, mas de outra relação, Jarbas Filho, conhecido por Jarbinhas, é seu herdeiro político. Na primeira eleição que disputou para vereador do Recife, não foi eleito, mas nas eleições de 2022 se elegeu deputado estadual pelo PSB, migrando logo em seguida para o MDB.

SEGUNDA TEM MENDONÇA FILHO – A série prossegue na próxima segunda-feira, trazendo o perfil do governador Mendonça Filho, que governou o Estado por nove meses, com a renúncia de Jarbas em 2006.

Perguntar não ofende: Do jeito que está despencando nas pesquisas, Lula vai à reeleição em 2026?

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Em entrevista ao Frente a Frente, hoje, mais uma vez, direto de Brasília, o senador Humberto Costa, principal liderança do PT no Estado, afirmou que se não for possível o partido indicar o vice de João Campos, isso não se constituirá em problema para o PT e o presidente Lula estarem no palanque da campanha de reeleição do prefeito do Recife.

“É claro que a vice é até uma forma de valorização do PT, mas nada que nos possa afastar de João”, disse. A entrevista vai ao ar a partir das 18 horas pela Rede Nordeste de Rádio, formada por mais de 40 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife.

Se você deseja ouvir pela internet, clique no link do Frente a Frente acima em destaque ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.

Paulista - No ZAP

A presidente do PL em Olinda e pré-candidata a prefeita no município pelo partido, Izabel Urquiza, será a estrela das inserções da legenda, na televisão, nos próximos dias. Além da aposta na polarização Lula x Bolsonaro para as eleições deste ano, Izabel conta com o apoio incondicional da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou, hoje, em entrevista à GloboNews na Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul, que notícias falsas sobre a tragédia das enchentes no estado têm atrapalhado o trabalho de ajuda às vítimas.

“Já foram resgatadas mais de 60 mil pessoas por todas as forças, e aqui eu estou colocando todo mundo: não tem que ter diferença entre Exército, Marinha, Aeronáutica, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, os voluntários que estão trabalhando. Toda a ajuda é importante nesse momento, mas as fake News prejudicam o trabalho”, disse Paiva.

A catástrofe ambiental, provocada pelas chuvas que transbordaram rios, matou até o momento mais de 100 pessoas no estado. Os governos federal, estadual e municipais montaram operações de resgate que seguem em curso.

“As pessoas que estão ajudando também têm famílias, muitas vezes também estão deslocadas, só que não podem ir pra casa. Estão dobrando três dias, quatro dias, às vezes não têm tempo pra tomar um banho. Estão fazendo de tudo pra gente fazer o mais importante que é resgatar vidas, salvar vidas. A fake news desmotiva, espalha inverdade. Mas não podemos nos desmotivar com isso. Temos que estar o tempo todo mostrando o que está acontecendo e mostrando a verdade”.

A Polícia Federal informou, ontem, que abriu o inquérito pedido pelo governo federal para apurar a divulgação de conteúdos falsos a respeito das enchentes no Rio Grande do Sul. O pedido de investigação foi anunciado na terça pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, também defendeu a apuração e punição de grupos que divulgam desinformação.

“As Forças Armadas e equipes de resgate da Defesa Civil estão exausta de tanta fake news. AGU e PF devem agir para identificar os agentes criminosos para impedir sua ação organizada para prejudicar os resgates e salvamentos”, disse Pimenta.

Ipojuca - Minha rua top

A convite da direção do Hospital Memorial Guararapes, a deputada federal e pré-candidata a prefeita de Jaboatão dos Guararapes, Clarissa Tércio (PP), participou da inauguração da nova ala da UTI pediátrica da unidade, que conta com dez novos leitos regulados pela Secretaria Estadual de Saúde.

Atualmente, Jaboatão dispõe um total de 110 leitos de UTIs para atender à população do município, sendo todos no Hospital Memorial Guararapes. “Estou muito honrada em participar desse momento tão importante que contribui para salvar vidas de crianças. Como deputada federal, destinei R$ 3 milhões em emenda parlamentar para o Hospital Memorial Guararapes, essa instituição filantrópica, conveniada com o SUS, séria, comprometida com a saúde dos jaboatonenses e das nossas crianças. Parte dessa emenda será investida na compra de equipamentos próprios para os leitos dessa UTI, como monitores e respiradores, que antes eram alugados pelo hospital”, destacou a pré-candidata.

Desde o seu mandato como deputada estadual, Clarissa atua na fiscalização dos serviços públicos de saúde. “Quem acompanha o meu trabalho, sabe do meu compromisso, da minha luta por melhorias na saúde. Nossas crianças são o futuro do nosso país e precisam ter seu direito à saúde garantido”, concluiu a deputada.

Caruaru - Geracao de emprego
Camaragibe Agora é Led

Por Coronel Meira*

Há 18 anos, o blog do Magno pratica um jornalismo sério, comprometido com a verdade, orgulho para os pernambucanos. Nessa era de desinformação, acompanhar o Blog do Magno é a garantia de estar sempre muito bem-informado e por dentro de tudo que acontece na cena política de Pernambuco e do País.

Parabéns a ele e toda equipe.

*Deputado federal

Belo Jardim - Vivenciando Histórias

Na 13ª Sessão da Câmara Municipal de Arcoverde, realizada na última segunda-feira, o vereador Rodrigo Roa abordou uma questão crítica que afeta diretamente a população menos favorecida da cidade: a necessidade urgente de moradia digna. Durante a sessão, Roa, que também é médico, compartilhou suas experiências e ideias sobre a luta contínua dos moradores em busca de um lar.

Roa detalhou sua recente visita ao Movimento Sem Teto, onde pôde observar de perto as condições desafiadoras enfrentadas pelas famílias. O vereador criticou a inércia governamental, especialmente em contraste com a rapidez em acomodar grandes empresários com doações de terrenos e incentivos fiscais. Ele questionou essa disparidade, apontando para a necessidade de igualdade no tratamento entre cidadãos comuns e empresários no que se refere ao direito básico à moradia.

Vitória Reconstrução da Praça

O Engenho Massangana, equipamento cultural vinculado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), receberá a exposição “Para que as estátuas não morram”, a partir do próximo dia 11 de maio, na abertura da Semana Nacional dos Museus.

A exibição apresenta uma seleção cuidadosamente restaurada de objetos étnicos africanos pertencentes ao acervo do Museu da Abolição, provenientes de diversas regiões do continente, como Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Guiné, Libéria e República Democrática do Congo.

“Nesta exposição, pretende-se desmistificar a aura primitivista que a visão eurocêntrica da etnografia por tanto tempo atribuiu aos objetos culturais africanos. Os estereótipos que marcam suas práticas, seus objetos e ritos têm raízes profundas, e certamente podem reincidir sobre as imagens desta coleção”, comentou Silvia Barreto, chefe de serviço de Estudos Museais e do Engenho Massangana, da Coordenação de Museologia do Museu do Homem do Nordeste (Muhne).

A presidenta da Fundaj, a professora doutora Márcia Angela Aguiar, ressalta o valor cultural dessa exposição que diz muito da essência do povo brasileiro. A mostra estará aberta ao público a partir das 13h do dia 11 de maio, no Engenho Massangana, no Cabo de Santo Agostinho.

SERVIÇO

Data da inauguração: 11 de maio de 2024, sábado

Horário: 13h

Local: Engenho Massangana, Rodovia PE 60, Km 10, s/n, Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco

Horário: Terça a Sábado das 9h às 16h; Domingo das 10h às 15h

Entrada gratuita

Na contagem regressiva para o maior evento de comunicação do ano, a festa dos 18 anos deste blog, estão faltando apenas 14 dias. Tudo está sendo preparado com muito carinho. Será no dia 23 de maio, a partir das 20 horas, no Mirante do Paço, no Paço Alfândega, no charmoso e boêmio bairro do Recife.

A animação ficará por conta da Super Oara, uma das melhores orquestras do País, do meu amigo Beto, hoje sob o comando do filho Elaque. Vários artistas vão homenagear o blog, cantando seus principais sucessos, como os forrozeiros Alcymar Monteiro, Josildo Sá, Irah Caldeira, João Lacerda, Daniel Bueno, Novinho da Paraíba, Cristina Amaral, Fabiana, a Pimentinha do Nordeste, e Walquiria Mendes.

Para deixar o dance mais eletrizante ainda, três ícones do frevo: André Rio, Almir Rouche e J. Michiles. O bufê também já está reservado e confirmado: Fiordes, de Mariana Lucena, um dos mais concorridos, que está preparando belas surpresas para os convidados.

A festa é de adesão. Se você ainda não adquiriu o seu ingresso, entre em contato agora pelo telefone e WhatsApp: (81) 9.8222-4888.

A Polícia Federal (PF) prendeu, hoje, dois novos suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco.

Um deles é Robson Calixto da Fonseca, conhecido como “Peixe”, ex-assessor do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Ele trabalhava no gabinete do conselheiro Domingos Brazão, que é apontado como um dos mandantes do crime ao lado do irmão, o deputado Chiquinho Brazão, e do delegado Rivaldo Barbosa.

O segundo suspeito é o policial militar Ronald Alves de Paula, o “Major Ronald”, apontado como ex-chefe da milícia da Muzema, na zona oeste do Rio. Ele já cumpria pena por homicídio e ocultação de cadáver em presídio federal em Campo Grande (MS).

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu as prisões preventivas, que foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os dois foram citados na delação do atirador Ronnie Lessa. Quando entregou o relatório final da investigação, no mês passado, a Polícia Federal justificou que ainda não tinha provas suficientes para pedir o indiciamento deles, apesar da “verossimilhança” do relato de Ronnie Lessa e dos “vínculos escusos” do assessor e do policial militar.

Novos elementos levaram a Procuradoria-Geral da República a pedir a prisão. Eles também foram incluídos na denúncia oferecida nesta semana pela PGR.

Robson Calixto seria o “homem de confiança” da família Brazão. Antes de ser indicado para o cargo comissionado no Tribunal de Contas, foi assessor de Domingos Brazão na Assembleia Legislativa do Rio. A investigação aponta que ele intermediou a primeira reunião do enlace do crime, que teria acontecido nas intermediações de um hotel na Barra da Tijuca.

Segundo a delação de Ronnie Lessa, a assessor também ajudou a providenciar a arma usada no atentado, obtida na comunidade Rio das Pedras, dominada pela milícia. A PF ainda levantou registros, no Disque-Denúncia, que citam Robson Calixto como miliciano. Segundo as denúncias, ele seria responsável por “arrecadar valores auferidos por grupo paramilitar organizado do tipo milícia na região da Taquara”.

A execução da vereadora teria sido motivada pela exploração imobiliária em áreas dominadas pela milícia, especialmente em comunidades em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio.

Em meio a debates sobre a qualidade e a transparência na formação médica brasileira, o deputado federal e ex-ministro da Educação, Mendonça Filho, apresentou, ontem, um projeto de decreto legislativo (PDL 239/2024), para sustar o Decreto do Governo Lula que dispõe sobre a Comissão Nacional de Residência Médica e sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de programas de residência médica e das instituições que ofertam essa formação.

“A esquerda quer aparelhar politicamente tudo no Brasil. Não escapa nem a formação de residência médica, que sempre foi referência de qualidade. A formação médica deve ser técnica, preservada longe das narrativas políticas. O que o PT quer fazer é um absurdo”, declarou Mendonça.

No PDL 239/24, o deputado argumenta que, para garantir da formação médica de qualidade e sem interferências indevidas nos processos de seleção e avaliação dos programas de residência, é essencial sustar o Decreto Federal. Editado pelo Governo Lula, o decreto duplica a participação do governo na Comissão Nacional de Residência Médica, cria uma câmara regional composta por indicados do Governo e exclui o poder de votação do secretário-executivo da Comissão e da Câmara Recursal, retirando-lhe o poder de votar nas deliberações do plenário.

“É fundamental assegurar que a formação dos médicos no Brasil seja pautada pela excelência e pela meritocracia. Qualquer interferência que comprometa esses princípios deve ser evitada”, ressaltou o deputado, destacando que a decisão do governo altera o caráter técnico da CNRM.

O projeto de decreto legislativo propõe a retirada de quatro artigos do decreto federal de abril deste ano, os quais, segundo Mendonça, podem facilitar influências externas no processo de formação médica.  O PDL 239/40, de autoria de Mendonça, segue para análise das comissões na Câmara dos Deputados, onde será debatido e votado pelos parlamentares.

O governo federal começa a receber, hoje, pedidos de prefeituras do Rio Grande do Sul para reconstrução de casas que foram danificadas ou destruídas pelas fortes chuvas e enchentes no estado.

O Ministério das Cidades reunirá as informações para preparar a contratação das obras na área urbana e rural dos municípios na modalidade “calamidades” do Minha Casa, Minha Vida, com residências de até R$ 170 mil.

O Rio Grande do Sul está em calamidade, reconhecida pelo governo federal e pelo Congresso. Os temporais e os rios que transbordaram atingiram 417 dos 497 municípios do estado, com registro de 100 mortos e 1,4 milhão de pessoas afetadas.