A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na tarde deste sábado (20), Lucas Ribeiro Leitão, de 30 anos, suspeito de planejar um atentado em Brasília. A ação foi conduzida pela Divisão de Proteção e Combate ao Extremismo Violento (DPCev), após trabalhos de inteligência que monitoraram as redes sociais do investigado, onde ele fazia ameaças explícitas e incitava atos de violência.
Trechos das publicações que embasaram a investigação mostram o suspeito convocando seguidores para uma “guerra”. Em uma das mensagens, Lucas afirma que já possui uma “ogiva pronta para destruir a metade desse país”, já em outra, diz que “já temos um primeiro país para conquistar: Portugal”. As informações são do Correio Braziliense.
Leia maisAlém disso, ele teria incentivado apoiadores a se reunirem em rodovias e manifestado a intenção de “subir” para Brasília com presos, dizendo que viraria o ano “no presídio com eles”. Devido ao teor das postagens, as equipes iniciaram o monitoramento que culminaram na detenção do suspeito.
Outra tentativa
A prisão de Lucas acontece menos de um ano após outra detenção, ocorrida em 29 de dezembro de 2024, quando ele foi capturado na Bahia, também pela DPCev, enquanto se deslocava em direção ao Distrito Federal. Na ocasião, o suspeito carregava uma faca, admitiu planos de ataque e utilizava uma conta fechada no Instagram para anunciar intenções de “botar fogo” no DF, um “ataque cirúrgico” e pedir aumento drástico na segurança pública.
Após a primeira prisão, Lucas passou por audiência de custódia e permaneceu detido enquanto as investigações continuavam. No entanto, a reativação das ameaças e o retorno de comportamentos semelhantes nas redes motivaram a reabertura das diligências que resultaram na nova prisão deste sábado.
A DPCev é especializada no combate ao extremismo violento e à prevenção de atos de terrorismo, está agora concentrada em apurar se Lucas tinha meios concretos para colocar seus planos em prática. A polícia investiga se havia estrutura logística, armamentos, possíveis coautores ou articulações que pudessem tornar reais as ameaças divulgadas.
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