Pernambuco foi contemplado com investimento anual de R$ 2,26 milhões do Ministério da Saúde para reforçar a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD). O recurso será destinado ao custeio da nova habilitação da Associação PODE, em Pesqueira, que passa a funcionar como Centro Especializado em Reabilitação auditiva e intelectual (CER). Além disso, o estado contará com dois novos centros em Garanhuns e Serra Talhada, financiados pelo Novo PAC Saúde.
O anúncio ocorreu nesta quinta-feira (18), durante a semana do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. O superintendente do Ministério da Saúde em Pernambuco, Rosano Carvalho, destacou a relevância da medida para a região. “O investimento mudará a vida de inúmeras pessoas no município e na região, lembrando que estamos no Agreste, marcado por lutas e dificuldades. Com esses recursos, a rede de atenção básica em saúde também será qualificada para se especializar ainda mais no atendimento às pessoas com deficiência, promovendo inclusão e garantindo dignidade nesse serviço”, afirmou.
Leia maisNo país, a expansão da assistência soma R$ 72 milhões, contemplando 71 novos serviços da RCPD em 18 estados e no Distrito Federal. Estão previstas a habilitação de 23 novos CERs, custeio adicional para outros 33, a entrega de 15 veículos de transporte sanitário adaptado e ampliações em oito centros já existentes.
As ações estão vinculadas ao programa Agora Tem Especialistas e incluem a construção de 23 CERs com recursos do Novo PAC Saúde, no valor total de R$ 207 milhões. O novo projeto arquitetônico desses centros prevê ambientes inovadores, como jardins e salas multissensoriais, voltados para crianças e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Além da expansão da rede, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou em Brasília a nova Linha de Cuidado para o TEA. O protocolo orienta profissionais da atenção primária a rastrear sinais de autismo em todas as crianças de 16 a 30 meses, incorporando testes de triagem como o M-Chat ao atendimento de rotina. A iniciativa prevê intervenções precoces, planos terapêuticos individualizados e apoio a famílias e cuidadores, reforçando a integração entre saúde básica e serviços especializados.
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