O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que já tem um texto pronto em alternativa à proposta defendida pela oposição da Câmara por um projeto de anistia que contemple envolvidos em atos golpistas e pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). E
le deve apresentá-lo na próxima semana. Nesta quarta-feira, a Câmara aprovou a urgência do projeto, mas sem votar o mérito do texto, que deve ser alinhado nos próximos dias e terá como relator o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP). Alcolumbre disse que ainda aguarda as movimentações.
“Eu vou esperar primeiro o que a Câmara vai decidir. O meu (projeto) está pronto, mas vou esperar o de lá. Se não resolverem, na semana que vem eu vou tomar uma decisão”, disse o presidente do Senado.
Questionado na semana passada, Alcolumbre disse que as pressões crescentes pela condenação de Bolsonaro e outros sete aliados no Supremo Tribunal Federal (STF) por participação na trama golpista não mudaram sua rejeição a um projeto que garanta a “anistia ampla e irrestrita”.
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já disseram que uma possível anistia ampla deve ser barrada pela Corte por ser inconstitucional. A proposta ganhou tração na última semana a partir de conversas envolvendo figuras importantes do Centrão, que veem chance de Bolsonaro apoiar uma candidatura à Presidência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se houver uma concertação nacional a favor dos acusados de atentar contra as instituições democráticas.
Uma possibilidade debatida no Senado passa por apresentar uma alteração no crime de abolição do estado democrático de Direito, que seria unificado à tipificação de tentativa de golpe de Estado. A alteração, caso aprovada, poderia beneficiar os envolvidos nos ataques com a redução de penas, o que, em consequência, pode representar o cumprimento da punição em um regime menos rígido que o fechado.
Mais cedo, na saída da reunião com Motta que selou a escolha, Paulinho afirmou que o caminho mais provável para o texto que será construído é a redução de penas.
“Ideia é a pacificação. Construir um projeto que não seja nem tanto à direita nem tanto à esquerda. Conversar com todo, com o centro especialmente e tentar votar o mais rápido possível. Ideia que está surgindo em quase todos os partidos (reduzir penas). Vou conversar com todas as bancadas para que a gente tenha uma linha mestra. Vamos organizar o texto para encaminhar a todos e tentar um consenso. Isso que vamos conversar (sobre Bolsonaro). Não sei se meu texto vai salvar o Bolsonaro, digamos assim. Vamos tentar construir a maioria. Não vamos ter conflito com ministros do Supremo, aí não resolve. Vou conversar com os ministros”, disse em entrevista à GloboNews.
Estão marcados para este domingo (21), em, ao menos, 30 cidades e 22 capitais, protestos contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, como ficou conhecido o projeto aprovado pela Câmara na última terça-feira (16). A proposta, na prática, dificulta a abertura de processos criminais contra parlamentares.
Os atos também vão criticar a proposta de anistia para condenados por tentativa de golpe de Estado. Dentre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão.
A mobilização deste domingo também é feita por integrantes da base do governo no Congresso, bem como centrais sindicais, movimentos populares e outras organizações da sociedade civil. Eles desaprovam o que chamam de “PEC da Bandidagem”, devido ao potencial de suspender a apuração de crimes.
Atos musicais
Em Brasília, o ato está marcado para começar às 10h na frente do Museu Nacional. O cantor Chico César está confirmado para a parte musical do ato. Em Belo Horizonte, na Praça Raul Soares, o ato está marcado para começar às 9h, com a presença da cantora Fernanda Takai.
Em São Paulo, a concentração será no Masp, na Avenida Paulista, às 14h. No Rio de Janeiro, o movimento foi chamado para Copacabana e deve contar com um show gratuito de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque, que prometem cantar juntos sobre um trio elétrico que partirá do Posto 5, às 14h.
Em vídeo nas redes sociais, Caetano disse que o movimento do Congresso, de aprovar regra que suspende investigações, não pode ficar sem resposta. “A gente tem que ir pra rua, pra frente do Congresso, como já fomos outras vezes. Voltar a dizer que não admitimos isso, como povo, como nação”, conclamou o cantor.
Outros artistas, como Djavan, Maria Gadú, o grupo Os Garotin e Marina Sena também confirmaram presença.
A manifestação na orla do Rio é uma das que foram convocadas por coletivos como Frente Povo Sem Medo, Frente Brasil Popular e Central de Movimentos Populares, com grande movimentação nas redes sociais.
Proposta
A PEC da Blindagem, como aprovada pela Câmara em regime de urgência, prevê que que qualquer abertura de ação penal contra parlamentar depende de autorização prévia, da maioria absoluta do Senado ou da Câmara.
Pelo texto, os parlamentares têm 90 dias para decidir se autorizam ou não a investigação criminal contra um colega, a contar de quando o Supremo enviar o pedido ao Congresso.
Defensores da medida dizem que a proposta é uma reação ao que chamam de abuso de poder do Supremo Tribunal Federal (STF) e que as medidas restabelecem prerrogativas originais previstas na Constituição de 1988, mas que foram mudadas posteriormente.
Retorno ao passado
Os críticos, por sua vez, acusam que a PEC é um retorno ao que vigorava antes de 2001, quando o Congresso aprovou uma emenda para derrubar a exigência de autorização parlamentar para se processar parlamentares.
Na época, a decisão foi tomada diante de centenas de casos de impunidade de senadores e deputados investigados em crimes que incluíam corrupção, assassinatos e tráfico de drogas que chocaram a opinião pública durante toda a década de 1990.
Movimentos de combate à corrupção também acusam os deputados que votaram a favor da medida de tentarem escapar de investigações em curso no STF sobre desvios na aplicação de emendas parlamentares.
Tramitação
Após ser aprovada em dois turnos na Câmara, a PEC foi enviada ao Senado, onde deve enfrentar resistência. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), demonstrou indignação com a iniciativa.
“A repulsa à PEC da Blindagem está estampada nos olhos surpresos do povo, mas a Câmara dos Deputados se esforça a não enxergar. Tenho posição contrária”, declarou o senador nas redes sociais.
Locais dos atos
AL
Maceió – 9h – Sete Coqueiros – Praia do Pajuçara
AM
Manaus – 8h – Av. Getúlio Vargas
AP
Macapá – 16h – Teatro das Bacabeiras
BA
Salvador – 9h – Morro do Cristo
CE
Fortaleza – 15h30 – Estátua de Iracema Guardiã, Av. Beira Mar, 1140
DF
Brasília – 9h – Concentração no Museu Nacional
ES
Vitória – 15h – ALES
GO
Goiânia – 16h – Praça Universitária
MA
São Luis – 9h – Praça da Igreja do Carmo
MG
Belo Horizonte – 9h – Praça Raul Soares Juiz de Fora – 10h – Praça da Estação Serra do Cipó – 10h – Praça Uberaba – 10h30 – Feira da Abadia Uberlândia – 9h – Feira Livre do Bairro Luizote Pirapora – 8h30 – Rotatória Av. Pio XII Ituiutaba – 9h – Feira da Junqueira Alfenas – 10h – Praça do Coliseu Montes Claros – 9h – Parque Municipal Milton Prates
MT
Cuiabá – 8h – Praça Cultural do CPA II Cuiabá – 14h – Praça Alencastro
MS
Campo Grande – 8h – 14 de Julho com Afonso Pena Corumbá – 15h – 13 de Junho com Frei Mariano Dourados – 9h – Feira Central (Cafelândia, 490)
PA
Belém – 9h – Praça da República
PB
João Pessoa – 09h – Busto do Tamandaré
PE
Recife – 14h – Ginásio Pernambucano – Rua da Aurora
PR
Curitiba – 14h – Boca Maldita
RJ
Rio de Janeiro – 14h – Posto 5 de Copacabana
RN
Natal – 15h – Midway
RO
Porto Velho – 16h – Pça da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré
RS
Porto Alegre – 14h – Redenção
SC
Florianópolis – 13h – Ponte Hercílio Luz ( em frente ao Parque da Luz) Itajaí – 14h – Praça do Centro de Eventos Jaraguá do Sul – 14h – Praça da Meia Luz Joinville – 14h -Praça da Bandeira
SE Aracaju – 16h – Praia da Cinelândia
SP
Bauru – 16h – Vitória Régia Ribeirão Preto – 15h30 – Praça Spadoni Santos – 16h – Praça da Cidadania Av Ana Costa, 340 São Paulo – 14h – MASP São Paulo – PEDALULA – Concentração 13h13, saída às 14h – Praça do Ciclista (Av. Paulista 2440)
Muitos amigos próximos me alertam sobre o meu ritmo de vida. Acham que não dou sossego ao meu corpo, à minha alma. Mas quando o trabalho é um prazer, a vida se torna cada dia mais bela. Quando, entretanto, tudo nos é imposto, a vida vira uma escravatura.
Minha filosofia de vida tem sido assim: fazer que cada hora vivida seja bela. A beleza da vida se multiplica na dependência do seu estado de espírito. Sigo Marcus Aurelius, imperador romano: “Medite sobre a beleza da vida. Olhe para as estrelas e olhe para si mesmo correndo com elas”.
Nos pequenos detalhes, seja no alvorecer, no cantar dos pássaros, numa noite enluarada, nos deparamos com as coisas mais belas da vida. Sou o último dos românticos, daqueles que ainda mandam flores. Minha Nayla, a quem entreguei meu coração e depositei os segredos da minha alma, é prova disso!
Com Chaplin aprendi igualmente que a vida é maravilhosa quando não se tem medo dela. Algum dia se cai e chora, mas grande parte da jornada as batalhas são vencidas porque elas estão dentro de nós. As grandes jornadas, não se engane, são as que fazem a felicidade.
Medite, raciocine comigo: um guerreiro não desiste do que ele ama. Ele encontra amor no que faz. Ser guerreiro não exige perfeição. Ou vitória. Ou invulnerabilidade. Ele é a vulnerabilidade absoluta. Essa é a única coragem verdadeira. Muitas vezes, já li em algum lugar, precisamos enlouquecer para recuperar a sanidade.
Leio muito Machado de Assis. Aliás, meu pai Gastão Cerquinha, no sertão de vidas secas, onde a luz nos fugia do convívio diário às 22 horas, nos forçava a ler as lições machadianas à luz de candeeiro.
Aprendi com ele que “a vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal” e que é muito melhor contentar-se com a realidade.
Se essa realidade não é tão brilhante como os sonhos, tem pelo menos a vantagem de existir. Suas obras, como “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Dom Casmurro”, exploram a complexidade das emoções, a força dos costumes e a dualidade da existência.
As nossas paixões, aprendi também com Machado, não aceleram nem moderam o passar do tempo. Grandes escritores oferecem perspectivas diversas sobre a vida, como Vinicius de Moraes, que define a vida como a “arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”, ou Carlos Drummond de Andrade ao afirmar “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada”.
Franz Kafka falou sobre a humanidade e seus sonhos. Para ele, os sonhos nos mantêm aquecidos, enquanto o mundo dorme. Já William Shakespeare nos ensinou que a vida é uma peça de teatro que não nos permite ensaios. Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer forma, pregou Martin Luther King.
Tudo vale na vida quando a alma não é pequena, disse o poeta Fernando Pessoa, o maior de todos. Ou como disse Oscar Wilde: “A vida é muito importante para ser levada a sério”, para completar: “Viver é a coisa mais rara do mundo. À maioria das pessoas apenas existe”.
Sou da filosofia de Mahatma Gandhi: a alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita. Temos que nos tornar a mudança que queremos ver. Se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova.
Disse Gandhi: “Toda noite, quando vou dormir, morro. E na manhã seguinte, quando acordo, renasci”. Se você prefere Clarice Lispector, então grave: “Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento”.
Lute, persevere, nunca desista. A vida é bela quando todos os dias estamos felizes. Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Kicks Platinum muda de patamar sem sair da categoria
O SUV compacto Nissan Kicks chegou ao mercado há 10 anos e logo foi bem aceito. Somente em 2024, emplacou 60 mil unidades — sendo o quarto utilitário-esportivo mais popular do país. No entanto, a configuração mecânica estava dando sinais de cansaço. O motor 1.6 aspirado, entregando no máximo 113cv, estava sendo engolido pela concorrência, que se valia de 1.0 turbos ágeis e econômicos. A Nissan entendeu o “recado” e reagiu bem: trocou o motor, o fez crescer, o encheu de equipamentos de conforto e segurança e o deixou mais bonito — e, certamente, mais caro. Valeu a pena? Este colunista avaliou por uma semana a versão topo de linha, a Platinum. E chegou à conclusão de que sim, valeu. É um outro carro. Com um porém: o motor 1.0 turbo, emprestado do Renault Kardian é superior ao 1.6 antigo, mas poderia ser melhor. Exige atenção do motorista em retomadas e acelerações, por exemplo (leia mais sobre ele abaixo).
Dito isso, vamos destacar, então, o que esta versão tem de bom — e se realmente vale os R$ 199 mil (ou R$ 202.150, com a cor vermelha de lançamento e o texto preto) exigidos por ela. Vamos começar por um item adorado por brasileiros que, muitas vezes, não é dado o devido valor pelos fabricantes e montadoras: o som. Vide as customizações e tunagens, exageradas quase sempre com caixas até no porta-malas, que se vê por aí (e playlist muito ruim, por sinal). A versão Platinum oferece o melhor sistema de som de todos os carros que este colunista testou nos últimos anos: o Bose, que no modelo ganhou o sobrenome de Personal Plus.
O som que sai de oito alto-falantes de alta performance (dois deles são tweeters) e um amplificador digital é potente e, ao mesmo tempo, equilibrado. Também, pudera: dois alto-falantes Bose de 2,5 polegadas estão localizados dentro do encosto de cabeça do banco do motorista. É uma experiência imersiva, daquelas que a gente só consegue em bons cinemas. O sistema pode ser controlado na tela do multimídia, criando desde um efeito restrito somente à frente até um totalmente envolvente, por todo o interior do habitáculo. Enfim: com redução nas distorções e potência equilibrada nos graves, o Bose entrega um som, enfim, de primeira linha. E, para completar as boas sensações, a cabine é bem silenciosa, com acústica aprimorada.
Comandos intuitivos – O painel de instrumentos e a tela multimídia (ambas de 12,3″) são eficientes. A segunda é sensível ao toque, com comandos intuitivos. Vem com Android Auto e Apple CarPlay e assistência de voz para ler mensagens, além de aplicativos de streaming de áudio. E permite conectar simultaneamente dois equipamentos via Bluetooth. Um para o uso de um deles para a condução com as mãos livres e outro para ouvir o aplicativo de música, por exemplo. São duas entradas USB, uma tipo USB Type-C,mais rápidas para recarregar. O seletor de marchas é eletrônico e diferente, que permite a troca apenas pressionando um botão. Há um modo Sport para uma condução esportiva (a ECO é para economizar combustível).
Dimensões – O Kicks é um SUV compacto, mas tem porte médio, com 4,37m de comprimento entre-eixos de 2,66m (6cm mais longo ou 13cm maior que o do Fiat Fastback. É uma boa estratégia de posicionamento, de argumento de venda. Afinal, há um movimento de tornar os compactos tanto maiores quanto mais equipados – algo que o novo Kicks também o fez. Com os bancos dianteiros em posição padrão, alguém de 1,80m não sofrerá nos traseiros. O porta-malas é um dos maiores desse segmento específico: são 470 litros.
Equipamentos – Os R$ 200 mil são melhor compreendidos quando se avalia a oferta de equipamentos da versão – tanto em termos de segurança quanto em conforto. Por exemplo: nela, há um pacote avançado de assistência à condução chamado de Pró Pilot. Ele combina câmeras e sensores para manter o veículo centralizado na faixa, ajustar automaticamente a velocidade e a distância para o carro da frente, e auxiliar na frenagem e aceleração.
Para ativar, basta pressionar um botão no volante, definir a velocidade e a distância desejadas, e o sistema opera com mínima intervenção do motorista. São seis airbags disponíveis. Tem, ainda, teto solar panorâmico, carregador por indução, full LED nos faróis e DRLs e por aí vai. O freio de estacionamento sempre é eletrônico, com auto-hold. O ar-condicionado, automático, poderia ser dual zone – e falta saída traseira. As rodas de 19’’ são bem bonitas.
Motor – O Nissan Kicks foi testado em vias urbanas engarrafadas e em trechos de asfalto e terra. Ele não deixa o condutor enraivecido, mas não o empolga. Afinal, são apenas 22,4kgfm de torque – força abaixo dos 27,5kgfm oferecidos por um Jeep Renegade. Embora o consumo esteja muito relacionado ao comportamento do motorista, ele pareceu bom. Tipo 12 km/l na cidade e de 14km/l na cidade.
Começa a pré-venda dos SQ5 e SQ5 Sportback – Você tem até R$ 640 mil disponíveis aí? Então, fique de olho: a Audi acaba de iniciar a pré-venda dos novos SQ5 e SQ5 Sportback. O lote inicial terá preços de R$ 624.990 (SQ5) e R$ 639.990 (SQ5 Sportback). Os veículos encerram a série de 13 lançamentos propostos para 2025 e o retorno do esportivo. O modelo está mais tecnológico e eficiente — e com a nova linguagem visual da marca — e é o terceiro a usar a plataforma premium para veículos a combustão, chamada PPC. Os SUVS de luxo só estarão disponíveis a partir de novembro na rede de 40 concessionárias.
O modelo vem com o poderoso 3.0 V6 TFSI com 367 cavalos e 56kgfm de torque. O conjunto mecânico também conta com a transmissão S Tronic de sete velocidades e a tração integral quattro com tecnologia ultra – que possui embreagem multidisco com desacoplador integrado e distribuição de torque majoritariamente dianteira, podendo transferir até 50% do torque para o eixo traseiro. O desempenho é impressionante: o carro acelera de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos, o melhor tempo da categoria, e a velocidade máxima é de 250 km/h.
Haval H9, da GWM: 600 unidades em sete horas – A GWM brasileira lançou seu primeiro modelo a diesel, o Haval H9, dando um desconto de R$ 20 mil. Resultado: o SUV de 7 lugares e projetado para todos os terrenos, superou a meta de vendas do mês inteiro em apenas 7 horas. Foram 600 unidades previstas para atender 30 dias. Agora, ele passa a custar R$ 319 mil . Tem como diferencial um pacote completo de itens de segurança (que incluem controle de cruzeiro adaptativo com Stop & Go, alerta de ponto cego, assistente de permanência em faixa, frenagem autônoma de emergência e monitoramento de tráfego cruzado traseiro).
Mercado em setembro – Os emplacamentos superaram 103 mil unidades nos primeiros quinze dias de setembro – um crescimento de 3% diante de agosto e 7% acima da primeira quinzena de setembro de 2024. Ao longo de 2025, foram vendidos 1.67 milhão de automóveis e comerciais leves – ou 3,3% a mais do que no mesmo período do ano passado. A consultoria Bright também levantou que a média diária de vendas (11 dias úteis em setembro) saiu de 9.071 em agosto para 9.339 unidades. A modalidade de vendas diretas respondeu por 46,3% dos negócios, contra 44,8% um mês antes. Em 2025, as negociações diretas entre montadoras e clientes finais cresceram 8,2%, para 771,1 mil veículos. A Fiat manteve a ponta no ranking de marcas, com 20% do total de licenciamentos, à frente da Volkswagen, 17,1%; da GM, 11,5%; Hyundai, 10,1%; e Toyota, 7,4%.
Kwid: mais rentável em agosto – Após um domínio absoluto da Toyota no ranking de veículos mais rentáveis no mercado de usados, o Renault Kwid se tornou o melhor negócio durante o mês de agosto. É o que revelou o Estudo Megadealer de Performance de Veículos Usados powered by Auto Avaliar (PVU), divulgado nesta semana. O modelo da montadora francesa apresentou o maior retorno sobre investimentos, chamado de ROI, com preço médio de R$ 55 mil – ou 11,5% de margem bruta de lucro e uma média de 27 dias de giro de estoque. Apesar de perder o topo da lista, a Toyota se manteve na segunda e na terceira posição, com o Corolla Cross (preço médio em R$ 156 mil; margem bruta de 9,5% e giro de estoque em 22 dias) e o Yaris Hatch (preço médio em R$ 92 mil, margem bruta de 11,3% e giro de estoque em 32 dias), respectivamente.
Modelos 0km têm redução de preços – Os veículos 0km apresentaram redução de preços em agosto pelo terceiro mês consecutivo. É o que apontam os dados do Índice Webmotors, que calcula todos os meses as variações percentuais dos valores dos carros anunciados na plataforma. Segundo o levantamento, o preço médio dos veículos novos apresentou redução de -0,117%, o que representa uma variação de -0,047 ponto percentual com relação a julho, quando o índice apresentou -0,070%. Desta forma, agosto dá sequência à tendência de redução nos preços dos 0km iniciada em junho.
O sucesso do Dolphin – O BYD Dolphin emplacou 4.611 unidades em agosto, sendo 3.300 do Mini e 1.311 do “normal”, segundo a Fenabrave. Com isso, chinês supera hatches tradicionais como o Honda City (1.357) e os franceses Citroën C3 (852) e Peugeot 208 (749). No ranking da categoria, se destacam o VW, com 12.908; Fiat Argo, com 10.097; e o Hyundai HB20, com 7.590. Outros elétricos bem emplacados foram o BYD Yuan Pro, com 651; GWM Ora 03, com 320; e BYD Seal, com 257.
O sucesso do Dolphin 2 – A atenta à boa aceitação do BYD Dolphin Mini no mercado brasileiro, a Mobiauto — segundo maior marketplace de veículos do Brasil — verificou em sua base de dados a variação do preço médio do modelo no último ano. Entre agosto de 2024 e agosto de 2025, o elétrico apresentou uma desvalorização média de -7,85%. O carro importado da China, que há um ano custava R$ 115.800, atualmente vale R$ 106.715. Para efeito de comparação, o Volkswagen Polo Track — versão de entrada do automóvel mais vendido do Brasil em 2024, com mais de 140 mil emplacamentos — desvalorizou -17% no período analisado. O hatch foi vendido por R$89.990 em agosto de 2024 como 0km; como seminovo, é avaliado em R$ 74 mil. O BYD Dolphin Mini soma mais de 39 mil emplacamentos no acumulado de 2025, enquanto o Volkswagen Polo já vendeu mais de 83 mil unidades nos primeiros oito meses do ano.
Direção defensiva: você sabe praticá-la? – O ato de conduzir um veículo de modo a impedir a ocorrência de acidentes, independentemente das ocorrências impróprias realizadas por terceiros ou das condições inseguras encontradas nas vias de tráfego, é o que chamamos de direção defensiva. Portanto, elementos da direção defensiva permitem conduzir um carro a fim de assegurar uma maior proteção ao dirigir, diminuindo a probabilidade de se envolver em um acidente e encorajando a condução consciente.
Importância e benefícios – A direção defensiva envolve um conjunto de técnicas e comportamentos que permitem ao motorista antecipar e responder a possíveis incidentes e perigos no trânsito, independentemente das condições de tráfego ou do comportamento de outros condutores. Dirigir defensivamente pode trazer uma série de benefícios para o motorista. Além de diminuir significativamente a probabilidade de se envolver em acidentes, conduzir de maneira mais segura e eficiente pode resultar em economia de combustível e menor desgaste do veículo, além de proporcionar uma experiência de condução mais tranquila, com menos estresse e preocupação.
Princípios – Existem 5 elementos básicos da direção defensiva que são como pilares para a boa prática de condução.
1. Conhecimento e prevenção – Um motorista defensivo deve estar atualizado sobre as leis e regras de trânsito e deve ter conhecimento dos procedimentos e problemas com o veículo que podem ser considerados infrações ou podem oferecer algum risco. Ele também precisa agir de forma preventiva, garantindo que seu veículo está em boas condições e que possui o conhecimento e recursos necessários para agir no caso de algum imprevisto.
2. Habilidade – Assim como em todas as atividades na vida, quanto mais você pratica algo, mais você treina e desenvolve sua competência. É essencial desenvolver suas habilidades no volante de forma segura e gradual. Pratique rodando por vias mais calmas em dias menos movimentados antes de pegar um trânsito na estrada.
3. Atenção – Uma direção defensiva exige estar sempre preparado para agir. Para isso, é preciso estar em boas condições físicas e mentais para dirigir, conhecer bem o veículo que está conduzindo e estar pronto para tomar medidas evasivas, se necessário. Evite distrações durante a condução, observe se o volume do rádio ou a conversa com o carona não atrapalham a sua percepção do trânsito ao redor.
4. Previsão – Não podemos prever o futuro, mas precisamos treinar nossa habilidade de antecipar situações de risco. Isso significa estar atento ao comportamento de outros motoristas, pedestres e ciclistas, bem como às mudanças nas condições da via, como obras ou acidentes. Manter uma distância segura dos outros veículos, observar sempre os retrovisores e mais à frente do caminho e prestar atenção aos sinais de trânsito com o máximo de antecedência são atitudes cruciais para uma condução defensiva.
5. Ação – Um motorista defensivo utiliza todo o conhecimento e habilidade que adquiriu para tomar as decisões corretas e no momento certo. Ele precisa ser capaz de executar ações de maneira segura e eficaz. Isso pode incluir uma frenagem de emergência, o desvio de obstáculos ou a comunicação com outros motoristas através de sinais.
Práticas de direção defensiva
Existem alguns procedimentos que fazem parte do que chamamos de direção defensiva:
Faça manutenção preventiva: manter a manutenção do seu veículo em dia é uma das melhores maneiras de mantê-lo seguro. Não se esqueça dos pneus também.
Mantenha distância: sempre mantenha uma distância segura entre seu veículo e o da frente, permitindo tempo para reação em caso de frenagem brusca.
Conheça os pontos cegos: uma dica importante para todos os motoristas é avaliar os pontos cegos da direção antes de dirigir; dessa forma, você pode se atentar a eles antes de mudar de faixa ou fazer uma curva.
Observe as condições da via e do clima: fique atento ao caminho, reduza a velocidade em estradas esburacadas e ajuste os recursos do veículo de acordo com as condições climáticas, como chuva e neblina. Tenha certeza de escolher um pneu adequado para o seu veículo e para as vias em que costuma trafegar.
Ser um motorista defensivo é ser um motorista consciente e responsável. A direção defensiva é essencial para garantir a segurança no trânsito. Adotar essas práticas não só protege você, mas também os outros usuários da via, contribuindo para um trânsito mais seguro e harmonioso.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
O deputado federal Ossesio Silva (Republicanos-PE), presidente nacional do Republicanos 60+, deu posse hoje (20), no Hotel Atlântico Business, no Rio de Janeiro, à nova Executiva Estadual do movimento, em evento que reuniu lideranças como a deputada estadual Tia Ju (Republicanos-RJ) e a vereadora Tânia Bastos. Foram empossados Janaina Mussalem Dias Barbosa como secretária estadual, Renato Costa de Oliveira como secretário executivo, além de outros dirigentes que terão a missão de fortalecer as políticas voltadas à população idosa no estado.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na tarde deste sábado (20), Lucas Ribeiro Leitão, de 30 anos, suspeito de planejar um atentado em Brasília. A ação foi conduzida pela Divisão de Proteção e Combate ao Extremismo Violento (DPCev), após trabalhos de inteligência que monitoraram as redes sociais do investigado, onde ele fazia ameaças explícitas e incitava atos de violência.
Trechos das publicações que embasaram a investigação mostram o suspeito convocando seguidores para uma “guerra”. Em uma das mensagens, Lucas afirma que já possui uma “ogiva pronta para destruir a metade desse país”, já em outra, diz que “já temos um primeiro país para conquistar: Portugal”. As informações são do Correio Braziliense.
Além disso, ele teria incentivado apoiadores a se reunirem em rodovias e manifestado a intenção de “subir” para Brasília com presos, dizendo que viraria o ano “no presídio com eles”. Devido ao teor das postagens, as equipes iniciaram o monitoramento que culminaram na detenção do suspeito.
Outra tentativa
A prisão de Lucas acontece menos de um ano após outra detenção, ocorrida em 29 de dezembro de 2024, quando ele foi capturado na Bahia, também pela DPCev, enquanto se deslocava em direção ao Distrito Federal. Na ocasião, o suspeito carregava uma faca, admitiu planos de ataque e utilizava uma conta fechada no Instagram para anunciar intenções de “botar fogo” no DF, um “ataque cirúrgico” e pedir aumento drástico na segurança pública.
Após a primeira prisão, Lucas passou por audiência de custódia e permaneceu detido enquanto as investigações continuavam. No entanto, a reativação das ameaças e o retorno de comportamentos semelhantes nas redes motivaram a reabertura das diligências que resultaram na nova prisão deste sábado.
A DPCev é especializada no combate ao extremismo violento e à prevenção de atos de terrorismo, está agora concentrada em apurar se Lucas tinha meios concretos para colocar seus planos em prática. A polícia investiga se havia estrutura logística, armamentos, possíveis coautores ou articulações que pudessem tornar reais as ameaças divulgadas.
O projeto de anistia ampla defendido por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no Congresso não inclui benefícios à deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que está presa desde julho em Roma.
Segundo o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), o texto defendido pelo partido inclui o perdão a todos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por atos de antidemocráticos de 2019 até agora. Neste contexto, o líder avalia que Zambelli ficaria de fora porque ela não foi condenada por esse tipo de crime, mas por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o auxílio do hacker Walter Delgatti Neto.
O projeto da anistia teve a urgência aprovada pela Câmara dos Deputados, que agora debate o mérito da proposta. O relator do texto, Paulinho da Força (Solidariedade-SP) ,disse que não cabe uma anistia ampla e que o projeto debaterá a redução das penas dos condenados. O partido de Bolsonaro afirma que não aceita essa proposta.
Mesmo admitindo que a parlamentar não está detida por um crime de ataque à democracia, os correligionários do PL seguem com o discurso de que ela seria uma perseguida política e usam o caso para atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Ontem (19), os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Damares Alves (Republicanos-DF), Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES) visitaram a deputada. O foco foi verificar as condições da prisão de Zambelli.
A deputada foi presa na Itália há dois meses, depois de fugir do Brasil e ficar foragida na Europa. Após a audiência de custódia, a Justiça italiana determinou que Zambelli fique presa enquanto seu pedido de extradição aguarda uma resposta.
O ministro de Lula, Silvio Costa Filho, esteve, neste final de semana, no município de Águas Belas, no Agreste do Estado, para assinar as ordens de serviço que marcam um novo ciclo de desenvolvimento para a cidade. Ao lado do prefeito Dr. Elton, foram anunciados investimentos na ordem de R$ 3,5 milhões para a pavimentação asfáltica contemplando 20 ruas, além de recursos para recuperação de estradas vicinais e para a saúde.
O anúncio de investimentos reuniu centenas de moradores, além de prefeitos, ex-prefeitos e lideranças de diferentes cidades do Agreste. Estiveram presentes, além da vice-prefeita Eniale Jônatas, o pré-candidato a deputado federal Carlos Costa, o pré-candidato a deputado estadual Bruno Marques e os representantes da Codevasf, Edilazio Wanderley e Samuel Andrade.
“Esse é um momento muito importante para a nossa cidade. Quero agradecer ao ministro Silvio Costa Filho pelo empenho e pelo trabalho incansável para cuidar do nosso município e melhorar a vida da nossa gente”, afirmou o prefeito Dr. Elton.
Silvio Costa Filho, por sua vez, fez questão de destacar o grande trabalho que o gestor vem fazendo no município. “Quero parabenizar o prefeito Elton pela grande gestão que vem realizando. Nosso compromisso é continuar trabalhando junto com a prefeitura e o presidente Lula para levar mais obras e mais qualidade de vida para o povo”, declarou o ministro, sob aplausos de lideranças e populares.
Ao contrário do que aconteceu no ano passado, na primeira reunião sobre Democracia feita em conjunto com a Espanha, às margens da Assembleia Geral da ONU, agora o Brasil não convidou os Estados Unidos a participar das discussões sobre como preservar o ambiente democrático, que serão conduzidas por Lula e o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez na próxima quarta-feira (23) em Nova York.
Dessa vez, além de Brasil e Espanha, co-patrocinam o evento Chile, Colômbia e Uruguai. À exceção dos EUA, todos os demais países que foram convidados em 2024 voltaram a receber convites. No entendimento da diplomacia brasileira, a troca de comando da Casa Branca, do democrata Joe Biden para o republicano Donald Trump, alterou significativamente o cenário a ponto de inviabilizar a participação dos norte-americanos no evento, batizado de “Defendendo a democracia contra os extremismos”. As informações são do portal UOL.
Auxiliares do presidente Lula têm dito que parte justamente do governo Trump o maior ataque à democracia brasileira em 40 anos. Logo, a presença de funcionários do governo Trump seria impraticável e um convite a eles poderia até ser visto como “provocação”.
Há dois meses, o governo do republicano mobiliza uma série de instrumentos contra o Brasil — um tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, sanções financeiras da Lei Global Magnitsky sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, restrições de entrada e circulação a autoridades brasileiras —, justificando-os tanto pelo processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, ao qual Trump chama de “caça às bruxas”, quanto por decisões do STF de regulações de discurso de ódio em big techs.
No ano passado, a discussão do evento brasileiro girou em torno de como coibir discursos de ódio e o avanço da extrema direita em redes sociais. O atual governo norte-americano vê tais iniciativas como antidemocráticas e cerceamento de liberdade de expressão, conforme entendida pelas leis do país.
O governo de Biden tinha a questão da democracia como prioridade, especialmente depois do ataque de trumpistas ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, o que chegou a interromper a certificação da vitória de Biden por algumas horas.
O governo do democrata fez um evento próprio em prol da democracia e convidou o Brasil, que não compareceu porque viu na iniciativa uma tentativa de fustigar a China. Em resposta, os norte-americanos compareceram ao evento brasileiro sem mandar representantes do primeiro escalão.
Lula chega a NY amanhã e discursará na abertura da Assembleia Geral da ONU na próxima terça (22), sob o fantasma de novas punições ao Brasil, prometidas por Trump após a condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e outros 4 crimes.
Em um memorando de 17 páginas, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos começou a exigir que os cerca de 90 jornalistas credenciados para cobrir a agência obtenham aprovação prévia para publicar qualquer informação que lhe diga respeito, confidencial ou não, ou correm o risco de perder o acesso ao Pentágono. O documento ainda restringe a circulação da imprensa, designando grandes áreas do prédio como proibidas para a circulação sem escolta.
As novas condições, comunicadas na ontem à noite aos jornalistas atingidos, representam um novo passo na luta que o presidente americano Donald Trump e seu governo travam contra a imprensa tradicional, que ele acusa de ser desfavorável a ele.
O Departamento de Defesa disse no memorando que “continua comprometido com a transparência para promover a responsabilização e a confiança pública”. O novo documento estabelece que informações do Departamento de Defesa “devem ser aprovadas para divulgação pública por um funcionário autorizado, antes de sua publicação, mesmo que não sejam confidenciais”.
O novo compromisso exige que jornalistas reconheçam por escrito que a aquisição ou o uso de informações não autorizadas seria motivo para “suspensão imediata” do acesso ao Pentágono. A medida ainda define informações proibidas para incluir tanto materiais confidenciais quanto “informações não confidenciais controladas”, uma categoria amplamente definida que inclui materiais que poderiam representar um risco à segurança nacional se divulgados ao público.
Não está claro se a proibição incluiria a solicitação de informações da equipe do Departamento de Defesa ou a busca de confirmação ou comentários sobre materiais coletados por outros meios.
A mudança pode restringir drasticamente o fluxo de informações sobre as Forças Armadas dos EUA ao público. O Clube Nacional de Imprensa de Washington classificou a política como “um ataque direto ao jornalismo independente” e solicitou a revogação imediata da norma.
— Se as notícias sobre nossas Forças Armadas devem ser aprovadas primeiro pelo governo, o público não recebe mais informações independentes — declarou o presidente da organização, Mike Balsamo. — O público receberá apenas o que os funcionários [do Pentágono] querem que vejam. Isso deveria alarmar todos os americanos.
Além disso, o documento restringe a circulação da mídia dentro do próprio Pentágono, designando grandes áreas do prédio como proibidas para a circulação sem escolta dos cerca de 90 repórteres credenciados para cobrir a agência. Embora muitos escritórios e salas de reunião no Pentágono sejam restritos, jornalistas autorizados já haviam recebido acesso sem escolta a grande parte do prédio e seus corredores. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, defendeu na sexta-feira esta medida do novo formulário de credenciamento.
“A imprensa não pode mais circular pelos corredores de uma instalação segura. Use sua credencial e cumpra as regras, ou vá para casa”, escreveu ele no X.
Sean Parnell, porta-voz do Pentágono, afirmou em comunicado que as novas diretrizes “reafirmam padrões que estão em conformidade com todas as outras bases militares do país”, acrescentando que se tratavam de “diretrizes básicas e de bom senso para proteger informações confidenciais e a segurança nacional”.
O diretor de advocacia da Fundação Freedom of the Press Foundation, Seth Stern, declarou que o governo está legalmente proibido de exigir que jornalistas abram mão de seu direito de investigar o governo em troca de acesso ou credenciais.
— Esta política funciona como uma restrição prévia à publicação, considerada a mais grave das violações da Primeira Emenda — afirmou Stern. — O governo não pode proibir jornalistas de divulgar informações públicas simplesmente alegando que se trata de um segredo ou mesmo de uma ameaça à segurança nacional.
Ameaças à liberdade de imprensa
A nova ordem, descrita em um memorando distribuído à imprensa na sexta-feira, foi a mais recente de uma série de ações do governo Trump para limitar a capacidade da mídia de cobrir o governo federal sem interferência.
A relação tensa do Pentágono com a mídia reflete uma atitude generalizada em todo o governo Trump. A Casa Branca tem repetidamente limitado o acesso aos veículos de comunicação por causa da cobertura que não lhe agrada, e o presidente Trump processou várias organizações de notícias, incluindo o Wall Street Journal e o New York Times, por causa de sua cobertura.
Após o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, na semana passada, o chefe da Comissão Federal de Comunicações, Brendan Carr, ameaçou as emissoras de televisão com “multas ou revogação de licença” se continuassem transmitindo o programa noturno de Jimmy Kimmel na ABC.
A ofensiva aconteceu depois que o apresentador fez comentários interpretados por alguns como críticos ao movimento Make America Great Again (MAGA) e a Kirk. Na sequência, a ABC suspendeu o programa por tempo indeterminado.
Na quinta-feira, Trump sugeriu a repórteres que os veículos de comunicação deveriam ser punidos pela cobertura negativa de sua presidência.
— Eles só me dão publicidade ou cobertura negativa — disse o presidente. — Eles têm uma licença, acho que talvez essa licença devesse ser retirada.
Foco de notícias
O Departamento de Defesa tem sido um ponto focal do escrutínio da imprensa em 2025, com veículos de comunicação revelando que o Secretário de Defesa, Pete Hegseth, havia divulgado planos de guerra confidenciais em um grupo de bate-papo privado que incluía um repórter.
Em outro caso, jornais reportaram que Hegseth havia convidado o bilionário Elon Musk para um briefing sobre os planos ultrassecretos do governo caso uma guerra eclodisse com a China. Mais recentemente, a cobertura jornalística levantou questões sobre a legalidade de dois ataques militares a barcos venezuelanos que mataram 14 pessoas.
Sob a supervisão de Hegseth, o Pentágono impôs uma série de restrições à capacidade da mídia de cobrir os militares. A primeira delas foi uma decisão no final de janeiro de remover quatro veículos de comunicação de seus espaços de trabalho no Pentágono em favor de outros portais de notícias, como o Breitbart News, que forneciam uma cobertura vista pela administração como mais favorável.
O Secretário de Defesa, que é ex-apresentador da Fox News, tem tomado uma posição cada vez mais adversária com a imprensa, acusando repetidamente os jornalistas de tentarem “sabotar” a agenda de Trump ao publicar informações vazadas por “ex-funcionários descontentes”. Desde que assumiu o cargo, Hegseth realizou apenas uma coletiva de imprensa, após um ataque militar ao Irã em junho.
“A ‘imprensa’ não comanda o Pentágono — o povo é que comanda”, escreveu Hegseth no X na sexta-feira.
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump (Partido Republicano), dos Estados Unidos, podem ter a chance de se encontrar pessoalmente pela primeira vez na próxima terça-feira (22).
Ambos discursarão na sessão de abertura da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York. Desde os anos de 1950, o Brasil é o primeiro país a discursar no evento. Em seguida, normalmente fala o presidente dos Estados Unidos, que sediam a organização. As informações são do Poder360.
Lula falará depois do secretário geral das Nações Unidas, António Guterres, e da presidente da 80ª Assembleia Geral, a alemã Annalena Baerbock. Seu discurso está previsto para às 10h (no horário de Brasília).
Um eventual encontro entre Lula e Trump não está confirmado. Pelo lado brasileiro, cogitou-se, inclusive, mudar trajetos na parte interna do plenário para evitar um encontro cheio de constrangimentos.
Em 2024, o petista conversou de forma breve com o então presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Partido Democrata), nos bastidores do palco principal.
Um encontro entre Lula e Trump poderia ter ocorrido no G7, em junho. Mas Trump deixou a cúpula dos países mais ricos do mundo antes do previsto e, por isso, não participou do segundo dia de evento. Justamente o dia em que Lula estaria presente. O G7 se reuniu em Kananaskis, no Canadá.
A viagem de Lula a Nova York se dá no pior momento da relação entre Brasil e Estados Unidos. A tensão entre os dois países escalou a partir de julho, quando o republicano anunciou um aumento de tarifa, para 50%, dos produtos importados brasileiros e condicionou qualquer tipo de negociação à suspensão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, foi o maior financiador da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) durante o período em que ela esteve foragida da Justiça brasileira, entre os meses de maio e junho deste ano. O valor de R$ 5 mil foi transferido via Pix, segundo relatório da Polícia Federal (PF).
O documento foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e detalha as transferências financeiras recebidas por Zambelli no período em que ela estava fazendo uma vaquinha virtual.
O relatório aponta que, antes de ser presa, a deputada já era alvo de inquérito criminal instaurado por ordem de Moraes, no âmbito da ação penal 2.428/DF. Conforme a decisão, Zambelli teria tentado obstruir investigações em andamento e, após deixar o Brasil, passou a divulgar mensagens públicas com críticas ao Judiciário.
Em uma das declarações citadas no inquérito, afirmou que voltaria a ser “a Carla que era antes das amarras que essa ditadura impôs”, em referência ao STF e às decisões judiciais contra ela.
A PF também analisou os valores arrecadados por meio de uma vaquinha virtual aberta para ajudar a deputada. As transações de R$ 500 ou mais passaram a ser monitoradas. Entre 8 e 24 de maio deste ano, Zambelli transferiu R$ 339 mil de sua conta no Banco Itaú Unibanco para outra conta de sua titularidade na Caixa Econômica Federal. Apenas após o início do pedido público de doações, o total transferido entre contas em seu nome somou R$ 336 mil.
Principais doadores identificados pela PF:
• Luciano Hang, em 20/05/2025 – empresário e cofundador da rede de lojas Havan.
• LCG Paschoalino Ltda., em 27/05/2025 – empresa registrada em 2017 sob o nome fantasia LCG Transportes, tendo como sócios Leonardo Contin Guimarães Paschoalino e Luciana Rodrigues Coelho.
• Marcos Adolfo Tadeu Senamo Amaro, em 03/06/2025 – empresário, artista plástico, colecionador de obras de arte e fundador e ex-presidente do FAMA Museu
Outras doações relevantes:
• Karina Zupelli Roriz dos Santos, em 20/05/2025 – R$ 3.187,62. Ela é secretária parlamentar no gabinete de Zambelli.
• Antônio Aginaldo de Oliveira, em 19/05/2025 – R$ 2.000,00. É marido da deputada.
• Cristiane de Brum Nunes Marin, em 19/05/2025 – R$ 2.000,00
Segundo o documento, a quantia recebida integra uma estratégia mais ampla de arrecadação organizada no site carlazambelli.com.br, domínio registrado em nome da própria deputada. A página promovia a campanha #JuntosComZambelli, com instruções para depósitos em conta e transferências instantâneas.
O relatório também aponta que familiares da parlamentar, como a mãe, Rita Zambelli, reforçaram a divulgação dos canais de arrecadação em redes sociais alternativas, como Gettr e Substack. Nessas plataformas, foram encontradas mensagens bilíngues (português, inglês e italiano) com pedidos de apoio e críticas ao ministro Moraes, além de convocações para manifestações contra o STF.
O Brasil presencia, com crescente inquietação, o avanço da politização do Poder Judiciário (STF) e a consequente judicialização da política. Em um cenário de instabilidade institucional e descrédito generalizado, o Supremo Tribunal Federal — cuja missão constitucional é justamente garantir o equilíbrio entre os poderes — tem protagonizado episódios que em nada colaboram para a preservação da democracia e da legalidade. Ao contrário, escancaram a erosão da discrição, da imparcialidade e do decoro que se espera de seus ministros.
A recorrente exposição midiática de membros da Corte, com entrevistas, declarações públicas sobre casos em julgamento e críticas abertas entre pares sobre seus votos, constitui não apenas uma grave afronta à liturgia do cargo, mas uma violação direta à Lei Orgânica da Magistratura Nacional (LOMAN), que impõe aos juízes o dever de sobriedade, reserva e independência. Quando ministros se pronunciam como comentaristas políticos e decisões judiciais, ao sabor das manchetes e das redes sociais, perdem de vista o papel institucional que ocupam.
Não se trata de negar aos magistrados o direito à liberdade de expressão. Trata-se de compreender que o exercício da magistratura exige contenção. O juiz fala nos autos — e apenas nos autos. Fora deles, o silêncio não é covardia, é virtude republicana. A toga não pode ser instrumento de vaidade, nem escudo para ambições políticas.
A judicialização da política, por sua vez, revela um outro lado da mesma crise. O Legislativo e o Executivo, por vezes incapazes de assumir responsabilidades e lidar com temas sensíveis, recorrem ao STF como quem entrega a um tribunal a função que deveria caber ao voto popular. O Supremo, nesse contexto, deixa de ser árbitro e assume, perigosamente, o papel de protagonista — com decisões que muitas vezes extrapolam os limites da interpretação constitucional e invadem o terreno da legislação.
Esse ciclo — em que a política se refugia no Judiciário e o Judiciário se arroga o direito de fazer política — enfraquece todos os poderes e compromete a separação entre eles. Ministros que se digladiam em público, trocando farpas em sessões televisionadas ou entrevistas à imprensa, prestam um desserviço à Justiça e ao país. A divergência técnica é saudável; o confronto personalista, não.
É preciso restaurar a compostura. O Supremo Tribunal Federal não pode se tornar um partido informal, dividido em alas ideológicas, comprometido com projetos pessoais em vez de com a Constituição. A legitimidade da Corte não se constrói com likes, manchetes ou holofotes, mas com discrição, coerência e fidelidade aos princípios que fundamentam o Estado de Direito.
Democracias sólidas exigem instituições sólidas. E instituições sólidas não se constroem com discursos, mas com responsabilidade, equilíbrio e respeito à função pública. Que o STF retome o caminho da sobriedade — antes que se torne irreversivelmente mais um ator no palco das disputas políticas do país.