Em visita, há pouco, ao ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula (PSD), o presenteei com o meu livro ‘Os Leões do Norte’. Depois, tivemos uma boa e produtiva conversa sobre a política nacional e seus desdobramentos em Pernambuco.
Em visita, há pouco, ao ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula (PSD), o presenteei com o meu livro ‘Os Leões do Norte’. Depois, tivemos uma boa e produtiva conversa sobre a política nacional e seus desdobramentos em Pernambuco.
Por André Bolota*
Os constantes ataques à direita e ao conservadorismo tem mostrado algo muito além do que a tradicional e esperada oposição da esquerda. O que temos acompanhado é uma ala de motim e birra do movimento “pseudo-conservador”. Chega a ser difícil de acreditar na divisão que um pequeno núcleo vem causando.
Além de um silêncio ensurdecedor diante dos constantes ataques ao presidente Bolsonaro e a lideranças queridas em todo país, esse grupo demonstra uma das principais características dos traidores: a aproximação por conveniência, até mesmo com opositores, que possam trazer os benefícios desejados. Os ataques gratuitos a alguns nomes verdadeiramente reconhecidos e queridos, parecem ser parte de um cenário de desespero e luta para que os holofotes não se apaguem em suas trajetórias políticas.
Leia maisOs movimentos pacíficos que acontecerão em diversas cidades do Brasil, no próximo dia 3 de agosto, tem servido também para mostrar o distanciamento e covardia de personagens e máscaras que já não se sustentam, ainda tentem ostentar títulos partidários.
O fato é que se a direita não pode contar com esses líderes nos momentos de luta, pra que esses servem? Apenas para usar a sigla e as bandeiras conservadoras e conseguir votos? Será mesmo que acham que o povo vai esquecer a neutralidade e a indiferença?
A verdadeira direita estará na Avenida Boa Viagem, em Recife, sinalizando a força de um povo que não tem medo de lutar pelos princípios que acredita. Talvez, dois ou três farsantes surjam com sorrisos amarelos e acenos forçados, mas sabemos que o respeito e carinho do povo não se conquistam com posturas como as que estão sendo demonstradas. As falas totalmente desajustadas da verdade que a direita raiz busca viver estão sendo vistas. Pernambuco tem reconhecido os lobos e o povo é soberano em suas escolhas e em seu carinho genuíno.
*Cientista político
Leia menosPor Andreza Matais
Do Metrópoles
A cúpula do União Brasil bateu o martelo e vai entregar dois dos ministérios que ocupa no governo Lula. O desembarque deve ocorrer já em setembro. Dos três ministros indicados pelo União, apenas Celso Sabino (Turismo) é filiado à sigla. O Metrópoles apurou que, nesse caso, ele será expulso da legenda se permanecer no governo como cota pessoal de Lula.
Outro que terá que entregar o cargo é Frederico Siqueira (Comunicações). Ele não tem filiação partidária, mas só está no ministério por imposição do União. A determinação partidária, contudo, não deve alcançar Waldez Góes (Integração Nacional). Embora filiado ao PDT, o ministro só está no posto porque o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), quer. E ninguém no União Brasil mexe com os cargos de Alcolumbre — nem mesmo o poderoso presidente da sigla, Antonio Rueda.
Leia maisSem base de apoio no Congresso, a saída do União Brasil do governo significa ainda mais dificuldades para o governo Lula aprovar medidas que possam ajudar Lula na reeleição. A sigla elegeu 59 deputados, terceira maior bancada da Câmara, atrás do PL (99) e do PT (67).
Reportagem da coluna de Andreza Matais foi o estopim da crise
O Metrópoles apurou que o partido não quer mais estender sua permanência no governo, diante da decisão de que não irá apoiar a reeleição de Lula em 2026. Isso, contudo, já era um fato desde abril, quando o União formou uma federação com o PP — um dos maiores opositores do governo Lula. A federação obriga os dois partidos a apoiarem o mesmo candidato ao Planalto em 2026.
O que precipitou a saída do União foi uma reportagem da coluna que mostrou críticas do presidente da sigla, Antonio Rueda, ao governo Lula, durante evento da XP, em São Paulo, que reuniu os maiores empreendedores do país, investidores e CEOs de grandes empresas.
Ao lado do presidente do PT, Edinho Silva, Rueda disse que falta “coragem” e “seriedade” ao governo Lula e defendeu a substituição do petista em 2026.
“Acredito que o governo Lula, o terceiro governo, não está conseguindo entregar à sociedade o que ela realmente precisa. Precisamos de um enfrentamento com coragem. Eu não consigo enxergar essa mudança. Não vejo uma sociedade equilibrada onde não se consegue fazer cortes de gastos e investir com seriedade em saúde e educação.”
“Estamos às portas de um impacto forte provocado pela inteligência artificial. Imagine a quantidade de empregos que vão desaparecer nos próximos três, quatro, cinco anos. E não estamos nem debatendo isso ainda. O Brasil precisa se modernizar, e para isso precisamos de uma candidatura que leve o país a um rumo certo, de prosperidade“, afirmou. “Eu não consigo enxergar metas no governo atual. Está tudo muito solto“, completou.
No evento da XP, Rueda também responsabilizou Lula pelo tarifaço de Trump, enquanto o petista coloca a culpa em Jair Bolsonaro:
“A primeira pessoa que tem que dialogar é o presidente da República. Ele tem que pegar o telefone, ligar para o Trump e dizer: ‘Eu quero dialogar.’ Ao invés de hoje estar correndo atrás e vivendo em função da eleição. Eu acho que essa postura é muito danosa para o país. A gente conhece o Trump porque ele já foi presidente. E a gente tem que ter racionalidade e entender o que aconteceu. O presidente [Lula] sim, ele provocou, instigou essa situação. Não tem como dizer que isso não aconteceu.”, disse.
“Enquanto o mundo ocidental defendia a Ucrânia, o presidente foi lá e defendeu a Rússia. Foi lá bater palma, fazer aceno e outras coisas. Isso vai ter um custo. A gente não pode achar que isso vai passar batido. Agora, no BRICS, ele defendeu o diálogo para extinguir o dólar da comercialização. Não tem como o Trump ficar calado”, continuou.
“Imagina que, em todo o mundo — não só no Brasil — ele aplicou essa tarifação. Parceiros antigos, como o Canadá e a China, também foram punidos. Mas o Brasil sofreu uma sanção mais pesada. E a gente precisa abrir esse diálogo de imediato, com muita serenidade e temperança. E não ficar pensando em dividendo político. Esse papel é do presidente da República. Ele tem que ir e conduzir o processo”, finalizou.
O presidente do União Brasil e da federação União-PP escancarou ainda que não irá apoiar a reeleição de Lula. “O que a gente imagina é que esse campo, da centro-direita, vai se unificar em torno de uma candidatura. Hoje você já ouve falar muito do Tarcísio, do Ratinho, do Zema e do próprio Caiado, que é o nosso pré-candidato. E eu enxergo que esse movimento vai ser mais eficaz.”
O presidente Lula não gostou do que leu e, cinco dias depois, convocou os três ministros para cobrar explicações sobre as críticas de Rueda, como mostrou o colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles. Em reunião fora da agenda, o presidente condicionou a permanência no governo ao apoio do partido no Congresso.
Rueda reagiu ao ultimato do petista.
Na última sexta-feira (1), divulgou um post no Instagram no qual afirma que “o compromisso do União não é com cargos ou conveniências, é com princípios. Seguiremos apoiando o que for certo e denunciando os erros, sem medo de desagradar. Independência não se negocia.”
Para arrematar:
“O União nunca vai se furtar à crítica, à autonomia ou à responsabilidade com o que realmente importa: o país. Quando decisões se afastam do interesse público, como tem frequentemente ocorrido no governo, o silêncio não é uma opção.”
Leia menosUm ônibus que transportava integrantes de uma torcida organizada do Bahia tombou no Km 138 da BR-101, no município de Ribeirão, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. O destino do veículo era a Ilha do Retiro, onde neste sábado (2) ocorreu a partida entre Sport x Bahia, pela Série A do Campeonato Brasileiro.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, que foi acionada para a ocorrência por volta das 14h10, o motorista do ônibus perdeu o controle do veículo e tombou na pista. O condutor do veículos e alguns passageiros ficaram feridos, a princípio sem gravidade. As oito vítimas — sendo duas em estado mais grave — foram socorridas pelo Samu e inicialmente levadas para o Hospital Regional de Escada. As informações são da Folha de Pernambuco.
Leia maisPor conta do acidente, os veículos que seguem no sentido Recife estão passando por apenas uma faixa. O ônibus ficou atravessado na rodovia. Um congestionamento de cerca de 3 km se formou no local. O último licenciamento emitido para o ônibus, de acordo com a PRF, foi de 2022. O veículo será recolhido para o pátio.
O Bahia se pronunciou sobre o ocorrido e se colocou à disposição para ajudar as vítimas.
“O Esquadrão vem a público manifestar solidariedade aos tricolores presentes no ônibus que tombou na estrada rumo ao jogo de hoje no Recife. O Esporte Clube Bahia SAF fez contato com a @BamorNovaEra e se colocou à disposição para prestar apoio.”
Leia menosO presidente da Câmara de Arcoverde, Luciano Pacheco (MDB), convocou, há pouco, pela TV LW, a população para o lançamento do livro “Os Leões do Norte”, na próxima quinta-feira, às 19h, no plenário da Casa.
Durante o anúncio do evento, Pacheco destacou a importância da obra, de minha autoria, que resgata a trajetória de 22 governadores de Pernambuco. “É um livro de cabeceira para quem gosta de política e do social, para conhecer a história de Pernambuco”, completou.
Clica e veja!
O Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou ontem, durante o 17º Encontro Nacional da legenda, uma carta em que pede ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a suspensão das relações diplomáticas e comerciais do Brasil com o governo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu. O documento expressa solidariedade ao povo palestino e condena a violência na Faixa de Gaza.
A carta, intitulada “Em defesa do povo palestino”, destaca o elevado número de vítimas civis palestinas, em especial crianças, e faz referência a uma declaração feita por Lula em junho deste ano, quando o presidente afirmou que o que ocorre na região “não é uma guerra, mas um genocídio premeditado”. As informações são do jornal O Globo.
Leia maisApesar da posição pública do presidente, o texto critica a continuidade das relações econômicas entre Brasil e Israel e defende a necessidade de um rompimento. “O governo de Benjamin Netanyahu é acusado de crimes de guerra até por ex-embaixadores e ex-primeiros-ministros israelenses. Os crimes agora incluem assassinar civis desarmados e famintos, que buscam auxílio humanitário e recebem balas e bombas”, diz um trecho do documento.
A carta também menciona uma nota do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), divulgada em junho, que já havia defendido a suspensão das relações diplomáticas com Israel.
Declarações recentes de Lula
No último mês, Lula voltou a se manifestar com mais ênfase em defesa da causa palestina. Durante cerimônia no Palácio do Planalto, em julho, afirmou que o reconhecimento do Estado da Palestina como membro pleno das Nações Unidas é essencial para a construção da paz.
“Reconhecer o povo palestino e permitir seu ingresso na ONU é reconhecer a simetria necessária para a paz. Nunca tivemos medo de apontar a hipocrisia diante das mais flagrantes violações do nosso tempo”, declarou o presidente.
O governo brasileiro também decidiu aderir formalmente à ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em que o país africano acusa o governo israelense de cometer genocídio contra a população palestina em Gaza. O anúncio foi feito pelo chanceler Mauro Vieira, em entrevista à emissora Al-Jazeera.
“Os últimos desdobramentos da guerra nos levaram à decisão de nos juntarmos à África do Sul na Corte Internacional”, afirmou Vieira, ao justificar a medida diante da intensificação dos ataques a civis palestinos.
Leia menosPor Lecticia Cavalcanti
Da Folha de Pernambuco
Antigo ditado popular diz que “Agosto é mês do desgosto”. Talvez por terem tantas tragédias acontecido neste mês. Começou a Primeira Guerra Mundial (1º de agosto de 1914), Hiroshima e Nagazaki foram bombardeadas (6 e 9 de agosto de 1945), Hitler tornou-se líder na Alemanha (2 de agosto de 1934). Aqui no Brasil, morreu o governador pernambucano Agamenon Magalhães (24 de agosto de 1952), Getúlio cometeu suicídio (24 e agosto de 1954) e Jânio Quadros renunciou (21 de agosto de 1961).
Superstição é mesmo crença sem lógica. Vem do latim superstitio – “excessivo receio dos deuses”. Para Câmara Cascudo (em Dicionário do Folclore Brasileiro), “participa da própria essência intelectual do homem, e não há momento na história do mundo sem sua inevitável presença”. Seja, então. E são muitos os que padecem desse mal.
Leia mais“Era supersticioso Napoleão e era também Bismarck. É livre de toda superstição qualquer jumento, o que prova que a liberdade do espírito não é incompatível com o comprimento das orelhas”, escreveu Carlos Cirilo Machado, 2º Visconde de Santo Tirso (em De Rebus Pluribus, Lisboa, 1923). De Portugal nos vieram muitas dessas superstições. Como não passar debaixo de escada; ou se livrar de espelho quebrado; ou correr de gato preto. E, também, ter medo do número 13. Principalmente quando esse dia do mês cai na sexta-feira. E se for em agosto, piorou.
São muitas as superstições na culinária, também. Nunca devem sentar numa mesma mesa treze pessoas, por serem 13 os que participaram da Última Ceia – Jesus e mais doze apóstolos. Nossos índios, em suas mesas, apenas evitavam comer os “animais totens” – aqueles que lhes protegiam. E escravos africanos não deixavam restos de comida no prato, para que não fossem aproveitadas por espíritos atormentados.
Algumas dessas superstições se originaram, provavelmente, da tentativa do colonizador português em ensinar bons hábitos nas refeições – nunca dizer nome feio, sentar sem camisa ou usar chapéu. Não só isso. Nunca passar saleiro diretamente para a mão de quem pediu. Nem comer o primeiro ou o último bocado. Não deixar beber o resto do copo, pois revelará todos os seus segredos. Quando pegar o prato usar a mão direita, e devolver com a mão esquerda – que trará fartura à mesa. Vinho derramado é alegria. Sal na toalha é mau agouro. Dinheiro é miséria. Farinha no chão é sinal de progresso. Não cumprir esses rituais, segundo a crença popular daqueles primeiros tempos, seria grande ofensa ao Anjo da Guarda – presente em todas as refeições. E donzelas, bom lembrar, não deveriam servir sal, passar o paliteiro ou cortar galinha.
Há superstições, também, em outros hábitos alimentares. Como o de acender o fogo, em um tempo em que fogões eram ainda todos a lenha, claro. Se o fogo demorar a pegar, nunca praguejar – que atrai os maus espíritos. Nunca acender com papel – que a comida ficará sem gosto. E, se começar a sair faísca, jogar alho – para mandar embora os maus espíritos. Na hora de apagar o fogo, nunca usar água nem pisar nas brasas – que trará dificuldade em acender novamente.
Na hora de cozinhar, alguns cuidados também. A comida deve ser sempre mexida em uma única direção e por uma única pessoa – para que não fique sem gosto. Não usar faca para misturar a comida na panela – que “fará mal a quem comer”. Não deixar nunca a colher dentro da panela, nem descansando na borda – que altera o ponto de cozimento. Nem bater com ela na borda da panela – que desanda (perde o ponto). E quando uma mesma panela queimar a comida várias vezes, é que “ficou viciada” – e, melhor será, colocá-la de lado.
Todos sabemos que nada disso tem qualquer fundamento científico, claro. É só superstição. Mas, pelo sim pelo não, quem acredita recomenda-se usar figa, ferradura, pé de coelho, trevo de quatro folhas, ramos de arruda ou de alecrim. Ainda bater na madeira e tomar banho com sal grosso.
Leia menosA paralisação dos servidores da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), que estava prevista para ocorrer entre os dias 4 e 8 de agosto, foi suspensa. A decisão foi comunicada hoje pela Associação dos Servidores de Vigilância Sanitária em Pernambuco (AVISAPE), que representa a categoria.
De acordo com a associação, a suspensão se deu após o recebimento de uma liminar do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que proíbe a realização do movimento grevista. A ação foi movida pelo Governo do Estado por meio de uma Ação Declaratória de Ilegalidade e Abusividade de Greve.
Leia maisA determinação judicial impede “qualquer forma de paralisação, suspensão ou mobilização que acarrete prejuízo às atividades essenciais da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária – APEVISA, sob pena de responsabilização legal”, informou a AVISAPE.
A entidade afirmou que irá respeitar a decisão judicial, mas reiterou a legitimidade das demandas da categoria. “A AVISAPE, enquanto entidade representativa comprometida com a legalidade, a ética e a saúde pública, cumprirá integralmente a determinação judicial, ao tempo em que reforça a legitimidade das reivindicações apresentadas, especialmente no que tange à regulamentação da Gratificação de Fiscalização prevista na Lei Estadual nº 13.077/2006”, declarou a diretoria.
Por fim, a associação afirmou que continuará aberta ao diálogo com o Executivo estadual. “Continuaremos empenhados no diálogo institucional e na busca de soluções efetivas junto ao Governo do Estado, reafirmando nosso compromisso com a valorização dos servidores, a transparência e o interesse público.”
Leia menosEm meio a uma crise sem precedentes no plano internacional, entre o Brasil e os Estados Unidos, a maior potência mundial, com riscos de fechamentos de empresas no Brasil e o fim de milhares de empregos, chega a notícia de que o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, comemora seu aniversário de forma completamente fora de contexto, em Mykonos, na Grécia, com as maiores autoridades.
Que acinte! Quem está pagando essa conta? Rueda e seus convidados ilustres parecem não ter a menor noção da crise que o Brasil vive. De costas para o Brasil real, da fome e da miséria, Rueda dá a exata noção da sua insensibilidade social: é como viver no seu gueto, no seu país de ficção.
Com um agravante sério: Rueda é o único presidente de partido que é um lobista partidário, porque no fundo, no fundo, não tem mandato, nunca teve, sempre questionado pela relação com o próprio Luciano Bivar.
Para ser mais claro: muitos membros do partido parecem se sentir extremamente incomodados, enquanto ele se mostra indiferente, muito a vontade diante deste escárnio. Dá a impressão que ele reina num Brasil da mamata.
Por Vitória Floro
Do Blog da Folha
A possibilidade de substituição do superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Danilo Cabral, provocou uma forte reação em Pernambuco. Empresários, deputados, senadores e lideranças políticas de diversos partidos se manifestaram publicamente em defesa do gestor, após rumores de que o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), teria articulado com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, sua saída do comando da autarquia.
A articulação teria como pano de fundo a disputa entre os estados cearense e pernambucano pelo traçado e financiamento da ferrovia Transnordestina. Danilo, que é pernambucano, tem atuado com firmeza na defesa da conclusão do trecho da ferrovia que liga Salgueiro ao Porto de Suape, considerado estratégico para a logística regional.
Leia maisAo mesmo tempo, na gestão de Cabral, uma articulação envolvendo Sudene, Tribunal de Contas da União (TCU), Casa Civil e Ministério da Integração Nacional viabilizou a liberação de R$ 3,6 bilhões para a ferrovia, com recursos do FNDE, o que desmonta a narrativa de que a Superintendência estaria dificultando a liberação de recursos para o trecho cearense da ferrovia.
Entidades
A movimentação em favor da permanência de Danilo ganhou força quando cinco entidades com atuação em Pernambuco divulgaram nota conjunta destacando a importância de sua gestão. Assinam o posicionamento a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), o Centro das Indústrias do Estado de Pernambuco (Ciepe), o grupo Atitude PE, o Lide Pernambuco e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE).
“Danilo Cabral tem se consolidado como um parceiro estratégico do setor produtivo, atuando de forma incansável para viabilizar diversos investimentos estruturadores que impactam positivamente toda a região”, afirma a nota.
Congresso
No campo político, o senador Humberto Costa (PT) foi outro a endossar o apoio. Em seu pronunciamento, exaltou a reconstrução institucional da Sudene sob a gestão de Danilo e confirmou estar atuando junto à cúpula do governo federal para garantir sua permanência.
“Tenho tido conversas permanentes com a ministra (da Secretaria de Relações Institucionais) Gleisi (Hoffmann) e outros membros do governo para destacar a importância da sua atuação.”
A senadora Teresa Leitão (PT) destacou que o PT de Pernambuco indicou de forma consensual o nome de Danilo Cabral para a Sudene e disse que viu com “muita estranheza a movimentação de políticos do Ceará e da Bahia no sentido de reivindicar o espaço político e administrativo que coube ao PT de Pernambuco”. “Mais do que nosso apoio, ele conta com nossa articulação política”, assegurou.
Os coordenadores da bancada federal de Pernambuco no Congresso, os deputados Augusto Coutinho (Republicanos) e Carlos Veras (PT), também repudiaram o que classificaram como uma tentativa de “sabotagem” à gestão da Sudene. “Os coordenadores da Bancada se colocam frontalmente contrários a tal injustiça, defendendo o equilíbrio e a isonomia na gestão da Sudene, um patrimônio de todos os nordestinos”, afirmaram os parlamentares.
Pernambuco
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) também formalizou apoio por meio de um manifesto assinado por seu presidente, o deputado Álvaro Porto (PSDB). No texto, assinado em nome de todos os parlamentares estaduais, é destacado os avanços da gestão de Cabral. Os legisladores também cobram respeito à atuação técnica e estratégica de Danilo.
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), também se pronunciou na mesma linha. “(Danilo) Resgatou o protagonismo do órgão e tem atuado com competência para fortalecer o desenvolvimento do Nordeste. Sua permanência é fundamental para que a região siga avançando com planejamento e justiça social”, escreveu em suas redes sociais. Procurado pela reportagem, o superintendente Danilo Cabral não comentou sobre o assunto até o fechamento desta edição.
Leia menosDo jornal O Poder
“Lei não se discute, se cumpre”: o presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, foi o primeiro banqueiro brasileiro a falar, em entrevista à revista Exame, sobre a possível suspensão das atividades bancárias de Alexandre de Moraes na instituição. A declaração provocou uma tempestade de protestos e apoios nas redes sociais — mais protestos que apoios. Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, detonou: “Não somos colônia”. O petista reagiu à fala de Marcelo Noronha e reforçou que o PT vai entrar com ação no STF para barrar sanções dos EUA contra Moraes com base na Lei Magnitsky.
Marcelo Noronha, presidente Bradesco, anunciou, hoje, que pretende aplicar a decisão dos EUA e está consultando juristas no Brasil e Estados Unidos sobre o assunto. Ele afirmou sobre a aplicação da Lei Magnitsky que “lei não se discute, se cumpre”.
O problema é que a Lei Magnitsky proíbe que qualquer instituição que mantenha contato com qualquer dos seus alvos mantenha qualquer tipo de negócios com empresas norte-americanas. Repetindo de lá para cá: proíbe que instituição pública ou privada dos EUA mantenha negócio com quem tem qualquer negócio com os atingidos por ela. Ou seja, traficantes, terroristas, ditadores e violadores dos direitos humanos, pela ótica do governo norte-americano, não podem sequer ter conta bancária nem usar redes sociais.
Ora, todos os bancos, todos, inclusive Banco do Brasil e Caixa, usam tecnologia norte-americana para operar. É possível, em interpretação ampliada da lei, que os bancos possam vir a ter que escolher entre Moraes e a suspensão, ao menos temporárias, de grande parte das suas operações. O sistema bancário brasileiro está sob risco de voltar ao tempo dos telégrafos e depósitos anotados na caderneta do gerente. Sabem as agências bancárias dos filmes de faroeste? Mais ou menos daquele jeito.
Aplicada na última quarta-feira (30) contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a Lei Magnitsky é um mecanismo previsto na legislação estadunidense usado para punir unilateralmente supostos violadores de direitos humanos no exterior. Entre outros pontos, a medida bloqueia bens e empresas dos alvos da sanção nos EUA.
Entre as maiores instituições financeiras brasileiras, é comum que os bancos mantenham operações nos Estados Unidos e “subsidiárias ou dependências” em território americano. São os caso de Bradesco, Itaú Unibanco, BTG Pactual e Banco do Brasil, de acordo com dados do Banco Central (BC).
No Supremo, Alexandre de Moraes adota uma interpretação ampliada da lei, segundo a qual até mesmo quem mantém qualquer tipo de relação com os alvos da Lei Magnitsky pode ser afetado, como mencionado anteriormente.
Leia menosMaria Eduarda Barbosa Matos de Oliveira*
Entre audiências que esgotam e plantões que desafiam o corpo e a alma, entre ruas de barro quente e tribunais onde o tempo às vezes parece suspenso, nasceu um livro que é, antes de tudo, uma tentativa de escuta. “Do lado de dentro da cidade que sussurra” é minha estreia na literatura de ficção — e, embora assuma a forma de romance, foi gestado entre luto, saudade e muitos anos de experiência como advogada militante.
Escrevi como quem precisa respirar. E dedico esta obra ao meu avô, José Dinamérico, que me ensinou, com generosidade e firmeza, que justiça se busca também com ternura — e que estudar, escutar e permanecer são formas de luta.
Leia maisAmbientado em Caruaru, no Agreste pernambucano, o livro atravessa os bastidores do sistema de Justiça e da saúde pública com a lente de quem convive com suas falhas e resistências. Mas o que poderia ser apenas um relato duro, técnico ou institucional se transforma em narrativa sensível — guiada pela escuta, pela observação cotidiana e por uma poesia que cultivo, em silêncio, desde os dez anos.
Maria, a protagonista, é Defensora Pública. É mulher, filha, cuidadora — uma dessas figuras que seguram o mundo nos braços enquanto tentam lembrar quem são. João, médico recém-chegado ao hospital da cidade, cruza o caminho dela num tempo em que ambos já não esperavam muita coisa. O romance entre os dois não é o centro da trama, mas é uma espécie de promessa: a de que ainda é possível encontrar alguém que não vá embora quando tudo parece desabar.
A cidade, Caruaru, não é apenas cenário — é também personagem. Sussurra, acolhe, empurra. Com seus becos, suas instituições corroídas e seus cafés servidos com resistência, revela um Brasil que se vê pouco, mas que pulsa fundo. Logo no preâmbulo do livro, escrevo: “A Defensoria não é fábula. É faxina institucional. Lugar onde o nome vira número, mas o número insiste em voltar a ser nome.”
O livro não tem pretensão de oferecer respostas. Ele se detém, isso sim, no que muitas vezes escapa aos autos: a pausa, o cuidado, o gesto miúdo. Fala da vida de quem cuida e se dissolve no outro. Fala da ternura como força — não como fraqueza.
“Do lado de dentro da cidade que sussurra” conversa, de forma modesta, com autores que admiro imensamente — como Conceição Evaristo, Mia Couto, João Cabral de Melo Neto e Graciliano Ramos. Mas é, sobretudo, fruto de um olhar atento ao cotidiano e de uma tentativa de registrar, com delicadeza, o que não costuma caber nos processos judiciais.
Ao longo dos 20 capítulos, o livro propõe uma escuta: do outro, da cidade, de si. A intimidade se constrói nos silêncios compartilhados, na roupa estendida, no pão de queijo deixado na mesa, nas mãos que seguram o tempo quando ele parece falhar. Maria e João não vivem uma história extraordinária. Vivem — e isso já é muito.
Se há algo que este livro deseja, é lembrar que a permanência, mesmo silenciosa, pode ser o gesto mais amoroso de todos. Que cuidar também é um verbo político. E que algumas histórias, mais do que serem lidas, precisam ser escutadas com o coração.
Serviço:
“Do lado de dentro da cidade que sussurra”
Autora: Maria Eduarda Barbosa Matos de Oliveira
Disponível no site Clube de Autores
*Advogada e escritora
Leia menosEnquanto a governadora Raquel Lyra mantém silêncio diante da possível troca na superintendência da Sudene, o ex-prefeito de Caruaru e presidente do PDT em Pernambuco, Zé Queiroz, decidiu se posicionar. Adversário político de Raquel, Queiroz saiu em defesa de Danilo Cabral, atual chefe da autarquia, e enviou uma carta aberta ao presidente Lula pedindo sua permanência no cargo.
A iniciativa do pedetista se alinha à do prefeito do Recife, João Campos, que também manifestou apoio público a Danilo. Com informações do jornal O Poder.
Veja carta na íntegra:
Leia mais“Caro presidente Lula,
Na qualidade de pernambucano e histórico integrante do campo progressista do nosso estado, venho dar meu testemunho pessoal e também em nome do PDT de Pernambuco ao trabalho competente e inovador do superintendente Danilo Cabral à frente da Sudene.
Na eleições de 2022, foi em torno de Danilo que os nossos partidos se uniram, como candidato a governador. Danilo liderou uma ampla frente em defesa do seu nome na vitoriosa e memorável campanha para presidência da República.
Atualmente, é ele que coordena a agenda plural e desenvolvimentista para o Nordeste. Estamos aqui, publicamente, não somente pedindo pela sua permanência à frente da Sudene, como também para ressaltar o papel central que o órgão vem ocupando para alavancar projetos que garantem o protagonismo da nossa região no cenário nacional.
Receba meu abraço.
Zé Queiroz
Presidente do PDT de Pernambuco”.