O Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais 2025 será realizado de 1º a 5 de dezembro deste ano, na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. A oitava edição do Teste Público da Urna teve recorde de inscrições, inclusive com o aumento da participação feminina. As informações são do Blog da Folha.
O teste chegou à 8ª edição com o número recorde de 149 inscrições aprovadas, o que demonstra um interesse da sociedade em uma das etapas mais importantes de fiscalização e auditoria do processo eleitoral. A lista publicada nesta terça-feira (29) traz 106 inscrições individuais e 16 de grupos (num total de 43 pessoas).
Do total, 14 inscrições são de investigadores individuais ou em grupo que declararam representar instituições, como faculdades, universidades e partidos políticos. Quarenta mulheres, sendo 35 individuais e cinco integrantes de grupos, se inscreveram. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu pedidos de inscrição de 151 pessoas interessadas em participar do Teste Público da Urna 2025, mas dois foram reprovados por não atenderem aos requisitos para participação no evento exigidos pelo edital.
O Teste Público da Urna acontece desde 2009, preferencialmente no segundo semestre de anos não eleitorais, e reúne especialistas em Tecnologia da Informação interessados em contribuir para o constante aperfeiçoamento do sistema eletrônico de votação. Desde a primeira edição, o evento contribui para que ocorram avanços no processo eleitoral. O Teste enfatiza ainda o caráter de colaboração da sociedade com a Justiça Eleitoral. Em 2025, o evento acontece de 1º a 5 de dezembro, em espaço preparado e reservado na sede do TSE, em Brasília.
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) promoveu, ontem, uma sessão solene em homenagem aos 78 anos do PSB e ao aniversário de 60 anos do ex-governador Eduardo Campos (1965-2014). A cerimônia, proposta pelos deputados Sileno Guedes (PSB) e Diogo Moraes (PSB), contou com a participação do prefeito do Recife e presidente nacional do PSB, João Campos, de autoridades e militantes de todo o estado. O evento se somou a uma série de atividades que vêm ocorrendo ao longo de agosto em alusão a datas simbólicas para a trajetória do partido e de seus líderes.
Durante a solenidade, as intersecções entre a história do PSB e de Eduardo foram realçadas. O prefeito João Campos falou do pai como alguém que “irradia vida mesmo depois da vida” e que fez a diferença por onde passou sem nunca estar inerte às transformações. Assim, em vez de tristeza, a história do ex-governador deve seguir promovendo inspiração. “Hoje a gente pode relembrar aqueles que verdadeiramente lutaram de forma honrada, patriótica, as lutas mais importantes das causas populares”, celebrou.
João Campos reforçou ainda o propósito de fazer do PSB “o maior partido da centro-esquerda brasileira” e disse que a conduta de homens públicos como seu bisavô, Miguel Arraes (1916-2005), e seu pai, ambos também presidentes nacionais do PSB, é um farol na missão que ele agora tem de dirigir a sigla em todo o país. “O sentimento que temos hoje no partido é de transformação e de crescimento com representatividade. Queremos mostrar para aqueles que estão desalentados na política que a gente está disposto a se colocar como alternativa. A soberania popular das urnas será um momento de grande triunfo do nosso partido”, avaliou, em referência ao fortalecimento do PSB para as eleições de 2026.
Já o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), ressaltou a importância de a casa saudar os 78 anos do PSB e enfatizou a relação respeitosa que Eduardo Campos tinha com todos os agentes políticos, independentemente se eram de campos opostos. “O PSB e Eduardo construíram uma trajetória exitosa, se constituindo em um pilar da democracia brasileira. A era Eduardo Campos se guiou pela inovação administrativa, desenvolvimento econômico e programas sociais que mudaram realidades e contribuíram para o crescimento do estado e a dignidade dos pernambucanos”, declarou.
Presidente estadual do PSB e líder da bancada do partido na Alepe, o deputado Sileno Guedes disse que “Pernambuco conhece a diferença que é ter o PSB governando, legislando, trabalhando”. Em seguida, avaliou que a legenda chega a quase 80 anos se reinventando e exaltou o prefeito João Campos como símbolo de renovação. “A saudade do futuro seguirá sempre batendo em nosso peito. Mas, nos corações de milhões de pernambucanos e pernambucanas, nasce também a expectativa para um amanhã que nos chama, um amanhã que reconhece em você, João, a grande liderança que nosso estado precisa”, discursou.
Além da sessão solene no Recife, eventos têm ocorrido em Brasília para assinalar as datas simbólicas para o PSB e seus líderes. Na semana passada, foi aberta a exposição “Ciclos de Coragem: duas gerações, um só compromisso”, em alusão aos 20 anos de falecimento de Miguel Arraes e ao aniversário de 60 anos de Eduardo Campos. Já nesta quarta (13), a memória dos ex-governadores será lembrada em uma missa e em uma sessão solene na Câmara dos Deputados.
O governo dos Estados Unidos, do presidente Donald Trump, criticará o governo brasileiro e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em um relatório anual do Departamento de Estado sobre a situação dos direitos humanos e das liberdades políticas no Brasil.
A informação é do jornal americano The Washington Post, que visualizou trechos do relatório com antecedência. O texto será apresentado ao Congresso dos Estados Unidos nesta terça-feira, 12.
Segundo o The Washington Post, o relatório citará Alexandre de Moraes de forma nominal, acusando o magistrado de “suprimir desproporcionalmente o discurso de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro” ao determinar “pessoalmente a suspensão de mais de 100 perfis de usuários na plataforma de mídia social X (antigo Twitter)“, segundo trecho reproduzido pelo jornal americano.
O “Post” procurou o Departamento de Estado americano, que se recusou a se manifestar sobre o relatório. Um funcionário disse, sob a condição de anonimato, que “governos em todo o mundo continuam a usar a censura, a vigilância arbitrária ou ilegal e leis restritivas contra vozes desfavorecidas, muitas vezes por motivos políticos e religiosos”.
O governo americano sancionou Moraes com a Lei Magnitsky, norma que restringe direitos de violadores graves dos direitos humanos. Antes, a gestão Trump havia suspenso vistos de oito dos onze ministros do STF, incluindo Moraes.
Ao retornar de um período de recesso, em 1º de agosto, o STF dedicou parte da sessão para um desagravo a Alexandre de Moraes. O presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso, afirmou que a Corte julgará as ações penais sobre a tentativa de golpe de Estado “sem qualquer tipo de interferência, venha de onde vier”.
O Departamento de Estado costuma divulgar suas análises março ou abril do ano subsequente ao período estudado. Os relatórios relativos a 2024, porém, tiveram a publicação atrasada pela gestão Trump.
Se o teor do relatório sobre o Brasil em 2024 for confirmado, o governo Trump romperá com a análise tradicional da diplomacia dos Estados Unidos sobre a condição dos direitos humanos no Brasil. As edições anteriores do relatório do Departamento de Estado consideraram o Brasil como uma democracia imperfeita. O verbete sobre o Brasil no ano de 2023 registra, por exemplo, que o País tem ”judiciário efetivo, sistema político democrático e funcional e garantia de direitos de expressão, incluindo membros da mídia”.
Uma pesquisa Ipsos-Ipec, divulgada hoje, aponta que 75% dos brasileiros acreditam que o tarifaço de Donald Trump aos produtos brasileiros importados aos Estados Unidos teve uma motivação política, enquanto 12% disseram ser uma questão comercial.
Dos entrevistados, 5% responderam “ambas”, considerando o tarifaço tanto como uma questão comercial quanto uma questão política. Não sabem ou não responderam somaram 8%. As informações são do portal G1.
O levantamento foi realizado entre os dias 1º e 5 de agosto, um dia antes do tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros exportados aos EUA entrar em vigor. Foram realizadas 2 mil entrevistas em 132 cidades. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
O tarifaço por Trump começou na sexta-feira (6) e pode impactar em até US$ 23,9 bilhões as exportações brasileiras, o que corresponde à maior parte do total de US$ 42,3 bilhões que o Brasil vende ao país. No entanto, uma lista de exceções divulgada pelo governo americano poupou 694 produtos da nova sobretaxa, que somam US$ 18,4 bilhões (43,4% do total). Com isso, a estimativa é que cerca de 3,8 mil itens de exportação ainda permaneçam sujeitos às novas regras.
Segundo o Ipsos-Ipec, a visão sobre ser uma questão política se intensifica sensivelmente entre os entrevistados com 45 a 59 anos (80%) e nos moradores das Regiões Nordeste e Sudeste (77%, em cada), na comparação com as demais regiões – Norte/Centro-Oeste (71%) e Sul (72%).
Entre os católicos, 76% acreditam ser uma questão política e, entre os evangélicos, 74%. Na divisão por renda, acham que se trata de uma questão política: 77% de quem ganha até 1 salário mínimo; 76% de quem ganha mais de 1 a 2 salários; 77% de quem ganha mais de 2 a 5 salários; e 70% de quem ganha mais de 5 salários.
A manchete do jornal carioca O Globo, do último domingo, foi de arrepiar. Trouxe um levantamento apontando que no Brasil já existem 64 facções criminosas em atuação. Quando detalha a ação da bandidagem no Nordeste, Bahia e Pernambuco aparecem entre os Estados que concentram mais grupos criminosos, 17 e 12, respectivamente, seguido pelo Mato Grosso do Sul, com 10.
Enquanto os dois do Nordeste têm um cenário fragmentado, com muitas facções locais disputando espaço, o território sul-mato-grossense é o maior “importador” de facções de outros estados. A rota do narcotráfico que passa pela fronteira com o Paraguai e a Bolívia estimulou nove das 12 facções interestaduais a criarem núcleos de atuação ali.
Apesar de o PCC já ter presença internacional, as autoridades brasileiras quase não encontram núcleos grandes de facções estrangeiras no país. Segundo a reportagem, a única exceção é no estado de Roraima, onde o grupo venezuelano Trem de Aragua possui membros. O Estado que mais “exporta” facções nacionalmente é o Rio de Janeiro, que além do CV tem duas organizações com atuação interestadual: o Terceiro Comando Puro (TCP) e os Amigos dos Amigos (ADA).
Ainda segundo a reportagem, o Primeiro Comando da Capital (PCC) já estava perto de completar uma década quando o Brasil tomou conhecimento de sua existência. “Por celular, a facção criminosa nascida no sistema prisional paulista tomou, em fevereiro de 2001, o controle de dezenas de presídios em apenas meia hora, deixando mais de cinco mil reféns. Diante da então maior rebelião da história do país, o governo de São Paulo não mais tinha como negar sua extensão e força. Para dar uma resposta pública, deu início à transferência de lideranças para unidades de outros estados. Foi um tiro no pé. Os criminosos passaram a batizar novos integrantes pelo Brasil, em troca de proteção”, relata o jornal.
Começava ali a semente da nacionalização do grupo, mas não só. Na esteira do PCC, surgiram dezenas de facções menores, até mesmo para fazer frente aos “forasteiros” de São Paulo em outros estados. Ao longo do último mês, o jornal mapeou as organizações criminosas presentes em todo o território nacional. O Brasil tem hoje 64 facções espalhadas pelas 27 unidades da federação, com menor ou maior tamanho e influência sobre a sociedade, segundo os dados coletados junto a fontes das secretarias de Segurança Pública, Administração Penitenciária e Ministérios Públicos de todos os estados.
Entre os grupos mencionados pelas autoridades, 12 têm presença em mais de um Estado, e os outros 52 são, até onde se sabe, organizações locais. Há duas delas, contudo, com presença efetivamente nacional. O PCC está em 25 unidades da federação, enquanto os fluminenses do Comando Vermelho (CV) se encontram em 26. Os grupos só não estão, ainda, no Rio Grande do Sul. O crime gaúcho gerou suas próprias facções interestaduais: Bala na Cara (BNC) e Os Manos.
A CÉU ABERTO – A reportagem do jornal O Globo, entretanto, não entra em detalhes sobre a ação desses grupos terroristas no Nordeste, principalmente em Pernambuco, Estado que implantam o terror a céu aberto. O repórter se concentrou basicamente no Rio de Janeiro. A despeito das dificuldades para estudar o tema, acadêmicos acreditam que existe uma tendência de “faccionalização” no Brasil, explica o professor de Ciência Política da Universidade de Chicago Benjamin Lessing. Grande parte disso continua sendo reflexo da expansão do PCC.
Nem um só vintém – São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana, fez um festão no último fim de semana em comemoração ao seu padroeiro. Atraiu uma multidão só comparável ao São João de Caruaru, mas o prefeito Vinícius Labanca (PSB) teve que se costurar com suas próprias linhas para bancar o evento, porque o Governo do Estado não apoiou com um só vintém. Até a segurança, reduzida, só veio a ser reforçada pela governadora depois de lamentáveis ocorrências violentas.
Efeito do tarifaço – Com o início da tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras aos Estados Unidos, que entrou em vigor no último dia 6, Pernambuco pena nas exportações de frutas e açúcar. O Estado, segundo projeções oficiais, tende a perder US$ 205 milhões. O país norte-americano é o segundo principal destino dos produtos pernambucanos, atrás da Argentina. Entre os principais setores afetados estão a fruticultura irrigada no Sertão do São Francisco, especialmente a manga e a uva. Além das exportações, o tarifaço representa risco à renda e aos empregos e aos contratos comerciais.
Cabo, o mais afetado – Em Pernambuco, o município mais impactado pelo tarifaço de 50% definido pelos Estados Unidos é o Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, que, em 2024, exportou US$ 27,20 milhões em produtos para o mercado americano. Em seguida, aparecem Lagoa do Itaenga (US$ 19,6 milhões) e Camutanga (US$ 15,69), ambos na Mata Norte do Estado, e Igarassu (US$ 6,97 milhões), também na RMR, além da capital Recife (US$ 6,01 milhões). Os números foram levantados em cima dos dados das exportações de Pernambuco em 2024, registradas no sistema Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Enfim, a sabatina – O administrador-adjunto de Fernando de Noronha, Virgílio Oliveira, será, enfim, sabatinado, hoje, na Comissão de Justiça da Assembleia Legislativa. Os deputados vão avaliar se ele está apto para assumir o cargo de administrador geral da ilha. A governadora Raquel Lyra (PSD) indicou Virgílio no fim de março, por sugestão do Avante. Ele é filho do deputado federal Valdemar Oliveira, o Dema. Há muito, já deveria estar nas suas funções, mas as divergências da governadora com a Alepe sobre a falta de pagamento das emendas impositivas de 2024 atrasaram a sabatina e, consequentemente, sua posse.
CURTAS
TERMÔMETRO – Virgílio Oliveira disse, em entrevista à TV-Globo Nordeste, estar pronto para a sabatina. “O maior termômetro para qualquer gestor é a população. Recebemos retorno positivo dos moradores sobre as ações e o empenho da gestão. O reconhecimento do povo é importante, assim como o da Alepe”, afirmou.
NO PAJEÚ – Na próxima semana, volto a lançar meu livro Os Leões do Norte, desta feita no Sertão do Pajeú. A maratona começa por Carnaíba, na segunda-feira. Na terça, Brejinho, na quarta Afogados da Ingazeira, quinta São José do Egito e na sexta-feira, por fim, Triunfo. Com exceção de Carnaíba e Triunfo, a noite de autógrafos será nas câmaras municipais. Em Carnaíba, será na escola de música e Triunfo na biblioteca municipal.
VITAL DO RÊGO – No podcast Direto de Brasília de hoje, uma parceria deste blog com a Folha de Pernambuco, o presidente do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo, vai tratar, dentre outros assuntos, de um velho problema no País: o canteiro de obras inacabadas. O programa será exibido das 18 às 19 horas, com transmissão pelo Youtube do meu blog e da Folha, além de 165 emissoras de rádio no Nordeste.
Perguntar não ofende: Vai ter bagunça no Congresso de novo esta semana?