A eleição municipal de Bonito, no Agreste de Pernambuco, foi marcada por feitos históricos. O grupo do PSB venceu sua quinta eleição consecutiva, estabelecendo um recorde na região, com a eleição de Dr. Ruy como prefeito e garantindo nove das treze cadeiras na Câmara de Vereadores.
Entre os eleitos, está Carlinhos Vilela, de 18 anos, que entrou para a história como o vereador mais jovem já eleito no município e no estado de Pernambuco.
O prefeito reeleito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB), assina, daqui a pouco, as ordens de serviço para início das obras de ampliação e reforma do Parque Euclides Dourado, da construção da nova praça da Ceaga, e da reforma e ampliação da Escola Municipal Abílio Camilo Valença, no Viana e Moura, além da construção da escola CMEI Miguel Arraes (Miguelzinho) no Parque Fênix.
Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, está à frente de Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da disputa pela Prefeitura da capital paulista, mostra pesquisa Real Time Big Data encomendada pela Record e divulgada nesta segunda-feira, 14.
O emedebista aparece com 53% das intenções de voto, contra 39% do candidato do PSOL. Brancos e nulos são 3%, enquanto 5% não sabem ou não responderam.
Em votos válidos — cenário que desconsidera as opções branco e nulo — Nunes tem 58% e Boulos, 42%.
O instituto ouviu 1.500 pessoas entre os dias 11 e 12 de outubro. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. O registro da pesquisa no TSE é SP-00357/2024.
É alarmante o estado em que o PT se encontra atualmente. O partido que outrora simbolizava a luta das classes trabalhadoras parece ter se perdido em alianças pragmáticas e oportunistas. Com o afastamento das bases populares, especialmente nas periferias, a extrema direita conseguiu enraizar-se rapidamente, ocupando o vácuo deixado pelo PT.
O resultado? Uma derrota esmagadora nas eleições de 2024, com o partido elegendo pouco mais de 200 prefeitos em todo o Brasil. O apoio a candidaturas de esquerda foi quase nulo, enquanto Lula, o atual presidente, fez aparições esporádicas, limitando-se a comparecer apenas duas vezes em São Paulo.
No Recife, o cenário é igualmente desolador. O PT tinha três vereadores e, neste ciclo, perdeu uma cadeira, conseguindo eleger apenas duas vereadoras: Liana Cirne e Kari Santos. Figuras históricas como Osmar Ricardo e Professor Jairo Brito, que já ocuparam mandatos importantes na câmara municipal, ficaram de fora.
Essa perda de espaço reflete não apenas a fraqueza do partido, mas também a influência das alianças que prevalecem nas decisões internas, até mesmo na hora de dividir o fundo partidário. Os aliados recebem mais, criando um cenário em que “tudo para os meus e nada para os outros” se torna a norma.
Além disso, a retaliação dentro do partido é uma prática comum. Aqueles que não obedecem às diretrizes da cúpula enfrentam expulsões. Eu mesmo posso ser expulso por expressar essas opiniões, o que é uma ironia triste, pois o PT nasceu da rebeldia e da luta contra o autoritarismo. Quando o partido adota essa postura, perde sua essência e se distancia de suas raízes.
No Estado de Pernambuco, a situação é ainda mais preocupante. Sob a liderança de Doriel Barros e a influência de Humberto Costa, o partido perdeu o protagonismo e se tornou um espectador passivo. A tentativa vexatória de assegurar a vice na chapa de João Campos (PSB) culminou em uma derrota humilhante, mostrando que o PT não só se afastou das suas raízes, mas também se comprometeu a perder espaço no debate político.
Alianças com figuras, como Yves Ribeiro e Elias Gomes, que ingressaram no partido apenas para disputar eleições, revelam um oportunismo preocupante. André Campos, que havia abandonado o PT para se juntar ao PSB, agora retorna ao partido, levantando dúvidas sobre suas intenções.
Outro aspecto crucial a ser considerado é a idade de Lula. Embora seja o atual presidente, é inquietante perceber que poucos falam sobre a sucessão de Lula. Ele não é eterno. O que será do PT e da esquerda quando não puder mais ser candidato? Por que é tão difícil discutir a renovação no campo da esquerda? Essa falta de diálogo e promoção de novas lideranças é um sinal claro de que o partido está se afundando em suas próprias tradições sem olhar para o futuro.
Ademais, o PT tem se aliado a partidos que no passado votaram pelo impeachment de Dilma Rousseff, sem qualquer crítica. Essa estratégia levanta questões sérias: até onde o PT está disposto a ir em nome do poder? Quem será capaz de substituir Lula e conduzir o partido em direção a um futuro que já parece incerto?
É hora de refletir profundamente sobre esses pontos. O PT precisa urgentemente resgatar sua essência, revitalizar suas bases e abrir espaço para novas lideranças que possam dialogar com as demandas da sociedade contemporânea. Se não fizer isso, corre o risco de se tornar um mero apêndice de uma política de poder, esquecendo-se das lutas e dos valores que o tornaram um símbolo de esperança e resistência. O futuro do PT e da esquerda brasileira depende dessa transformação. Precisamos nos perguntar: o que faremos para garantir que o legado de luta e transformação social continue a ser uma prioridade?
O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) determinou, por meio de medida cautelar, a interrupção do processo seletivo da Autarquia Distrital que previa a contratação temporária de oito agentes comunitários de saúde e seis agentes de combate a endemias para atuarem em Fernando de Noronha. A administradora Thallyta Figueiroa Peixoto é indicada pelo Governo do Estado. A ação foi provocada pelo Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPC-PE), com o pedido sendo formalizado pela procuradora Germana Laureano. Segundo a procuradora, a Constituição Federal, em conjunto com uma legislação federal específica, não permite a contratação temporária para essas funções.
“O MPCO defendeu que ressai induvidosa, a toda evidência, a impossibilidade de contratação temporária de ACE e ACS, por meio de processo seletivo simplificado, por clara ofensa à Constituição Federal (art. 198, § 4º, inserido pela EC 51/2006), e aos artigos 9º e 16 da Lei Federal 11.350/06 no sentido de que a contratação dos Agentes Comunitário de Saúde (ACS) e dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) deve ser precedida de processo seletivo público de provas ou de provas e títulos, sendo vedada a contratação temporária ou terceirizada de Agentes Comunitários de Saúde e de Agentes de Combate às Endemias, salvo na hipótese de combate a surtos epidêmicos, na forma da lei aplicável”, afirmou o relator do processo, conselheiro Ricardo Rios.
O Distrito de Fernando de Noronha, através de sua administradora, foi ouvido no processo e defendeu que a contratação temporária se justificava pelo interesse público. No entanto, a procuradora Germana Laureano reiterou que tal tipo de contratação só seria permitida em casos de epidemias, o que, segundo ela, não é a realidade atual da ilha.
“Não foram poucas as oportunidades em que o TCE-PE se debruçou sobre a forma de contratação. De forma pedagógica, no âmbito do Processo de Consulta TC 1921867-9, essa Corte de Contas respondeu ser vedada a contratação temporária ou terceirizada de Agentes Comunitários de Saúde e de Agentes de Combate às Endemias, salvo na hipótese de combate a surtos epidêmicos, na forma da lei aplicável”, destacou a procuradora. A decisão do TCE foi para “determinar à Administradora Geral do Distrito Estadual de Fernando de Noronha – DEFN, Sra. Thallyta Figueiroa Peixoto – ou quem vier a sucedê-la, que suspenda o Processo Seletivo Simplificado voltado à contratação temporária de 14 (quatorze) profissionais de nível médio, sendo 08 (oito) para a função de Agente Comunitário de Saúde e 06 (seis) para a função de Agente de Combate à Endemias”. A decisão monocrática foi assinada em 11 de outubro.
O publicitário Washington Olivetto morreu ontem (13), aos 73 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado há cinco meses no hospital Copa Star, no Rio.
Olivetto é responsável por diversas campanhas importantes no cenário publicitário. Ele venceu mais de 50 Leões no Festival de Publicidade de Cannes, um dos prêmios mais importantes do marketing mundial, e está presente no Hall of Fame do The One Club de New York e também no Lifetime Achievement.
“O Hospital Copa Star lamenta a morte do paciente Washington Olivetto e se solidariza com a família e amigos por essa irreparável perda”, informou a unidade de saúde.
O publicitário estava internado em decorrência de problemas pulmonares e faleceu por falência múltipla de órgãos.
Washington Luís Olivetto nasceu em 29 de setembro de 1951 em São Paulo (SP). No início da década de 1970, ele ganhou o Leão de bronze no Festival de Cannes pelo comercial de televisão “Pingo” para as torneiras Deca.
Ele também foi responsável pelo “Homem com mais de quarenta”, que recebeu o prêmio de Leão de Ouro da Publicidade Nacional, também em Cannes.
No entanto, as campanhas mais marcantes de Olivetto foram a do “garoto Bombril” e a do “primeiro sutiã da Valisère”.
MONTANHAS DA JAQUEIRA – Na era da ditabranda, a Arena foi chamada de “O maior partido do Ocidente”. Era o partido dos grotões dos coronéis do Nordeste, este Nordeste das culturas do atraso. Coronéis de fancaria (não de títulos do Império) eram donos de fazendas e terras inúteis e de rebanhos de gado magro para ostentar poder. Na verdade, viviam pendurados nas mamadeiras dos cofres públicos. Estas eram as fontes do mandonismo.
A Arena, santo de pau oco, estava infestada de fungos. Todo poder malévolo atrai parasitas. A seita vermelha hoje está contaminada por sanguessugas, carcarás, cupins, serpentes e outros insetos da fauna comunista. A seita é um vírus mutante. O globalismo é o novo nome do urucum vermelho de guerra.
Falar que o Petrolão petista foi a maior corrupção da história é pleonasmo, é conjuntivite na vista. O ovo da serpente continua entranhado nos intestinos da seita.
Brizola, o Briza, que não alisava ninguém, foi injusto ao chamar o guru da seita vermelha de sapo barbado. Os sapos são criaturas adoráveis e do bem. “Debaixo do poste de iluminação os sapos engolem mosquitos”, cantou o poeta Manuel Bandeira. Também não deve ser chamado de “bode rouco”, porque os bodes são valentes e trabalhadores. Ele tem a voz de taboca rachada. Os bodes, as cabras e os pais de chiqueiro são os heróis sertanejos. A voz rouca é o charme deles.
Louis Armstrong, o grande cançonetista das Américas, inspirou-se nos bodes roucos e pais de chiqueiro do Sertão nordestino para entoar suas melodias. Era chamado Satchmo – O Bocão. Antes, deveria ser conhecido como o Pai de Chiqueiro das Américas, um título mais poético. A maravilhosa musa Janis Joplin é a versão feminina do bode rouco. Ouvir Janis é pura emoção. Elza Soares foi a voz das mulheres no estilo dos bodes roucos. Ela é a nossa Janis Joplin. Beleza de voz. Viva Janis! Viva Elza!
O guru da seita do cordão encarnado mais parece um lobisomem vermelho, um gafanhoto ou escorpião escarlate.
Prefiro mil vezes ouvir o relinchar dos jumentos ou o canto dos pais de chiqueiro sertanejos que os grunhidos dessa catrevagem que pulula no Rock in Rio e no Lollapalooza. Questão de sensibilidade artística, modéstia à parte. Relinchar é uma arte. Esta é minha tese de doutorado, em homenagem ao jumento nosso irmão, no dizer de Gonzagão, o rei do baião.
O sonho de consumo do guru vermelho é ser transformado num faraó, tipo o Ramsés do Egito. Com aquela voz cavernosa e perto da idade centenária, falta apenas ser mumificado. A cuidadora contou que foi “abrido” o livro dos “cidadões”.
“A última flor do Lácio inculta e bela”, assim cantou o poeta Olavo Bilac. O idioma português originou-se na região do Lácio, na Antiga Roma, derivado do Latim popular. Hoje a flor do Lácio está sendo maltratada por uma cuidadora inculta e não bela.
O Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF) promoverá a edição 2024 do tradicional Prêmio Mérito Varejista no dia 24 de outubro, às 19h, no Dúnia Hall. O evento reconhecerá empresários e personalidades que contribuem para o desenvolvimento econômico da capital do País. Esta é a terceira edição da premiação, que busca incentivar e fortalecer o comércio no Distrito Federal.
Dez homenageados, entre empresários e personalidades, serão indicados pela Diretoria do Sindivarejista. “É um reconhecimento para os empresários que mantém o comércio local e às personalidades que, em suas respectivas áreas, apoiam e dão suporte aos empreendedores da cidade”, declarou Sebastião Abritta.
Os principais objetivos da premiação são:
– Reconhecer a contribuição de empresários e personalidades para o desenvolvimento e os avanços da sociedade por meio das atividades realizadas pelo Comércio Varejista na Capital do país.
– Distinguir associados do Sindivarejista-DF por sua contribuição à história do Distrito Federal, geração de empregos e fomento ao desenvolvimento social por meio do trabalho, inovação e produtividade.
– Agraciar quem contribui com a liberdade econômica e o fomento das atividades varejistas no DF, destacando as contribuições que o segmento aporta no desenvolvimento do Brasil.
Na disputa de segundo turno em Paulista, o candidato do PSB, Júnior Matuto, aposta na força e no prestígio de dois grandes cabos eleitorais: o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que já está efetivamente na sua campanha, e o presidente Lula (PT). Lula, aliás, gravou ontem um vídeo manifestando confiança na eleição de Júnior Matuto. Confira!
Não foi apenas o PT que saiu menor do que entrou nas eleições municipais. Foi, sobretudo, o presidente Lula, sua esfinge, sua maior liderança. Além de se omitir na disputa de primeiro turno, limitando-se a dois atos em São Paulo, o petista vai sair no prejuízo: seu candidato Guilherme Boulos, do Psol, já que o PT não teve quadros para a disputa, vai levar uma surra do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Pela pesquisa do Datafolha, Nunes aparece com 55% ante 33% de Boulos. São Paulo, território de Lula, Estado que adotou ao sair de Pernambuco num pau de arara, virou um pesadelo para os partidos de esquerda. Por pouco, o aventureiro Pablo Marçal, franco atirador, não chega ao segundo turno. Não fossem os erros infantis e grosseiros que cometeu, teria passado Boulos.
Em Belo Horizonte, capital de Minas, segundo maior colégio eleitoral do País, Lula sequer deu o ar da sua graça e nem pensa em botar os pés no segundo turno por lá, porque a disputa se dá entre dois candidatos da direita: Bruno Engler (PL), bolsonarista, e Fuad Noman, do PSD de Gilberto Kassab, partido que elegeu o maior número de prefeitos no primeiro turno – 882 gestores.
Lula amarga ainda outra grande derrota: os seis partidos que mais elegeram prefeitos – pela ordem PSD, MDB, PP, União Brasil e Republicanos – são do Centrão, movimento conservador do Congresso, alinhado ao ex-presidente Bolsonaro. O PT, para desespero de Lula, foi o nono. Elegeu apenas 248 prefeitos, enquanto o PL elegeu mais que o dobro – 512.
O problema para Lula é que o placar da votação não deixa dúvida: a direita e o conservadorismo ganharam terreno, enquanto a esquerda e o PT ficaram para trás na disputa pelas prefeituras e câmaras municipais. Até 2026, muita coisa pode mudar. O resultado num pleito municipal não tem necessariamente relação direta com o de uma eleição geral, mas não há como negar que, por enquanto, os ventos sopram numa direção contrária sonhada por Lula.
Algumas razões para a desidratação petista e de Lula são conhecidas. Nos últimos dez anos, o partido enfrentou um poderoso processo de desgaste em decorrência da Operação Lava-Jato, que desvendou o maior esquema de corrupção já descoberto no país, e da recessão histórica legada por Dilma Rousseff. A legenda reconhece o peso desses fatores, mas, como de costume, omite os próprios erros e se apresenta como vítima de conspiração.
AFASTADO DAS RUAS – Vice-presidente do União Brasil, o ex-deputado federal e ex-prefeito Antônio Carlos Magalhães Neto (BA) disse, ontem, em entrevista à Folha de São Paulo, que as eleições municipais mostraram um presidente Lula (PT) enfraquecido e afastado das ruas, o que abre caminho para seus adversários em 2026. ACM Neto, que integra a ala do partido mais refratária ao governo, defendeu o enfrentamento com o PT, afirmando que Lula faz um governo de esquerda, apesar de o próprio União Brasil, além de PSD, MDB, PP e Republicanos somarem 11 ministros na Esplanada. “Se os outros campos políticos se organizarem, é possível ter uma eleição competitiva em 2026”, afirmou.
A grandeza de Valadares – Prefeitos derrotados ou que não conseguiram eleger seus sucessores em Pernambuco deveriam seguir o exemplo de Evandro Valadares (PSB), de São José do Egito, o Reino Encantado da Poesia, no Sertão do Pajeú, a 350 km do Recife: no dia seguinte à eleição, deu início ao processo de transição administrativa para o prefeito eleito Fredson Brito (Republicanos), que derrotou o dentista George Borja.
Sertânia fechada em copas – Já o prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira (PSB), não teve a mesma grandeza. Segundo a prefeita eleita Pollyanna Abreu (PSDB), sequer um telefonema foi recebido. Desconfiada de que enfrentará dificuldades em receber o diagnóstico das finanças do município, a tucana escalou dois advogados da sua equipe para irem, hoje, formalmente, ao prefeito e sua equipe, tentar levantar o quadro. “Meu palanque está desarmado. Espero que haja abertura para iniciarmos a transição, o que será extremamente importante para sabermos por onde iniciar nosso trabalho”, disse Tia Polly, como ficou conhecida durante a campanha eleitoral.
Um baque em 20 anos – Na eleição municipal de 2004, disputada no primeiro mandato de Lula, o PT mais do que dobrou o número de prefeituras e venceu em seis capitais no primeiro turno. Em 2012, no mandato inicial de Dilma Rousseff, ganhou em 635 cidades, incluindo São Paulo. Neste ano, as vitórias se concentraram em municípios pequenos, e as mais festejadas ocorreram em Contagem e Juiz de Fora, ambas em Minas Gerais. Em Pernambuco, elegeu apenas seis cidades, sendo Serra Talhada a mais importante, com a reeleição de Márcia Conrado.
A grande surpresa na RMR – Devido ao desgaste da gestão da prefeita Doutora Nadegi, a eleição mais surpreendente na Região Metropolitana do Recife foi a do prefeito eleito Diego Cabral (Republicanos). Ciente de que seu maior desafio era superar o clichê de que seria a continuidade de um governo de oito anos, sem muita sintonia popular, Cabral traçou uma estratégia para se apresentar como o “novo”, nome capaz de evitar um retrocesso com a volta do ex-prefeito Jorge Alexandre (Podemos). Deu certo. Saiu das urnas com 41.968 votos, 45,39% dos votos válidos, ante 33.372 votos do adversário (36,09%). Diego contou também com o empenho do ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e ainda arrastou o prefeito João Campos (PSB) para dois grandes eventos na campanha.
CURTAS
GOLPE – Além da carência numérica do PT, houve derrotas simbólicas importantes. O próprio Lula acusa o golpe do fracasso em Araraquara, onde o prefeito petista Edinho Silva — cotado para substituir a deputada Gleisi Hoffmann no comando do partido — não conseguiu eleger a sucessora, que acabou superada por um nome apoiado pela família Bolsonaro.
ALIANÇAS – No segundo turno, o PT concorre em treze cidades, incluindo quatro capitais, nas quais não desponta como favorito. “Hoje, a esquerda não é mais uma posição majoritária no Brasil. É minoria. Por isso, o PT depende cada vez mais de alianças com partidos mais ao centro”, diz o deputado federal petista Rogério Correia, que ficou em sexto lugar na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte.
RESPONSABILIDADE – Por mais que tente negar, Lula também tem responsabilidade direta pelo desempenho municipal da legenda. De olho na eleição de 2026, o presidente determinou ao partido que abrisse mão de candidaturas em grandes colégios eleitorais e apoiasse concorrentes de siglas aliadas, na expectativa de que estas, daqui a dois anos, embarcassem na sua campanha à reeleição.
Perguntar não ofende: Lula se afastou das ruas nas eleições municipais por que não transfere mais votos?