Por Diana Rodrigues Lopes
Atesto a grandiosidade do livro “O Estilo Marco Maciel”, merecedor de elogios. Transmite à posteridade o reconhecimento e é uma justa homenagem, que nos leva a mergulhar na história e na força do personagem do livro, homem que abraçou Pernambuco e defendeu o Nordeste. Muitas vezes montado a cavalo, misturando-se aos sertanejos, usando chapéu de couro, sentando à mesa e provando do dicumê e das coisas corriqueiras do nosso matuto.
Magno Martins nos brinda com este livro de aparência silenciosa, mas falante e ruidoso, pois mexe com as nossas emoções, imortalizando os fatos sócio-histórico-político e econômicos, preservando-os vivos através do “O Estilo Marco Maciel”.
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As lembranças vagueiam, e no contexto da velocidade da tecnologia e resistindo ao desgaste do tempo, Triunfo faz uma releitura e não esquece de importantes prioridades, ofertadas por Marco Maciel.
Quando vinha a Triunfo, hospedava-se no Lar Santa Elizabeth e, logo ao chegar, perguntava dia, horário e local das missas. Assistia ao lado da esposa Ana Maria, rezava e comungava, o que servia para as bisbilhoteiras cochicharem baixinho: “ele é o governador, ele reza, comunga, é tão magrinho”. E a notícia se espalhava mais rápido que o Blog do Magno Martins; o zum zum zum era grande.
Como hábil político, participava dos eventos de Triunfo e nos comícios, em cima de um caminhão ou de uma F-4000, descrevia suas propostas, sempre possíveis de realizar. E ao descer a todos cumprimentava com um “como vai?”.
A via carroçável, coberta de terra e cascalho provocando frequentes desastres até com perdas de vidas, desgaste de veículos, poeira, dificuldade de escoar produtos, enfim, só lamentos. Festivamente, dia 31 de outubro de 1980, Marco Maciel nos entregou a estrada que, a partir daquela data, assumiu a condição de Rodovia PE-365, ligando Trunfo a Serra Talhada. Ao receber a estrada asfaltada, novinha em folha, o chefe político da época agradeceu a grande obra entregue e pediu desculpas por, naquele momento, solicitar água para Triunfo.
Dr. Marcos calmamente respondeu: “Meu caro Artur, não precisa pedir desculpas por fazer mais um pedido para Triunfo, pois o homem que ama sua terra, recebe uma obra que traz benefícios à população e logo pede outra, é sinal de amor e respeito à terra”. Eu não esqueci essas palavras.
Paraninfou os Contadores de 1981 do Colégio Diocesano de Triunfo, pertencente à Diocese de Afogados da Ingazeira que estava prestes a fechar suas portas pelas dificuldades financeiras, pela perda de bolsas federais e de outras ajudas. Mas, no dia 19 de janeiro de 1982, na gestão do governador Marco Maciel e do Secretário de Educação Joel de Holanda, a escola passou para a responsabilidade do Estado, com a denominação de Escola Monsenhor Luiz Sampaio – Ensino do 1º e 2º Graus. Momento significativo na história da Educação de Triunfo.
A água em Triunfo era levada às residências pelos botadores em latas na cabeça e galões, ou retirada do Poço de Paivinha, que atendia apenas 196 casas no centro da cidade, através do SANEPE – 1972. Mais uma vez, Marco Maciel, no coreto da pracinha, abriu uma torneira que jorrou água da Barragem do Brejinho, isso no dia 3/8/1982. Triunfo agradece a Marco Maciel!
Rendo também preito de gratidão a Magno Martins, pois a História quando não é escrita, é extraviada, perdida. E nenhuma homenagem traduz melhor a leitura do passado desse grande pernambucano, que agora tem seu nome perpetuado através do livro “O Estilo Marco Maciel”.
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