Por Armando Dantas (Armandinho)*
Na trajetória da humanidade, diversos impérios surgiram e desapareceram, deixando marcas indeléveis na história. Ao analisarmos essas civilizações, podemos perceber que muitas delas sucumbiram devido a lideranças arrogantes, prepotentes e carentes de inteligência emocional. Assim, é importante refletir sobre alguns dos grandes impérios que foram derrotados ao longo dos séculos e refletir sobre a importância de ter líderes preparados e comprometidos para assumir a responsabilidade política.
Império Romano (27 a.C. – 476 d.C.): O Império Romano foi um dos maiores e mais influentes impérios da história. No entanto, sua queda em 476 d.C. pode ser atribuída, em parte, à corrupção, à expansão excessiva e ao enfraquecimento das instituições internas. Líderes arrogantes e prepotentes, mais interessados em seus próprios interesses do que no bem-estar do império, minaram a estabilidade e a coesão do poder romano.
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Império Mongol (1206 – 1368): O Império Mongol, liderado por Genghis Khan e seus sucessores, conquistou uma vasta extensão territorial. No entanto, a falta de um governo centralizado e a inabilidade para adaptar-se às culturas locais contribuíram para sua eventual queda. Os líderes mongóis não demonstraram inteligência emocional para governar os territórios conquistados, resultando em rebeliões e desintegração gradual do império.
Império Espanhol (1492 – 1975): O Império Espanhol atingiu seu auge durante os séculos XVI e XVII, com vastos territórios na América, Europa e Ásia. No entanto, sua expansão excessiva, acompanhada de uma política de dominação opressiva, alienou povos e nações subjugadas. A arrogância dos líderes espanhóis em relação à sua superioridade cultural e religiosa acabou levando a rebeliões e guerras de independência, enfraquecendo gradualmente o império.
Império Britânico (1583 – 1997): O Império Britânico foi o maior império territorial da história, abrangendo quase um quarto da população mundial. Entretanto, sua queda pode ser atribuída, em parte, à falta de inteligência emocional e à arrogância de seus líderes. A recusa em entender e respeitar as culturas e aspirações dos povos colonizados levou a movimentos de independência e à perda gradual de territórios. Numa outra ótica, situamos os gigantes mencionados na Bíblia, analisando as circunstâncias de suas derrotas. Essas narrativas carregam valiosas lições sobre poder, arrogância e a inevitável queda dos grandes impérios.
Faraó do Egito (Êxodo): No relato do Êxodo, encontramos o poderoso Faraó do Egito, cujo império era conhecido por sua riqueza e opressão sobre os hebreus. No entanto, sua arrogância e recusa em libertar o povo hebreu resultaram em dez pragas devastadoras enviadas por Deus. A resistência obstinada do Faraó levou à destruição de seu exército no Mar Vermelho, representando sua derrota e o declínio do poder egípcio.
Golias (1 Samuel): Golias, um gigante filisteu, desafiou o exército de Israel a enviar um homem para enfrentá-lo em combate individual. Embora seu tamanho e força fossem impressionantes, sua arrogância e falta de temor a Deus o levaram à derrota. O jovem Davi, confiando em Deus e munido de coragem e habilidade, derrubou o gigante com uma única pedrada, simbolizando a queda da soberba e a vitória da fé. Nabucodonosor e o Império Babilônico (Daniel): Nabucodonosor, rei da Babilônia, construiu um vasto império que dominava grande parte do Oriente Médio. No entanto, sua arrogância e idolatria levaram à sua queda. Em um episódio registrado no livro de Daniel, o rei foi afligido com insanidade temporária como um lembrete de sua posição subordinada a Deus. O império babilônico acabou sendo conquistado pelos persas, marcando o fim de seu domínio.
Império Persa e Hamã (Ester): O Império Persa era conhecido por sua grandeza e poder, mas nem todos os líderes eram sábios e justos. Hamã, um alto oficial do rei persa, planejou exterminar o povo judeu. Sua arrogância e prepotência o levaram à sua própria queda. Por meio da coragem e sabedoria da rainha Ester, o plano de Hamã foi revelado e ele foi enforcado na forca que havia preparado para Mordecai. Essa derrota simboliza a justiça prevalecendo sobre a maldade e a queda daqueles que buscam oprimir os inocentes.
Ao longo da história, líderes arrogantes, prepotentes e carentes de inteligência emocional causaram danos significativos às sociedades que governaram. Essas características negativas afetam a capacidade de um líder tomar decisões sábias, inspirar confiança e promover o bem-estar coletivo. “Um bom líder político é aquele que busca o bem comum, mesmo diante de desafios e oposição.” – Martin Luther King Jr.
*Professor, pós-doutor (PhD) em Ciências da Educação pela Universidade do Porto – Portugal, doutor em Educação pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB, mestre em Direitos Humanos, Cidadania e Políticas Públicas pela UFPB.
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