STF forma maioria de votos para rejeitar denúncia contra Gleisi e Paulo Bernardo no ‘quadrilhão’ do PT

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos nesta sexta-feira (23) para rejeitar denúncia da Lava Jato contra a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e o ex-ministro Paulo Bernardo, no chamado “quadrilhão do PT”.

Em março deste ano, a própria Procuradoria Geral da República pediu a rejeição da denúncia, por falta de elementos para abrir processo criminal. O caso é julgado no plenário virtual. As informações são do G1.

Voto do relator

No voto, o relator, ministro Edson Fachin, citou a mudança de posicionamento da PGR e afirmou que a absolvição dos outros réus na Justiça Federal deve ser levada em consideração.

O voto foi seguido pelos ministros Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Carmen Lúcia, Dias Toffoli e Luiz Fux.

“Compreendo que a falta de interesse da acusação em promover a persecução penal [denúncia] em juízo, por falta de justa causa, em razão de fatores supervenientes[posteriores] à apresentação da denúncia, deve ser acatada neste estágio processual destinado a aferir a possibilidade de instauração da ação penal, sobretudo quando amparadas em fundadas razões ou modificação fática que influenciem no julgamento”, declarou o relator.

O caso

A acusação foi feita pela PGR em 2017. Segundo a Procuradoria, uma suposta organização criminosa composta por integrantes do PT teria agido entre 2002 e 2016 para arrecadar propina por meio do uso da Petrobras, BNDES e o Ministério do Planejamento.

Inicialmente, o caso também envolvia o presidente Lula, a ex-presidente Dilma Rousseff, os ex-ministros Antônio Palocci e Guido Mantega, além dos dirigentes petistas Edinho Silva e João Vaccari. No entanto, as investigações contra estes dirigentes foram enviadas para a Justiça Federal em Brasília, por conta da perda do foro privilegiado.

Na Justiça Federal, o grupo foi absolvido. Permaneceu no Supremo a investigação sobre as condutas de Gleisi e do ex-ministro Paulo Bernardo.

Da Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou, em coletiva de imprensa neste sábado (24), em Paris, que o modelo da Cúpula sobre o Novo Pacto Global de Financiamento, assim como outras organizações mundiais, precisa de revisão. “As instituições estão falidas”, afirmou. O Brasil participou do encerramento do encontro, na sexta-feira (23), na capital francesa. O brasileiro cumpriu agenda na Itália e na França nesta semana e volta hoje para o Brasil. 

“As instituições, que foram criadas após a Segunda Guerra Mundial, já não representam mais aquilo para o qual elas foram criadas. O Banco Mundial já não representa mais, o FMI [Fundo Monetário Internacional] já não representa mais e a própria ONU [Organização das Nações Unidas] já não representa mais. A ONU, quando foi criada, teve força de criar o estado de Israel, hoje ela não tem força para manter a demarcação de terra dos palestinos”, apontou. 

Lula lamentou ainda que as guerras sejam pensadas e determinadas por membros do Conselho permanente da ONU. “Quando os Estados Unidos invadiram o Iraque não consultaram ninguém, quando o Sarkozy [ex-presidente da França] e a Inglaterra invadiram a Líbia não consultaram ninguém, e quando Putin invadiu a Ucrânia, era membro também, e não consultou ninguém. Então significa que as instituições estão falidas. O mundo de 2023 precisa de outras instituições mais fortes, mais representativas e com maior participação”.

Guerra da Ucrânia 

Quanto às críticas do jornal francês Libération à posição de Lula em relação à guerra na Ucrânia, ele afirmou que a distância do local da guerra o leva a ter outra visão. “Não levarei Macron a pensar como eu porque ele está próximo do campo de batalha, e eu tenho um Oceano Atlântico de diferença. Não fico chateado quando um europeu pensa diferente de mim. É muito normal que estejam muito mais nervosos porque estão vivenciando a guerra, vendo as consequências e com preocupação do que vai acontecer”, ponderou. 

O presidente disse ainda que espera o fim da guerra e a paz. “O meu pensamento é simples, sou contra a guerra, quero é paz, nós condenamos a invasão da Rússia ao território da Ucrânia, mas isto não implica que vou ficar fomentando a guerra. Acontece que a paz só vai acontecer quando os dois combatentes chegarem a uma conclusão, então eu vou esperar esse momento em que os países vão precisar de interlocutores com muita responsabilidade para tentar negociar, e o Brasil está participando”, acrescentou. 

Lula destacou que o assessor especial para assuntos internacionais Celso Amorim está em Copenhague “Ele está em reunião de vários países para tentar estabelecer discussões sobre a paz. Esse é o meu pensamento há mais de um ano, eu sou pela paz e não pela guerra”.  

Ele não quis comentar as informações do anúncio de uma rebelião armada realizada por um mercenário russo contra o exército de Putin. “Não sei o tamanho da rebelião, não posso comentar uma coisa que não li, que não conheço. Seria precipitado da minha parte fazer juízo de valores do assunto. Pretendo não falar de uma coisa tão sensível sem ter as informações necessárias”.  

Situação do Haiti

O presidente Lula comentou ainda sua preocupação com o Haiti, país caribenho situado na América Central. “O Haiti é problema de todos nós e deveríamos ter uma postura de, no mínimo, ajudar para que o país saia da situação em que se encontra”. Ele fez questão de destacar que o Brasil passou 13 anos em ajuda humanitária no país. “Em parceria com Cuba, fizemos uma grande Unidade de Pronto Atendimento no Haiti”.

Na França, o presidente teve audiência com o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry. “Tivemos uma boa reunião. É aquela reunião que você fica constrangido porque o mundo deveria ter uma preocupação com o Haiti. O mundo deveria assumir um pouco mais de responsabilidade”.

Lula disse que levou a pauta ao presidente francês. “Conversei com o presidente Macron sobre a necessidade de alguém puxar uma pauta e colocar o Haiti no centro da discussão, pretendo levar essa discussão para o G20, porque o Haiti não pode ficar à própria sorte, ou seja, esse país paga o preço de ser o primeiro país a conquistar a independência, paga o preço de ser o primeiro país em que os negros se libertaram e o Haiti não consegue andar”, lamentou. O país vive uma grave crise política e eleitoral, além da violência de gangues e graves doenças, como a cólera. 

O líder do grupo mercenário russo Wagner, Ievguêni Prigojin, aceitou os termos de um acordo com o Kremlin mediado pela ditadura da Belarus e ordenou que suas forças a caminho de Moscou deem meia-volta e “retornem para suas bases”.

O dramático desenvolvimento da maior rebelião militar em solo russo desde os anos 1990 veio de forma surpreendente, neste sábado (24), após a ampliação de combates e com o presidente Vladimir Putin prometendo esmagar o levante dos mercenários comandados pelo seu ex-aliado próximo. As informações são da Folha de São Paulo.

No comunicado, Prigojin afirma que aceitou os termos, que, segundo o ditador belarusso, Aleksandr Lukachenko, envolveram uma anistia para os rebelados, “para evitar derramamento de sangue”.

Ao longo do dia, imagens mostraram Prigojin assentar-se no quartel-general do Comando Militar do Sul, peça central na engrenagem da Guerra da Ucrânia, na qual o Wagner lutou e que agora é criticada pelo líder.

O local fica na capital regional Rostov-do-Don, que caiu sob controle do Wagner. Enquanto isso, as forças de Prigojin avançaram rumo ao norte, com registros de batalhas ao longo do caminho.

Em Voronej, helicópteros russos foram alvo de baterias antiaéreas do grupo, e um comboio foi explodido numa estrada. No meio da tarde, fim da manhã no Brasil, o governador da região imediatamente ao norte, Lipetsk, a 350 km de Moscou, disse ter visto forças de Prigojin.

Houve sinais de pânico acerca do comboio, com cerca de 300 veículos, inclusive tanques modernos T-90S, sendo transportados em carretas. Retroescavadeiras foram usadas para destruir trechos da rodovia que liga o sul a Moscou, a M4, que para todos os efeitos havia sido fechada.

A Prefeitura de Moscou determinou feriado na segunda-feira (26) e recomendou aos cidadãos que não viajassem até lá. Medidas antiterrorismo foram aplicadas, com reforço do policiamento, embora o clima no geral da capital fosse de normalidade, segundo moradores disseram à Folha.

Não se via tal movimentação desde que o então presidente Boris Ieltsin lidou à bala com uma revolta parlamentar em 1993 e nas duas guerras de secessão da Tchetchênia, em 1994-1996 e 1999-2000.

“Ambições excessivas levaram à traição. É um golpe contra a Rússia e seu povo. Nossas ações para proteger a pátria-mãe serão duras”, disse Putin, em rede nacional de TV. “Todos que entraram no caminho da traição, que prepararam uma rebelião armada, que adotaram chantagem e métodos terroristas sofrerão a punição inevitável.”

O presidente russo estava visivelmente irritado. Prigojin, afinal, era conhecido até há pouco como “o chef de Putin”, responsável pela alimentação do Kremlin desde os anos 2000 e, desde 2014, dono de um crescente exército particular a serviço do líder.

Em uma concessão à gravidade da situação, Putin afirmou que “este é o mesmo tipo de golpe que a Rússia sentiu em 1917”. “Intrigas e politicagem nas costas do Exército e do povo levaram ao maior choque, a destruição do Exército, o colapso do Estado, a perda de muitos territórios e, no fim, a tragédia e a guerra civil. Russos mataram russos, irmãos mataram irmãos.”

Ele se referia aos passos que levaram ao golpe bolchevista que derrubou o governo que removeu o czar do poder, levando à Guerra Civil Russa, que matou milhões até a formação da União Soviética, em 1922.

Logo depois da fala, Prigojin foi ao Telegram e mudou seu tom, criticando pela primeira vez o ex-chefe —até aqui, só havia atacado a liderança militar, a começar pelo ministro Serguei Choigu, da Defesa.

“O presidente comete um grande erro quando fala em traição. Somos patriotas, estamos lutando pela pátria-mãe. Não queremos corrupção. Estamos prontos para morrer”.

Em campo, foi como se a guerra no país vizinho tivesse recomeçado. “Passei a madrugada em claro. Onde moro, no sul de Rostov, as coisas estão calmas, mas as ruas estão vazias. No centro, o governo pediu para ninguém ir, e eu não arrisquei”, afirmou Ivan, comerciante que pede para não ter o sobrenome publicado.

Quem arriscou captou imagens com celulares que agora correm o mundo, de soldados do Wagner cercando o quartel-general da Polícia Nacional e de pelo menos dois tanques, além de diversos blindados que o grupo usou na Ucrânia, nas ruas da região central.

Em Voronej, houve uma grande explosão em um depósito militar de combustível. Há duas versões: uma de que o combustível pertencia ao Wagner, em apoio à sua ação no leste da Ucrânia, e foi atingido pela Força Aérea russa. A outra, de que foram os mercenários que atearam fogo ao local.

Em qualquer caso, esta constitui a maior crise já enfrentada por Putin após sua chegada ao poder, em 1999. Naquele ano e no seguinte, derrotou os separatistas tchetchenos e instalou a dinastia dos Kadirov no país muçulmano, mas em nenhum momento houve um desafio parecido às suas Forças Armadas.

Não sem ironia, o ditador tchetcheno, Ramzan Kadirov, foi chamado para o combate contra o ex-aliado Prigojin. Seus soldados foram vistos, em comboio, rumo a Rostov, o que antecipava uma sangrenta batalha entre as forças mais temidas sob o guarda-chuva russo.

Ele também é rival de Choigu, mas compôs com o ministro quando a Defesa enquadrou os mercenários, obrigando-os a assinar contratos. Isso foi a gota d’água da rixa entre Prigojin e os militares, marcada por acusações de boicote ao Wagner, que tomou Bakhmut, única vitória expressiva russa neste ano. No sul, vídeos apontam que forças tchetchenas já estão rumo a Rostov-do-Don, onde Prigojin está encastelado.

Putin viu sua autoridade erodida no episódio, mas ainda é cedo para compreender exatamente em que medida. As ondas de choque do episódio ainda vão reverberar. Os detalhes da crise ainda estão em aberto, e nada garante que os mercenários não voltaram à carga.

Prigojin diz ter “25 mil homens, e mais 25 mil a qualquer momento”, sugerindo espalhar sua sublevação. Até aqui, porém, isso não foi visto, e seu principal aliado no alto escalão militar, o general Serguei Surovikin, havia pedido que ele desista do motim e se entregue.

Para o “chef de Putin”, as opções eram poucas sem adesão. Sem Surovikin e se não alcançar a soldadesca em quartéis, está fadado a ver sua revolta ser asfixiada. O processo já aberto contra si pelo temido serviço de segurança FSB pode lhe dar 20 anos de cadeia, mas o dano à imagem de Putin e seu governo em um momento delicado ainda demanda avaliação.

Nos próximos dias talvez seja possível identificar o que realmente pesou. Como disse o analista militar Ruslan Pukhov à Folha, Prigojin se viu isolado e teve de recuar, mas não antes sem mostrar força. “Eles querem acabar com o Wagner, mas avançamos 200 km rumo a Moscou em um dia”, disse o “chef de Putin”.

Os adversários mais diretos aproveitam. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, postou no Twitter a avaliação de que a crise mostra “a fraqueza da Rússia” e conclamou a “comunidade internacional” a agir contra Putin. Nos EUA, patronos de Kiev, a ordem é de cautela.

O presidente Joe Biden está, segundo a Casa Branca, acompanhando os acontecimentos. Por mais que o país queira ver o rival de joelhos, não é do interesse americano uma instabilidade militar na única potência nuclear que faz frente a Washington.

Do outro lado, o líder russo falou por telefone com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que lhe ofereceu apoio e pediu comedimento. A Turquia, apesar de integrar a Otan e apoiar a Ucrânia, é próxima da Rússia e busca papel de mediação na guerra. Outros aliados expressaram apoio, como Irã e repúblicas centro-asiáticas.

A chancelaria russa também disse, em comunicado, que o Ocidente não deve tentar aproveitar a crise para “atingir seus objetivos russofóbicos”. Já o ex-presidente Dmitri Medvedev afirmou que o arsenal nuclear russo “na mão pode cair na mão de bandidos”.

Há, ainda, o risco de toda a crise, debelada, levar a um endurecimento ainda maior do regime e das ações militares na Ucrânia, até como forma de mostrar força aos adversários.

Nesta noite, por exemplo, foram lançados 51 mísseis de cruzeiro contra cidades ucranianas, o maior ataque em algumas semanas. Três pessoas morreram em Kiev, atingidas por destroços de projéteis abatidos.

Apesar de Prigojin ter divulgado o vídeo que deflagrou sua revolta criticando a guerra como um projeto da elite para tomar a Ucrânia, o Wagner não interrompeu ações russas. Aviões que participaram de ataques no vizinho levantaram voo normalmente da base de Rostov que suas forças dizem controlar.

As Forças de Segurança Pública de Pernambuco trabalham para viabilizar maior segurança e tranquilidade durante os festejos juninos na Capital do Forró. Até 2 de julho, mais de 11 mil profissionais de segurança estarão atuando no São João de Caruaru, conhecido por ser o destino mais procurado nesta época de tradição nordestina.

Localizado no Espaço Cultural, o Centro Integrado de Monitoramento e Gestão de Eventos (CIMGE) é um grande destaque no São João de Caruaru deste ano. A estrutura faz parte do Centro de Operações Integradas (COI), que fica localizado na lateral do Pátio de Eventos Luiz Gonzaga, garantindo um melhor posicionamento e atuação da segurança pública em Caruaru. No COI, o cidadão encontra unidades das Polícias Militar e Civil; Delegacia da Mulher; Instituto de Criminalística; Instituto Tavares Buril; Corregedoria Geral da SDS, além do reforço dos Bombeiros Militar.

O Partido dos Trabalhadores (PT) marcou para a próxima terça-feira (27) uma primeira reunião com membros da Executiva Nacional e principais lideranças da legenda para tratar das eleições municipais do ano que vem. A ideia é tirar do papel o que eles chamam de Grupo de Trabalho Eleitoral.

O grupo tem como intenção mapear nomes do PT e de partidos aliados que poderão concorrer às prefeituras, em especial na disputa das principais capitais e grandes cidades brasileiras. O encontro está marcado para às 16h em Brasília, mas haverá também participação remota. As informações são da CNN.

Durante a reunião, assuntos como tática eleitoral, definição de alianças partidárias e até mesmo a distribuição de recursos do fundo eleitoral deverão ser discutidos. Caberá à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, coordenar esse grupo, vinculado também à secretaria-geral do partido, sob o comando do ex-deputado Henrique Fontana.

Fontes do PT relataram à CNN que o tema aliança com a federação PSOL/Rede também será debatido. Isso significa discutir o apoio do PT à candidatura de Guilherme Boulos (PSOL-SP) para a prefeitura de São Paulo.

O apoio a Boulos por parte da legenda do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva já foi declarado. Mas, internamente, ainda há muita resistência ao nome do deputado do PSOL nas diferentes alas do partido.

O Kremlin negou neste sábado que o presidente Vladimir Putin tenha fugido de Moscou em plena rebelião do grupo paramilitar Wagner, iniciada durante a madrugada (noite de sexta no Brasil), afastando rumores de que o líder russo estaria a bordo da aeronave presidencial que deixou a capital rumo a São Petersburgo no início da tarde, de acordo com o site de monitoramento FlightRadar24.

 “O presidente encontra-se no Kremlin [a sede do governo] trabalhando normalmente”, disse o porta-voz do governo, Dmitri Peskov, à agência de notícias estatal Ria Novosti, que o questionou sobre rumores nas redes sociais de que Putin teria deixado Moscou por causa do tumulto. As informações são do O GLOBO.

De acordo com o site FlightRadar24, o avião presidencial da Rússia partiu de Moscou rumo a São Petersburgo no início da tarde, por volta das 14h44 (8h44 de Brasília). A aeronave está sendo monitorada por quase 50 mil pessoas na plataforma.

A Rússia instaurou, neste sábado, um “regime de operação antiterrorista” na região de Moscou, depois que o grupo paramilitar Wagner afirmou ter controlado os territórios militares da cidade de Rostov, no Sul do país, informaram agências de imprensa russas. Em pronunciamento pela televisão, o presidente russo, Vladimir Putin, qualificou a rebelião como uma “punhalada pelas costas” e acusou o líder dos mercenários, Yevgeny Prigojin, de ter “traído” a Rússia por sua “ambição desmedida”.

Na véspera, a rixa entre o governo da Rússia e o líder do grupo de mercenários ganhou grandes proporções. Yevgeny Prigojin acusou o Exército russo de bombardear suas bases próximas à linha de frente com a Ucrânia e convocou uma “rebelião armada” contra o comando militar nacional em resposta, levando autoridades no país a investigá-lo, por consequência.

Da Agência Brasil

O Brasil recebeu, entre 2011 e 2022, 348.067 solicitações de refúgio. Desse total, 50.355 foram solicitadas no ano de 2022. O país contava, ao final do ano passado, com 65.840 imigrantes refugiados reconhecidos.

Os números constam do Relatório de Dados Consolidados sobre Migração no Brasil, divulgado nesta sexta-feira (23) durante o encerramento da Semana Nacional de Discussões sobre Migração, Refúgio e Apatridia.

Segundo o levantamento divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com base em dados do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), em 2021 foram feitas 29.107 solicitações de refúgio no país.

A variação entre o total de solicitações registradas de 2021 a 2022 representa um acréscimo de 21.248 pedidos, uma alta de 73%.

“Trata-se de um dado relevante para a compreensão da dinâmica brasileira do refúgio no contexto de superação do período mais grave da pandemia da covid-19, o que fica evidente quando comparado ao cenário de estabilidade observado entre os anos de 2020 e 2021”, diz relatório.

O ano com maior número de pedidos foi 2019, quando foram registradas 82.552 solicitações. Em 2018, foram 79.831 solicitações.

Em 2022, o Brasil recebeu solicitações de imigrantes provenientes de 139 países. A maior parte das solicitações foram feitas por venezuelanos (67%), seguidos por cubanos (10,9%) e angolanos (6,8%).

Ainda segundo o levantamento, 54,6% do total de pessoas solicitantes de refúgio em 2022 são homens e 45,4% são mulheres. Os homens venezuelanos representaram 64,4% do total de homens solicitantes, enquanto as mulheres venezuelanas corresponderam a 70,2% do total de mulheres solicitantes.

Conare

O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) analisou, em 2022, 41.297 solicitações de refúgio de pessoas provenientes de 141 países, tendo já reconhecido, no referido ano, como refugiados, 5.795 imigrantes.

Das mais de 41 mil solicitações feitas ao Conare para reconhecimento da condição de refugiado, 20.718 foram feitas por venezuelanos.

A maior parte das solicitações apreciadas pelo Conare (57,8%) foram registradas na Região Norte, tendo no estado de Roraima a maior concentração me volume (41,6%), seguido de Amazonas (11,3%) e Acre (3,3%). As principais nacionalidades reconhecidas pelo comitê na região em 2022 foram venezuelanos (77,9%) e cubanos (7,9%).

Os homens corresponderam a 56% do total de pessoas reconhecidas como refugiadas, em 2022, enquanto as mulheres representaram 44%. Entre os reconhecidos, 46,8% eram crianças, adolescentes e jovens com até 24 anos de idade.

Tanto os homens (35,9%) como as mulheres (31,4%) reconhecidos encontravam-se, “de forma mais expressiva” na faixa de idade de 25 a 39 anos.

De acordo com o Ministério da Justiça, a fundamentação mais aplicada para o reconhecimento da condição de refugiado em 2022 foi a de Grave e Generalizada Violação dos Direitos Humanos, que correspondeu a 82,4% do total de fundamentações. Na sequência, com 10,9% do total, a fundamentação teve por base questões relativas a opinião política.

O chefe do grupo mercenário russo Wagner, que declarou insurreição armada contra o Ministério da Defesa russo, Yevgeny Prigozhin, confirmou neste sábado (24/06) que ele e suas tropas alcançaram uma importante cidade russa após cruzarem a fronteira da Ucrânia.

Ele postou um vídeo de si mesmo em Rostov-on-Don, capital da região de Rostov, no quartel-general russo que supervisiona os combates na Ucrânia e afirmou que suas forças tinham instalações militares na cidade sob seu controle, incluindo o campo de aviação. As informações são do DW Brasil.

Outros vídeos postados nas mídias sociais mostraram veículos militares, incluindo tanques, nas ruas.

Os serviços de segurança da Rússia responderam à declaração de rebelião armada de Prigozhin, pedindo a prisão dele. Em um sinal de como o Kremlin levou a ameaça a sério, a segurança foi reforçada em Moscou e em Rostov-on-Don. Não ficou claro de imediato como ele conseguiu entrar na cidade do sul da Rússia e quantas tropas ele tinha com ele.

“Estamos no Estado-Maior, às 7h30, horário de Moscou, controlamos as instalações militares em Rostov, incluindo o campo de aviação”, disse ele em um vídeo postado em sua conta no Telegram.

Ele observou que “as aeronaves partem normalmente para missões de combate. A aviação médica também parte. Não há nenhum problema. A única coisa que fazemos é impedir que a aviação de ataque nos bombardeie e garantir que bombardeie os ucranianos”.

“O posto de comando principal está funcionando normalmente, não há nenhum problema, nenhum oficial foi separado (de suas funções). Portanto, se disserem a você que Wagner atrapalhou o trabalho e que foi por isso que algo desabou na frente de batalha, saiba que não foi por causa disso”, disse ele.

“Quando chegamos aqui, confirmamos muitas coisas. Uma grande quantidade de território perdido, soldados mortos, três a quatro vezes mais do que o relatado nos documentos (para a presidência russa), e o que é relatado é dez vezes menos do que o que é dito na televisão”, disse ele.

De acordo com Prigozhin, as baixas em alguns dias chegam a mil, incluindo “mortos, desaparecidos, feridos e os chamados ‘desertores’ que se recusam a lutar não porque estão acovardados, mas porque não têm outra saída: não têm munição, não têm comando”.

“O chefe de gabinete fugiu daqui assim que soube que estávamos nos aproximando do prédio”, acrescentou.

Mais cedo, outro canal do Telegram afiliado a Wagner postou um vídeo de uma reunião entre Prigozhin em Rostov-on-Don com o vice-ministro da Defesa Yunus-Bek Evkurov e o vice-comandante do Estado-Maior Vladimir Alexeyev.

“Mercenários avançarão rumo a Moscou”

Prigozhin declarou que, enquanto Wagner “não tiver o chefe do Estado-Maior russo Valery Gerasimov e o ministro da Defesa Sergey Shoigu em seu poder, seus mercenários bloquearão a cidade de Rostov” e “avançarão em direção a Moscou”.

Embora o resultado do confronto ainda seja uma incógnita, parece provável que ele

provavelmente prejudicará ainda mais o esforço de guerra de Moscou, já que as forças de Kiev estão testando as defesas russas nos estágios iniciais de uma contraofensiva.

A disputa também pode ter repercussões para o presidente russo, Vladimir Putin, e sua capacidade de manter uma frente unida.

As forças do Grupo Wagner desempenharam um papel crucial na guerra da Rússia na Ucrânia, tendo conseguido tomar Bakhmut, a cidade que foi epicentro de algumas das batalhas mais sangrentas e longas desde o início da invasão russa na Ucrânia.

Mas Prigozhin tem repetidamente criticado a cúpula militar da Rússia, acusando-a de incompetência e de privar suas tropas de armas e munição.

Acusação de ataque russo

Nesta sexta-feira, Prigozhin voltou a fazer severas críticas à liderança militar russa e acusou o Exército russo de realizar ataques a acampamentos dos seus mercenários, causando “um número muito grande de vítimas”. As acusações foram negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

“Realizaram ataques, ataques com mísseis, na retaguarda dos nossos acampamentos. Um número muito grande dos nossos combatentes foi morto”, disse Yevgeny Prigozhin numa mensagem de áudio transmitida pelo seu serviço de imprensa.

Prigozhin ainda garantiu que irá retaliar por estes ataques que, de acordo com o líder do Grupo Wagner, foram ordenados pelo ministro da Defesa russo.

A mensagem de Yevgeny Prigozhin foi acompanhada por vídeo com cerca de um minuto, onde se vê uma floresta destruída, alguns focos de incêndio e pelo menos o corpo de um militar. 

O chefe do Grupo Wagner também disse que o “mal” da liderança militar russa “deve ser interrompido” e afirmou ter milhares de soldados prontos para lutar. 

“O Conselho de Comandantes do Grupo Wagner tomou uma decisão: o mal provocado pela liderança militar do país deve ser interrompido. Eles negligenciam a vida dos soldados. Esqueceram a palavra ‘justiça’ e vamos trazê-la de volta. Aqueles que destruíram hoje nossos homens, que destruíram dezenas, dezenas de milhares de vidas de soldados russos, serão punidos. Todos que tentarem resistir, nós os consideraremos uma ameaça e os destruiremos imediatamente, incluindo quaisquer postos de controle em nosso caminho. Depois de terminarmos o que começamos, voltaremos à linha de frente para proteger nossa pátria. Vamos lidar com aqueles que destroem soldados russos. E voltaremos à linha de frente. A justiça no Exército será restaurada. E depois disso, justiça para toda a Rússia”, declarou o chefe do Grupo de Wagner.

As acusações foram negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia. “As mensagens e vídeos publicados nas redes sociais por Prigozhin sobre alegados ‘ataques do Ministério da Defesa da Rússia nas bases de retaguarda do grupo paramilitar Wagner’ não correspondem à realidade e são uma provocação”, disse o ministério, em comunicado.

Prigozhin explicou, posteriormente, que não pretendia protagonizar um golpe de Estado, e sim organizar uma “marcha pela justiça”.

“Não há comando, não há sucessos militares”

Ainda nesta sexta, Prigozhin disse que o Exército da Rússia está recuando nas regiões ucranianas de Kherson e Zaporizhzhya e acusou o Ministério da Defesa russo de enganar Putin sobre a real situação do front. “As Forças Armadas ucranianas esmagam o Exército russo. Enquanto nos banhamos em sangue, ninguém envia reservas, não há comando”, disse Prigozhin em vídeo postado no Telegram. “Não há comando, não há sucessos militares, a direção do Ministério da Defesa engana completamente o presidente”, acrescentou.

No mesmo vídeo, o chefe do Wagner atacou abertamente o Ministério da Defesa russo e particularmente o ministro Sergei Shoigu, a quem descreveu como “um vovôzinho trêmulo” que deveria ser julgado pela morte de “dezenas de milhares de jovens”. “É uma operação planejada de forma medíocre”, declarou.

Segundo Prigozhin, a operação teria sido bem-sucedida se erros de planejamento muito graves não tivessem sido cometidos “ou soldados nus e descalços não tivessem sido enviados” para o front.

Sobre a situação atual, comentou que continuam as “mentiras soberanas” do Ministério da Defesa, e que a verdade virá à tona “quando esta escória perceber que perdeu um colossal pedaço de território e disser que se reagrupou em posições mais favoráveis”.

Nathalia Marques, 34 anos, corretora de imóveis presa em flagrante, na manhã desta sexta-feira (23), costuma compartilhar com os mais de 3 mil seguidores do Instagram sua rotina de trabalho, viagens e passeios. Moradora de Águas Claras, a investigada atuava ao lado de um suspeito de 35 anos, comercializando drogas gourmet por meio de aplicativos.

Como revelado pela coluna Na Mira, a traficante encontrou uma forma descontraída de se diferenciar no mercado ilegal e fidelizar clientes. As porções enviadas pela investigada eram acompanhadas de adesivos personalizados e brindes, como balas e itens para usar os entorpecentes. As informações são do Metrópoles.

Na casa de Nathalia, em Águas Claras, os policiais apreenderam cocaína, ketamina, diversos comprimidos de ecstasy, GHB, “loló”, variedades de skunk, LSD, balança de precisão e equipamentos para separar as drogas.

A suspeita também oferecia um cardápio com opções de cocaína, como escama de peixe — a versão mais pura —, ecstasy e maconha.

No anúncio obtido pela coluna Na Mira, quem desejasse receber a encomenda por meio de transporte por aplicativo teria de pagar taxa de R$ 2, para custeio da embalagem de presente que disfarçava o conteúdo da encomenda. Contudo, a traficante oferecia serviço de motorista particular e até entregava as drogas na porta do prédio do cliente.

O comparsa de Nathalia também é investigado por atuar no tráfico. A polícia descobriu que a dupla vendia drogas especialmente para o público LGBTQIA+.

As apurações, que duraram cerca de quatro meses, comprovaram que os suspeitos usavam as redes sociais, principalmente aplicativos como WhatsApp e Grindr, para cooptar clientes e anunciar os entorpecentes.

Nesta sexta-feira (23), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu, ainda, dois mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara de Entorpecentes do Distrito Federal, em Águas Claras e Taguatinga. A dupla foi autuada pelos crimes de tráfico de drogas e associação para tráfico de drogas. A pena pelos crimes varia de 8 a 25 anos de prisão.