O forró pede socorro no São João de Caruaru, de Campina Grande e de toda região Nordeste

Por Adilson Lira*

O mês de junho é marcado por grandes e animadas festas tradicionais, folclóricas e culturais, na região Nordeste do Brasil. São as festas de São João ou festas juninas, que por muitos anos vêm sendo animadas ao som do forró, ritmo que se notabilizou em nossa região e daqui se espalhou pelo Brasil e pelo mundo.

Caruaru, cidade que detém, com honras e glórias, o título de “Capital do Forró”, conforme faz referência direta a canção: “Capital do Forró”, composta por Jorge de Altinho, cantor e compositor, e imortalizada na voz do baiano da cidade de Entre Rios, Lindú, músico instrumentista, sanfoneiro e vocalista da inesquecível banda de forró, Trio Nordestino, vem sendo bombardeada, a cada mês de junho, ao longo dos anos, por toda sorte de ritmos musicais, enquanto o forró vem sendo deixado de lado ou relegado a espaços assessórios na nossa festa maior.

Não sou, de nenhum modo, contrário a que grandes nomes, grandes artistas da música nacional participem das festas de São João em nossa cidade e por todo Nordeste. Mas não dá pra concordar que em nossa tradicional festa de forró, esse ritmo seja relegado a segundo plano, ou simplesmente ignorado nos principais palcos dos nossos eventos!

Caruaru, em Pernambuco, e Campina Grande, na Paraíba, sempre travaram uma saudável e belíssima disputa pelo título de “maior e melhor São João do Mundo”. Essa disputa, inclusive, contribuiu para que os dois municípios buscassem melhorar, ano após ano, seus festejos juninos. Assim, faz décadas que temos visto acontecer no mês de junho as melhores festas de forró (festas juninas) do Brasil, nessas duas cidades do Nordeste brasileiro, sem desmerecer, lógico, as demais cidades da região, onde também tem se realizado belíssimas e grandiosas festas juninas.

Mas, voltando ao assunto que deu ensejo a esse texto, o forró de fato está pedindo socorro nos festejos juninos do Nordeste e, principalmente, em Caruaru e Campina Grande. Artistas regionais, cantores e cantoras de forró, estão sendo colocados à margem da festa que deveria ser do forró, tanto em Caruaru, quanto em Campina Grande e no Nordeste, de uma forma geral, já que essa triste realidade não se resume aos dois importantes municípios citados, mas também às demais cidades da região que realizam festas juninas. Em todas elas o forró está à míngua!

Um lamentável episódio ocorrido em Campina Grande, serve como exemplo do que estamos afirmando. O artista paraibano, Flávio José, cantor, compositor e sanfoneiro dos bons, conhecido em toda região Nordeste por sua qualidade artística, passou pela humilhante situação de ter que reduzir o tamanho de sua apresentação, no palco principal do São João da cidade paraibana, na noite da sexta-feira, dia dois de junho. Na ocasião, a prefeitura alegou que ele precisaria diminuir o tempo da sua apresentação para que a outra parte fosse repassada para a “principal atração daquela noite”, que era o cantor sertanejo Gusttavo Lima.

Nada contra a música sertaneja, nem seus artistas. Aliás, nada contra nenhum dos ritmos musicais, sejam eles brasileiros ou de qualquer outra região do mundo. O que nos causa espanto e indignação é vermos, numa tradicional festa junina nordestina, um grande artista do forró ser preterido, humilhado, desconsiderado e ter que reduzir a sua apresentação para que um cantor de música sertaneja aumente seu tempo de show. Isso ocorrer no São João, que é uma festa de forró, revela a lamentável e triste realidade pela qual passam nossos artistas regionais, artistas do forró!

Sobre o ocorrido, o cantor Flávio José deu a seguinte declaração: “infelizmente é isso que os artistas da música nordestina sofrem. Nos dizem ‘não precisa cantar uma hora e meia não. Uma hora tá bom’. É cruel, pois só acontece com a gente mesmo!”

Isso que aconteceu em Campina Grande, com Flávio José, não foi um caso isolado, muito pelo contrário, vem ocorrendo em todo Nordeste, onde ainda são realizadas as melhores e maiores festas juninas do Brasil.

Aqui em Caruaru, a “Capital do Forró”, lugar onde se realiza o “maior e melhor São João do Mundo”, ao tempo em que se deu ares de grandiosidade aos festejos juninos, com grandes produções e uma infraestrutura de causar inveja aos principais eventos da música no Brasil, e até no mundo, também temos cometido o equívoco de relegar nosso forró a segundo plano. A grade de programação oficial do São João de Caruaru, no principal palco do evento, localizado no “Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga”, simplesmente ignorou os artistas do forró, dando prioridade, e até exclusividade, a artistas de renome nacional que cantam outros ritmos diversos do forró.

Estão deixando de fora do palco principal de Caruaru, exatamente os artistas, cantores e cantoras do forró! Esse ano não teremos o privilégio de ver se apresentar artistas de porte como Jorge de Altinho, Petrúcio Amorim, Alcymar Monteiro, Flávio José, Geraldinho Lins e tantos outros que ao longo de suas carreiras têm levado o legado do forró nordestino para todo Brasil e até mesmo para o mundo!

Felizmente ainda tivemos o privilégio de contar, esse ano, com a participação da cantora Elba Ramalho, na abertura do São João de Caruaru. Ela, que tem levado nossa cultura e nossos ritmos musicais para todo Brasil, ainda é das poucas que resistem ao verdadeiro boicote pelo qual passam nossos artistas e nosso forró, na festa que deveria ser deles!

Não estamos com isso propondo a proibição ou o boicote a nada e ninguém. Nossas festas juninas são grandiosas, e, como tal, nelas há lugar para todos os ritmos e artistas. 

Lembro-me bem de um diálogo que tive o privilégio de travar, em meados dos anos 80, com o meu pai, o mestre Reginaldo Pietro, artista, cantor, compositor e sanfoneiro dos bons, que nos deixou em 31 de maio de 2016, mas que, felizmente, teve seu reconhecimento ainda em vida, como homenageado oficial no São João de Caruaru, em 2014. Reginaldo Pietro dedicou mais de 50 anos de sua existência à prática e divulgação da nossa música regional.

Pois bem, em meados dos anos 80, quando nosso São João começava a fazer sua transição das festas comunitárias para a grande festa comercial que temos hoje, quando deixou de ser uma comemoração descentralizada, realizada nos bairros e comunidades da zona rural de nossa cidade, passando a ser na área central de Caruaru, inicialmente na Avenida Rui Barbosa e, depois, onde funciona até hoje o Pátio do Forró, ele me disse que com aquele processo de centralização, estavam acabando com o São João de Caruaru.

Discordei dele naquele momento, pois, como à época eu era apenas um adolescente, e como tal, achava que sabia de tudo. Eu imaginava que era exatamente o contrário do que ele dizia. Achava que nossas festas juninas estavam ganhando ares de grandes eventos e daí a se tornar um grande sucesso, reconhecido em todo o Brasil – era apenas um passo!

De certa maneira, eu e meu pai estávamos certos em nossas visões dos rumos que estavam tomando nossos festejos, apesar de divergirmos. Ele estava certo quando disse que, com a centralização, estavam acabando com o São João de Caruaru e isso aconteceu com as festas comunitárias, realizadas em todos os bairros e até mesmo na zona rural do nosso município. Aquele tipo de São João estava com os seus dias contados. A centralização do evento acabou com o São João nas ruas da cidade. As tradicionais palhoças e fogueiras e a cidade toda enfeitada, são hoje coisas do passado, infelizmente.

Mas eu também não estava de todo errado, pois, era necessário modernizar os festejos juninos, era necessário transformar o São João de Caruaru num grande evento comercial que pudesse atrair para o município grandes investimentos (públicos e privados), e isso alavancaria o turismo, atraindo visitantes que participariam da festa e gastariam seus recursos aqui na “Capital do Forró”, contribuindo com o crescimento econômico, não apenas de Caruaru, mas de toda região. 

O certo mesmo é que uma coisa não precisaria eliminar a outra. O forró tradicional  e o moderno, aí incluindo todos os demais ritmos musicais, poderiam conviver juntos e em harmonia, aliás, deveriam!

O forró pede socorro e acredito que não há fórmula mágica para resolver o problema. Mas, vou deixar aqui uma simples sugestão que poderá facilitar o convívio entre artistas verdadeiramente forrozeiros, que são a base das festas de São João em Caruaru e em toda região Nordeste, e os demais artistas, grandes nomes da música nacional, de todos os ritmos musicais. Acredito que incluir na grade da programação oficial, no palco principal, em todas as noites de festa, entre as grandes atrações nacionais, dos mais diversos gêneros musicais, uma atração, um artista ou banda de forró poderia ao menos ofertar ao público a possibilidade de ver, ouvir e dançar forró, em todas as noites de festa. 

Imaginem atrações nacionais que arrastam multidões em seus shows, a exemplo de: Wesley Safadão, Luan Santana, Ivete Sangalo, Bell Marques (ex-Chiclete com Banana); grandes duplas sertanejas, revelações do novo brega como Raphaela Santos e Priscila Senna. Estes, dividindo o palco com renomados artistas do forró como Flávio José, Jorge de Altinho, Elba Ramalho, Alcymar Monteiro, Petrúcio Amorim, Santana, Geraldinho Lins e tantos outros!

Tenho certeza que funcionaria muito bem, não apenas em Caruaru e em Campina Grande (que disputa conosco o título de “Maior e Melhor São João do Mundo), mas também em todos os municípios do Nordeste, onde são realizadas festas juninas.

Outra simples sugestão: o poder público (prefeitura municipal), responsável direto pela realização das festas juninas, deveria investir no forró não apenas no período junino, mas o ano todo. Bastava combinar com bares e restaurantes da cidade, que mantém música ao vivo, para que escolhessem, de comum acordo, um dia por semana em que todos teriam forró; seria o dia/noite do forró em Caruaru, um bom marketing para as empresas de publicidade e turismo divulgarem. O poder público poderia ficar responsável pelos cachês das bandas, artistas, trios pé-de-serra, e assim teríamos forró toda semana ao longo do ano, na Capital do Forró, com um investimento mínimo. Tenho certeza que o retorno seria garantido. 

Essa última sugestão ouvi, já faz algum tempo, de um amigo – um cabra da peste inteligente – o artista de Caruaru, Valdir Santos, músico, cantor, compositor e instrumentista.

Sinceramente, fico a imaginar o que diria o eterno mestre Luiz Gonzaga, principal difusor do forró, xote, xaxado e baião por todo o Brasil e, também, por muitos lugares do mundo, se vivo fosse e visse o descaso com o qual gestores públicos do Nordeste estão tratando o forró, principal ritmo musical das nossas festas juninas!

Se não atentarmos e cuidarmos com muito carinho do nosso forró agora, ele continuará pedindo socorro e poderá vir a sucumbir em Caruaru, Campina Grande e em toda região Nordeste do Brasil.

Portanto, viva e aproveite o São João, curtindo e valorizando nosso FORRÓ!

*Adilson Lira é advogado e caruaruense da gema, nascido no bairro do Salgado

O terrorista George Washington, preso pela tentativa de promover um atentado a bomba perto do Aeroporto de Brasília, escreveu cinco mensagens ao Exército pedindo e prontificando-se a ajudar em um golpe militar, inclusive com o arsenal que mantinha em sua casa. As interações ocorreram no dia 11 de dezembro do ano passado, véspera dos ataques contra a sede da Polícia Federal. Procurado pela coluna, o Exército disse não conseguir dar conta do volume de mensagens que recebe.

A Polícia Civil do Distrito Federal descobriu a tentativa de comunicação ao periciar o celular de George Washington. Na primeira mensagem, o terrorista escreveu um pedido de socorro às Forças Armadas: “SOS FFAA”. As informações são do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Horas depois, George Washington compartilhou uma notícia de um blog de esquerda com o título: “PT, sindicatos, MST e MTST formarão força de segurança paralela para Lula na posse”.

“Convoquem os CACs. Srs., até quando vão esperar? Convoquem e ponham em treinamento militar intensivo”, escreveu em seguida, em referência aos Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs). “Tem muito fuzil à disposição, será uma honra servir a pátria. Não nos deixe sair como bandidos nessa situação”.

George Washington disse à Polícia Federal que gastou mais de R$ 160 mil em munição e armas, entre elas um fuzil Springfield calibre .308. “Sejam rápidos, treinem os CACs. Não esperem as coisas ficarem mais sérias”, dizia a mensagem final.

Mensagens semelhantes foram enviadas ao deputado federal General Eliéser Girão, do PL do Rio Grande do Norte, e ao senador Eduardo Girão, do Novo do Ceará. George Washington pediu ao deputado que os CACs fossem acionados para um golpe, afirmou ter muitos fuzis e fez um apelo: “Não nos deixe sair como bandidos”. Para o senador, o terrorista disse ter muitos “atiradores sniper” entre os CACs, que poderiam agir como “força de reserva”.

Investigações mostraram que George Washington tentou fazer um curso de sniper, mas não conseguiu. O ministro da Justiça, Flávio Dino, declarou que o terrorista tinha a intenção de matar Lula na posse presidencial.

A coluna procurou o Exército para saber se a Força tinha conhecimento sobre as cinco mensagens e se existe um sistema de inteligência para monitorar o conteúdo dos textos recebidos no Instagram. Em nota, o Exército informou que passou a receber uma média diária de 200 mil interações nas redes sociais, entre os meses de novembro e dezembro de 2022, e que não foi possível identificar as mensagens citadas.

“Anteriormente, essa média era de cerca de 16 mil interações por dia”, declarou o Exército. “Ressalta-se que o Exército Brasileiro permanece à disposição dos órgãos de segurança pública e das demais autoridades competentes para contribuir com qualquer desdobramento necessário às investigações.”

O senador Eduardo Girão disse que tem “posicionamento firme e público contra a ampla flexibilização dos CACs e do porte de armas de fogo que se deu no governo Bolsonaro”. Sobre as mensagens de George Washington, Girão afirmou que um dos delegados da Polícia Civil disse à CPMI do 8 de Janeiro que o terrorista havia enviado mensagens para redes sociais de autoridades e que os perfis não responderam.

“Não sabia que também tinham chegado ao meu Instagram. Não visualizei e nem respondi, até porque tenho mais de 260 mil seguidores só nesta rede social. Recebo diariamente milhares de mensagens, já que posto pelo menos quatro publicações por dia”, declarou.

O deputado General Eliéser Girão disse que desconhece George Washington e que não viu qualquer mensagem dessa natureza.

Bati a cifra de 12 km na corrida diária, hoje em Gravatá, onde passo os festejos juninos. Larguei do hotel, na BR-232, em direção ao centro da cidade e regressei ao ponto de origem. Encontrei muita gente correndo no friozinho gostoso.

A cidade está lotada. Foi, literalmente, invadida desde a última quinta-feira. Hotéis, pousadas, casas de veraneio, condomínios, enfim, um enxame de gente. Nunca vi nada igual! Trafegar em qualquer parte de Gravatá é um teste de paciência pelos longos engarrafamentos. 

Lugar nos principais restaurantes também virou uma disputa infernal. A BR continua com um fluxo de carros impressionante. Ontem, meus filhos levaram 5h20 do Recife para Gravatá. Otávio Souto, meu motorista, relatou que não conseguiu andar, parado nos engarrafamentos sem fim. E quando a fila andava, a velocidade era de tartaruga, entre 20 e 30 km.

Que horror!

O delegado Erick Lessa publicou uma nota de retratação sobre as afirmações declaradas em programas de rádio. A nota é a condição de um acordo judicial firmado entre ele e a ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, atual governadora de Pernambuco. Em 2019, o então deputado estadual disse que a prefeita, à época, havia viajado aos Estados Unidos acompanhada da família, quando na verdade os familiares se encontravam em Fortaleza. Confira o texto na íntegra:

“Reconheço o equívoco das minhas afirmações, pois no mês de junho de 2019 restou comprovado que a Sra. Raquel Lyra, à época exercendo o cargo de prefeita do município de Caruaru, encontrava-se realizando um curso de capacitação em Washington DC, nos Estados Unidos, denominado “International Program for Public Leaders in Washington DC”. Diante disto, venho por meio desta, publicamente, restabelecer a verdade, retratando-me da afirmação veiculada nos programas de rádio: Panorama CBN e Frente a Frente com Magno Martins, respectivamente apresentados à época pelos jornalistas Mário Flávio e Magno Martins, de que a então prefeita teria viajado acompanhada da família, uma vez que a respectiva família se encontrava em Fortaleza, desvinculada, pois, da então prefeita, que fazia o curso acima citado, razão pela qual apresento minhas sinceras desculpas”.

Um dos principais destinos turísticos do País, o Recife ganha, a partir deste sábado (24), uma nova conexão aérea internacional. O Aeroporto Internacional Gilberto Freyre vai realizar o primeiro voo direto com destino a Orlando, na Flórida (EUA). A Azul Linhas Aéreas será responsável por operar essa nova rota, que terá uma frequência de três vezes por semana, decolando da capital pernambucana às quartas, sábados e domingos, às 9h30, e pousando em Orlando às 17h10. Já no sentido inverso, o voo partirá dos Estados Unidos nos mesmos dias, às 20h15, chegando no Recife às 6h30. Para o trecho, a companhia aérea vai utilizar aeronaves Airbus A330neo, que têm capacidade para mais de 300 passageiros. 

Orlando se torna o quinto destino internacional do Aeroporto do Recife. As outras conexões disponíveis na capital pernambucana são para Lisboa, em Portugal; Montevidéu, no Uruguai; Buenos Aires, na Argentina; e Fort Lauderdale, também nos Estados Unidos.

“O turismo desempenha um papel importante na geração de renda para o Recife e segue gerando novas oportunidades para a cidade. Essa conexão direta com Orlando é um marco na retomada do turismo internacional no Recife e consolida o nosso Aeroporto, que já é reconhecido como um dos melhores do Brasil, como porta de entrada de turistas no Nordeste. Além disso, a nova rota vai atrair a população da Região que deseja viajar para os Estados Unidos”, ressaltou o Prefeito João Campos. 

Além das conexões internacionais, em abril deste ano, o Aeroporto Internacional do Recife registrou a quarta maior oferta de destinos domésticos no país, sendo o mais conectado entre as regiões Nordeste, Norte e Sul. Ao todo, são 39 rotas para 37 cidades brasileiras. Em 2022, o terminal de passageiros da capital pernambucana também foi eleito o segundo melhor do mundo, atrás apenas do Aeroporto Internacional de Tóquio, em um ranking global elaborado pela AirHelp, especialista em direitos dos passageiros aéreos. O levantamento considerou fatores como pontualidade, opinião dos clientes e oferta de serviços. 

Dados do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian mostram que, em maio, o Nordeste do país registrou 1.106.770 empresas com contas atrasadas. A Bahia (BA) foi a Unidade Federativa (UF) com o maior número de registros (340.656). Pernambuco vem logo em seguida, com 209.174 empresas com as contas no vermelho.

Na análise nacional, foram registradas 6,48 milhões de empresas inadimplentes no Brasil, uma queda de 28,8 mil companhias em relação a abril de 2023, mês em que um novo recorde da série histórica do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian foi registrado. A maioria das empresas negativadas eram do setor de “Serviços” (54%).

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “embora a taxa de juros do país ainda seja desafiadora às empresas, a desaceleração da crescente inadimplência das companhias pode ser um sinal de reação mais positiva para o que virá nos próximos meses. Mas para que uma perspectiva melhor aconteça, de fato, é necessário que as organizações continuem vigilantes em relação à sua saúde financeira e à renegociação de dívidas”.

O setor com mais dívidas inadimplidas em maio foi o de “Outros” (28,9%) que contempla contas com Indústrias, Terceiro Setor e Primário. O segmento com menos incidência de atrasos foi o de “Securitizadoras” (1,1%). 

Três dos quatro estados do Sudeste apresentaram os maiores números de empresas inadimplentes, sendo, respectivamente, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Já os quatro estados que menos registraram eram do Norte – Tocantins, Amapá, Acre e Roraima. 

Retração também incidiu entre as micro e pequenas empresas 

Das mais de 6,48 milhões de companhias negativadas em maio, 5,73 milhões eram micro e pequenas empresas. O número também representa desaceleração no crescimento, em relação ao mês anterior. 

Juntas, as Micro e Pequenas Empresas com CNPJs no vermelho somam 39,6 milhões de dívidas, cujo valor total é de R$ 93,5 bilhões. Em média, cada companhia inadimplente possui 6,9 contas atrasadas. 

Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas contempla a quantidade de empresas brasileiras que estão em situação de inadimplência, ou seja, possuem pelo menos um compromisso vencido e não pago, apurado no último dia do mês de referência. O Indicador é segmentado por UF, porte e setor.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia ir a Nova York, nos Estados Unidos, em outubro deste ano para participar da reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Integrantes do governo brasileiro informam que a ida do presidente à reunião pode acontecer, mas que ainda não há definição. As informações são do G1.

O Conselho de Segurança da ONU é formado por 15 países. Cinco desses países ocupam os chamados assentos permanentes, e os outros dez, de forma temporária, os chamados assentos não-permanentes – o que é o caso do Brasil, cujo mandato acaba em dezembro deste ano.

A presidência do conselho é rotativa, isto é, a cada período, um país comanda o grupo e, em outubro, a presidência vai caber ao Brasil (leia detalhes mais abaixo).

Antes da viagem de outubro, em setembro, Lula irá a Nova York para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, tradicionalmente aberta com o discurso do presidente brasileiro.

Críticas à composição do conselho

Lula costuma criticar em fóruns internacionais a atual composição do Conselho de Segurança da ONU, afirmando que o grupo representa a geopolítica da década de 1940, quando as Nações Unidas foram criadas, e não a atual.

Diante disso, na opinião do presidente, precisa contar com mais integrantes de outras regiões.

Em frequentes discursos, Lula pleiteia que o conselho passe a ter países da América Latina, da África e mais países da Ásia e da Europa. O presidente costuma citar, por exemplo, Brasil, África do Sul, Alemanha, Índia e Japão.

Nesta sexta-feira (23), em Paris, na França, onde participou de uma cúpula que discutiu questões climáticas, Lula voltou a cobrar a reforma do conselho.

“É importante que a gente tenha noção de que a gente não pode continuar com as instituições funcionando de maneira equivocada. Mesmo o Conselho de Segurança da ONU, os membros permanentes não representam mais a realidade política de 2023. Se representaram em 1945, em 2023 é preciso mudar”, afirmou o presidente.

“A ONU precisa voltar a ter representatividade, a ter força política. A ONU foi capaz de criar o Estado de Israel em 1948 e não é capaz de resolver o problema da ocupação do Estado Palestino”, acrescentou.

ONU de 1945 ‘não existe mais’

Em maio deste ano, ao conceder entrevista à imprensa após ter participado da reunião do G7 no Japão, Lula também defendeu a reforma.

“A ONU de 1945 já não existe mais. Ela foi criada para manter a paz no mundo, mas ela não tem mais autoridade para manter a paz no mundo porque são os próprios membros do Conselho de Segurança que fazem guerra”, declarou Lula na ocasião.

O presidente tem afirmado, por exemplo, que o Conselho de Segurança não conseguiu evitar a invasão do Iraque pelos Estados Unidos e a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Conselho de Segurança da ONU

O Conselho de Segurança da ONU é formado por 15 países, dos quais cinco têm assento permanente (por ordem alfabética):

  • China;
  • Estados Unidos;
  • França;
  • Reino Unido;
  • Rússia.

Os outros dez assentos são ocupados por países de forma rotativa. Entre os atuais países que ocupam esses assentos, estão:

  • Brasil;
  • Equador;
  • Suíça;
  • Moçambique;
  • Emirados Árabes.

A presidência do grupo é rotativa e atualmente é exercida pelos Emirados Árabes.

Funções do conselho

Entre as funções do Conselho de Segurança da ONU, então:

  • manter a paz e a segurança internacionais de acordo com os princípios e propósitos das Nações Unidas;
  • investigar qualquer disputa ou situação que possa levar a atritos internacionais;
  • recomendar métodos para ajustar tais disputas ou os termos do acordo;
  • formular planos para o estabelecimento de um sistema de regulamentação de armamentos.

Finalmente, já tem data o lançamento do livro Marco Maciel, o estilo, de minha autoria. Traz bastidores inéditos da longa trajetória política do ex-vice-presidente da República. Em mais de 50 anos de vida pública, o Marco de Pernambuco, como assim era chamado, foi de tudo: de lider estudantil a presidente do Brasil interinamente por mais de 80 vezes. 

A noite de autógrafos será no dia 24 de agosto no Rio de Janeiro, pelo fato de Marco Maciel ter sido imortal da Academia Brasileira de Letras. Editado pela CRV Editora, com sede em Curitiba, o livro tem prefácio do ex-ministro Jorge Borhausen, ex-governador de Santa Catarina, apresentação do jornalista Marcelo Tognozzi e orelha do jornalista Luís Costa Pinto.

Traz também um perfil biográfico assinado pelo jornalista Houldine Nascimento, depoimentos exclusivos dos ex-presidente José Sarney e Fernando Henrique Cardoso, de quem Maciel foi vice. A obra é enriquecida com um depoimento inédito da viúva Anna Maria Maciel sobre o afastamento do marido por dez anos da vida pública, em razão do Mal de Alzheimer, doença que tirou a vida dele.

Última atração da noite de São João, ontem, no principal palco de Gravatá, a cantora Irah Caldeira fez um belíssimo show e ainda resgatou um dos símbolos mais icônicos da festa: um grupo dançando quadrilha. 

Sensacional! 

Já o cearense Erick Land desagradou a gregos e troianos com um festival de baixarias, uma apresentação que se adapta mais a um ambiente de cabaré. Um artista pornô!

Por Marcelo Tognozzi*

Quem viu e ouviu o discurso de Lula em Paris desfiando críticas à União Europeia, percebeu que ele se prepara para o inevitável: um crescimento da direita na Europa que, se confirmado nas eleições espanholas de 23 de julho, representará uma guinada dentro do Parlamento Europeu. O presidente falou de fome, de floresta e, claro, do mercado financeiro.

Até o início dos anos 2000 a Europa viveu uma alternância de poder entre esquerda e direita, mas a partir de 2010 com o aumento da crise financeira e migratória, a situação começou a mudar. A partir de 2015 veio a primeira grande onda de direitização com Polônia, Reino Unido, Áustria, Itália e Hungria.

A Espanha estava nas mãos do PP de Mariano Rajoy, que logo perderia o poder para o Psoe de Pedro Sanchez no verão de 2018. De 2010 a 2020 a Europa sofreu um período conturbado que culminou com o Brexit e o isolamento do Reino Unido, que logo sofreria as consequências econômicas da pandemia. Na França, a esquerda perdeu relevância. Esta mesma esquerda que usou o jornal Liberation, fundado pelo filósofo Jean-Paul Sartre, para bater em Lula. Há dias ele já sofrera críticas ácidas da L´Express, revista mais à direita.

Enquanto a América Latina experimenta um momento de triunfo das esquerdas, especialmente no Cone Sul, onde só Uruguai, Paraguai e Equador estão nas mãos de governos de centro-direita, a Europa saiu da pandemia caminhando na direção oposta. Lula percebe isso claramente, quando critica o protecionismo. Mas há outras mazelas como a inflação, migração, guerra na Ucrânia e os escândalos de corrupção envolvendo a esquerda, como o que explodiu no Parlamento Europeu envolvendo socialistas, corrupção e o governo do Qatar. Uma das últimas trincheiras da esquerda na Europa, a Espanha viu os socialistas derreterem nas últimas eleições municipais de maio e correm o sério risco de perder o poder em 23 de julho para a centro-direita representada pelo PP de Nuñes Feijoo, que poderá, ou não, formar governo com o Vox, de extrema direita, caso não consiga maioria no Congresso.

O presidente brasileiro trouxe de volta a diplomacia de resultados que ficou adormecida durante o governo Bolsonaro, o que encanta e ao mesmo tempo assusta aos europeus. Nos tempos de FHC e nos 2 primeiros governos de Lula, eles acreditavam ter domesticado os brasileiros. Mas esta relação de docilidade começa a dar sinais de mudança, num cenário em que Lula terá de lidar com uma Europa cada vez mais à direita. Ele precisará marcar posição e é exatamente este o significado do seu discurso crítico da sexta-feira (23). Não é outro o motivo que leva a esquerda e a direita a atacarem Lula. Se insignificante fosse, receberia o melhor dos desprezos.

A política europeia terá este ano muitos lances importantes para o Brasil e nossa diplomacia. Além, claro, dos desdobramentos da guerra na Ucrânia, a Espanha assumirá a presidência rotativa do Conselho da União Europeia no mês que vem e teremos eleições na Polônia em novembro, onde a direita é, por enquanto, favorita. A se confirmar a tendência de uma Europa governada pela centro-direita, a tendência pode ser uma grande aliança no Parlamento Europeu liderada pela primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.

No livro “The Road to Somewhere”, no qual o jornalista britânico David Goodhart, explica o Brexit, fica claro que a esquerda europeia no poder ficou distante do dia a dia do homem comum, muito mais focada nas questões de gênero, meio ambiente e do politicamente correto. A direita começou a crescer e se estabelecer a partir daí, num movimento que atingiu toda a Europa, onde as pessoas que vivem no interior, mais conservadoras nos costumes, não se sentem representadas pelo governo de Bruxelas.

É neste contexto que Lula busca ocupar seu espaço. Sabe bem que seu caminho com os europeus será o centro. Vai se segurando num Emmanuel Macron, político de centro com mais 5 anos de governo pela frente, enquanto se aproxima do alemão Olaf Scholz, ex-líder socialista que hoje está à frente de um governo de centro-esquerda.

*Jornalista