O puxão de orelha do presidente do SESC em Raquel

O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac PE, Bernardo Peixoto, não ficou satisfeito com a ausência da governadora Raquel Lyra para a inauguração da nova escola do SESC em Caruaru. Ele criticou publicamente a falta da ex-prefeita da cidade, que hoje ocupa o comando do estado. As informações são do blog do Mário Flávio. 

“Lamentável a governadora não estar presente na inauguração de um projeto tão grandioso para a cidade. Essa seria a primeira grande entrega com ela de uma obra aqui em Caruaru. Lembrando que esse projeto não contou com um centavo de dinheiro público”, disse.

Ele também reclamou da ausência do prefeito Rodrigo Pinheiro. Raquel e Rodrigo enviaram representantes, mas pegou mal a falta de ambos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, hoje, que o percentual de reajuste dos combustíveis está definido e será detalhado logo mais, às 17h.

“Está definido, só estamos aguardando umas definições de fora do Ministério da Fazenda, do Ministério de Minas Energia, que vai tomar algumas providências. Recebo ministro Alexandre Silveira [de Minas e Energia] às 17h”, declarou a jornalistas.

Mais cedo, nesta terça-feira, Haddad participou de mais uma reunião sobre o tema, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e outros ministros.

Ontem, o Ministério da Fazenda confirmou que haverá aumento do imposto sobre os combustíveis para arrecadar R$ 28,8 bilhões neste ano, valor anunciado pelo ministro Fernando Haddad em pacote fiscal em janeiro.

A pasta não explicou na ocasião, porém, qual será o percentual de reajuste e nem o valor em reais por litro de cada combustível. Acrescentou somente que os combustíveis fósseis, como a gasolina, serão mais onerados.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, hoje, um decreto que recriou o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). O órgão foi desativado em 2019 pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os conselheiros e a presidente do Consea, Elisabetta Recine, que compunham o órgão antes da desativação voltaram aos cargos.

“Em 2019, Jair Bolsonaro fez da desativação do Consea um de seus primeiros atos oficiais. A volta do Brasil ao mapa da fome é apontada como uma das mais drásticas consequências do desmonte de políticas promovido nos últimos quatro anos nessa área”, diz nota do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social Família e Combate à Fome. No discurso de vitória, após o segundo turno das eleições em 2022, Lula disse que o combate à fome e à miséria era o seu “compromisso número um”.

A Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje, a Operação Grife, para cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva; 24 mandados de busca e apreensão; além de outras medidas cautelares diversas da prisão, nos municípios de Recife, Igarassu, Águas Belas, Garanhuns e Campinas/SP.

A investigação foi desenvolvida na Delegacia da Polícia Federal em Caruaru, com apoio do Ministério da Previdência Social, visando desarticular organização criminosa especializada na obtenção fraudulenta de benefícios previdenciários por meio dos chamados “idosos de aluguel”, que se apresentavam ao INSS utilizando documentos falsos em nome de pessoas fictícias.

O prejuízo anual gerado pelos benefícios fraudulentos, já identificados, foi calculado em mais de R$ 3.3 milhões, com estimativa de prejuízo evitado que supera o valor de R$ 30 milhões. Os envolvidos responderão pelos crimes de organização, estelionato majorado, falsificação de documento público, uso de documento falso e lavagem de capitais cujas penas somadas podem ultrapassar 35 anos de prisão em regime fechado.

O nome da operação faz referência a artigos de luxo, nos quais o criador imprime sua marca, tornando-os exclusivos e de alto valor agregado. No caso, os principais investigados são pessoas da mesma família que já foram alvos de investigação anterior com o mesmo objeto, sendo essa, pois, a “marca” da família (fraudadores previdenciários), e também pelo fato do grupo criminoso estar lavando dinheiro através de empresas de artigos de luxo.

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, utilizou avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e recebeu diárias pagas pelo governo para participar de leilões de cavalos de raça que chegam a valer mais de R$ 1 milhão. Era fim de tarde de quinta-feira, 26 de janeiro, quando Juscelino saiu de Brasília com destino a São Paulo para uma viagem “urgente”.

A curta agenda oficial acabou no dia seguinte, somando duas horas e meia de compromissos. Da tarde de sexta em diante, o ministro, que é apaixonado por cavalos, se dedicou a agendas particulares: assessorou compradores de animais, promoveu um dos seus, recebeu prêmio em um “Oscar” de vaqueiros e inaugurou praça em homenagem a um cavalo de seu sócio.

Logo após desembarcar na capital paulista, numa quinta-feira, Juscelino foi à sede da operadora Claro, onde permaneceu por uma hora. No dia seguinte, esteve por 30 minutos no escritório da Telebrás e encerrou os encontros oficiais após uma visita de uma hora à representação da Anatel. Na tarde de sexta e ao longo do fim de semana, o ministro ficou livre para se dedicar aos cavalos. Tudo custeado com verba pública. Ao justificar o deslocamento num sistema interno da pasta, alegou que se tratava de uma “viagem urgente”.

Decreto presidencial prevê que as aeronaves da FAB devem ser solicitadas obedecendo uma ordem de prioridade. Primeiro, em casos de emergências médicas. Segundo, quando há razões de segurança. Depois, viagens a serviço. As diárias, por sua vez, são devidas em casos de viagens com necessidade de cobertura de despesas extraordinárias com o trabalho.

A agenda do titular das Comunicações não previa sua presença em nenhum dos eventos envolvendo animais. Juscelino, porém, recebeu diárias para quatro dias e meio, no total de R$ 3 mil, e usou o avião da FAB. Em um jato privado, a viagem de Brasília a São Paulo, ida e volta, custaria cerca de R$ 140 mil. O valor foi orçado pelo Estadão junto a operadoras de táxi aéreo porque os deslocamentos de ministros têm procedimentos personalizados, distintos dos da aviação comercial.

Juscelino é um entusiasta das vaquejadas, comuns no Nordeste, e criador de cavalos da raça Quarto de Milha, mas não destaca a atividade nas redes sociais onde costuma expor sua vida. O haras de sua família fica em Vitorino Freire (MA), cidade onde a irmã, Luanna Rezende, é prefeita. O Estadão revelou em 30 de janeiro que, quando exercia o mandato de deputado federal, Juscelino enviou verba do orçamento secreto para asfaltar uma estrada que dá acesso às suas fazendas na cidade.

Embora as atribuições de sua pasta não guardem relação direta com animais, o ministro das Comunicações tem usado o cargo para consolidar seu prestígio no mundo dos cavalos. No dia 27 de janeiro, por exemplo, Juscelino foi um dos homenageados na festa do “Oscar do Quarto de Milha”, na capital paulista, anunciada desde novembro. Ao receber a homenagem, o ministro afirmou que pretende alavancar o mercado de equinos. Clique aqui e confira a matéria do portal Estadão na íntegra.

Veja Online

O Movimento dos Sem-Terra (MST) anunciou, ontem, a invasão de três propriedades produtivas no sul da Bahia. Ao todo, 1.550 sem-terra ocuparam, na madrugada de hoje, áreas de cultivo de eucalipto pertencentes à Suzano Papel e Celulose em protesto contra o crescimento da monocultura de eucalipto na região. Procurada, a Suzano não se pronunciou sobre o episódio.

Discurso recorrente do ex-presidente Jair Bolsonaro contra um suposto risco comunista representado pela ascensão do PT ao poder, as críticas a tomadas de propriedades privadas voltaram à tona nas últimas eleições, quando Lula, já líder na corrida presidencial, virou vidraça por não censurar invasões ilegais. “Qual foi a terra produtiva que os sem-terra invadiram? Porque os sem-terra invadiam terras improdutivas. Tinha hora que eu achava que os sem-terra estavam fazendo um favor para os fazendeiros porque tão invadindo as terras para o governo pagar”, disse o petista na campanha.

As três áreas ocupadas nesta segunda na Bahia ficam próximas das cidades de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas. Segundo o MST, as invasões são uma denúncia contra a monocultura de eucalipto na região, que vem crescendo nas últimas décadas. O movimento diz que é contra a cultura de eucalipto porque empresários estariam utilizando agrotóxicos que prejudicariam as áreas cultivadas pelas famílias de camponeses e supostamente provocando êxodo rural.

Em entrevista a VEJA, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que, antes da posse de Lula, foi feito um acordo com os sem-terra para que não houvesse mais invasão de áreas produtivas. A trégua, ao que parece, não durou muito. Nos últimos dias, além da fazenda da Suzano, militantes do movimento ocuparam nove áreas no interior de São Paulo.

Durante o governo Bolsonaro, o MST reduziu quase a zero as invasões de fazendas, mas os sem-terra anunciaram ainda no ano passado a retomada de invasões e emplacaram como secretária Nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas da Presidência da República sua coordenadora nacional, Kelli Mafort. O recente temor de que propriedades privadas voltem à linha de tiro dos sem-terra, mostrou VEJA, passou a ser a mais nova arma da oposição no Congresso para emplacar a primeira CPI do recém-eleito governo Lula.

A população LGBTQIA+ de Camaragibe ganhou um espaço especializado em cuidados de saúde e de assistência social. Inaugurado pela prefeita, Doutora Nadegi, o centro integrado é pioneiro no Brasil. O equipamento está localizado na Rua Pedro de Paula Rocha, Bairro Novo do Carmelo, oferecendo serviços de acolhimento também para familiares dos munícipes atendidos no local.

Unindo ações oferecidas pelas secretarias de Saúde e Assistência Social, cerca de 15 mil habitantes serão beneficiados pela Prefeitura Municipal. No local, além da cobertura de saúde, serviços de apoio jurídico e político ainda serão ofertados; tudo de forma gratuita.

A inauguração do equipamento foi prestigiada pelo vice Délio Júnior, pelo deputado estadual João de Nadegi, por secretários municipais e militantes da causa. “Estamos muito felizes em inaugurar um espaço tão completo como esse para uma população que necessita de um acolhimento especial no município. Somos pioneiros nesse tipo de serviço. Aqui no centro todos ganham uma assistência de saúde e social. Os familiares também serão acolhidos, recebendo todo apoio e cuidado que precisam”, destaca Doutora Nadegi.

A gerente do espaço, Chopelly Santos, ressalta a importância do local para garantir que a comunidade seja atendida de forma completa em um só lugar. “Essa é uma ação revolucionária da prefeitura, o primeiro centro do Brasil, que vai unir a assistência social e saúde para oferecer um serviço de qualidade a comunidade LGBTQIA+ de Camaragibe”, pontuou.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura de 102 pessoas que foram presas por causa dos atos golpistas de 8 de janeiro que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília.

Eles vão poder retornar para suas cidades de origem, mas vão ser monitorados por tornozeleira eletrônica. A TV Globo apurou que o ministro fixou uma série de medidas cautelares:

  • recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana
  • não poderão usar redes sociais
  • passaportes cancelados
  • porte de armas suspensos
  • terão que se apresentar semanalmente à Justiça
  • não podem se comunicar com outros investigados

Os despachos do ministro Alexandre de Moraes estão sob sigilo, mas já terão efeito imediato, servindo de alvará de soltura. Serão beneficiados presos de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Pará, Ceará, Pernambuco e Bahia.

Com isso, dos 1,4 mil presos entre os dias 8 e 9 de janeiro por causa dos atos, cerca de 800 continuam presos. Moraes tem decidido liberar presos com condutas consideradas menos graves.

Essas decisões estão sob sigilo dentro de uma ação que transita na Corte sobre o tema. Nas decisões, somente aprecem as iniciais das pessoas que foram soltas.

O pai do procurador-geral da República, Augusto Aras, morreu, aos 91 anos.  Roque Aras, nascido na cidade de Monte Santo, na região sisaleira da Bahia, se estabeleceu em Feira de Santana, onde começou a carreira como advogado. As informações são do portal M!.

Roque foi juiz do Trabalho, vereador, deputado estadual, deputado federal, presidente do MDB da Bahia e candidato a senador pelo PT/Bahia. Aras pai foi também secretário da Seccional da Ordem dos Advogados da Bahia (OAB/BA) e procurador-Geral do ex-governador do Estado, João Durval.

Ele deixa esposa Nélia Pimentel, filhos Augusto Aras, Lina Maria, Roque Aras Júnior, Wanessa Maria e Viviane, netos, bisnetos e sobrinhos. A cerimônia de despedida será em Salvador, no cemitério do Campo Santo, às 17h, desta terça-feira.

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

A eventual alteração das atuais composições das casas legislativas federal e estaduais em face da manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade 7263 só repercute em quatro Estados e Pernambuco não está entre eles.

Sendo assim, não é verdadeira a informação de que o deputado Felipe Carreras, atual líder do PSB na Câmara dos Deputados, perderia sua vaga para o deputado Ricardo Teobaldo, presidente estadual do Podemos. A ação, à qual vários partidos aderiram, foi impetrada pelo PSB e Podemos e questiona os critérios para distribuição das sobras de voto expressos no inciso III do art. 109 do Código Eleitoral, na redação dada pela Lei 14.211/21.

Esta lei, nos dispositivos impugnados, diz que, preenchidas as vagas legislativas pelos partidos ou federações que alcançaram o quociente eleitoral (QE), somente poderão concorrer às sobras de voto as siglas com votação de pelo menos 80% do QE e os candidatos que tenham votos de no mínimo 20% desse parâmetro, a chamada regra dos 80-20.

“Do ponto de vista didático, o processo de alocação de vagas passou a consistir então de três etapas: Na primeira etapa, as vagas são distribuídas apenas às siglas que atingiram o QE, de acordo com seus respectivos quocientes partidários. As vagas não ocupadas nesta etapa ficam para ser repartidas por sobras de voto pelo critério das maiores médias; na segunda etapa, as primeiras vagas por sobras são disputadas somente pelas siglas que atendem à regra dos 80-20. Na terceira etapa, esgotadas as vagas alocadas pela regra dos 80-20, e havendo ainda lugares remanescentes, estes serão distribuídos entre todas as siglas que participaram do pleito, desde que tenham obtido votação de pelo menos 80% do QE (o requisito de 20% do QE é flexibilizado)”, explica o cientista político e estudioso em regras eleitorais Maurício Romão.

Segundo ele, é para essa terceira etapa que aponta a mira contestatória das partes impetrantes. “Em apertada síntese, os recorrentes entendem que nessa última etapa, chamada de “sobra das sobras”, poderão concorrer aos lugares remanescentes, sempre pelo critério das maiores médias, todas as siglas que participaram do pleito, dispensadas as exigências da regra dos 80-20”, disse

A manifestação da PGR, ainda de acordo com Romão, foi pelo acolhimento dessa interpretação dos requerentes, rejeitando, todavia, supostas violações aos princípios da legalidade e da separação de poderes, argumentadas na inicial.

“O opinativo da Procuradoria, se albergado pela Corte Máxima, ex-tunc, acarretaria mudanças de deputados federais nos estados do Amapá, Tocantins e Rondônia e no Distrito Federal, nunca em Pernambuco”, afirmou.

Nessas unidades federativas, com apenas oito vagas legislativas cada, os requisitos de ascensão ao Parlamento são mais rigorosos (são necessários 12,5% de votos válidos para eleger um deputado) e, portanto, tais unidades ficam mais suscetíveis de terem vagas remanescentes não preenchidas pela regra dos 80-20, adentrando assim na etapa em que a PGR libera esta exigência.

“Por extensão, o parecer da PGR poderia suscitar também mudanças nas composições de deputados estaduais nas Assembleias Legislativas. Essas mudanças, todavia, não aconteceriam. De fato, a evidência empírica da eleição de 2022 mostra que não haveria alteração alguma entre os deputados estaduais, já que em nenhum estado da federação o processo alocativo de vagas chegou à terceira etapa. Quer dizer, o preenchimento de lugares legislativos pelo threshold dos 80-20 não se esgotou na segunda etapa, inexistindo, por via de consequência, vagas sobrantes para distribuir”, disse.