Prefeita de Casinhas solicita olhar especial da governadora para maternidade em hospital de Surubim

Durante a reunião dos prefeitos do Agreste com a governadora Raquel Lyra (PSDB), ontem, a prefeita de Casinhas, Juliana de Chaparral (União Brasil), além de elencar as demandas para sua cidade, aproveitou a oportunidade para solicitar um olhar especial da nova gestão estadual para a questão da saúde na região, no sentido de direcionar investimentos que garantam a estruturação e ampliação dos atendimentos na Maternidade do Hospital São Luiz, em Surubim, beneficiando locais e a população de municípios vizinhos.

“A gente reforça a necessidade de uma atenção especial do Governo do Estado que possibilite a celebração de um convênio com a Maternidade do Hospital São Luiz, em Surubim. É uma bandeira defendida pelo meu esposo, o deputado Chaparral, para melhor atender toda a nossa região, não só para dar mais dignidade às mulheres na hora de parir, como também garantir a reforma daquela importante unidade de saúde e resolver a questão das cirurgias eletivas”, enfatizou Juliana de Chaparral, em seu pronunciamento no Palácio do Campo das Princesas.

A psicóloga Fabiana da Conceição Bezerra estava com 15 anos de idade quando descobriu que tinha Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), uma doença autoimune crônica que pode afetar diversos órgãos ou tecidos, incluindo articulações, pele, rins, cérebro e até o coração.

Em 1999, as informações que ela tinha sobre a doença eram escassas e contribuíram para o atraso do diagnóstico e, consequentemente, do tratamento. “Eu tinha muita dificuldade de acesso ao tratamento. As histórias que eu tinha conhecimento eram sempre de pessoas que morreram, eu não ouvia falar de ninguém que tinha sobrevivido. Isso mexeu muito emocionalmente comigo. Por falta de informação, abandonei o tratamento”, conta Fabiana, hoje com 38 anos.

14 anos depois do diagnóstico, no ano de 2013,  Fabiana fundou a Associação de Amigos e Pessoas com Lúpus do Vale do São Francisco. O “Grupo Borboletas do Vale”, como é popularmente conhecido, marca o nascimento de uma rede pioneira de apoio às pessoas com lúpus em Petrolina, Juazeiro-BA e em cidades circunvizinhas.

A ideia de criar o grupo de apoio surgiu num difícil período em que Fabiana abandonou o tratamento por falta de acesso à informação. No meio de toda dificuldade, aceitou um convite para conhecer a Associação Lúpicos Organizados da Bahia (LOBA), em Salvador. “Inspirado nesse trabalho tive a ideia de fazer algo semelhante em nossa região, tinha medo de não conseguir administrar bem isso, mesmo assim eu fui”, relata Fabiana, atual diretora de assistência social do Grupo Borboletas do Vale.

Além de apoio às pessoas com lúpus, o Grupo Borboletas do Vale realiza treinamento para agentes de saúde, campanhas educativas em escolas e em outros espaços públicos, treinamento para profissionais de saúde,   encontros para pacientes, cursos profissionalizantes para pacientes que estão fora do mercado de trabalho e campanhas nas mídias para levar informações sobre a doença para sociedade e também para familiares. O objetivo dessa rede é que possa cooperar no tratamento, entenda do que se trata a doença, qual o diagnóstico e que se saiba os direitos do paciente.

O Transforma Petrolina é um movimento de incentivo ao voluntariado e fortalecimento  das iniciativas sociais do Sertão. A instituição apoia o Grupo Borboletas do Vale. Entre os serviços oferecidos para a entidade, o Programa disponibiliza espaços democráticos dentro da sede física para expandir as conexões entre pessoas que trabalham em prol das causas sociais. “O Transforma foi um excelente parceiro que chegou no nosso grupo pela visibilidade que dá, pelas qualificações que fornece, pelo espaço que oferece para as instituições como a gente, que não tem um espaço físico, sempre com muita facilidade. Um divisor de águas na nossa vida”, afirma Fabiana.

A Associação realiza encontros mensais em Juazeiro e Petrolina. Os eventos e programações são divulgados no Instagram oficial @grupoborboletasdovale.

O presidente estadual do PL, Anderson Ferreira, foi convocado por Valdemar Costa Neto, presidente nacional do partido, para discutir e acompanhar as eleições para a mesa diretora da Câmara dos Deputados e do Senado.

O PL, que saiu das urnas como o maior partido do Brasil após as eleições de 2022, deve ocupar cargos importantes na Mesa Diretora da Câmara e tem um nome forte para a disputa à presidência do Senado, Rogério Marinho.

“Temos compromisso com o Brasil e, mesmo na oposição, somos o maior partido da Câmara e do Senado. Portanto, teremos uma participação importante na composição das duas casas e nas comissões”, destacou Anderson Ferreira.

Preocupado com a eleição no Senado, a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou senadores para conversar e garantir a vitória do atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Segundo assessores do petista, Pacheco é o favorito, mas há risco de traições – o que faria sua votação potencial para cair para abaixo de 50 votos. As informações são do blog do Valdo Cruz.

No cenário otimista traçado pelo Palácio do Planalto e aliados de Pacheco, ele tem condições de obter o apoio de 55 senadores na eleição da Casa agendada para esta quarta-feira (1º).

Nos últimos dias, porém, senadores até do PSD, partido de Rodrigo Pacheco, e de outras legendas da base de Lula, como União Brasil, estão registrando mudanças de votos para o candidato da oposição, Rogério Marinho (PL-RN).

Ontem, articuladores políticos do presidente Lula entraram em contato com senadores destes dois partidos para pedir o voto em Rodrigo Pacheco.

Para Lula, ter um bolsonarista no comando do Senado – Casa que se notabilizou pela defesa da democracia no ano passado diante das investidas autoritárias do ex-presidente – seria uma derrota.

Na avaliação de interlocutores de Lula, os senadores que estão ameaçando trair Rodrigo Pacheco estão em busca de negociações com o governo petista por espaço em cargos federais.

O resultado da eleição vai definir, na prática, o tamanho da oposição a Lula no Senado. Uma vitória de Marinho seria a indicação de que o Senado, antes contrário a Bolsonaro, estaria mudando de lado agora a partir de 2023.

O deputado federal eleito Lucas Ramos destacou a eleição do pernambucano Newton Gibson para a presidência da Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga (ABTC) para o quadriênio 2023-2027. “Newton assume a entidade em um momento decisivo, em que o desenvolvimento do Brasil está apoiado nesse setor econômico. Destacamos o seu compromisso em introduzir inovação, sustentabilidade e competitividade”, celebrou.

Lucas Ramos destacou que uma das pautas prioritárias do seu mandato na Câmara dos Deputados é buscar condições para garantir a qualidade das rodovias do País. “Já iniciamos um diálogo estratégico com Newton Gibson e a ABTC para unir forças e trabalharmos juntos no acompanhamento da execução de investimentos em infraestrutura rodoviária e desenvolvimento de projetos estratégicos, com ênfase nos de maior potencial para o desenvolvimento regional do Nordeste”, antecipou.

A ABTC tem sede em Brasília e atuação em todo o território nacional, congregando empresas de transporte de cargas e entidades de classe representativas deste segmento.

Cumpri meus 8 km diários da corridinha de hoje, em Brasília, nas entrequadradas da Asa Norte, onde estou hospedado. Nesta época, chove bem no Planalto Central e o verde do cerrado vira um colírio aos olhos.

Véspera da posse do novo Congresso, Brasília ainda vive sob o impacto dramático das manifestações golpistas de 8 de janeiro. A segurança foi redobrada em torno da Câmara e do Senado. A Esplanada dos Ministérios está bloqueada. Acesso ao Congresso só pelas vias laterais.

Só tem acesso ao Congresso para a solenidade de posse, os senadores e deputados eleitos, assessores credenciados e jornalistas também credenciados tanto na Câmara quanto no Senado. O número de convidados pelos parlamentares foi reduzido para acompanhar a cerimônia das galerias da Câmara dos Deputados.

Logo após a posse, está prevista a eleição das novas direções da Mesa do Senado e Câmara. Candidato à reeleição, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é favorito, mas Rogério Marinho, ex-ministro de Bolsonaro, eleito senador pelo PL do Rio Grande do Norte, tem lhe tirado muitos votos e sua estratégia é provocar um segundo turno.

Já na Câmara, o céu é de brigadeiro para à reeleição do presidente Arthur Lira (PP-AL). Reeleito pelo Psol do Rio de Janeiro, o deputado Chico Alencar não é páreo para o alagoano e deve sofrer uma derrota acachapante.

Sem maioria, PSDB chega ao poder na Alepe

Na coluna de ontem, tratei da renovação em torno de 49% na bancada federal de Pernambuco. Na Assembleia Legislativa, as mudanças chegaram bem próximas, com um detalhe: pela primeira vez, o partido do chefe de Estado, no caso agora uma governadora, a tucana Raquel Lyra, não elege a maioria substancial como no passado.

O PSDB, na verdade, só elegeu três deputados, mas vai emplacar o presidente da Casa. No terceiro mandato, vindo de uma experiência executiva como prefeito de sua terra, Álvaro Porto será eleito presidente amanhã num pleito sem disputa. O consenso só se deu por causa da retirada da candidatura do deputado Antônio Moraes (PP), por falta de votos.

No início, enquanto Porto saiu em busca do voto de cada um dos seus 48 pares, Moraes se acomodou. Não pediu voto a ninguém, esperando uma sinalização de apoio ao seu projeto pela governadora Raquel Lyra. Esta, por sua vez, em nenhum momento interferiu no processo eleitoral da Mesa Diretora da Alepe.

Ponto para a tucana. É do estilo dela, segundo o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSDB). “Quando prefeita, Raquel deu liberdade para a Câmara de Vereadores de Caruaru escolher seus dirigentes, sou testemunha disso”, comentou Pinheiro. Se para presidente não haverá embate, também se chegou ao consenso na escolha do primeiro secretário da Casa, em torno do deputado Gustavo Gouveia, do Solidariedade, partido pelo qual Marília Arraes disputou o Governo do Estado, perdendo no segundo turno para Raquel.

Se a tucana não fez a maioria, como governará? Eis a grande incógnita. De largada, ela aprovou a reforma administrativa com folga, mas sem atender os pleitos dos partidos e deputados esta será uma regra ou exceção. Provavelmente, a última hipótese, porque ninguém governa sem compartilhar os louros do poder com sua base política. O tempo dirá se a receita de Raquel funcionará.

O silêncio de Dudu – Presidente do PP, partido que abriu mão da disputa pela presidência da Alepe, o deputado federal Dudu da Fonte não dá uma palavra sobre o esvaziamento de poder que sofreu da passagem do Governo do PSB para o de Raquel Lyra. Na composição do Secretariado, não há um só nome do seu grupo, nem tampouco no primeiro escalão. Já no PSB, Dudu detinha uma fatia de poder, da pasta de Agricultura ao Lafepe. Diz um preceito básico na política que bom cabrito, não berra.

Na Folha – Meu amigo Eduardo Monteiro, presidente do Grupo EQM, hoje o maior produtor de açúcar e álcool do Nordeste, me fez um desafio e aceitei: a partir de hoje, direto de Brasília, volto a escrever para a Folha de Pernambuco, jornal que participei da sua fundação e assinei uma coluna política por mais de dez anos. A Folha continua sendo impressa e tem um portal dos mais acessados na Internet, fazendo um jornalismo plural e em defesa das grandes causas do Estado.

Conversaram e muito – Antes de jogar a toalha, o deputado Antônio Moraes teve três encontros com a governadora Raquel Lyra, o último há três dias, quando o parlamentar progressista explicou as suas razões de se retirar da disputa. Decano da Casa, Moraes é um dos quadros mais qualificados do parlamento estadual. Como Porto, estava preparado para comandar o Legislativo.

Independência – Em entrevista ontem ao Frente a Frente, o deputado Álvaro Porto, futuro presidente da Assembleia Legislativa, disse que chega ao cargo máximo da Casa por um movimento que nasceu e ganhou corpo entre os próprios colegas. Disse que manterá uma relação de cordialidade com a governadora Raquel Lyra, principal liderança do seu partido, mas em nenhum momento deixará de defender os interesses do poder que representa, em perfeita sintonia com os 49 parlamentares que compõem o poder.

Na posse do filho – Viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos embarcou para Brasília, ontem, no mesmo voo em que estava a bordo o seu filho Pedro Campos, eleito deputado federal pelo PSB. É o segundo herdeiro a entrar na vida pública, seguindo os passos do pai. João Campos, o primeiro, antes de ser eleito prefeito do Recife, também foi deputado federal. Aliás, o mais votado em 2018, façanha não repetida por Pedro, que ficou em terceiro lugar, abaixo de Clarissa Tércio (PP) e André Ferreira (PL), o campeão de votos.

CURTAS

SÓ FALTA O ANÚNCIO – O ex-governador Paulo Câmara, que debandou do PSB, está confirmado na presidência do Banco do Nordeste. Só falta o anúncio oficial pelo presidente Lula.

OLHO EM IPOJUCA – Soube que o deputado estadual France Hacker será candidato a prefeito de Ipojuca nas eleições do próximo ano. Quem também deve trocar de domicílio, de Igarassu para Paulista, é o deputado Mário Ricardo. Sonha acordado com a Prefeitura de Paulista.

Perguntar não ofende: Humberto Costa é o principal padrinho de Paulo Câmara no Banco do Nordeste?

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Valdecir Pascoal, acolhendo a conclusão do Relatório elaborado pelo corpo de auditores do órgão, negou o pedido de medida cautelar para suspender o pregão eletrônico nº 052/2022, promovido pela prefeitura de Olinda, destinado à seleção de empresa especializada para captação de patrocínios para o carnaval 2023.

O conselheiro, relator dos processos do município de Olinda em 2023, determinou, no entanto, a abertura de uma Auditoria Especial para aprofundar a análise de possíveis irregularidades no contrato assinado pela Prefeitura com a empresa Trend Show – Promoções e Eventos, prestadora do serviço.

O pedido de cautelar para suspensão da licitação foi feito pela empresa Tampa – Publicidade, Produção de Festas e Eventos, que enviou denúncia ao TCE alegando irregularidades no pregão eletrônico.

A denúncia foi analisada pela equipe de auditoria da Gerência de Auditoria de Procedimentos Licitatórios do TCE. De acordo com o relatório dos auditores, desde 2013, a forma de contratação empresas intermediadoras do carnaval vêm sendo questionada pelo Tribunal de Contas, não recomendando que “façam as vezes de relações públicas no angario de verbas”, pois cabe à prefeitura o chamamento direto dos patrocinadores. “O crescimento dos eventos de rua em várias cidades brasileiras acirra a disputa por patrocínio, devendo o financiamento de tal porte ser buscado com bastante antecedência”.

Os auditores indicam, ainda, entre outras falhas, que a condução do certame pelo portal Licitações-e, gerido pelo Banco do Brasil, causou prejuízos à empresa denunciante, em razão da falta de transparência. Foi constatada, ainda, a omissão de indicação dos parâmetros objetivos para o juízo de aceitabilidade da capacidade técnica das empresas.

Apesar dos indícios de irregularidades, a empresa denunciante requereu a suspensão da licitação quando ela já se encontrava homologada, inclusive com o com contrato já assinado e em plena execução. A empresa contratada, Trend Show – Promoções e Eventos, já efetuou depósito nos cofres públicos no valor de R$ 1,5 milhão.

Todo esse contexto, dizem os auditores, caracteriza o periculum in mora reverso. Isso significa que, ante a proximidade do carnaval, a suspensão do contrato poderia causar prejuízos maiores ao município e à população, sem haver tempo hábil para a Prefeitura de Olinda assumir as contratações dos fornecedores ou realizar um novo certame. As sugestões da auditoria foram acatadas pelo relator que negou a cautelar requerida e determinou a abertura de uma auditoria especial no TCE.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse, hoje, que Jair Bolsonaro (PL) “está descansando” ao ser questionada sobre o retorno do ex-presidente ao Brasil. Bolsonaro está em Orlando, nos Estados Unidos, desde 30 de dezembro. Ele embarcou na véspera do fim do mandato e não participou da solenidade de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 1º de janeiro.

Michelle deu a declaração a jornalistas que acompanhavam um jantar do PL, em um restaurante de Brasília. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também participou do encontro, que reuniu integrantes da legenda para tratar das eleições para presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. O PP, o Republicanos e o PL fizeram um anúncio conjunto no sábado (28) no qual declararam apoio a Rogério Marinho (PL-RN) para disputar a presidência do Senado. O Congresso Nacional retoma os trabalhos na quarta-feira (1º) com a eleição para os presidentes das duas Casas.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, hoje, a investigação da possível prática dos crimes de genocídio de indígenas e de desobediência de decisões judiciais por parte de autoridades do governo Jair Bolsonaro.

O ministro tomou a decisão após a apresentação de dados sobre a grave situação enfrentada por comunidades indígenas, como a Yanomami. Os nomes das autoridades cujas condutas serão alvos de investigação não foram divulgados.

Barroso analisou dados apresentados pelo governo, além de informações e pedidos da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e do Ministério Público Federal.

O ministro do STF determinou ainda que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atue para garantir a retirada de garimpos ilegais em sete terras indígenas e fixou prazo de 30 dias para que seja apresentado um diagnóstico dessas comunidades, com o respectivo planejamento e cronograma de execução de medidas.

Em suas decisões, Barroso afirma que os dados reunidos indicam um “quadro gravíssimo e preocupante, sugestivo de absoluta anomia (ausência de regras) no trato da matéria, bem como da prática de múltiplos ilícitos (crimes), com a participação de altas autoridades federais”.

O ministro afirma que documentos sugerem “um quadro de absoluta insegurança dos povos indígenas envolvidos, bem como a ocorrência de ação ou omissão, parcial ou total, por parte de autoridades federais, agravando tal situação”.