A versão de Armando Monteiro Neto

Magno,

Lamentavelmente, em inúmeras ocasiões, tive de desmentir especulações e ilações de sua coluna, feitas ao longo de todo este processo que resultou na eleição de Raquel Lyra ao Governo de Pernambuco. Agora, mais uma vez, sou obrigado a fazê-lo, para afastar rumores e intrigas.

Sou um entusiasta deste projeto, ao qual estarei vinculado, e tenho certeza de que, sob a liderança de Raquel, Pernambuco inaugurará um ciclo virtuoso, que conjugará crescimento econômico, redução da desigualdade, republicanismo e ética.

Sem mais,

Armando Monteiro Neto

Durante os dois meses de transição, vários pernambucanos foram cotados para compor o primeiro escalão do governo de Lula, a partir de 2023. Com o passar do tempo, o processo afunilou, e restaram três nomes apenas: José Múcio Monteiro (Defesa), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e o recém-confirmado André de Paula (Pesca). Entre os que morreram na praia, o nome que mais chama a atenção é o do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), ainda mais quando outros gestores estaduais foram escalados para a missão.

Paulo foi especulado para algumas pastas, sendo a última Planejamento, que ficou para Simone Tebet (MDB), adversária de Lula no primeiro turno das eleições e que o apoiou no segundo. O PSB indicou Márcio França, ex-governador de São Paulo, para a pasta de Portos e Aeroportos. Outros dois socialistas entraram pela cota pessoal de Lula: Flávio Dino, outro ex-governador, do Maranhão (Justiça), e o próprio vice-presidente, Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio), e que já governou São Paulo por quatro mandatos.

Além de Dino, outros ex-governadores também foram escalados, a maioria do Nordeste. Camilo Santana (Ceará/Educação), Rui Costa (Bahia/Casa Civil), Wellington Dias (Piauí/Desenvolvimento Social) e o recém-anunciado Renan Filho (Alagoas/Transportes). Por sua vez, o futuro titular da pasta de Cidades, Jader Filho, é irmão do governador do Pará, Jader Barbalho (MDB). As já citadas Simone Tebet e Luciana Santos foram vice-governadoras do Mato Grosso do Sul e de Pernambuco, respectivamente. Luciana ainda está no cargo, até o dia 31.

Paulo Câmara foi o fiel da balança na reaproximação entre PT e PSB, mas teria sido derrubado do ministério nos bastidores pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB). Este teria bancado a indicação de Márcio França para a Esplanada, no intuito de lançar a namorada, a deputada federal Tabata Amaral, para a Prefeitura de São Paulo, em 2024.

Além de Paulo, foram especulados os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão e os deputados federais Sílvio Costa Filho, Wolney Queiroz, Marília Arraes e Danilo Cabral. Os dois senadores ficarão no Senado, enquanto Silvinho foi o único a se reeleger para a Câmara. Marília, Danilo e Wolney ainda esperam ser lembrados por Lula para os cargos de segundo e terceiro escalões.

Após o anúncio dos últimos ministros que faltavam para compor o Governo Lula, que se inicia no próximo dia 01 de janeiro, o ex-prefeito de Petrolina e candidato derrotado ao Governo de Pernambuco pelo UB, Miguel Coelho, tem chances de assumir a Sudene, Codevasf ou Dnocs.

Tudo porque o ministro escolhido para ocupar a Pasta de Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, atual governador do Amapá, foi indicado pelo ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que é amigo do senador Fernando Bezerra, pai de Miguel.

Até o momento sem divulgar via assessoria ou através das suas redes sociais o horário e o local do anuncio do seu Secretariado, prometido para hoje, a governadora eleita, Raquel Lyra (PSDB), fez um comentário, em seu Instagram, sobe a fome em Pernambuco e a necessidade em combate-la.

“A gente tem pressa, Pernambuco tem pressa, porque temos 2 milhões de pessoas que estão passando fome em nosso Estado. É por isso que uma de nossas primeiras medidas, à frente do Governo de Pernambuco, será criar o programa Mães de Pernambuco para garantir uma bolsa de R$ 300 para mães que estão numa situação de pobreza e que têm crianças entre 0 e 6 anos”, diz Raquel na publicação.

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anuncia, neste momento, novos nomes que vão compor os ministérios do seu Governo nos próximos quatro anos.

Veja a lista de ministros anunciados hoje por Lula:

Gabinete de Segurança Institucional: Gonçalves Dias

Secretaria de Comunicação: Paulo Pimenta

Agricultura: Carlos Fávaro

Integração e Desenvolvimento Regional: Waldez Góes

Pesca: André de Paula

Previdência: Carlos Lupi

Cidades: Jáder Filho

Comunicações: Juscelino Filho

Minas e Energia: Alexandre Silveira

Desenvolvimento Agrário: Paulo Teixeira

Esportes: Ana Moser

Meio Ambiente: Marina Silva

Planejamento: Simone Tebet

Turismo: Daniela do Waguinho

Povos Indígenas: Sônia Guajajara

Transportes: Renan Filho

Randolfe Rodrigues será o líder do governo no Congresso

Jacques Wagner será o líder do governo no Senado

José Guimarães será o líder do governo na Câmara

No apagar das luzes de 2022, o prefeito de Arcoverde, Wellington Maciel (MDB), enviou à Câmara Municipal um pedido de convocação extraordinária para votar uma taxa do contribuinte para coleta de lixo embutida na conta mensal de luz. Isso, segundo uma resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel, pode ser feito pelos municípios. Com essa nova taxa, o município teria mais recursos para manter as despesas com a limpeza da cidade.

Antes mesmo de o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciar seu ministério final, o União Brasil avisou que não fará parte oficialmente da base de apoio ao petista no Congresso Nacional.

O processo de escolha dos três nomes do partido para compor o ministério desagradou parlamentares do União Brasil, principalmente o veto do PT baiano ao nome do deputado Elmar Nascimento para Integração Regional.

“As escolhas não refletem o desejo das nossas bancadas na Câmara e no Senado e, por isso, vamos ficar independentes”, disse ao blog do Valdo Cruz o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA). Segundo ele, o partido vai votar a favor de pautas de interesse do Brasil, mas contra aquelas que forem de interesse do governo e do PT.

Dois indicados do partido recusaram exatamente porque o processo de escolha não tinha apoio dos líderes da legenda. A senadora Dorinha e o deputado Paulo Azi não aceitaram o convite feito por Lula.

Principal responsável por influenciar Raquel Lyra (PSDB) a entrar na disputa pelo Governo do Estado, o ex-senador Armando Monteiro Neto não vai participar do momento histórico da aliada: a sua posse como governadora eleita de Pernambuco, no próximo domingo.

Preferiu ficar bem distante: na Europa. Embarcou para Lisboa no início da semana para passar o Réveillon na capital portuguesa. Antes de embarcar, entretanto, Armando recebeu Raquel para um café da manhã em sua casa, em Boa Viagem. 

Armando teria sido convidado pela governadora eleita para tocar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, mas disse que não estava em seus planos. Sugeriu o nome do empresário Fred Loyo, mas a este foi oferecida a pasta de Turismo. 

A ausência de Armando da festa de posse está gerando rumores. Seus próprios aliados informam em reserva que ele está desapontado com a governadora eleita. “Como é que Armando foi duas vezes candidato a governador para derrotar o PSB, inventou a candidatura de Raquel, ela ganha e ele não se abraça com ela na festa? Muito estranho”, comentou um aliado do ex-senador.

Em tempo: além de ter criada a candidatura de Raquel, Armando deu suporte financeiro e logístico à campanha, além de ter garantido o fundo partidário do PSDB, partido ao qual a governadora se filiou e em seguida foi escolhida presidente estadual.

Candidato a senador não eleito na chapa da governadora eleita Raquel Lyra (PSDB), o ex-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho, será o secretário de Agricultura de Raquel, segundo uma fonte bem próxima ao staff tucano.

Daniel Coelho, presidente estadual do Cidadania, deve assumir mesmo a pasta de Cidades. Outra informação que circula dá conta que o deputado federal não reeleito Raul Henry (MDB) será o secretário de Educação. Já o advogado Túlio Vilaça assume a Casa Civil, que será recriada, mas com função meramente burocrática. A área política seria tocada pela Secretaria de Relações Institucionais.

Uma operação montada pelo governo do Distrito Federal, na manhã de hoje, que contaria com o auxílio de militares, para desmontar parte do acampamento em frente ao quartel-general do Exército em Brasília foi frustrada pelos golpistas, que reagiram com chutes e pedradas.

A operação foi abortada diante da reação dos golpistas. Em vídeos divulgados nas redes, agentes da Polícia do Exército apenas observam os ataques dos bolsonaristas, sem tomar qualquer atitude.

A inércia dos militares foi considerada pelos golpistas como um ato de apoio à permanência dos acampados no local, que é de propriedade do Exército.

“Momento exato em que os caminhões e pessoal do GEFIS são expulsos pelo Exército do acampamento diante do QG em Brasília. O ACAMPAMENTO FICA! Vídeo-clip extraído do perfil de Simone Pimentel, do Insta, cuja íntegra já postei. AS FFAA ESTÃO AO LADO DOS MANIFESTANTES”, escreve um bolsonarista juntamente com vídeo publicado no Twitter.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, que acompanhou a ação, “bolsonaristas acampados se juntaram no local para evitar o desmonte e xingavam integrantes do governo do DF”. 

“Pedras foram atacadas, e pessoas chutaram alguns carros. A operação foi abortada logo em seguida”, diz o texto, ressaltando que a orientação é para que os servidores do GDF não voltem ao local para “evitar confronto”.

A ação acontece no mesmo dia em que uma megaoperação da Polícia Federal e da Polícia Civil do Distrito Federal cumpre mandados de prisão contra golpistas que estavam no acampamento e cometerem atos terroristas em Brasília no dia 12 de dezembro.