Roberto Jefferson: policial diz que os colegas que levaram tiros eram burocratas

Do Misto Brasília

O ex-deputado Roberto Jefferson recebeu a balas policiais federais que não estavam com coletes de proteção. No momento da rendição, o político bolsonarista disse que não atirou primeiro. Delegado que estava para levar Roberto Jefferson, disse que os colegas eram burocratas e que não “eram operacionais”.

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Dragões da maldade, guerreiros santos e profanos, serpentes, traíras, vampiros, touros miúras e sapos vermelhos irão deflagrar a guerra do Armagedom, domingo dia 30, na  boca da urnas, revela o periodista Adalbertovsky em seu sermão apocalíptico.

Com olhos de telescópio, o Doutor Alvacir Fox viaja até as muralhas do Kremlin e afirma que o czar Vladimir Putin, senhor das guerras e das trevas, decretou o Armagedom na Ucrânia. Ouçam o sermão do periodista Adalbertovsky:      

As trombetas proclamam: aproxima-se o dia da guerra no Armagedom à moda brasileira, a batalha final do bem contra o mal na boca das urnas. Pintados de urucum vermelho de guerra, os devotos da seita do bode rouco agitam bandeiras da cor de brasa. Touros miúras da seita do gado soltam fogo pelas ventas e movem-se enfurecidos. Os dragões da maldade, guerreiros santos e profanos, cobradores de dízimos, brocháveis e imbrocháveis, bodes roucos, vampiros e a mundiça em geral dançam em torno das fogueiras das ambições do poder.                                 

Depois da guerra de Tróia nas urnas do Planalto Central em 2018, as tropas auriverdes fizeram a travessia do mar vermelho para libertar o reino de Pindorama da tirania da seita do cordão encarnado. O mar vermelho estava infestado de sapos barbados, serpentes, traíras, vampiros, escorpiões, lobisomens, pais de chiqueiro, comunistas e outros insetos.

O sapo barbado propõe desfazer a travessia do mar vermelho para voltar às cenas da escravidão. Ele jura que o petrolão e o mensalão nunca existiram, nós é que tivemos um pesadelo. E o pesadelo continua. La garantia soy yo, afirma o Dr. Chuchu.                             

Matrix, o cérebro da intelligentsia de esquerda, rege a Nova Ordem Mundial (NOM) politicamente correta. Dizem que comunismo são fantasmas do passado. Vejamos. O Foro de São Paulo foi criado por Lula e Fidel Castro em 1990 depois da queda do muro de Berlim para lutar contra “o domínio imperialista” e implantar o socialismo na América Latina.

Que tal a censura sob o apelido de regulamentação da mídia?! Veículos conservadores são censurados. O pau que dá nos Chicos conservadores não dá nos Franciscos das esquerdas.  E a ideologia de gênero na mídia e nas escolas?! O estímulo aos conflitos entre grupos sociais faz parte da luta de classes pregada pela esquerda-raiz. De canetada em canetada as esquerdas avançam em suas guerrilhas revolucionárias. O apoio às ditaduras comunistas insere-se nas diretrizes da “integração continental” preconizadas pelo Foro de São Paulo. Estudem, bichos, pesquisem.

O capitão tem todos os defeitos do mundo, menos um: é anticomunista, isto o redime diante dos pecados do Foro de São Paulo.

Arriba, leitores Magnaneanos, pernambucanos, gregos e troianos!  

*Periodista e escritor

Falso herói da barbárie 

Bárbara a reação do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) ao mandado de nova prisão pela Polícia Federal por ofender a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal. A PF confirmou que ele reagiu à abordagem quando a equipe se preparava para entrar em sua casa e disse que dois policiais foram atingidos por estilhaços.

Uma das medidas que ele deveria cumprir na prisão domiciliar é não participar de redes sociais. Nos últimos dias, surgiu um vídeo em que o ex-deputado profere ofensas de baixo calão contra a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao reclamar da decisão tomada por ela.

No enfrentamento aos policiais federais, o próprio ex-deputado filmou o carro da Polícia Federal em frente à sua casa e enviou vídeos onde contou como foi a abordagem dos policiais. Ele afirma que atirou na direção deles. A reação, com fuzil e granada, foi um espetáculo armado. O presidente afastado do PTB tentou vestir um manto de “herói” ao enfrentar uma ordem de Alexandre de Moraes, e seus asseclas, comandados pela filha, Cristiane Brasil.

Roberto Jefferson não é um mártir, mas um criminoso contumaz. Sua nova prisão não se dá por “emitir uma opinião pessoal”, como tenta vender, mas por descumprir medidas cautelares, ameaçar e ofender a honra de ministros e agir de forma reiterada para tumultuar o processo eleitoral. 

A PF informou ao Supremo, inclusive, ter identificado indícios de que ele planejava uma cartada final para após o período em que a lei eleitoral veda prisões e de que mantinha um arsenal de armas de forma irregular, segundo noticiou o jornal Folha de S.Paulo.

Ditadura da toga – Ignorando os fatos, bolsonaristas compraram a versão de Jefferson e têm ajudado a disseminá-la. Aliado e conselheiro do presidente da República, o pastor Silas Malafaia usou as redes para disseminar o entendimento de que o País vive uma “ditadura da toga”. “É inadmissível um ministro (Alexandre de Moraes) usar o poder da sua caneta para rasgar a Constituição”, disparou. 

Lula culpa Bolsonaro – Minutos após a ação de Jefferson, Lula atribuiu o clima de tensão e ódio no País a Bolsonaro. Lembrou que, embora tenha disputado diversas eleições, jamais viu episódios similares. “Ele conseguiu criar neste País uma parcela da sociedade brasileira raivosa, com ódio, mentirosa e que espalha fake news o dia inteiro sem se importar se o filho dele está vendo mentira ou não”. Foi certeiro. O caminho para a barbárie está pavimentado — e normalizado.

Dois feridos – Na reação violenta de Jefferson, saíram feridos o delegado Marcelo Vilella, que teria sido atingido na cabeça e na perna; uma policial identificada como Karina, que foi ferida na cabeça por estilhaços de uma granada supostamente arremessada pelo ex-deputado. Informações dão conta de que Jefferson também teria atirado com um fuzil calibre 556 em direção à viatura da PF que estava parada em frente à sua propriedade.

Injustamente anulado – Roberto Jefferson emitiu uma nota após ter atacado agentes federais que foram até a sua casa para cumprir um mandado de prisão. O ex-presidente do PTB disse estar “privado de liberdade por decisão ilegal”, minimiza as ofensas que destinou a ministra Cármen Lúcia e se define como “preso político”. “O palavreado chulo de indignação, de um indivíduo injustamente anulado civilmente, é mais grave que a decisão, firme e deliberada, de conspirar contra cláusula pétrea da Constituição da República?”, questionou. 

Faroeste brasileiro – O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, criticou o ataque a tiros do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) contra agentes da Polícia Federal (PF), na manhã de ontem, no Rio. “É o faroeste? Se instalou o faroeste, a lei do mais forte? O mais forte que detém o monopólio da força é o Estado, só o Estado, mais ninguém. Nós somos cidadãos, devemos obediência às normas jurídicas e devemos também respeito às instituições”, disse o magistrado ao site Metrópoles.

CURTAS 

CAMPANHA ATINGIDA – Auxiliares de Jair Bolsonaro avaliaram que a ação armada de Roberto Jefferson contra policiais federais foi péssima para a campanha à reeleição do atual presidente da República. A avaliação é de que o episódio pode indispor Bolsonaro, que tem Jefferson como aliado, com uma das principais bases eleitorais do presidente: os integrantes da Polícia Federal e de outras polícias.

TROPA DE ELITE – Equipes do GPI, o Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal, foram enviadas para a cidade de Levy Gasparian, onde mora Jefferson, para garantir o cumprimento do mandado. O GPI é uma espécie de tropa de elite que a PF mantém nas suas superintendências estaduais para emprego em situações de emergência que envolvam maiores riscos.

Perguntar não ofende: Jefferson deu um tiro no pé do aliado Bolsonaro?