Eleito senador pelo Rio Grande do Sul, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) afirmou que vai atuar para que o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) seja discutido na próxima legislatura. “Se há indício forte de crime de responsabilidade, que se abra o processo”, afirmou Mourão, em entrevista ao Estadão.
No diagnóstico do vice, o ministro Alexandre de Moraes, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ultrapassou os limites de sua autoridade e está prevaricando ao atuar como “investigador, denunciador, e parte ofendida”. “Eu acho que ele ultrapassou o limite do poder dele. A Corte poderia dizer ‘Alexandre, pode baixar tua bolinha aqui. Está errado isso que você está fazendo. Não vamos aprovar essas tuas medidas”, disse.
Leia maisMourão não descartou a possibilidade de disputar a presidência do Senado, se tiver apoio, embora considere cedo para pleitear a vaga. Do gabinete anexo ao Palácio do Planalto, espaço que deixará dentro de 72 dias, o general de Exército da reserva afirmou que o Alto Comando “não cria ruído” político e que as Forças Armadas já teriam se pronunciado caso houvesse alguma irregularidade no primeiro turno das eleições.
A campanha do presidente reclama que o ministro Alexandre de Moraes está interferindo demais contra ele, no combate às fake news, que tomaram conta na eleição. Como avalia a reação das instituições à desinformação? Na minha visão o Alexandre de Moraes vem prevaricando ou até, vamos dizer assim, ele está ultrapassando o limite daquilo que é a autoridade dele. Porque no momento que ele conduz o inquérito onde ele é investigador, ele é denunciador, ele é julgador e também é parte ofendida isso está errado. Isso tá errado. O devido processo legal não está sendo respeitado aqui no nosso País. Essa é a realidade das ações do Alexandre Moraes. No momento em que ele pega uma reportagem de um meio de comunicação que, há dois anos, ele disse que só falava fake news e usa aquela reportagem para fazer busca e apreensão na casa das pessoas – e busca e apreensão é a decisão mais grave que você pode ter em relação a uma pessoa -, bloqueia as contas das pessoas. Ele ultrapassou o limite do poder dele, e competiria ao restante da Corte dar um freio nele, mas a Corte não está fazendo isso.
Confira a entrevista de Mourão:
Então caberá ao Senado dar esse freio? O Senado vai ter que fazer isso agora. Já que a Corte… A Corte poderia dizer, ‘Alexandre, pode baixar tua bolinha aqui, está errado isso que você está fazendo, nós não vamos aprovar essa tuas medidas’.
A partir do ano que vem defenderá que impeachment de ministros do Supremo seja pelo menos pautado e discutido no Senado? É aquela história, não é questão de impeachment, se está comprovado, há indício forte de crime de responsabilidade, que se abra o processo. Se o processo vingar, ok, se não vingar ok, também.
Hoje os pedidos de impeachment ficam na gaveta. O senhor vai pressionar para que seja pautado? Eu vou. Se está comprovado, chegamos à conclusão de que há indício forte de crime de responsabilidade, como no caso desse ministro você citou o nome, então vamos discutir o assunto.
O senhor se refere somente à atuação do ministro Alexandre de Moraes no Supremo ou no TSE também? Eles endureceram o combate à desinformação com uma nova resolução. Uma resolução é algo igual ao decreto presidencial, pode ser cassado pelo Senado. O Senado pode cassar essa resolução também. Não é lei, não é nada.
O senhor chegou a externar uma proposta de mudanças no Supremo, depois disse que foi mal compreendida. Qual é exatamente sua proposta? Um sistema jurídico correto tem várias nuances que têm que ser obedecidas. Uma delas são os magistrados atuarem de boa fé. E a lei ser fácil, compreensiva e valendo para todos. São coisas aqui no Brasil que na minha visão não estão ocorrendo. O que eu penso em relação a nossa Suprema Corte: tem que ser colocado um mandato, porque a pessoa ficar 25, 30 anos ou até mais dependendo da idade que ele é nomeado no STF, é muito tempo. Isso tem que ser discutido dentro do Congresso e se chegar uma conclusão. O nosso sistema de freios e contrapesos, que é o que faz a harmonia e o equilíbrio dos poderes, não está funcionando.
Então sua proposta se restringe ao tempo mandato e não teria aumento de ministros? Ampliar ou diminuir a número de ministros é casuísmo.
O senhor viu o chavismo fazer isso na Venezuela? Vi, claro. Aqui não vai ser feito, não vejo isso sendo feito. Mesmo porque implica em custos.
Mesmo o presidente tendo externado ser favorável? O presidente deu uma externada ali, mas nunca tomou nenhuma atitude.
A reeleição não daria a ele a força política necessária? Julgo que não. Sendo reeleito ele tem logo dois cargos dentro do STF para serem trocados, o que pode lhe dar uma maioria bem mais confortável lá dentro.
Criminalizar pesquisas, com pena de prisão, é o caminho? Não precisa. Se alguém faz pesquisa com viés para favorecer A ou B, isso tem que ser investigado e se ficar comprovado, já é um crime, já existe lei para isso. Os institutos têm que recalibrar a sua metodologia e serem mais transparentes nessa metodologia, porque não é entrevistando 1.500, 2.000 pessoas que você, por meio de uma extrapolação de tendência, vai dizer que 160 milhões de pessoas vão votar dessa maneira. Acho que isso é complicado. Pode dizer também que 15 dias antes da eleição não se publica pesquisa nenhuma, de modo que não haja um direcionamento para o pensamento do eleitor, já que a maioria dos eleitores só se define no final. Um momento aí de ‘Agora, é cada um por si aqui, tá?’.
O Ministério da Defesa decidiu não divulgar o conteúdo da fiscalização das eleições. Não é um contrassenso, cobrar transparência, e ocultar o conteúdo? O Ministério da Defesa disse que vai apresentar o seu relatório após o final do segundo turno. Não adianta apresentar um relatório parcial. Quando o ministro Barroso criou aquela comissão de transparência, ele chamou as Forças Armadas para esse jogo. Quando você chama as Forças Armadas para um jogo, elas vão fazer o trabalho, não vão ficar enrolando. É o que tá sendo feito. Acho que se tivesse algum problema sério no primeiro turno teria havido, vamos dizer assim,… “Ó, deu problema’. Que saiba não teve nada.
O senhor conseguiu consultar o trabalho de fiscalização das Forças Armadas? Não tive acesso.
O presidente não falou até agora sobre a suposta fraude que alegava haver se não vencesse no primeiro turno. Diz que vai aguardar parecer final do ministro da Defesa. Se ele questionar uma derrota eleitoral, como o senhor se posiciona? Esse é um cenário hipotético. Isso vem sendo muito mais colocado pelas palavras do próprio presidente, mas não pelos atos dele, porque se ele tivesse dúvidas sobre o processo ele não concorria, não é? Declarava a nulidade a priori e criava um caso aí, vamos dizer. Mas ele não fez isso. Ele está concorrendo dentro das regras do jogo normais. O resto é da especulação.
O Alto Comando do Exército e os comandantes da Força Aérea e da Marinha mantiveram certo distanciamento, não se envolveram diretamente num trabalho institucional. É um trabalho do Ministério da Defesa, que usou seu pessoal da área técnica, o Centro de Defesa Cibernética, que tem conhecimento do assunto.
Foi uma decisão correta não envolver os generais da ativa do Exército? O Exército raciocina sempre dentro de um tripé. Em primeiro lugar, agir dentro da legalidade, usando a legitimidade e mantendo a estabilidade. Não tem ruído. Essa turma não faz ruído. O ruído é feito pelo lado de fora, não pelo lado de dentro.
A participação maior dos militares na vida política do País, seja com assentos no Congresso ou em evidência no governo, é algo sem volta ou tem a ver apenas com governo Bolsonaro? Existe certo preconceito por parcela da sociedade em relação às Forças Armadas e o papel delas, que a maioria desconhece. Sempre houve uma participação de militares na vida política do País. Desde o império, grandes vultos do exército como Caxias e Osório foram senadores. No início da República, os primeiros presidentes eram militares, depois tivemos o Dutra militar, tivemos senadores e deputados que eram oriundos no meio militar, até o movimento 1964. Paradoxalmente, os militares se retiraram da política. Havia o presidente militar, mas se olhar quem eram os políticos, oriundos do meio era o Andreazza, o Passarinho, mas eram relativamente poucos em relação ao conjunto da Força. Termina o período do governo militar, e, naturalmente, nós não participamos mais de processo eleitoral, exceção do Bolsonaro. Ele foi o único cara eleito nesse período. Há uma reação na sociedade brasileira, que é eminentemente conservadora na sua maioria, e abre-se uma janela de oportunidade para que integrantes do grupo militar concorram a cargo eletivo. Isso volta a ocorrer em 2018 e ocorre agora em 2022. Mas nada que envolva Força Armada como elemento dativo, como instituição do Estado e os indivíduos que a compõem. São duas coisas distintas.
O Senado terá um general de quatro estrelas como presidente? Pretende se colocar na disputa? Estou recém chegando ao Senado, então a minha visão é que eu tenho que aprender como é que funciona Casa. Não é o momento de eu colocar meu nome e dizer ‘Ah, eu sou candidato a presidente do Senado’. Não é assim. Tem que estudar e tem que ser constituída uma maioria. Se eventualmente uma maioria constituída vier me convidar para o cargo eu vou pensar. Mas hoje não existe essa hipótese.
Quem o senhor vê com mais chances de disputar para valer? Julgo que o Pacheco vai tentar se manter no cargo. Mas tem outras forças lá dentro. O partido do Bolsonaro está com 14 senadores. Eles podem tentar constituir a maioria.
De ex-colegas de governo, quem teria melhores condições? A Teresa Cristina é uma liderança agregadora, facilitadora, é uma mulher. Acho que na história nunca teve uma mulher presidindo nenhuma das duas Casas. Então seria uma quebra de paradigma. É uma pessoa que eu admiro e acho que pode ter condição, mas vamos aguardar.
Pelo seu perfil, o senhor vai querer a presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa do Senado? Isso não é assim, depende da composição. Nosso partido, o Republicanos, só tem três senadores. Mas agora vai haver uma caça aos senadores dos partidos que ficaram somente com um, que não atingiram a cláusula de barreira.
O governo está no vale tudo eleitoral, antecipando pagamentos, liberando empréstimo para os mais vulneráveis do Auxílio Brasil, o FGTS futuro para financiamento de casa? O governo não está fazendo nada diferente daquilo que os governos fazem quando disputam um processo dessa natureza.
Isso não pode ser perigoso institucionalmente para o País? Não vejo perigo. Isso foi feito pela Dilma.
No mesmo patamar? Até pior. Ela escamoteou os dados que levaram ao impeachment dela depois. Eu acho que o governo está usando as armas que tem condições de utilizar.
Não incorre em ilegalidade, que pode levar a questionamento futuro? Se tivesse ocorrido isso já estava pautado. Estamos vivendo um momento difícil no mundo como um todo e do País pelas questões recorrentes da pandemia, a inflação, o aumento do preço de alimentos, que ocorre no mundo inteiro, mais aí com a guerra da Ucrânia e a questão do combustível. O governo tem que minorar esses impactos.
Apesar de vice-presidente, o senhor nunca deixou de externar suas divergências com Bolsonaro quando julgou necessário. Como será sua postura no Congresso? Num governo Lula, sou oposição ferrenha. Mas não sou oposição ao Brasil. Isso tem que ficar muito claro.
Qual a diferença? Se uma pauta que for colocada por um eventual governo Lula está de acordo com aquilo que eu considero que é importante para o País, vai ter meu apoio.
E num governo Bolsonaro, seria uma base mais bolsonarista, de apoio total, ou manteria críticas? Eu estaria numa situação muito mais confortável. As medidas que o presidente quiser colocar lá via Senado estão totalmente de acordo com aquilo que eu penso. Não vejo que haverá algum tipo de repúdio da minha parte a alguma coisa que venha do governo presidente Bolsonaro.
O uso da religião na campanha vai provocar que seja pautada, até por ministro do Supremo, a discussão do abuso do poder religioso? Não adianta essa história. Quando estava só na mão da Igreja Católica, com a maioria de padres todos de esquerda, por causa da teologia da libertação, ninguém nunca falou nada. Agora porque é a ala dos evangélicos, que é diferente… Tem que ser bem avaliado. A Igreja Católica perdeu a primazia que tinha em cima do segmento mais pobre do País, e os evangélicos pentecostais entraram nesse segmento. É uma questão sociológica do nosso País.
O senhor enxerga um reposicionamento político à direita, após a vitória eleitoral inegável no Congresso, de olho em 2026? Isso é prematuro. Existe uma maioria conservadora que ficou silenciosa por muito tempo. Essa maioria renasce com os movimentos a partir de 2013, impeachment da Dilma e a eleição do Bolsonaro. Isso se traduziu agora na eleição para a Câmara e Senado. Assim como para as assembleias legislativas de muitos Estados. É um processo que dá um equilíbrio maior dentro da representação política. Na realidade, tem gente que é mais da direita, tem gente de centro-direita e gente que é de centro-esquerda. E esse grupo todo você pode colocar num viés conservador.
O senhor não vê movimentos do ex-ministro Sergio Moro e governadores reeleitos da direita? Não vejo. Só se tiver bola de cristal.
No Rio Grande do Sul, o que pode ocorrer no fim da campanha? O ex-governador Eduardo Leite (PSDB) chegou junto e empatou com o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL), que usou de campanha percebida como homofóbica. Não vejo dessa forma, foi uma coisa que ele falou lá e que aí cada um interpreta da forma que julgar melhor. Estou trabalhando pela eleição do Onyx. Acho que ele vai vencer, porque o Rio Grande do Sul não reelege. E o Eduardo Leite já apresentou a fragilidade de pensar mais nele mesmo do que no Estado que estava governando. Quando ele resolveu renunciar para tentar um projeto pessoal dele de ser candidato a presidente terminou por implodir o partido dele. O PSDB está implodido. O Doria já pediu as contas do partido. O partido encolheu por atitudes que ele tomou. Primeiro, ele disse que ia participar da prévia. Participou, perdeu, não concordou com o resultado – se fala tanto do presidente Bolsonaro e o Eduardo Leite incorreu em algo similar, né? ‘Ah, eu participei da prévia, mas não gostei. Agora eu vou continuar’. Isso aí vai pesar contra ele.
Onyx perdeu votos por ter dito que com ele o RS teria uma ‘primeira-dama de verdade’ (Eduardo Leite é homossexual assumido)? Acho que não. O Eduardo Leite venceu o Edegar Pretto (candidato do PT) por um pouco mais de 2.000 votos, uns 2.500 votos, uma margem muito pequena. Isso que o Edegar não é um PT é raiz, ele é um PT de grife. O pai dele (ex-deputado Adão Pretto, fundador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, MST) era raiz, o Edegar é de grife. Então ele venceu no photochart. Parte desses eleitores (do PT) está migrando para o Eduardo Leite, mas parte não vota nele, vai votar em branco, nulo, não vai aparecer para eleição. O Onyx tem que estar bem colado na figura do presidente. Bolsonaro está na frente do Lula lá e tem condições de vencer.
Lula disse que é impossível o presidente virar, tirar a diferença de votos. O presidente está numa ascendente. Acho que o Lula e o Bolsonaro estão correndo pau a pau. Vai ser decidido no dia da eleição.
Leia menosEm viagem de gratidão pelo Sertão pernambucano, o deputado Danilo Cabral voltou a criticar a ausência de discussão de propostas entre as candidatas ao governo do estado – Marília Arraes e Raquel Lyra – na reta final da campanha eleitoral. Ele chegou hoje a Salgueiro, no Sertão Central, onde foi recebido pelo prefeito Marcones Sá (PSB), vereadores e demais lideranças políticas da Frente Popular.
“A população pernambucana votou pela alternância de poder, decidiu que não queria a continuidade do governo da Frente Popular. Qual o debate que queremos daqui para a frente? É preciso que as duas candidatas olhem para o futuro, apresentem projetos que falem para o desenvolvimento do interior do estado”, destacou Danilo em entrevista para a rádio Salgueiro FM, ao se referir aos dois últimos debates protagonizados pelas ex-adversárias.
O deputado cita, como exemplos, a falta de referências à conclusão da Transnordestina, da Transposição do Rio São Francisco, da duplicação da BR-232 durante as intervenções das candidatas. “Como dizíamos na nossa campanha, para Pernambucano avançar, é preciso olharmos para o interior. Mais do que isso, é preciso garantir a interiorização dos investimentos no estado. Quem assumir o governo receberá a casa arrumada, com as contas equilibradas, com recursos em caixa, obras para inaugurar e, pelo menos, R$ 3 bilhões para investimentos de recursos próprios”, enfatizou.
A campanha em Pernambuco pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) vai contar com um reforço de peso na mobilização pelo voto do eleitor. Amanhã, a partir das 13h, no comitê central, no bairro da Imbiribeira, será realizado o “Juventude pelo Brasil”, um grande evento em apoio ao presidente e que contará com a presença de Nikolas Ferreira (PL), eleito deputado federal com o maior número de votos no país; e do deputado federal reeleito André Ferreira (PL), parlamentar mais bem votado do Nordeste.
Vice-líder do governo na Câmara Federal, André Ferreira destacou que o objetivo é mobilizar o eleitorado bolsonarista, com foco maior nos jovens, por seu poder de engajamento diante de um cenário no qual o país tem apresentado números positivos nos setores socioeconômicos, principalmente na geração de emprego e renda.
“O presidente Jair Bolsonaro conseguiu reunir um time de ponta para buscar o voto de quem entende que o país precisa continuar no rumo do desenvolvimento, dialogando com pautas que respeitam os valores da família, mas, acima de tudo, com compromisso com a abertura de novos postos de trabalho. E essa força que a juventude carrega é essencial para que possamos dar ao nosso presidente uma grande vitória neste segundo turno, em Pernambuco e em todo o Nordeste”, disse André Ferreira.
O movimento Juventude pelo Brasil conta ainda com a participação das lideranças Guilherme Batista e Jey Reis. A entrada é gratuita e haverá um ponto de coleta para doação de alimentos não perecíveis.
Do Poder360
O TCU (Tribunal de Contas da União) recomendou em parecer técnico a suspensão do empréstimo consignado do Auxílio Brasil. A interpretação da área técnica da corte de contas é que poderia interferir nas eleições presidenciais. O tribunal pede que a Caixa Econômica explique em 5 dias úteis, a partir de ontem (20), o motivo pelo qual começou a fazer o empréstimo consignado em outubro, durante o período das eleições.
O empréstimo é descontado automaticamente na conta do beneficiário e foi liberado na última terça-feira (18). O teto dos juros mensais é de 3,5%. Há ainda outras 11 instituições financeiras autorizadas a fazer o consignado com Auxílio Brasil.
O pedido de suspensão do consignado foi feito primeiramente pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União ainda na terça-feira com o argumento de que a medida do governo federal pode ter sido implementada para beneficiar eleitoralmente o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em seu pedido, Furtado diz, ainda, que a possível finalidade eleitoral do consignado pode caracterizar “crime de responsabilidade, por atentar contra a segurança interna do país e a probidade na Administração Pública”.
Cidades do Agreste de Pernambuco têm procurado conhecer de perto como funciona na prática o modelo de arranjo produtivo adotado pelo município de Brejo da Madre de Deus na produção de fármacos extraídos de plantas medicinais cultivados na região.
O mais recente exemplo veio de Caruaru, que enviou à cidade, ontem, representantes da Secretaria de Saúde com o objetivo de analisar e conhecer como funciona todo o processo, do cultivo à distribuição na farmácia, assim como quais as espécies cultivadas, estudo do solo e espaço para cultivação e manutenção.
Além dos técnicos de Caruaru, o exemplo de Brejo da Madre de Deus também é objeto de estudo entre os estudantes universitários da cidade. Na manhã desta sexta-feira, o município recebeu os alunos dos 4º e 6º períodos do Centro Universitário Tabosa de Almeida, que tiraram suas dúvidas sobre as plantas medicinais e aprenderam sobre o processo de cultivação e preparação dos medicamentos, pomadas, chás e lambedores fitoterápicos.
EXCLUSIVO
O blog teve acesso, com exclusividade, a um vídeo gravado e postado hoje, em uma rede social, por Irismar Vieira de Lima, mãe de Iuri Vieira de Lima, garoto que em 2012 foi assassinado e teve a cabeça decapitada e membros decepados durante uma rebelião no Centro de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Abreu e Lima. A Funase é ligada a Secretaria da Criança e da Juventude do Governo do Estado, que, à época, era comandada por Raquel Lyra.
Indignada, a mãe de Iuri cobra respostas da candidata do PSDB que recentemente tentou jogar a responsabilidade do trágico episódio na atual prefeita de Surubim, Ana Célia, que foi gestora da Funase durante um período muito anterior ao crime. “Todo dia eu espero o meu filho chegar. Não durmo à noite esperando por ele. Raquel, agora você quer dar uma de boazinha, mas era para você ter me ajudado na época. Raquel, você viu o meu desespero e minha angústia. Você só falava coisas enganosas”, desabafa Irismar.
“Raquel, você me enganou tanto. Você falava comigo e via o meu choro, o meu desespero de querer saber o que tinha acontecido com o meu filho. Até hoje eu tomo remédio controlado e vivo no psiquiatra. Você sabia de tudo, estava por dentro de tudo. Sabia que não me deixaram ver meu filho, que me mostraram ele por um telão. Você sabia de tudo, Raquel. Eu nunca vou te perdoar, Raquel. Você me enganou. Quando te vejo na televisão, tenho crise de ansiedade”, complementa a mãe de Iuri.
“Como você pode fazer uma coisa dessas comigo, Raquel? Para tudo na vida tem volta. Quem planta ruim, colhe ruim. Quem planta o bom, colhe bom. O dia da sua colheita ainda vai chegar. Você não é uma boa pessoa. Por isso, Raquel, eu nunca vou te perdoar. No lugar de tratar o meu filho e os outros meninos de uma maneira boa, você os tratava como bichos”, finaliza.
Segundo Irismar, o seu filho Iuri deveria ter passado apenas 45 dias na detenção, mas terminou sendo transferido para Abreu e Lima, quando houve a rebelião. “Nessa rebelião, meu filho foi morto. Arrancaram o braço dele, estouraram a cabeça e me entregaram ele todo picotado”, contou a mãe de Iuri, que clama até hoje por justiça. Veja o vídeo!
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad enfrentam uma situação difícil no estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, com 22% dos votantes do país segundo levantamento feito entre os dias 16 e 20 de outubro pelo instituto Paraná Pesquisas e divulgado nesta sexta-feira.
De acordo com a sondagem para o governo do estado, Haddad tem 37,7% das intenções de voto totais contra 51,0% do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos). A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos. Outros 6,4% dos eleitores disseram que irão votar em branco, nulo ou nenhum e 5,0% declararam que não sabem ou não responderam. As informações são da Veja.
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Leia menosA campanha do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta sexta-feira (21/10), para suspender pelo menos oito direitos de resposta concedidos ao candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Os pedidos foram enviados à ministra Maria Claudia Bucchianeri, em meio a uma disputa das campanhas sobre o tema.
Na noite dessa quinta (20), a magistrada voltou atrás na decisão que concedeu direitos de resposta ao ex-presidente em 164 inserções de 30 segundos do adversário, Bolsonaro. Com a ação, agora, os advogados do petista pretendem incluir no mesmo julgamento tanto os pedidos do petista quanto do atual chefe do Planalto. As informações são do Metrópoles.
Leia maisAs defesas avaliam que os dois processos precisam ser apreciados em caráter de urgência, ainda nesta sexta, para que o material esteja pronto em tempo hábil para divulgação na propaganda eleitoral no rádio e na TV, que termina na quinta-feira da próxima semana.
“Por todo exposto, a Coligação Brasil da Esperança e o candidato Luiz Inácio Lula da Silva requerem a concessão do efeito suspensivo ao presente recurso, de modo a garantir a paridade de armas entre os candidatos à presidência da República”, diz o documento enviado à Corte Eleitoral por Cristiano Zanin, Eugênio Aragão e Ângelo Ferraro, advogados do petista.
Leia menosO presidente e o vice-presidente do TRE de Pernambuco, desembargadores André Guimarães e Humberto Vasconcelos, respectivamente, estiveram, ontem, em Pesqueira, no Agreste, para tratar da realização das eleições naquele município, tanto o segundo turno das eleições gerais, quanto a suplementar, que ocorrerão simultaneamente no próximo dia 30 de outubro.
O assunto foi tratado em uma reunião com o juiz Leon Elias Nogueira Barbosa, o promotor Sérgio Roberto Almeida Feliciano, o chefe do cartório responsável pela Zona Eleitoral, Sérgio Roberto Almeida Feliciano. Participaram também o diretor geral do TRE-PE, Orson Lemos, e outros servidores das áreas técnicas do tribunal. As autoridades também discutiram sobre o apoio logístico e reforço na segurança para a realização do pleito.
Leia maisAlém de Pesqueira, eleitores de Joaquim Nabuco (Mata Sul) também deverão escolher o novo prefeito. Na semana passada, o presidente e o vice do TRE-PE estiveram na Mata Sul para tratar da organização das eleições suplementares naquele município.
As eleições suplementares são necessárias porque os prefeitos eleitos em 2020 em ambas as cidades tiveram os mandatos cassados e os recursos rejeitados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os eleitos esse mês exercerão os cargos por dois anos, até o próximo pleito municipal, em 2024.
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