Sindicato das Autoescolas de Pernambuco comenta irregularidades em contrato do DETRAN

O diretor social do Sindicato das Autoescolas de Pernambuco (SINDCFC/PE) e proprietário do Grupo de Autoescolas Bandeirantes, Jorge Viana, expressou preocupação com irregularidades cometidas pela TECHPARK, empresa responsável pelos exames práticos de direção do DETRAN-PE (Departamento Estadual de Trânsito). As denúncias foram publicadas pelo blog na manhã de ontem. Confira a nota:

“Já foram feitas denúncias no Ministério Público e, até agora, não obtivemos respostas sobre as irregularidades cometidas por essa empresa há anos, inclusive, com cancelamento de exames por falta de veículos nos CIRETRAN (Circuncisões Regionais de Trânsito) do interior. Eu, como diretor social do sindicato, já sofria com cancelamentos de exames em Afogados da Ingazeira há tempos atrás. Sem falar que fere as normas do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) por fazer exames em carros que não são categoria aprendiz. Segundo informações de pessoas do órgão, o contrato dessa empresa com o DETRAN é de locação de veículos por exame e não por mês, então, quanto mais reprovação dos usuários, mais dinheiro eles ganham. Com isso, o índice de reprovação subiu para 70%, chegando a três, quatros retestes por aluno e, com isso, onerando a CNH em 20% ao usuário. Lembrando que foi denunciado e cobrado várias vezes da gestão anterior e nada foi resolvido. Cobramos providências dessa gestão atual”.

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Em meio à elaboração da PEC da Segurança pelo governo Lula, parlamentares da base aliada e da oposição travam uma corrida paralela para marcar posição sobre o tema. A pouco mais de um ano e meio das eleições de 2026, o debate sobre segurança pública ganha contornos eleitorais, com congressistas buscando apresentar projetos que endurecem penas, criam novos tipos penais e ampliam prerrogativas para juízes e policiais.

No campo governista, senadores do PT têm liderado propostas para reforçar a narrativa de que a esquerda também age com firmeza no combate ao crime. Fabiano Contarato (PT-ES) e Rogério Carvalho (PT-SE) apresentaram um pacote de medidas que inclui aumento de penas para latrocínio, corrupção e tráfico de drogas, além de alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para estender internações de menores envolvidos em crimes violentos. As informações são do jornal O Globo.

As mudanças propostas também avançam sobre crimes de colarinho branco. Contarato quer transformar corrupção e peculato em crimes hediondos e elevar a pena mínima de dois para seis anos. Já Carvalho propõe pena específica de até 15 anos para o domínio territorial por facções, sobretudo quando envolve sabotagem ou ocupação de prédios públicos — uma tentativa de alcançar juridicamente áreas em que o Estado perdeu controle efetivo.

Do lado da oposição, nomes como Sergio Moro (União-PR) e Eduardo Pazuello (PL-RJ) investem em projetos que endurecem o tratamento penal a organizações criminosas, ao mesmo tempo em que ampliam os poderes das forças de segurança. Moro, por exemplo, quer tirar do Tribunal do Júri os homicídios cometidos por facções e enquadrá-los diretamente na Justiça comum, enquanto Pazuello propõe regulamentar buscas policiais sem mandado e validar o uso de reconhecimento facial como prova.

A atuação da oposição não se limita à agenda legislativa. Lideranças bolsonaristas presidem as Comissões de Segurança da Câmara e do Senado — Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), respectivamente — e buscam capitalizar esse espaço como vitrine para 2026. Apesar de atuarem de forma paralela, ambos os campos compartilham uma tendência de recrudescimento penal, sugerindo que a segurança pública deve figurar como tema central nas campanhas do próximo pleito.

Enquanto isso, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, tenta avançar com o envio da PEC da Segurança ao Congresso, mas enfrenta resistência da oposição, que vê na proposta uma tentativa de o governo federal invadir competências dos estados. Outros textos em elaboração incluem o aumento de penas para receptação de celulares e cabos roubados e um “pacote anti-máfia” que pretende ampliar o combate a organizações criminosas, inclusive no uso de criptomoedas e ouro para lavagem de dinheiro.

Dulino Sistema de ensino

A chamada “gangue do Ouro”, conhecida por assaltos a vítimas com joias, voltou a agir no Grande Recife — desta vez, na Zona Norte. Um casal foi surpreendido por criminosos armados na Rua do Futuro, no bairro dos Aflitos, durante uma caminhada. O crime foi registrado por câmeras de segurança da região.

As imagens mostram o momento em que os dois corredores são abordados por três homens armados que estavam em duas motocicletas. A mulher consegue correr e se afastar do local, escapando da abordagem. Já o homem é rendido por um dos assaltantes, que o obriga a entregar pertences como celular e aliança. As informações são da TV Jornal.

Segundo moradores, a Rua do Futuro tem sido alvo constante da atuação da gangue. A recorrência dos crimes tem gerado sensação de insegurança entre os moradores, que cobram maior presença policial na área.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

Do Brasil 247

O ex-senador Telmário Mota, acusado de abusar sexualmente da própria filha e investigado pela morte da ex-mulher, deixou a prisão na última quinta-feira (18) após decisão da Justiça de Roraima que autorizou o cumprimento de prisão domiciliar. Ele estava detido desde outubro de 2023.

A defesa do ex-parlamentar alegou problemas de saúde e falta de tratamento adequado no sistema prisional. Segundo o advogado Eduardo Rodrigues, Telmário apresenta quadro de transtorno depressivo e sofre de diversas condições médicas, como miocardiopatia hipertrófica assimétrica, apneia do sono, hipertensão e gastrite.

A decisão foi proferida pelo desembargador Ricardo Oliveira, que determinou o uso de tornozeleira eletrônica e proibiu o réu de se ausentar da residência sem autorização judicial. “Restou demonstrado que o paciente necessita de acompanhamento médico específico, o qual não vem sendo devidamente ofertado no sistema prisional”, justificou o magistrado.

Telmário foi condenado a oito anos e dois meses de prisão em regime fechado pelos crimes de importunação sexual e por oferecer bebida alcoólica à filha, menor de idade, conforme previsto no artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Além da condenação por abuso, ele é um dos suspeitos no assassinato de Antônia Araújo de Sousa, sua ex-companheira e mãe da vítima. Antônia foi morta com um tiro na cabeça em setembro de 2023, em Boa Vista (RR). A investigação ainda está em andamento.

Telmário Mota exerceu o cargo de senador por Roraima entre 2015 e 2023. Em 2022, tentou a reeleição, mas não obteve sucesso. Ele já foi filiado ao Solidariedade, legenda da qual se desfiliou após os escândalos.

Ipojuca - IPTU 2025 - Vencimento 30 Abril

Por Flávio Chaves*

Imagine, por um instante, o mundo invertido. Não mais como fábula, mas como denúncia. Homens e mulheres presos em gaiolas estreitas de ferro, engolindo farelos sob o olhar indiferente de galos e galinhas. Comendo com a boca no chão. Sendo alimentados por aves com bicos afiados e olhos frios. Noutra cena, corpos humanos dispostos em bandejas de isopor, selados em plástico transparente — prontos para serem comprados como carne em um supermercado lotado de aves consumidores.

O que parece absurdo ou surreal é, na verdade, uma alegoria precisa. Uma provocação simbólica que retira do invisível o que sempre esteve diante de nós: o abismo ético que criamos ao tornar a dor do outro irrelevante. O vídeo publicado pela página Poemas Sextantes, no Instagram, não é sobre vegetarianismo, veganismo, ou dieta. É sobre a nossa falência moral diante da vida que não nos pertence.

A cena ecoa o mito da caverna de Platão. Homens acorrentados desde a infância, vendo sombras e acreditando que aquilo é o mundo real. Vivemos da mesma forma: cegos diante daquilo que a indústria da carne, do leite e dos ovos esconde com paredes de propaganda e rótulos de supermercado. Não vemos os currais. Não vemos os gritos. Não vemos a dor. E, assim, aceitamos a barbárie como rotina.

Albert Schweitzer alertou: “Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes.” Mas essa lição, apesar de milenar, parece ainda não ter encontrado eco em nossa espécie. O que fizemos foi justamente o oposto: aprendemos a desprezar o pequeno para validar o domínio sobre o outro — mesmo que o outro chore, fuja, sangre e tema a morte como nós.

O artigo que você lê não é um panfleto de militância alimentar. É um grito ético contra a transformação da vida em objeto. No último domingo, o programa Globo Rural mostrou porcas aprisionadas em celas tão pequenas que sequer podiam virar o corpo. Vivem inteiras deitadas. São inseminadas, dão à luz, alimentam filhotes e depois morrem — sem jamais conhecer o que é caminhar. O espaço da vida reduzido a uma cela de sofrimento.

Essas imagens, mesmo reais, não nos comoveriam se não fossem sobre humanos. Por isso o vídeo choca. Porque só quando o nosso corpo é posto no lugar do outro, conseguimos, por instantes, imaginar o horror. Mas se é preciso ver o homem na gaiola para sentir compaixão, o que isso diz sobre nós?

George Orwell já havia nos avisado em A Revolução dos Bichos (1945): quando se normaliza a opressão, a linha entre vítima e algoz se apaga. E a revolução que começa em nome da liberdade, termina — quase sempre — em novos grilhões. A diferença é que, agora, somos nós os dominadores, a espécie que achou que o planeta era seu e que tudo o que respira pode ser embalado, cortado e vendido.

Mas a Terra responde. Seja com pandemias, seja com colapsos ambientais, seja com incêndios ou ondas de calor. Quando uma espécie se recusa a se autorregular, o planeta cria mecanismos para restaurar o equilíbrio: vírus, catástrofes, escassez. É a reação do sistema vivo contra a arrogância do “rei” que nunca soube governar.

Este artigo é um apelo. Um espelho invertido. Um chamado para despertar da caverna, sair do transe. Olhar o outro — qualquer outro — como portador de direito à existência. A consciência não é um privilégio humano. A sensibilidade também não. A dor, menos ainda.

Que essa reflexão ultrapasse a dieta, os rótulos, os dogmas. Que vá além da culpa e da doutrina. Que nos convoque àquilo que, no fundo, nunca deveria ter se perdido: a dignidade da vida. Em qualquer corpo. Com ou sem asas.

*Jornalista, poeta e escritor

Caruaru - São João na Roça

Da CNN Brasil

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia, na próxima terça-feira (22), o julgamento para decidir se aceita ou não a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a suposta trama golpista de 2022, agora contra mais seis investigados. Eles são apontados como integrantes do chamado “núcleo 2” do plano (veja a lista abaixo).

De acordo com a PGR, esse grupo estaria na articulação de ações para “sustentar a permanência ilegítima” do então presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Para julgar o caso, o presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, reservou três sessões: manhã e tarde de terça-feira (22) e, se necessário, a manhã de quarta-feira (23), caso o debate precise de mais tempo.

O julgamento será aberto por Zanin e contará com a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, será realizada a sustentação oral do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Depois disso, será a vez das defesas dos denunciados, que poderão se manifestar por até 15 minutos cada, conforme a ordem definida pelo presidente da Turma.

Zanin definiu que as sustentações orais seguirão a ordem alfabética, com base no nome de cada denunciado. Com isso, a primeira a se manifestar será a defesa de Fernando de Sousa Oliveira; a última, a de Silvinei Vasques.

Antes de entrar no mérito, os ministros poderão votar questões preliminares — decisões pontuais que podem influenciar a forma como cada magistrado se posicionará no julgamento.

Na sequência, o relator analisará o mérito da denúncia e indicará se a aceita ou não. Os demais ministros, então, apresentarão seus votos.

Caso haja maioria ou unanimidade por acatar a denúncia, os denunciados se tornarão réus e responderão a processo judicial em mais sessões da Primeira Turma do Supremo.

Ao fim do processo como um todo, os réus serão absolvidos ou condenados, e caberá aos ministros definir qual a pena e por qual crime cada um será punido.

Além de Zanin e Moraes, a Turma é formada pelos ministros Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino.

Denunciados

Formam o núcleo 2:

  • Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF);
  • Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro;
  • Marília Ferreira de Alencar, delegada da Polícia Federal e ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça;
  • Fernando de Souza Oliveira, delegado da PF e ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça e ex-secretário-adjunto de Segurança Pública do DF;
  • Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência;
  • Filipe Garcia Martins, ex-assessor da Presidência da República.

Eles teriam cometido os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado, e envolvimento em organização criminosa armada.

No fim de março, a Primeira Turma, por unanimidade, aceitou a denúncia contra Bolsonaro e mais sete pessoas. Entre elas, estão ex-ministros do governo do ex-presidente.

Camaragibe - Cidade trabalho 100 dias

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) chega aos 20 anos em 2025 como uma das principais referências na luta pelos direitos dos povos originários. Criada durante o segundo Acampamento Terra Livre (ATL), evento que ocorre anualmente em abril, a entidade surgiu da necessidade de uma representação nacional legítima e plural. Ao longo de duas décadas, tornou-se peça-chave na articulação entre as diversas etnias indígenas do país, promovendo unidade em torno de pautas históricas como a demarcação de terras e a participação nas decisões do Estado.

Às vésperas do Dia dos Povos Indígenas, lideranças que participaram da fundação da Apib relembraram os caminhos percorridos até sua criação. Jecinaldo Barbosa Cabral, do povo sateré-mawé, e Francisco Avelino Batista, o Chico Preto, do povo Apuriña, ressaltaram que o surgimento da entidade é fruto de um longo processo iniciado na década de 1970, em plena ditadura militar, quando os indígenas ainda enfrentavam repressão e invisibilidade. Com a redemocratização e a Constituição de 1988, novas possibilidades de organização começaram a se consolidar. As informações são da Agência Brasil.

A criação da Apib, em 2005, marcou a retomada de uma representação nacional indígena, após um período de desarticulação no início dos anos 2000. Segundo Jecinaldo, o ATL foi decisivo para esse novo fôlego. A primeira edição do acampamento, em 2004, reuniu 80 pessoas em Brasília. O grupo concluiu que era necessário criar uma nova instância, mas com um formato diferente: horizontal, colegiado e representativo das cinco grandes regiões do país.

Francisco relembra que experiências anteriores, como a União das Nações Indígenas (Uni) e o Capoib, foram importantes referências. Embora essas entidades não tenham resistido ao tempo, elas ajudaram a formar lideranças e fortaleceram a base para o surgimento da Apib. “Mesmo com dificuldades, já articulávamos regionalmente. Depois, passamos a nos organizar nacionalmente, até criar a Apib com força suficiente para representar todos nós”, afirmou.

Ao longo de seus 20 anos, a Apib participou de conquistas significativas, como a criação do Ministério dos Povos Indígenas, da Secretaria de Saúde Indígena e a presença de lideranças indígenas no comando da Funai. Ainda assim, os desafios permanecem. “Não garantimos plenamente o direito às nossas terras tradicionais. Os entraves continuam no Congresso, onde temos pouca representatividade”, disse Francisco, alertando para os riscos que ainda cercam os direitos indígenas.

Apesar disso, o futuro da Apib é visto com otimismo. O 21º ATL, realizado na última semana, reuniu milhares de indígenas de mais de 130 etnias em Brasília. Em carta divulgada ao fim do encontro, os participantes reafirmaram o compromisso com a luta coletiva. “A Apib tem força. Está em constante construção, mas as bases a sustentam. Basta que os que estejam à frente respeitem esses fundamentos”, concluiu Jecinaldo.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, em acompanhamento pós-operatório. A equipe médica informou hoje que Bolsonaro apresentou um episódio de alteração da pressão arterial, já normalizado. As informações são da CNN Brasil.

Segundo o boletim médico divulgado, o ex-presidente segue sem se alimentar pela boca, recebendo alimentação pela veia, já que o intestino ainda não voltou a funcionar normalmente.

“Hoje, a programação é de intensificar fisioterapia motora e medidas de reabilitação. Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI”, diz o texto. Veja a íntegra do boletim:

O Hospital DF Star informa que o ex-Presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento pós operatório. Apresentou episódio de alteração da pressão arterial, já normalizado. Devido à ainda não apresentar movimentos intestinais efetivos, segue em jejum oral e com nutrição parenteral exclusiva. Hoje, a programação é de intensificar fisioterapia motora e medidas de reabilitação. Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI.

Toritama - FJT 2025

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou hoje um cessar-fogo temporário durante o feriado de Páscoa na Ucrânia. Segundo o governo russo, a trégua deve começar a partir das 18h (horário local) deste sábado até às 00h de segunda-feira (21). A Ucrânia ainda não se manifestou sobre o anúncio da Rússia.

“Com base em considerações humanitárias… o lado russo anuncia uma trégua de Páscoa. Ordeno a suspensão de todas as atividades militares durante este período”, disse Putin ao seu chefe militar, Valery Gerasimov, em uma reunião no Kremlin. As informações são da Reuters.

O governo russo declarou esperar que Ucrânia faça o mesmo e as ações de Kiev durante esse período mostrarão a disposição do país para “uma solução pacífica para a guerra”.

“Presumimos que a Ucrânia seguirá nosso exemplo. Ao mesmo tempo, nossas tropas devem estar preparadas para repelir possíveis violações da trégua e provocações do inimigo, bem como quaisquer ações agressivas”, acrescentou Putin.

O líder do Kremlin continuou afirmando que Moscou “sempre esteve pronta para negociações” e agradeceu países que buscam o mesmo, citando EUA e China.

O Ministério da Defesa russo afirmou ter dado instruções sobre o cessar-fogo a todos os comandantes de grupos na área da “operação militar especial”, o termo usado para a guerra.

Palmares - Pavimentação Zona Rural

Uma campanha contra a anistia às pessoas que participaram da tentativa de golpe de Estado, ocorrida em 8 de janeiro de 2023, é exposta em outdoor em uma das regiões administrativas do Distrito Federal, o Jardim Botânico.

Idealizada e executada pelo Comitê Popular de Luta do Jardim Botânico, formado por pessoas progressistas e que rejeitam supressão da democracia, a campanha busca esclarecer à população que atos contra o Estado e a Constituição Federal não podem ser perdoados e devem ser exemplarmente punidos.

O outdoor — instalado na DF-01, no Jardim Botânico, perto do condimínio Ville —, com cartaz da campanha tem parte da bandeira do Brasil ao fundo e traz a frase: “SEM ANISTIA PARA GOLPISTAS”.

Lembrando que anistia é o perdão concedido pelo Estado a determinados crimes. O efeito para os acusados é a chamada extinção da punibilidade, ou seja, quem for beneficiado não mais responderá pelo delito. Destina-se, em regra, a crimes políticos (podendo, excepcionalmente, atingir crimes comuns). A anistia pode ser aplicada mesmo antes de uma condenação penal. Quando já houve a condenação, alcança efeitos penais (reincidência, por exemplo), mas não os civis (reparação de danos, por exemplo).

Projeto de anistia está tramitando no Congresso Nacional e é defendido por parlamentares e grupos políticos com perfil retrógrado e conservador, desrespeitando a Constituição.

Da Reuters

O Grupo Volvo planeja demitir até 800 trabalhadores em três instalações nos Estados Unidos nos próximos três meses devido à incerteza do mercado e às preocupações com a demanda diante do tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse um porta-voz ontem.

A Volvo disse em um comunicado que informou aos funcionários que quer demitir de 550 a 800 pessoas em sua unidade da Mack Trucks em Macungie, Pensilvânia, e em duas instalações do grupo em Dublin, Virgínia, e Hagerstown, Maryland. A empresa emprega cerca de 20.000 pessoas na América do Norte, de acordo com seu site.

Trump derrubou o sistema de comércio global que está em vigor há mais de 75 anos com um plano de tarifas sobre produtos de todo o mundo. Sua política comercial errática minou a confiança dos consumidores e das empresas e fez com que os economistas aumentassem suas previsões para uma recessão nos EUA.

As demissões na Volvo são a mais recente resposta de um setor de automóveis e caminhões que está sofrendo com as tarifas do presidente republicano sobre determinadas peças, o que deve aumentar o custo de fabricação dos veículos.

“Os pedidos de caminhões pesados continuam a ser afetados negativamente pela incerteza do mercado sobre as taxas de frete e demanda, possíveis mudanças regulatórias e o impacto das tarifas”, disse um porta-voz do Volvo Group North America em um comunicado enviado por e-mail.

“Lamentamos ter que tomar essa medida, mas precisamos alinhar a produção com a redução da demanda por nossos veículos.”

Por Felipe Resk

Do Diário de Pernambuco

A Justiça de Pernambuco condenou por organização criminosa a alta cúpula do Comando Litoral Sul (CLS), antes chamado de Trem Bala, facção que domina Porto de Galinhas, no Litoral pernambucano. Um dos sentenciados é Osnir Cândido Urbano, o “Osnir Cabeça”, considerado líder máximo do bando, que está detido em presídio federal.

Ao todo, sete integrantes do CLS, incluindo dois “gerentes”, receberam condenação no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Destes, três também foram considerados culpados pelo crime de lavagem de dinheiro. A sentença, obtida com exclusividade pelo Diario de Pernambuco, foi proferida na terça-feira (15).

Considerada a maior no Estado, a facção é envolvida em homicídios e disputas pelo tráfico de drogas e de armas. O grupo criminoso começou a operar a partir de Ipojuca, no Litoral Sul, se ramificou pelo Grande Recife e já registra atuação em Sergipe, Alagoas e Rio Grande do Norte.

Chefão do CLS, Osnir Cabeça era acusado de construir uma rede de fornecedores em outros estados e de ser o verdadeiro “dono” de toda a cocaína, maconha, skunk e crack vendidos ilegalmente pelo bando. Ele foi denunciado ainda por lavar dinheiro com joias, mansões e empresas de fachada.

Condenado pelos dois crimes, o líder recebeu pena total de 12 anos, 11 meses e 22 dias de prisão em regime fechado. Ele ainda pode recorrer da sentença.

Outros líderes

Com “liderança incontestável”, segundo a sentença, Pedro Paulo de Jesus Teixeira, o “Carioca”, e Emerson José da Silva, o “Surfista” ou “Messinho”, foram condenados a 4 anos, 5 meses e 20 dias de prisão em regime semiaberto. Ambos, no entanto, foram absolvidos da acusação de lavagem de dinheiro por falta de provas.

Segundo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Carioca esteve envolvido em ordens de execuções e na expansão do número de bocas de fumo. Já Surfista, que é irmão de outro suspeito de liderar a facção, chegou até ao posto de número um do CLS nas ruas antes de ser preso no ano passado.

Fecham a lista de condenados Regival Alves da Silva, o “Val”; James Matheus da Silva, o “Cérebro”, além de Shirley Eugenia de Andrade e de Erica Eugenia de Andrade. As penas variam de 3 a 10 anos de prisão.

A sentença também determinou o perdimento de bens apreendidos durante a investigação.

Nesta semana, a facção foi alvo da Operação Kéfale, coordenada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Pernambuco (FICCO/PE), que cumpriu 60 mandados de prisão preventiva e 49 de busca e apreensão.

Segundo a investigação, a estimativa é que o CLS tenha movimentado R$ 40 milhões nos últimos três anos.

Um dos eventos mais emblemáticos do Sertão pernambucano, a Missa do Vaqueiro de Serrita, está no centro de uma polêmica que mobiliza moradores, representantes da cultura local e profissionais do turismo. A tradicional celebração religiosa, que acontece anualmente na quarta semana de julho, corre o risco de ter sua data modificada por decisão do prefeito Aleudo Benedito (MDB), que aprovou um projeto de lei que prevê uma celebração à parte intitulada “Festa do Jacó”. 

A medida foi aprovada em uma sessão extraordinária na Câmara de Vereadores, logo após uma audiência pública. Segundo denúncias, a população não foi informada com antecedência suficiente sobre a audiência, e o debate contou apenas com a presença de representantes da Empetur, Fundarpe, do secretário de Cultura do município, vereadores e alguns curiosos. Nenhuma consulta pública, de fato, foi feita com a comunidade. O novo projeto do prefeito transforma o tradicional evento sertanejo em duas festas distintas, com datas diferentes. A 55ª Missa do Vaqueiro está marcada para o quarto domingo de julho, dia 27, e conta com o Padre Antônio Maria.  

O anúncio da mudança foi feito por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais, no qual Aleudo ignora os trâmites legais e o parecer do Ministério Público — o promotor de Justiça, Leon Klinsman Farias Ferreira, havia recomendado ao gestor que se abstivesse de sancionar o projeto, pois a proposta “caracteriza substituição simbólica indevida da manifestação cultural original, desrespeitando o patrimônio cultural protegido e ultrapassando a competência legislativa do Município, conforme disposto no artigo 24, inciso VII, e no artigo 215 da Constituição Federal”.

A população reagiu com indignação. “Não queremos que mudem a história de Serrita. A tradição é a Missa do Vaqueiro e ela deve permanecer como sempre foi, no quarto domingo de julho”, afirma Fátima Canejo, comunicadora e defensora da preservação do patrimônio público e da cultura de Serrita.

Uma tradição construída com fé e cultura

Criada em 1970 por Padre João Câncio, o cantor Luiz Gonzaga e o poeta Pedro Bandeira, a Missa do Vaqueiro nasceu como uma homenagem aos vaqueiros do Sertão. Com o passar dos anos, se transformou em um dos maiores eventos de religiosidade e cultura popular do Nordeste. Após a morte de seus criadores, a celebração foi assumida pela Empetur e, posteriormente, por Helena Câncio, filha do padre João, que propôs a transferência da festa para o quarto domingo de julho. O objetivo era evitar conflitos com outros eventos regionais e potencializar o fluxo de turistas.

A mudança, que já acontece há anos, nunca havia sido oficializada no calendário estadual, o que causou lacunas legais e permitiu manobras como a atual. Em 2009, o deputado Maviael Cavalcanti criou uma lei reconhecendo a Missa do Vaqueiro como Patrimônio Imaterial de Pernambuco. A sanção foi feita pelo então governador Eduardo Campos. Durante a gestão de Paulo Câmara, um termo de cessão entre o Governo do Estado e a população de Serrita garantiu a preservação do parque onde ocorre a celebração. 

Até o momento, a governadora Raquel Lyra (PSDB) não se pronunciou sobre o caso. A população escreveu uma carta à governadora. Veja na íntegra: 

Excelentíssima Senhora Governadora Raquel Lyra,

Nós, representantes da cultura sertaneja, vaqueiros, fiéis, organizadores, artistas, agentes de turismo e cidadãos de Serrita e de todo o sertão nordestino, viemos por meio desta carta expressar nossa profunda preocupação e indignação com a recente decisão da Prefeitura Municipal de Serrita de alterar a data da tradicional Missa do Vaqueiro, antecipando-a para o terceiro domingo de julho.

A Missa do Vaqueiro é mais que um evento. Ela é patrimônio cultural e imaterial de Pernambuco, reconhecida pela Lei Estadual nº 13.636/2009, fruto do esforço de figuras históricas como Padre João Câncio, Luiz Gonzaga e Pedro Bandeira, que sonharam e construíram, com o povo sertanejo, uma celebração que honra a fé, a memória e a identidade do homem do campo.

É verdade que a missa teve origem no terceiro domingo de julho. No entanto, há décadas ela é realizada no quarto domingo do mês, por necessidade prática e consenso popular, pois o antigo período coincidia com outras festividades regionais, o que causava esvaziamento de público e prejuízo à economia local. A mudança, consolidada com o tempo, permitiu o crescimento da festa e transformou-a em um marco do calendário nordestino.

A recente decisão de dividir o evento em dois — criando a chamada “Festa de Jacó” e separando o momento religioso do profano — foi aprovada em projeto de lei por vereadores aliados da gestão atual, sem a devida escuta da população, das instituições culturais ou da Igreja. Com isso, estamos diante de dois eventos, duas datas, dois discursos — e um povo dividido.

Essa mudança já está causando prejuízos reais: cancelamento de viagens e pacotes turísticos, sobreposição com festas tradicionais de cidades vizinhas, queda na expectativa de público, desorganização para os artistas, vaqueiros e comerciantes que sempre se programaram com base na data tradicional. É um erro repetir um modelo que já havia sido superado pelo bom senso e pela prática popular.

Por isso, pedimos sua atenção, seu olhar sensível e seu posicionamento diante desse impasse. Como governadora de um estado rico em cultura e tradição, e como chefe do Executivo que reconheceu esta missa como patrimônio estadual, sua palavra é fundamental para proteger a integridade histórica da Missa do Vaqueiro de Serrita.

Solicitamos que o Governo do Estado:

– Reconheça publicamente a data tradicional da Missa do Vaqueiro como o quarto domingo de julho;
– Atue como mediador entre as partes envolvidas para garantir que as decisões futuras respeitem a escuta popular, a tradição e o legado cultural da celebração;
– Apoie institucionalmente a preservação da missa enquanto símbolo da fé e da identidade do povo sertanejo, tal como sempre foi vivida e mantida pelo povo.

Governadora, o sertão clama por respeito à sua história. A cultura popular não pode ser moldada por conveniências políticas momentâneas. A Missa do Vaqueiro é de todos — e é com todos que deve ser cuidada.

Atenciosamente,
Fátima Canejo
Serrita – PE, abril de 2025