Embora o saneamento básico tenha uma série de externalidades, a universalização prevista para 2033 não vai chegar. E a razão é simples: falta vontade política e dinheiro. É o que a Revista Mais Nordeste vai mostrar na edição de maio. Abaixo, um pequeno pedaço do problema.
“Enquanto não houver vontade política e flexibilização das regras de empréstimos dos bancos públicos, o setor de saneamento continuará com enormes dificuldades para atender a população e chegar à universalização. Vou só citar um exemplo: estamos com dificuldades de expandir a cobertura do saneamento sanitário e de melhorias operacionais em 18 cidades cearenses, por falta de recursos que não são liberados lentidão dos bancos públicos. Só no BNB estão retidos R$ 334 milhões. Estamos negociando há dois anos e, só agora, acabamos aceitando as condições draconianas do Banco. Exigem 30 anos de garantia e um garantidor financeiro para mitigar riscos. Só que que qualquer banco privado diz que as cláusulas estabelecidas pelo BNB são rigorosas em excesso”, disse Neuri Freitas, presidente da Cagece e da Aesbe, durante o III Fórum Internacional Universalizar, realizado em Fortaleza.
Mas o problema não para só no BNB. Há mais dinheiro retido em dois financiadores públicos, a Caixa – R$ 500 milhões e o BNDES – R$ 790,8 milhões -, totalizando R$ 1,544 bilhão, o que compromete obras já em andamento e a universalização prevista para 2033, que não será alcançada.
O BNB informou que as condições de liberação de recursos são de conhecimento prévio dos clientes e que continua à disposição da Carece para análise de alternativas para o problema. A Caixa disse que não se manifesta sobre operações de crédito, devido ao sigilo bancário. O BNDES não se pronunciou. (Parte das informações foram publicadas no jornal Diário do Nordeste)
A Mais Nordeste de maio trará cobertura do III Fórum Internacional Universalizar, realizado em Fortaleza, nos dias 10 e 11 de abril, onde foram discutidos os caminhos para se chegar a tão difícil universalização e os entraves para se conseguir dinheiro dos bancos públicos a taxas de juros mais baixas.
A governadora Raquel Lyra (PSD) foi duramente criticada por não ter acompanhado a agenda do presidente Lula (PT), ontem, em Pernambuco. Enquanto cumpria compromissos no Sertão, Raquel fez questão de reforçar a parceria que tem com a Presidência da República e destacar as obras federais que estão espalhadas pelo Estado, obras, aliás, que tem se apoderado sem antes citar que a origem dos recursos é do Governo Lula. Confira o vídeo na íntegra!
“O correr da vida embrulha tudo… e o que ela quer da gente é coragem”. Lula sempre teve – coragem e cuidado com Pernambuco, mesmo quando o comando do Palácio não era aliado. Trouxe água, estrada, obra. Não mediu cor de bandeira, mediu a sede do povo.
Ao não receber o presidente, Raquel Lyra (PSD) mostrou ingratidão a quem tanto fez por nosso chão. Gratidão não se guarda no bolso; se planta na alma e se mostra no gesto.
No Sertão, a ingratidão é como água que escapa por entre os dedos na seca. Quem se ausenta na hora que o chão racha e o vento queima a alma, não conhece a força da lealdade. Pernambuco aprendeu que promessa sem gesto é poeira; quem só aparece na bonança não planta raiz, não deixa sombra nem fruto.
Raquel, que não cresce nem junta, sai menor. Menor diante do povo, menor diante da história de Pernambuco, menor diante de quem sempre estendeu a mão ao nosso estado. Na política, como na vida, não basta aparecer: é preciso ter coragem de agir, firmeza de gesto e compromisso com quem confia em você. Quem evita o encontro, quem se afasta na hora certa, só diminui a própria sombra.
João Campos entendeu: na vida e na política, é preciso separar o joio do trigo. Quem é de verdade não deixa o amigo sozinho na lida e na seca. Lula é gigante e, hoje, quem lidera com folga as pesquisas no Brasil e em Pernambuco é Lula. Aqui, Lula é João e João é Lula.
A justificativa apresentada pela governadora Raquel Lyra (PSD) para não acompanhar o presidente Lula (PT) em agendas no Recife e em Goiana, ontem,,já entrou para o anedotário político. A explicação oficial – de que estava em Petrolina, a mais de 700 quilômetros, conduzindo o Ouvir para Mudar, um seminário de consulta popular – soou frágil e sobrou para a vice-governadora Priscila Krause (PSD), incumbida de representar o Estado nos eventos.
O argumento de incompatibilidade de agendas foi recebido como piada pronta. Afinal, o Ouvir para Mudar é organizado pelo próprio Governo de Pernambuco. Se a governadora, autoridade máxima do Executivo estadual, não pode alterar a data de um evento criado e comandado por sua gestão, quem poderia? Mais curioso ainda é o fato de o programa ocorrer em várias cidades, com calendário flexível, o que permitiria a Raquel escolher onde e quando participar.
Eleita em 2022 com o discurso de “neutralidade” na política nacional — que convenceu apenas os mais distraídos —, a governadora, apelidada nos bastidores de “Raquel Mandacaru”, por não oferecer sombra nem abrigo a ninguém, parece ter deixado cair a máscara.
O distanciamento das agendas de Lula coincide com a percepção de que o presidente poderá apoiar João Campos (PSB) na disputa pelo Governo do Estado em 2026, caso o prefeito confirme a candidatura. Some-se a isso o fato de que, se o PSD lançar candidato à Presidência, será difícil manter o mantra da neutralidade.
Diante deste cenário, Raquel provavelmente avaliou que o risco de ser vaiada em Brasília Teimosa, tradicional reduto da esquerda, não valeria a pena. Também pesou o temor de ver João Campos ofuscá-la, como já ocorreu em maio, durante agenda presidencial em Salgueiro.
O problema é que a ausência não é um gesto neutro. A recepção a um presidente da República carrega ritos e simbolismos políticos que se comunicam tanto pelo que se faz quanto pelo que se deixa de fazer. Ao trocar uma entrega emblemática — a da nova fábrica da Hemobrás — por um evento interno do governo, Raquel foi, no mínimo, pouco descortês.
Até mesmo governadores opositores de Lula, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG), têm marcado presença em agendas do presidente em seus estados. No Recife, durante o discurso em Brasília Teimosa, João Campos evocou o exemplo do pai, Eduardo Campos, que, enquanto governador, recebeu Lula em todas as oito visitas que o presidente fez a Pernambuco.
E reforçou: “Onde o senhor estiver, no meu Estado e na minha cidade, estarei ao seu lado defendendo o seu nome e dizendo que sou um soldado do senhor.” Na voz da governadora, a frase pareceria invertida: se Lula estiver no leste, ela seguirá para o oeste; se o presidente visitar o litoral, Raquel fará as malas rumo ao Sertão.
NEUTRALIDADE – Até os aliados da governadora Raquel Lyra (PSD) desconfiam que a sua ausência da agenda do presidente Lula, ontem, foi uma sinalização da sua nova estratégia: aos poucos, distanciar-se do presidente e do PT, sepultando a ideia de abrir um segundo palanque em Pernambuco em apoio à reeleição do petista. Pelo visto, Raquel vai repetir 2022: adotar o muro, não se alinhando nem a Lula nem ao candidato bolsonarista. Deu certo no segundo turno da eleição passada, mas em política a história não se repete.
O federal de Rodrigo – De passagem ontem para o Sertão encontrei o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSD), no restaurante Tio Armênio, numa conversa descontraída com o ex-senador Douglas Cintra (PSB). Numa rápida conversa, confirmou que o seu candidato a deputado federal será Fernando Monteiro, que disputa a reeleição pelo Republicanos. “Fernando tem sido muito atencioso e correto com Caruaru. Ganhou a minha confiança e o meu apoio incondicional”, disse, adiantando que o parlamentar já começou a injetar emendas para o município.
Bolsonaristas preservados – Aliado de primeira hora do governo Lula, Danilo Cabral foi exonerado por defender interesses do Estado, como a ferrovia Transnordestina. O estranho é que, num governo de esquerda, os diretores bolsonaristas da autarquia continuam intocáveis em seus cargos. A nomeação de Francisco Ferreira Alexandre, indicação pelo senador Humberto Costa para o lugar de Danilo, deve sair no Diário Oficial nos próximos dias.
Coisa ruim – O presidente Lula deu várias estocadas em Bolsonaro no discurso de ontem em Goiana. Disse que seu antecessor virou “aquela coisa ruim” porque não tomou vacinas. Lula criticou também o tarifaço imposto por Donald Trump (Partido Republicano), negou perseguição a Bolsonaro e aproveitou para cobrar que o ex-presidente seja responsabilizado pelas mortes durante a pandemia. “Ô, gente, ele deveria ser julgado em um tribunal internacional pela quantidade de mortes da covid aqui que ele tem responsabilidade”, afirmou.
Gol contra do trapalhão Odorico – Existem políticos ignorantes por natureza. Nunca ouviram falar de liturgia do poder. Outros, analfabetos funcionais. Júnior Matuto, que virou deputado por uma fatalidade, personifica os dois. Não sabe que o nível rasteiro adotado da tribuna da Alepe, a la Odorico Paraguassu, é tudo que Raquel Lyra quer para se vitimizar, e tudo que a oposição não contava para se fragilizar. Nunca vi nada tão débil e imbecil. Precisa urgentemente de um divã.
CURTAS
Faltou alguém soprar – Diante do clima de tensão e apreensão no Vale do São Francisco pelos efeitos do tarifaço de Trump, o presidente Lula poderia ter feito uma escala técnica em Petrolina, antes de aterrisar no Recife, para discutir alternativas com os produtores de manga, que correm o risco de perder toda a produção desta safra. Teria feito um gol de placa.
Incansável – Temendo o pior com a crise instalada no São Francisco por causa do tarifaço, o prefeito de Petrolina, Simão Durando (UB), tem sido incansável na luta em favor dos produtores de manga: praticamente se transferiu para Brasília para encontrar uma luz no final do túnel a quem gera riquezas na região.
DUPLO – Na incursão ao Pajeú para noites de autógrafos do meu livro Os Leões do Norte, na próxima semana, a terça-feira, 19, será de duplo lançamento: às 17h30 em Itapetim e às 19h30 em Brejinho, cidades irmãs, separadas por apenas 15 km.
Perguntar não ofende: Júnior Matuto virou o Tiririca da Alepe?
O pastor Silas Malafaia, um dos maiores líderes religiosos do Brasil, está sendo investigado pela Polícia Federal.
Malafaia foi incluído no mesmo inquérito que envolve Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo.
Esse inquérito, aberto em maio, apura ações contra autoridades, contra o Supremo Tribunal Federal, contra agentes públicos e a busca por sanções internacionais contra o Brasil. Essas ações, segundo o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, buscam atrapalhar o andamento do processo no qual Jair Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado. As informações são do g1.
Os crimes investigados são: coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Silas Malafaia foi o organizador do ato de apoio a Jair Bolsonaro no dia 3 de agosto — evento em que Bolsonaro apareceu em um vídeo transmitido por redes sociais de terceiros e que resultou na prisão domiciliar dele no dia 4 de agosto.
Nesta quinta-feira (14), em um vídeo publicado nas redes sociais, Malafaia voltou a afirmar que o ministro Alexandre de Moraes deveria sofrer impeachment, ser julgado e preso.
O que diz o pastor Em áudio enviado à reportagem, o pastor Silas Malafaia disse que desconhece estar sendo investigado e que não recebeu qualquer notificação da Polícia Federal.
“Isso que você está falando pra mim é uma novidade incrível (…) Por acaso eu tenho algum acesso à autoridade americana? Ou isso é mais uma prova inequívoca de que o Estado democrático brasileiro está sendo jogado na lata do lixo, comandado pelo ditador da toga Alexandre de Moraes, que promove perseguição a qualquer um que fale? Que democracia é essa, gente?”, afirmou.
O ministro Cristiano Zanin avalia marcar o julgamento do núcleo 1 do inquérito do plano golpista na primeira quinzena de setembro.
A ideia é que as sessões ocorram nas manhãs e tardes de terça-feira, com possibilidade de sessões extras.
O núcleo 1 inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-ministros como Walter Braga Netto, Anderson Torres e Augusto Heleno. As informações são da CNN Brasil.
O cálculo feito na Suprema Corte é de que um julgamento no início de setembro permitiria que, mesmo diante de um possível pedido de vista, a análise do caso pudesse ser encerrada ainda neste ano.
O prazo máximo para devolução de um pedido de vista é de 90 dias. Hoje, na Primeira Turma, o único voto que pode apresentar divergência é o do ministro Luiz Fux.
O ministro Alexandre de Moraes pediu nesta quinta-feira (14) ao ministro Cristiano Zanin para marcar o julgamento presencial dos réus do núcleo 1 da ação que apura um plano de golpe em 2022.
O pedido ocorre um dia após os oito réus desse grupo terem apresentado as alegações finais sobre as acusações da PGR (Procuradoria-Geral da República).
Moraes agora prepara o relatório e o voto do caso para julgamento. Por ser o presidente, Zanin é o responsável de marcar a data do julgamento.
Os exportadores de soja dos Estados Unidos correm o risco de perder bilhões de dólares em vendas para a China este ano, à medida que as negociações comerciais se arrastam e os compradores do principal importador de oleaginosas fecham cargas do Brasil para embarque durante a principal temporada de comercialização dos Estados Unidos, de acordo com traders.
Importadores chineses terminaram de reservar as cargas de soja para setembro, levando cerca de 8 milhões de toneladas, todas da América do Sul, disseram três traders à Reuters.
Para outubro, compradores chineses garantiram cerca de 4 milhões de toneladas — metade de sua necessidade esperada — também da América do Sul, disseram os traders. As informações são do Infomoney.
“As fortes compras de soja da China no terceiro trimestre sugerem que o setor acumulou estoques antes dos possíveis riscos de fornecimento no quarto trimestre”, disse Wang Wenshen, analista da Sublime China Information.
No ano passado, os importadores chineses de sementes oleaginosas compraram cerca de 7 milhões de toneladas dos EUA para embarques durante os dois meses.
O risco de uma ausência prolongada de compras chinesas para o ano-safra dos EUA a partir de setembro, em meio a tensões comerciais não resolvidas, poderia aumentar a pressão sobre os futuros de Chicago, negociados próximos das mínimas de cinco anos, disseram os traders.
Normalmente, a maioria das compras chinesas de soja dos EUA é enviada entre setembro e janeiro, antes que os suprimentos brasileiros assumam o controle após a colheita da América do Sul.
A expectativa é de que os compradores chineses concluam as reservas de outubro deste ano até o início do próximo mês, disse um trader de uma empresa internacional em Cingapura.
A China vem reduzindo sua dependência dos produtos agrícolas dos EUA desde a guerra comercial durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump.
No ano passado, a China importou cerca de 105 milhões de toneladas de soja. Desse total, 22,13 milhões de toneladas vieram dos EUA, no valor de US$12 bilhões.
TENSÕES COMERCIAIS PREJUDICAM AS PERSPECTIVAS
No domingo, Trump pediu à China que quadruplicasse suas compras de soja antes do prazo final da trégua tarifária, uma meta que analistas disseram ser inviável, pois exigiria que a China comprasse quase exclusivamente dos EUA. No dia seguinte, os dois lados estenderam a trégua tarifária por 90 dias.
No entanto, três traders disseram à Reuters que a prorrogação, por si só, não deve estimular as compras, já que a tarifa de Pequim sobre as importações de soja dos EUA permanece em 23% — tornando-as não competitivas.
A China poderia voltar a comprar soja dos EUA se chegasse a um acordo para reduzir as tarifas.
“Um cenário possível é que, se ambos os lados chegarem a um acordo em novembro, a China poderá voltar a comprar soja dos EUA, potencialmente estendendo a janela de exportação dos EUA e pressionando as vendas de novas safras do Brasil”, disse Johnny Xiang, fundador da AgRadar Consulting, sediada em Pequim.
Excluindo as tarifas, a soja dos EUA para embarque em outubro está cerca de US$40 por tonelada mais barata do que as cargas brasileiras que estão sendo compradas pela China, segundo dois traders.
A China tem soja em abundância depois de intensificar as importações, com as compras atingindo níveis recordes nos últimos meses.
Foi criado em Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, o Pontão de Cultura Cabras de Lampião, com atuação voltada ao desenvolvimento, acompanhamento, capacitação, mapeamento e articulação de atividades culturais junto a Pontos de Cultura, entidades, grupos e coletivos de base comunitária de todo o Sertão pernambucano, nos termos da Política Nacional de Cultura Viva. Selecionado no Chamamento Público 007/2024 (Edital PNAB de Fomento aos Pontões de Cultura de Pernambuco), o projeto integra a rede da Política Nacional de Cultura Viva e conta com incentivo da PNAB Pernambuco, Ministério da Cultura e Governo Federal.
O pontão tem como público-alvo direto Pontos de Cultura já certificados e organizações com perfil de Ponto ainda não certificadas, além de grupos e coletivos que possam ser reconhecidos como Pontos, Pontinhos ou Pontões de Cultura. Também alcança povos e comunidades de culturas populares e tradicionais (matrizes africanas e povos originários), mestres e agentes de Cultura Viva — os “Agentes Cangaceiros da Cultura” —, além de estudantes da rede pública, primeira infância, populações rurais e de baixa renda, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e pessoas LGBTQIAPN+. A programação prevê busca ativa de agentes culturais nas microrregiões do Sertão (Pajeú, Central, Araripe, São Francisco, Moxotó e Itaparica), oficinas presenciais de formalização, cursos de elaboração de projetos, workshops de captação de recursos, certificação de Pontos de Cultura, seminários com mestres e instituições de ensino, rodas de conversa, o Fórum Sertão Cultura Viva e encontros virtuais da Rede Sertão.
A execução ficará a cargo da Fundação Cultural Cabras de Lampião, criada em 1995 em Serra Talhada. A entidade, sem fins lucrativos, atua em múltiplos aspectos da cultura sertaneja, com trabalho em historiografia do cangaço, xaxado e musicalidade; tornou-se Ponto de Cultura Artes do Cangaço em 2008, é filiada à SBEC e à ARTEPE, e detém utilidade pública municipal e estadual. A fundação é responsável pelo Museu do Cangaço de Serra Talhada, pelo Sítio Passagem das Pedras (local de nascimento de Lampião) e pela coordenação do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião.
O Projeto de Lei 3162/2025, de autoria do deputado estadual Coronel Alberto Feitosa, foi publicado hoje no Diário Oficial e inicia tramitação nas comissões da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) antes de seguir ao Plenário. A iniciativa coloca o Estado no debate sobre medidas de proteção à infância ao propor regras específicas para coibir a erotização de crianças.
O texto proíbe a produção, exibição, divulgação, disponibilização, promoção ou patrocínio de conteúdos que contenham erotização infantil, incentivem a adultização de crianças ou estimulem conotação sexual envolvendo menores de idade. Também veda a realização, o patrocínio ou o apoio a festas, eventos, apresentações artísticas, desfiles, concursos e atividades que promovam estímulo sexual envolvendo menores.
Em caso de descumprimento, o PL estabelece multa de até 10 salários mínimos, cassação de alvará e licença de funcionamento e comunicação ao Ministério Público para apuração de eventuais crimes previstos no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. “Temos que combater qualquer tipo de ação que incentive essa prática. Estou certo que os parlamentares dessa Casa Legislativa irão aprovar este Projeto de Lei”, afirmou Feitosa.
O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), denunciou a suposta existência de uma milícia digital formada por funcionários da Casa Civil do estado. O pronunciamento aconteceu durante sessão plenária na quarta-feira (13), na sede da Alepe, no bairro da Boa Vista, área Central do Recife.
De acordo com o parlamentar, a milícia digital seria formada por representantes do governo de Pernambuco e estaria atacando também o Tribunal de Contas e o Tribunal de Justiça do estado. As informações são do g1.
“Isso é uma milícia digital que vem atacando esse poder, atacando vários deputados, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça e onde está todo mundo vendo que isso está vindo de funcionários lotados dentro da Casa Civil. Então, essa milícia digital está vindo da Casa Civil. E em nome dessa casa [da Alepe], eu exijo respeito”, disse.
Ainda segundo o presidente da Alepe, a milícia digital teria atacado cerca de 18 deputados, utilizando dinheiro público.
“O que está se apurando, o que já tem apurado, de que estão usando dinheiro público para atacar essa casa, para atacar os deputados dessa casa. São em torno de 18 deputados que vêm sendo atacados, mas a Justiça vai tomar conta. (…) Essa milícia digital, esses canalhas que estão fazendo isso, vão ter a resposta porque não sabem com quem mexeram”, falou o deputado.
Procurada pelo g1, a Casa Civil informou que a veiculação de publicidade institucional do governo de Pernambuco “segue critérios técnicos baseados em alcance e finalidades de públicos”. A instituição disse, ainda, que tem “o objetivo de garantir que as informações de interesse da população cheguem de forma ampla e eficiente”.
“A Secretaria de Comunicação não fomenta qualquer tipo de ataque pessoal, disseminação de informações falsas ou uso indevido de recursos públicos para fins que não sejam estritamente institucionais. O canal em questão servia tão somente para a divulgação de ações do Governo, sem ofensas ou mesmo menções a grupos políticos”, diz um trecho da nota.
Durante discurso no bairro de Brasília Teimosa, Zona Sul do Recife, nesta quinta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu falas de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, que afirmou que o Brasil era um ‘péssimo parceiro comercial’.
“É mentira quando o presidente norte-americano diz que o Brasil é um mau parceiro comercial. O Brasil é bom, só não vai andar de joelhos”, disse Lula no discurso.
Enquanto Lula cumpria agenda no Recife, Trump voltou a afirmar que o Brasil tem sido “horrível” nas relações comerciais com os americanos e acusou o país de aplicar tarifas “tremendas” sobre os EUA, o que Lula categorizou como mentira. As informações são do Diario de Pernambuco.
“Ele [Trump] resolveu contar algumas mentiras sobre o Brasil. E nós estamos desmentindo. Ele disse que tinha prejuízo no comércio com o Brasil. Ele só tem lucro. Só tem lucro. Se você pegar as empresas de dados, as plataformas que trabalham aqui no Brasil, a gente paga para eles 23 bilhões de reais (…) Eles estão ameaçando todo dia. E eu quero dizer para as pessoas mais pobres desse país: a gente continua com vontade de negociar”, disse o presidente brasileiro.
Além de criticar as relações comerciais, Trump reforçou seu posicionamento contrário à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que ele é “um homem honesto”. O republicano repetiu que o Brasil lida de “péssima maneira com a política quando eles prendem um ex-presidente”.
Sobre isso, Lula rebateu: “Ele disse que no Brasil não tem democracia e não tem direitos humanos, porque o Bolsonaro está sendo julgado. O Bolsonaro não está sendo julgado por bondade”.
“Ele está sendo julgado porque tentou dar um golpe de estado dia 8 de janeiro e um plano para matar o Lula, o Alckmin e o presidente da Suprema Corte. Ele colocou um caminhão com bomba no aeroporto de Brasília, ele atacou a Polícia Federal. No dia que eu fui diplomado e ele disse que no Brasil não tem democracia, portanto a democracia está julgando”, finalizou Lula.
O ministro Alexnadre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu que o ministro Cristiano Zanin paute o julgamento da ação penal da trama golpista, que tem como um dos réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A solicitação foi feita nesta quinta-feira, um dia após as alegações finais dos acusados de participarem de uma tentativa de golpe de Estado terem sido entregues à Corte.
“Considerando o regular encerramento da instrução processual, o cumprimento de todas as diligências complementares deferidas, bem como a apresentação de alegações finais pela Procuradoria-Geral da República e por todos os réus, solicito ao Excelentíssimo Presidente da Primeira Turma, Ministro Cristiano Zanin, dias para julgamento presencial da presenta ação penal”, escreveu Moraes em um despacho. As informações são do jornal O Globo.
O julgamento da ação penal que pode levar à condenação de Bolsonaro e outras sete pessoas por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 deve ocorrer em setembro, segundo cálculos de integrantes do Supremo.
Por se tratar de um caso complexo e com múltiplos réus, é esperado que a análise ocorra em mais de uma sessão. Não se descarta a hipótese de que o julgamento ocupe todo o mês de setembro.
Uma vez marcado e iniciado, o julgamento tem um rito próprio. Primeiro, o relator faz a leitura do relatório, que passa a ser elaborado com a conclusão da etapa de alegações finais. Depois, caso existam, testemunhas são chamadas a depor.
Acusação, defesa e votos Em julho, ao apresentar as alegações finais sobre o “núcleo crucial” da trama golpista, que inclui Bolsonaro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação de todos os acusados por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
A exceção é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que suspensão do processo em relação aos crimes supostamente cometidos após a diplomação.
Entre os principais pontos, a PGR acusou Bolsonaro de ser o principal articulador e o maior beneficiário dos atos realizados contra o Estado Democrático de Direito. Segundo o parecer, o ex-mandatário “agiu de forma sistemática, ao longo de seu mandato e após sua derrota nas urnas, para incitar a insurreição e a desestabilização” da democracia.
Ao presentar suas alegações finais, de modo geral, todos os réus negam os crimes e pedem a absolvição de todas as acusações. A defesa do tenente-coronel Mauro Cid solicitou que ele seja inocentado e pediu que, em caso de condenação, a pena não passe de dois anos. Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro insistiram na falta de provas que pudessem colocar o ex-presidente no centro da trama golpista.
Na sequência, a acusação, feita pela Procuradoria, e as defesas dos réus terão prazo de uma hora para apresentar seus argumentos. Após essa fase, o relator apresenta o seu voto e, posteriormente, o debate ocorre entre os demais ministros do colegiado.
Pela composição da Turma, os votos seguem a seguinte sequência: Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que vota por último por ser o presidente do colegiado.
Para que haja absolvição ou condenação é preciso que haja maioria de votos, o que, no caso da Turma, significa três posicionamentos no mesmo sentido. Nos dois casos é possível a apresentação de recursos, dentro do próprio STF.
O Banco do Nordeste (BNB) alcançou, no primeiro semestre de 2025, o melhor desempenho em seus 73 anos de história. De janeiro a junho, o BNB contratou R$ 34,8 bilhões, um crescimento de 19,2% em relação ao mesmo período de 2024; desembolsou R$ 29,1 bilhões (+7,7%) e obteve lucro líquido de R$ 1,38 bilhão (+35,6%).
Destaca-se também o Resultado Operacional de R$ 2,2 bilhões, com alta de 17,8% em relação ao primeiro semestre de 2024, além do crescimento de 18,3% no programa de microcrédito urbano, Crediamigo, que encerrou o período com R$ 6,5 bilhões contratados.
Os dados foram apresentados em live realizada pela instituição nesta quinta-feira, 14 de agosto. Os resultados refletem, principalmente, o crescimento da carteira de crédito administrada e o aumento das receitas com prestação de serviços.
“O crescimento recorde de todos os indicadores mostra que estamos cumprindo a missão dada pelo presidente Lula de ampliar e democratizar o acesso ao crédito. A expansão dos negócios, aliada ao resultado financeiro, é fruto da maior eficiência operacional da instituição, que busca constantemente atender melhor seus clientes e contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população”, afirma o presidente do BNB, Paulo Câmara.
A carteira de crédito administrada pelo Banco manteve-se em patamar elevado, totalizando R$ 165,7 bilhões — um crescimento expressivo de 15,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
“O Banco do Nordeste tem fortalecido sua estrutura e seus processos, trazendo mais dinamismo à jornada dos clientes, ao oferecer produtos e serviços que os atendam de forma mais completa. Nesse contexto, o BNB tem buscado diversificar suas fontes de financiamento, por meio de parcerias com instituições multilaterais e financeiras voltadas ao desenvolvimento e à inovação, como BNDES e Finep, além da emissão de instrumentos de dívida no mercado de capitais. O objetivo é ampliar os recursos para investimentos sustentáveis, com potencial de gerar impactos sociais e ambientais positivos no longo prazo”, explica o diretor financeiro e de crédito, Wanger Rocha.
O BNB segue como parceiro estratégico das Micro e Pequenas Empresas (MPE), com 21 mil novas contratações no primeiro semestre de 2025, totalizando R$ 2,9 bilhões em operações de crédito para esse segmento. Por meio de seu programa de microcrédito rural, Agroamigo, o Banco contratou R$ 4,4 bilhões em mais de 330 mil novas operações de crédito. Um desempenho que reforça a posição do Banco do Nordeste como a instituição preferida dos micro e pequenos empreendedores em sua área de atuação.
A inadimplência acima de 90 dias da carteira própria do BNB foi de 3,6% ao final do semestre, representando uma elevação de 1,0 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024.
A rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Médio ficou em 20,4% ao ano, crescimento de 1,5 ponto percentual frente ao primeiro semestre de 2024 — reflexo do aumento do Resultado Líquido, mesmo diante da elevação do Patrimônio Líquido, impulsionado pela subscrição de novas ações realizada em setembro de 2024.