Prefeito de Taquaritinga do Norte inicia governo apagando incêndios

Mesmo antes de tomar posse oficialmente, o novo Prefeito de Taquaritinga do Norte, Gena Lins (PP) já começou a encarar de frente um grande problema que vem afligindo a Capital do Café: incêndios que estão destruindo várias propriedades rurais do municipio.

Na manhã desta quarta-feira (1), o gestor esteve com um grupo de voluntários apagando o fogo que se alastrava no sítio Cumbe, próximo à cidade, e que ameaçava várias residências. Gena também acionou o Corpo de Bombeiros e iniciou seu governo apagando um incêndio.

“É preciso um esforço coletivo para evitar esses incêndios que estão causando muitos prejuízos em nosso municipio. Não vamos medir esforços para evitar e também para combater os focos que surgirem. É muito importante a participação de toda população nesta batalha contra o fogo”, declarou Gena Lins.

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Por Rudolfo Lago – Correio da Manhã

É uma intenção clara e que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não esconde: ele está tentando uma solução negociada para o projeto de anistia aos presos de 8 de janeiro de 2023. E, na busca dessa solução negociada, Motta vem conversando com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao participar, na noite de quarta-feira (23), do programa ‘Direto de Brasília’, do jornalista Magno Martins, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), criticou duramente essas conversas de Motta com o STF. A reação foi consequência de uma pergunta pedida por Magno a este Correio Político. “Acho estranho jornalista achar normal o STF estar conversando com o Congresso”, reagiu Sóstenes.

“O STF não é Legislativo”, continuou. “Não é republicano o STF falar com o Congresso sobre um projeto de lei”. Bem, quando a Constituição, em seu artigo 2o, estabelece que os poderes são “independentes e harmônicos” pressupõe que eles conversem.

No caso, há conexões. A proposta de anistia visa rever decisões que foram tomadas pelo Judiciário. E há alguma discussão quanto à constitucionalidade do projeto. As conversas, assim, seriam para evitar os desgastes de um atrito maior entre os poderes da República.

De qualquer modo, o que disse Sóstenes no programa comandado por Magno Martins mostra que não virá do PL qualquer disposição de alternativa à anistia. Que ela seja “ampla, geral e irrestrita”, como já declarou o ex-presidente Jair Bolsonaro tomando emprestado o slogan da anistia de 1979. “Para o Parlamento, só nos resta como alternativa votar a anistia”, declarou Sóstenes. “Se o STF concluir que errou e reduzir as penas dos condenados, isso fará muito bem ao STF”. Para Sóstenes, o Supremo teria enquadrado os manifestantes do 8 de janeiro em crimes cuja imputação seria “absurda”, como o de associação criminosa.

Para Sóstenes, não caberia enquadrar em associação criminosa. “Pegar uma senhora e dizer que era parte de uma quadrilha?”, questionou. Também critica o enquadramento contra o Estado de Direito. “Alguém ser condenado por um crime que não aconteceu?”, critica.

Na verdade, a Lei 14.197, sancionada em 2021 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro enquadra como crime “tentar” abolir o Estado Democrático de Direito ou “tentar” depor o governo legitimamente constituído. As tentativas de golpe, assim, não precisam ser consumadas.

De qualquer modo, não tendo o apoio do PL, as alternativas à anistia vão sendo construídas. O deputado Fausto Pinatto (PP-SP) apresentou um projeto que estabelece gradações para reduzir penas, mas deixando de fora os comandantes e financiadores.

Um aspecto importante é o fato de Pinatto ser do PP, ou seja, de um partido do Centrão. O projeto alternativo pode ser, então, um indicativo de que os acordos de Motta, enquanto adia votar o projeto de anistia, começam a surtir efeito justamente sobre o grupo político.

Dulino Sistema de ensino

Por Flávio Chaves*

Naquele dia, ninguém percebeu – mas algo grave aconteceu.

Não caiu um avião, não desabou um prédio, não houve terremoto. O que houve foi mais sutil, mais insidioso, mais devastador: a cidade se esqueceu de amar.

Não houve sirenes. Nenhuma ambulância cortou as avenidas, nenhum jornalista interrompeu a programação para anunciar o colapso.

Mas havia uma ausência no ar – como se o vento tivesse perdido a memória das carícias.

Os camelôs gritavam suas ofertas com uma raiva cansada. Os ônibus passavam com rostos colados aos vidros, cada um com sua solidão plastificada.

Na fila do banco, ninguém cedia o lugar. Nos corredores dos hospitais, ninguém consolava ninguém.

Os cafés estavam cheios de gente – e completamente vazios de conversa.

As crianças nas escolas aprendiam a tabuada, mas não mais a ternura.

Os professores estavam exaustos demais para ensinar gentileza.

Os velhos nas janelas não acenavam. E os cachorros latiam para o nada.

Os casais discutiam no sinal vermelho.

Os jovens deslizavam os dedos nas telas, buscando companhia sem saber que procuravam amor.

E os pássaros, como se intuíssem o luto, voavam mais baixo, mais lentos, como se procurassem abrigo num chão sem alma.

Em algum bairro esquecido, uma senhora de nome Maria lavava a calçada com os olhos vermelhos.

Dizia, para ninguém, que o mundo estava mais duro que os joelhos dela.

Tinha um pé de jasmim que insistia em florir mesmo sem cuidado.

Talvez o amor seja isso – a última flor que resiste entre os escombros da pressa.

Os jornais daquele dia noticiaram o dólar, a eleição, a alta da carne, a violência nas madrugadas.

Mas ninguém registrou que o amor havia faltado ao expediente.

E no fim da tarde, enquanto a cidade se enchia de luzes artificiais, um menino chamado Théo, sozinho no escuro do seu quarto, escreveu num papel amassado:

“Se alguém ainda souber amar, por favor, me ensine.”

Colou o bilhete no portão de casa, como quem tenta salvar um planeta com uma prece feita de giz de cera.

Porque talvez – talvez – nem tudo esteja perdido.

Talvez ainda haja quem se lembre.

Talvez o amor, mesmo ferido, saiba o caminho de volta.

*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras

Petrolina - O melhor São João do Brasil

A Sala do Empreendedor de Serra Talhada foi reconhecida com o Selo Diamante Nacional do Sebrae de Referência em Atendimento, a mais alta classificação concedida a instituições que se destacam no suporte aos pequenos negócios no Brasil. O selo avalia critérios como prontidão e qualidade do atendimento, ambiente físico, presença digital e articulação com o poder público municipal para o fomento ao empreendedorismo.

Esse reconhecimento é resultado do trabalho integrado entre a gestão municipal, o Sebrae e demais parceiros locais que atuam no fortalecimento da economia de Serra Talhada. A Sala do Empreendedor tem sido um ponto estratégico para quem busca abrir ou formalizar um negócio, receber orientações técnicas e acessar linhas de crédito e capacitações.

A prefeita Márcia Conrado comemorou a conquista destacando o papel do empreendedorismo no desenvolvimento local. “Nosso compromisso é cuidar das pessoas e isso também significa criar oportunidades para que elas possam empreender e crescer. O Selo Diamante do Sebrae mostra que Serra Talhada está no caminho certo, incentivando os pequenos negócios e promovendo uma economia mais forte e inclusiva”, afirmou.

Ipojuca - IPTU 2025 - Vencimento 30 Abril

Enquanto o prédio do antigo Colégio Americano Batista, adquirido com alarde e urgência pelo Governo Raquel Lyra (PSD)por R$ 80 milhões no início de 2023, segue fechado e sem qualquer destinação, o Diário Oficial de ontem trouxe um contrato de locação que escancara o desperdício de recursos públicos e a ineficiência administrativa da gestão estadual. O Estado vai pagar R$ 60 mil por mês para alugar a estrutura do Centro Universitário Fafire, no bairro da Boa Vista, para realizar o curso de formação dos aprovados no concurso da Polícia Civil.

A justificativa oficial é a falta de espaço próprio. O mesmo governo que declarou utilidade pública e comprou à vista um terreno de três hectares prometendo transformá-lo em um centro educacional de referência agora recorre à iniciativa privada para abrigar temporariamente a formação dos novos policiais civis. O contrato com Fafire, que deve durar os 7 meses da preparação dos novos policiais (maio a novembro) custará aos cofres públicos pelo menos R$ 420 mil, enquanto o prédio do Americano Batista, localizado a menos de 500 metros de distância, se deteriora a cada dia, sem projeto, sem cronograma e sem qualquer explicação razoável à população.

A situação só evidencia a falta de estratégia e prioridades do Governo do Estado, que segue acumulando gastos desnecessários, promessas vazias e retrocessos na política de educação e segurança pública.  A gestão Raquel Lyra tem se especializado em anúncios sem execução e prioridades distorcidas. E quem paga a conta, como sempre, é o contribuinte pernambucano.

Caruaru - São João na Roça

A conhecida “Terra da Vaquejada”, Surubim, no Agreste pernambucano, vai ganhar holofotes também no forrobodó dos festejos juninos deste ano, com programação que começa a partir de 9 de junho na Villa do Forró e em 20 de junho no Parque J. Galdino. Com o objetivo de projetar o São João do município a nível nacional, o prefeito Cleber Chaparral (UB), que tem 86,7% de aprovação em sua gestão, montou uma programação com nomes de peso.

Com pouco mais de 100 dias de gestão, Chaparral já deu uma nova roupagem no município em todas as áreas, inclusive agora na cultural. Divulgada na noite de ontem, a agenda tem de Wesley Safadão a Maiara e Maraísa, passando ainda pela essência do forró com nomes como Santana e a banda Mastruz com leite no polo descentralizado. Gratuita, a festa tem a produção da DuPorto em parceria com as equipes do São João de Limoeiro, também no Agreste, e o de Petrolina, no Sertão do Estado.

Com exceção dos dias 24, 25 e 26 de junho – ocasião em que não haverá programação no Parque – a festa também vai contar com artistas ‘da terra’ e a expectativa é de que pelo menos 250 mil pessoas visitem a cidade no período, impactando dessa forma tanto na economia quanto no setor de turismo da cidade.

Camarotes

A festa no Parque J. Galdino e no polo descentralizado Vila do Forró, Centro do município, é gratuita. Mas há também opção do espaço “Surubim Lounge – Old Parr”, com estrutura de camarotes para quem optar por mais comodidade. Os ingressos para o ambiente começam a ser vendidos neste domingo (27).

Confira a programação do Parque J. Galdino

Sexta-feira, 20 de junho

Henrique e Juliano, Luan Santana, Ávine Vinny e Olavo Sanfoneiro

Sábado, 21 de junho

Wesley Safadão, Léo Foguete, Grelo e Fabinho Moral

Domingo, 22 de junho

Maiara e Maraisa, Alok, Priscila Senna e Mastigados do Forró

Segunda-feira, 23 de junho

Ana Castela, Gustavo Mioto, Nadson o Ferinha e Marcílio Arruda

Sexta-feira, 27 de junho

Zé Vaqueiro, Natanzinho Lima, Calcinha Preta, Eric Land e Geiza Santos

Sábado, 28 de junho

Pablo, Raphaela Santos, Mari Fernandez, Waldonys e Pegadas de Pantera

Camaragibe - Cidade trabalho 100 dias

Um dos grandes nomes da música popular brasileira, Odair José é o convidado do Sextou de hoje. Com uma trajetória marcada pela autenticidade e pela abordagem direta de temas do cotidiano, o cantor e compositor ganhou notoriedade nos anos 70 e 80, levando para o rádio e para os palcos histórias de amor, conflitos sociais e dilemas da vida real. Entre seus grandes sucessos estão faixas como “Vou tirar você desse lugar”, “Cadê você” e “Pare de tomar a pílula” — esta última, censurada durante a ditadura.

Natural de Morrinhos (GO), Odair José vendeu mais de 80 milhões de discos ao longo de mais de cinco décadas de carreira. Lançou mais de 40 álbuns, incluindo produções em espanhol, e se tornou uma das figuras mais populares e controversas da música brasileira. Chamado de “o cantor da pílula” e apelidado por críticos de “Bob Dylan da Central do Brasil”, construiu um repertório que mistura romantismo, crítica social e narrativas urbanas, sempre com melodias simples e letras acessíveis que dialogam com a realidade do povo.

O Sextou vai ao ar hoje, das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Se você deseja ouvir o Sextou pela internet, clique no link do Frente a Frente no alto da página deste blog ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

O ex-presidente Fernando Collor de Mello está preso em uma sala especial da Polícia Federal em Alagoas, segundo informações da PF. A sala fica distante da carceragem da polícia. Collor foi detido, na madrugada de hoje, no aeroporto de Maceió. E, segundo o blog da Camila Bonfim, não apresentou resistência à prisão.

“Está bem, tranquilo”, disse uma fonte. “Não ofereceu resistência na hora da prisão”, completou. Ainda segundo fontes, Collor afirmou que estava indo para Brasília se entregar, mas a PF achou prudente realizar a prisão logo, já que não houve manifestação oficial junto à PF ou ao STF.

A Polícia Federal tinha conhecimento da compra de uma passagem para São Paulo na data desta sexta, comprada antes da decisão de Moraes. Depois, os policiais, tomaram conhecimento da compra de passagem para Brasília. Essa comprada após a decisão do ministro do STF.

Toritama - FJT 2025

O líder da oposição na Câmara de João Alfredo, vereador Erivaldo de Evandro, trocou de lado e agora passa a integrar a base aliada do prefeito Zé Martins (PSB). Erivaldo é filho do ex-vice-prefeito Evandro e está no seu 4º mandato de vereador, sendo eleito na última eleição com 967 votos.

Zé Martins agradeceu o apoio e comentou sobre a adesão. “Erivaldo é um dos melhores quadros da Câmara Municipal. Contar com o seu apoio e do seu pai é algo que muito nos engrandece. Vamos trabalhar juntos pelo desenvolvimento e o progresso de João Alfredo e o bem-estar dos joãoalfredenses”, afirmou. O grupo do prefeito Zé Martins agora passa a contar com 10 dos 11 vereadores do Poder Legislativo.

Palmares - Pavimentação Zona Rural

O prefeito de Triunfo, Luciano Bonfim, participou, na última quarta-feira, do lançamento do ‘Condomínio Vale do Triunfo’. O evento, realizado no Restaurante Mercearia, apresentou ao público o projeto que representa um novo conceito de moradia e turismo no Sertão. Um empreendimento que une sofisticação, sustentabilidade e integração com a natureza, colocando Triunfo em destaque como um dos destinos mais promissores para se viver e investir. Confira!

A deputada federal Maria Arraes (SD) tem ganhado destaque nas redes sociais. Nos últimos dias, a parlamentar conquistou mais de 40 mil novos seguidores no Instagram. Entre os vídeos que têm viralizado, estão aqueles em que faz críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A deputada mais jovem de Pernambuco sai na frente e já se prepara para disputar com força a reeleição em 2026, tendo as redes como principais aliadas.

O ex-presidente Fernando Collor continuará preso na superintendência da Polícia Federal (PF) em Maceió, capital de Alagoas, até que o Supremo Tribunal Federal (STF) defina o local para o cumprimento da pena, segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

Collor foi preso no aeroporto, em Maceió, na madrugada de hoje. Ele tinha como destino Brasília, no Distrito Federal, onde se entregaria às autoridades.

No aeroporto, segundo apurou a reportagem, Collor foi preso de maneira discreta e sem alarde. Collor foi condenado com trânsito em julgado, ou seja, a decisão é definitiva e irrevogável. Não cabe mais recurso.

A detenção do ex-presidente aconteceu por volta das 4h da manhã, horas após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes rejeitar os recursos do ex-presidente contra a condenação a 8 anos e 10 meses de prisão em um desdobramento da Lava Jato.

A decisão individual de Moraes determinou que a pena fosse cumprida imediatamente. Na decisão de ontem, Moraes afirmou que os recursos apresentados pela defesa de Collor tinham caráter “meramente protelatório”.

A pedido de Moraes, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, marcou uma sessão em plenário virtual para esta sexta-feira (25), das 11h às 23h59, para que os ministros analisem a decisão individual. Enquanto isso, a ordem de prisão segue em vigor.

Por Manoel Guimarães – especial para o Blog

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), garantiu que manterá a pressão para que o projeto de lei da anistia seja colocado na pauta do Legislativo. Em entrevista para o podcast Direto de Brasília, o parlamentar defendeu a saída do ministro da Previdência, Carlos Lupi, após escândalo de desvios no INSS por indicados dele, e colocou que a recusa do líder do União Brasil, deputado Pedro Lucas, em ser ministro destruiu o governo Lula. “A barca está afundando. O governo acabou”, disparou.

Essa semana foi marcada pelo escândalo que terminou na queda do presidente do INSS, após investigação sobre desvios de quase R$ 7 bilhões. Mas o ministro Lupi, que o indicou, segue no cargo. Como o senhor avalia essa situação?

Antes o PT e a esquerda roubavam milhões. Agora, não se contentaram e roubam bilhões. Segundo a Polícia Federal, foram R$ 7,3 bilhões. Este é o atual desgoverno da esquerda que aí está. E pior, estes bilhões são roubados de aposentados e pensionistas. Isso é grave. E a esquerda tem corruptos de estimação. A gente não quer saber, se tiver tido roubos de outros governos, inclusive nosso, seja lá quem tiver roubado, e roubou de aposentados, tem que ir para trás das grades.

E o ministro Carlos Lupi, que indicou todo esse pessoal do INSS? Não teria que sair também?

No governo Bolsonaro, tivemos uma suspeita de roubo no Ministério da Educação. A primeira coisa que falei para o presidente foi que, para o bem do governo, deveria afastar o ministro e investigar tudo. Se ele não tiver culpa no cartório, volta depois. O que não dá é para manter ministro no cargo com essas suspeitas. Precisamos entender que o Brasil não pode continuar achando que corrupção é coisa comum, apesar de terem eleito o ‘descondenado’ que aí está.

Já caiu um ministro por corrupção também…

Caiu um por ser taradão, por assédio sexual, outro por corrupção, e agora vem o ministro do bilhão. Até quando ele vai ficar? São essas coisas que não adianta, o Brasil está vendo. Este desgoverno acabou.

Como tem avaliado as posições do presidente da Câmara, Hugo Motta, sobre o projeto de lei da anistia?

Fomos os primeiros aliados na sua eleição. Somos o maior partido da Câmara dos Deputados. Política se faz com palavra, e com o presidente Hugo Motta tivemos um compromisso, que era que nossas pautas andassem. Não exigimos pauta nenhuma até a instalação das comissões. Mas ele já atendeu ao governo em algumas pautas, atendeu o Poder Judiciário. Como primeiro aliado, a pergunta que reitero: quando o PL terá sua única demanda atendida? Ainda confio no presidente, mas ou ele pauta o projeto ou nós entenderemos que ele está nos desprestigiando e rompendo acordos prévios.

E qual seria a postura do PL no caso de rompimento desses acordos?

Temos todos os instrumentos regimentais para que possamos seguir nosso caminho, entre eles a obstrução. Mas temos três comissões com orçamento de quase R$ 6 bilhões. Há um acordo entre líderes e a presidência, envolvendo as emendas de comissão, que 70% ficam sob comando do presidente para atender outros partidos, e 30% ficam para o partido dividir emendas com seus parlamentares. Se ele descumpre, posso pegar esse orçamento e atender a quem assinou regime de urgência, por exemplo. Não quero fazer isso. Mas se o presidente está pressionado pelo lado de lá, então daqui a gente faz pressão também.

Mas por que o presidente Hugo Motta não pauta esse projeto da anistia?

Acho q tem medo de retaliação. Porque quando você não é aliado do STF, ele retalia. Talvez seja a boa intenção do presidente, mas ele tem um medo grande de chantagem. Porque alguns ministros são chantagistas. Alexandre de Moraes mesmo é um ministro que julga com ódio, não com a justiça, e às vezes exagera nas decisões. Tem perseguido politicamente por questões pessoais. A verdade é que precisamos falar e corrigir no Brasil.

Nessa semana, o líder do União Brasil na Câmara foi anunciado como novo ministro, mas depois desistiu. Como o senhor analisa uma situação dessas?

Não é normal, nunca vi alguém ser convidado a ministro, sendo de um partido da base, e dizer não. Isso é um alerta. A decisão do líder do União Brasil merece meu reconhecimento. Isso só tem um sinal: a barca do desgoverno está afundando. Ninguém quer subir. O governo acabou. Já está claro que em 2026 esse governo já era, não consegue passar no ano que vem. E só não tem um impeachment porque o vice é tão ruim quanto.

Qual a estratégia do PL para o Senado no ano que vem?

O presidente Bolsonaro tem se dedicado a organizar a direita. O PL deverá fazer em torno de 25 senadores. Mas temos que ter mais partidos para essa composição. No meu mapa, podemos chegar a 32 com esses aliados. E dos outros 27 senadores que não disputarão o mandato agora, 16 já são nossos. Vamos ter em torno de 50 dos 81 senadores, para eleger o presidente do Senado, fazer o enfrentamento democrático que precisamos entre os poderes.

E na Câmara?

Vamos eleger em torno de 120 deputados. Na próxima janela de troca partidária, chegaremos na casa dos 110. Vamos disputar a eleição, voltaremos com 120, pode ser mais.

Mesmo inelegível, o ex-presidente pode repercutir negativamente no resultado de 2026?

Com toda a sinceridade, entendo que se querem prender Bolsonaro pelas circunstâncias que estarão postas, a bancada iria para 150, no mínimo. E os 25 senadores iriam para 3, só no PL. Então, a história para os algozes de Bolsonaro é a velha máxima. Se correr bicho pega, se ficar bicho come.

Qual será a próxima bomba do Congresso?

Estamos articulando a coleta de assinaturas para a CPI do INSS. Vamos passar o INSS a limpo. Quem roubou de aposentado e pensionista, vai para a cadeia. Não vamos aceitar, doa a quem doer, seja quem for.