Uma mulher que gritou “sem anistia” e “Bolsonaro na Papuda” na Avenida Paulista, em São Paulo, foi hostilizada por manifestantes bolsonaristas na manhã deste domingo (6), antes do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela anistia aos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.
A confusão foi registrada pelo Metrópoles (veja vídeo abaixo). Nas imagens é possível ver que a mulher está na calçada, próximo ao local onde está o caminhão de som que deve receber Bolsonaro a partir das 14h, e começa a gritar em direção aos manifestantes bolsonaristas. Um deles, um homem que veste camisa amarela, reage, dando início a uma discussão tensa.
O rapaz manda a mulher ir embora. “Tá maluca! Mete o pé”, diz ele. Ela segue gritando “sem anistia”, e o apoiador de Bolsonaro se aproxima dela, xingando. “Tá achando que está falando com quem? Vai tomar no cu, caralho.” Quando o homem se retira, outras pessoas portando bandeiras do Brasil e usando chapéus e camisetas da seleção cercam a mulher e gritam: “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”.
Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) ocupam a Avenida Paulista, na região central de São Paulo, desde a manhã deste domingo (6) para a manifestação convocada pelo ex-presidente em defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas.
Mais de 500 pessoas já foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação nos atos antidemocráticos. As penas variam de três a 17 anos de prisão. Os crimes pelos quais foram condenados são: tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público.
Os bolsonaristas consideram que o Supremo, na figura do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, está perseguindo os apoiadores do ex-presidente e que as penas impostas são exageradas. Por isso, articulam a aprovação de um projeto de lei no Congresso para anistiar todos os envolvidos nos atos de 8/1.
A anistia virou pauta única da manifestação deste domingo, ao contrário do que ocorreu em Copacabana, no Rio de Janeiro, há três semanas. E o batom, usado por Michelle Bolsonaro (PL) em um vídeo de convocação para a Paulista, virou o símbolo do ato de São Paulo.
O símbolo faz alusão ao caso da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos, que usou um batom para escrever a frase “Perdeu, mané” na escultura “A Justiça”, em frente ao STF, durante os atos de 8 de Janeiro. Ela ficou dois anos presa e agora está em prisão domiciliar, no interior paulista.
Neste domingo, vários manifestantes levaram batom para a Avenida Paulista, dizendo que essa é a “arma” usada pelos bolsonaristas e pela qual Débora pode pegar 14 anos de prisão — os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já votaram pela condenação por essa pena, mas o julgamento dela foi suspenso após pedido de vista do ministro Luiz Fux.
Os manifestantes que se aglomeravam na Paulista desde cedo pediam a volta de Jair Bolsonaro à Presidência da República e cantavam uma música que virou símbolo das manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2025: “Vamos pra rua pra derrubar o PT”.
São Paulo maior que o Rio
Embora não faça estimativa de público, o pastor Silas Malafaia, principal organizador da manifestação, aposta que o ato da Paulista será muito maior do que o de Copacabana, há três semanas.
Entre os motivos, ele aponta o fato de a capital paulista ter uma população muito maior do que a do Rio, a Avenida Paulista ser o grande palco de manifestações políticas do país, e o horário da manifestação, prevista para começar às 14h — no Rio, o ato foi de manhã por causa do jogo da final do Campeonato Carioca. “Tinha final de Fla-Flu e a gente não pôde fazer à tarde. Tivemos que fazer de manhã, o que é um pouco mais difícil aqui no Rio”, afirmou o pastor.
Para o professor da Universidade de São Paulo (USP) Pablo Ortellado, que faz o monitoramento das manifestações por meio do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), o ato de Copacabana teve problemas de organização que podem ter atrapalhado o engajamento. Segundo o monitoramento dele, o ato na capital fluminense reuniu 18,3 mil pessoas. O Instituto Datafolha estimou o público em 30 mil, enquanto a Secretaria da Segurança Pública do Rio divulgou 400 mil presentes.
“Supondo que o problema de convocação foi o que fez com que aquele número fosse baixo, eu acho que pode ser que a gente tenha uma mobilização bem significativa aqui na Avenida Paulista, alguma coisa aí entre 40 e 60 mil, que é o patamar de mobilização que os bolsonaristas têm conseguido”, prevê o professor da USP.
A comunidade de Izacolândia, na zona rural de Petrolina, recebeu hoje a 14ª edição do Bora Petrolina, programa itinerante da prefeitura que reúne serviços públicos em um só lugar. Realizada na Escola Professora Lúcia Moreira de Lima Souza, a ação atendeu moradores ao longo da manhã com serviços nas áreas de saúde, assistência social, cidadania e orientação jurídica.
Segundo a gestão municipal, foram ofertados cerca de 175 serviços e realizados aproximadamente 13 mil atendimentos, incluindo exames, consultas médicas, atendimento odontológico, aferição de pressão e glicemia, além do exame de ecocardiograma. Na área social, houve atualização e inclusão no Cadastro Único, emissão da ID Jovem, CIPTEA Municipal e cartão de prioridade para pessoas com fibromialgia. Também foram disponibilizadas orientações jurídicas e ações de cidadania. O prefeito Simão Durando acompanhou a ação ao lado do deputado federal Fernando Filho e de vereadores da base aliada.
Durante o evento, Durando anunciou a reforma do mercado público de Izacolândia, um dos principais pontos comerciais da região. “O mercado de Izacolândia é um ponto tradicional da comunidade e merece ser revitalizado com toda a estrutura necessária. Isso é mais do que uma obra, é respeito com o trabalhador e com quem movimenta a economia local”, disse o prefeito. A obra ainda não tem data de início divulgada.
A gestão do prefeito de Surubim, Cléber Chaparral (União Brasil), completa 100 dias na próxima quinta-feira (10). Na ocasião, o prefeito deve apresentar um relatório com obras e iniciativas realizadas desde o início do mandato.
Segundo a prefeitura, o balanço inclui ações como mutirões de limpeza, eventos públicos, intervenções no trânsito, aquisição de equipamentos e a recuperação da frota escolar. A oposição, no entanto, já sinaliza que deve questionar parte das informações divulgadas.
A expectativa é de que o tema gere debate entre vereadores da base e da oposição no mesmo dia.
O cantor e compositor paraibano Antônio Barros morreu hoje aos 95 anos. Ao lado de Cecéu, companheira dele na vida e na música, a dupla compôs vários sucessos que ganharam o mundo nas vozes de Elba Ramalho, Fagner, Luiz Gonzaga, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, entre outros artistas. Foram mais de 700 músicas, entre as principais estão “Homem com H”, “Bate Coração” e “Procurando Tu”.
O artista sofria de Parkinson, doença degenerativa que, entre os sintomas, traz a dificuldade de engolir. Isso gerou uma bronco-aspiração, o que motivou uma longa internação do paraibano desde o começo do ano. O velório do cantor e compositor acontece a partir das 13h, no Parque das Acácias. O enterro será às 17h.
Nascido em 1930 em Queimadas, Antônio Barros começou a compor na década de 1950. Após se mudar para Campina Grande, 20 anos depois, ele conheceu Mary Maciel Ribeiro, a Cecéu.
Antônio Barros estudou no Grupo Escolar José Tavares. A escola foi fundada em 1937, sendo o primeiro colégio de Queimadas, município com pouco mais de 43 mil habitantes.
“Em 1930 não conhecia nada, não sabia que o mundo era redondo. Fui para Campina Grande, ficamos lá até minha vivência de adulto, fui para Recife, e a partir daí começou minha vida profissional”, disse o compositor em uma entrevista concedida ao g1 em 2020, quando completou 90 anos.
Na mesma escola estudaram alguns primos. O pai de um deles, chamado Adauto, foi quem ensinou Antônio Barros a tocar violão e, depois, o pandeiro. Ao ir para o Rio de Janeiro, procurou Jackson do Pandeiro, que lhe deu apoio na capital carioca.
Já conhecido, ele não deixou de visitar Campina Grande. Em uma dessas viagens, conheceu Cecéu, uma parceira para sempre.
“Estava escrito nas estrelas, porque aos meus nove anos eu estudava no colégio São Vicente de Paulo e já ia cantando música de Antônio Barros. Em 1971, quando nos conhecemos, ficamos sete meses conversando, e Antônio voltando para o Rio, passou esse tempo lá. Quando voltou, ele disse para nos unir e fazer uma dupla, porque eu já tinha alguns trabalhos feitos. Eu disse: topo”, contou Cecéu em 2020.
Ele a convidou para, juntos, se mudarem para o Rio de Janeiro e foi então que começou a parceria. Entre as canções mais famosas do casal estão clássicos como “Homem com H”, “Por Debaixo dos Panos”, “Bate Coração”, “Procurando Tu”, “Forró do Poeirão”, “Forró do Xenhenhém” e “Óia Eu Aqui de Novo”.
Quando se fala em parceria não é só sentimental. A dupla gravou um disco de música romântica como Tony e Mary, mas foi no forró que emplacou um sucesso atrás do outro, como “Homem com H”. Luiz Gonzaga, Marinês, Trio Nordestino, Os Três do Nordeste, Jorge de Altinho, Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Alcione, e tantos outros gravaram músicas da dupla.
Entre as canções mais famosas do casal estão clássicos como “Por Debaixo dos Panos”, “Bate Coração”, “Procurando Tu”, “Forró do Poeirão”, “Forró do Xenhenhém” e “Óia Eu Aqui de Novo”.
Patrimônio cultural imaterial da Paraíba
Uma lei publicada em 2021 reconheceu a obra dos casal como patrimônio cultural imaterial do Estado da Paraíba. A lei é de autoria da então deputada estadual Estela Bezerra, que justifica o reconhecimento pelo casal representar não só a musicalidade, mas também a cultura do estado. “[Antônio Barros e Cecéu] são a própria essência do povo nordestino. Suas composições atravessam as gerações como a melhor expressão da nossa gente, da nossa terra e do nosso espírito paraibano e nordestino”, destacou a deputada.
Doutor em Ciência Política pela Universidade da Califórnia (EUA), Bolívar Lamounier fez parte da comissão de estudos que elaborou o anteprojeto da Constituição de 1988. De lá para cá, o texto constitucional recebeu mais de 130 emendas, e as engrenagens institucionais, avalia o sócio-diretor da Augurium Consultoria, foram desfiguradas, resultando em um sistema político “muitíssimo pior” do que o existente nos anos de 1990.
Lamounier avalia que uma das razões para esse desmantelamento é o fato de a administração pública, em especial o Poder Judiciário, ter sido corroída pelo corporativismo. “Interesses estreitos, como no caso dos supersalários, não são chamados pelo nome – corrupção – e sim de ‘penduricalhos’, porque os próprios interessados se encarregaram de insculpi-los nas leis que eles mesmos fazem”, afirmou ele, em entrevista ao Estadão.
Questionado sobre a polarização que divide o País entre apoiadores do presidente Lula e do ex-presidente Jair Bolsonaro, o especialista diz que “o que vemos hoje é uma luta pelo poder entre dois ‘chefes’ populistas desprovidos de projeto para o País”. Em sua avaliação, o País vai atravessar uma grande crise, seja com Lula ou Bolsonaro, antes de atingir uma mudança estrutural. Confira os principais trechos da entrevista a seguir:
O Brasil sempre teve divisões políticas. O que torna a polarização atual diferente das anteriores?
Tivemos numerosas dissensões, de vários tipos. Na verdade, elas ocorreram – ininterruptamente – até sob o regime militar (1964-1985), esse caso contrapondo altos oficiais, cada um ansioso por afastar o que ocupava no momento o poder. O exemplo que logo vem à mente foi a tentativa de golpe do general Sylvio Frota contra o presidente Ernesto Geisel. Deixando de lado o período monárquico, que não caberia neste espaço, na Primeira República (1891-1930) a mais importante e mais claramente ideológica foi a guerra civil ocorrida no Rio Grande do Sul em 1893-1895, contrapondo “maragatos” e “gaviões”. Os primeiros, liderados pelo senador Gaspar da Silveira Martins, eram claramente parlamentaristas e saudosistas da monarquia. Os segundos, liderados pelo governador Júlio de Castilhos, eram fiéis seguidores da filosofia de Augusto Comte, expressão que se pode tomar como sinônima pendor ditatorial, governo altamente centralizado. Como proporção da população, pode-se considerar que foi uma guerra sangrentíssima.
Em 1930, Getúlio Vargas, na condição de governador do Rio Grande do Sul, aderiu a uma “revolução” à qual na verdade se opunha, ao perceber que seria um caminho curto para tomar o poder federal e instaurar um governo autoritário. Por certo o teria feito, não fora a reação de São Paulo – a Revolução Constitucionalista de 1932. Acrescente que a década de 1930 foi também o período em que surgiram duas organizações de caráter francamente totalitário, o comunismo de Carlos Prestes e o Integralismo de Plínio Salgado, aquele orientado pela União Soviética e este pelo fascismo italiano, ou seja, por Mussolini. Um queria eliminar o outro e ambos o governo de Getúlio Vargas, trama que só se desfez quando Getúlio instituiu formalmente a ditadura conhecida como Estado Novo (1937-1945).
Tomando todo o curso de nossa história, a dissensão mais grave foi sem dúvida a dos anos 1950, na qual se fundiram esses três elementos: 1) o virulento rancor contra o ex-ditador Getúlio, personificado pelo principal líder de oposição, o jornalista Carlos Lacerda; 2) o surgimento de um complicado amálgama geralmente designado como esquerdismo, ou como nacionalismo, ou como desenvolvimentismo, formando um amplo arco contra o qual o lacerdismo – agrupado na UDN, União Democrática Nacional – não teria chances no terreno eleitoral, o que agravava ainda mais a atmosfera de ódio então reinante; 3) a divisão de quase todo o mundo, Brasil inclusive, pela Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética.
Em vista do exposto, podemos agora saltar para a radicalização que vem lavrando no Brasil desde as eleições de 2018 e 2022. O que vemos hoje é uma luta pelo poder entre dois “chefes” populistas desprovidos de projeto para o País, colimando o poder pelo poder a fim de distribuir benesses a seus acólitos. A demonstração desta proposição é muito simples: Lula não liga a mínima para o partido que fundou, o PT. Este é que não se desgruda de Lula, porque sem a popularidade dele deixaria simplesmente de existir.
Bolsonaro, sem um mínimo de adestramento político, mantém-se na tona à mercê de ameaças golpistas. Em comum, o que eles têm é uma inegável capacidade de captar a “condutibilidade atmosférica” da sociedade para a corrupção que campeia por toda parte, mais ainda na máquina do Estado; o rancor continuamente realimentado pelas desigualdades sociais; e, não menos importante, a virulência do antagonismo que cultivaram um contra o outro ao longo das últimas duas ou três décadas.
De que forma a polarização afeta o funcionamento das instituições democráticas?
Como adiantei, o componente principal da atual polarização é o populismo, e, na América Latina, todo populismo é, por definição, hostil às instituições.
O fim da polarização se dá no momento em que as lideranças mais importantes se põem de acordo para evitar conflitos fratricidas e encaminhar a luta política para o leito institucional, que não se resume a instituições formais – Constituições –, mas implica com igual importância o respeito pelo adversário eleitoral.
Existem exemplos de países que superaram ciclos de polarização intensa sem rupturas institucionais? O Brasil pode seguir algum desses modelos?
“Polarização intensa” é a antípoda de “instituição”. Onde existe a primeira, não existe a segunda. Os exemplos que podemos invocar são melhores que “evitar rupturas”, pois consistiram em “construir instituições”: Chile e África do Sul, principalmente.
O que pode ser feito para reconstruir espaços de consenso e diálogo no país?
No curto prazo, não vejo como isso possa ser feito, dada a forte presença de quatro graves impedimentos: 1) uma elite que detém metade da riqueza do país e não demonstra o menor interesse em compartir as responsabilidades da governabilidade; 2) uma classe média demasiado exígua e despolitizada, à qual falta ânimo até para conhecer seus próprios interesses. Contanto que tenha um emprego, ela apenas se preocupa em bater o ponto e correr para casa a tempo de assistir à novela; 3) a economia estagnada, aprisionada na “armadilha do baixo crescimento”; em tal circunstância, não há como instaurar um jogo de soma variável – aquele em que todos têm chances de ganhar –, somente jogos de soma zero – aqueles em que, se um ganha, outro perde –; 4) ao contrário de outros momentos em nosso passado histórico, atualmente não temos sequer indivíduos de alto nível intelectual, lúcidos e dispostos a compor um diagnóstico realista dos problemas a superar, e das respectivas alternativas, isso tanto no terreno econômico como no político e no cultural.
Desde a redemocratização, o Brasil passou por várias mudanças institucionais. O sistema político atual é mais ou menos funcional do que nos anos 1990?
Muitíssimo pior. Por quatro razões, pelo menos: 1) as engrenagens institucionais – Constituição, leis, estrutura de partidos etc –, desmilinguiram, simplesmente; os três Poderes comportam-se ao contrário do que a Constituição prescreve – harmônicos e independentes entre si –; 2) a corrupção e o crime solaparam o pouco de ordem que tivemos a oportunidade de manter após o fim do regime militar; 3) a administração pública e em particular o Judiciário estão corroídos até a medula pelo corporativismo, interesses extremamente estreitos, contra os quais os partidos políticos, que deveriam transcendê-los, são impotentes em relação a eles; esses interesses, como no caso dos supersalários, não são chamados pelo nome – corrupção – e sim de “penduricalhos”, porque os próprios interessados se encarregaram de insculpi-los nas leis que eles mesmos fazem; 4) a própria estrutura do Estado tornou-se inviável: sem uma reforma abrangente, com privatização e abertura da economia ao exterior, dificilmente retomaremos uma trajetória sustentável de crescimento.
O presidencialismo de coalizão já foi considerado um fator de estabilidade, mas hoje recebe críticas. Esse modelo ainda é viável ou precisa de uma reforma profunda?
Num país que combina o sistema presidencial de governo com dezenas de partidos – o maior raramente consegue eleger 20% dos assentos na Câmara –, de duas, uma: tal sistema será “de coalizão”, não por mérito, mas por definição, ou será de minoria – o presidente e seus acólitos terão que comprar apoio, seja em moeda sonante ou dando em troca cargos nos ministérios e empresas estatais. E nada acontece, claro, porque não há como constituir uma força no Judiciário ou fora dele capaz de desfazer esse quadro.
O senhor acredita que o Brasil manterá o atual modelo político nos próximos anos ou há tendência de uma mudança estrutural?
Com o PIB crescendo 2% ao ano e lideranças da estirpe de Lula e Bolsonaro, nós iremos primeiro – dentro de 15 ou 20 anos – para uma grande crise; antes disso, não vejo como visualizar uma tendência consistente de mudança estrutural.
A política brasileira pode superar o atual embate entre Lula e Bolsonaro, levando a uma nova configuração das forças políticas, ou essa disputa ainda deve predominar?
Teremos eleições presidenciais em 2026. Uma hipótese seria um milagre: num “estalo de Vieira”, os dois decidem gozar suas merecidas aposentadorias, de preferência no exterior. Noutra, eles insistem no enfrentamento.
Qual reforma institucional seria mais urgente para fortalecer a democracia no Brasil?
Limito-me a citar uma passagem do mestre Maurice Duverger, escrita anos antes de Donald Trump envenenar a atmosfera política dos Estados Unidos: “o sistema presidencial de governo só funciona nos Estados Unidos; noutros países ele degenera em presidencialismo, ou seja, em ditadura”.
O que me cabe, a título de conclusão, é pois extrair a conclusão: um sistema parlamentarista – de verdade, não a contrafação francesa – e um sistema eleitoral distrital – puro ou misto, a ver.
Mossoró, localizada no estado do Rio Grande do Norte, é uma cidade que se destaca por seu custo de vida acessível, oferecendo uma excelente qualidade de vida a seus moradores, segundo o site BM&C news. Situada entre Natal e Fortaleza, Mossoró combina um ambiente acolhedor com uma infraestrutura que atende bem às necessidades de seus habitantes. Essa combinação faz da cidade uma escolha atraente para aqueles que buscam economia e qualidade.
O custo de vida em Mossoró é mais baixo em comparação com outras cidades nordestinas de tamanho similar. Isso se deve a uma série de fatores, como a disponibilidade de moradias a preços acessíveis, um sistema de transporte público eficiente e o custo reduzido de alimentos, graças à produção local. Estudos indicam que os aluguéis em Mossoró podem ser significativamente mais baixos do que em cidades maiores, tornando-a uma opção econômica para muitos.
Por que Mossoró é uma cidade econômica para se viver?
Viver em Mossoró é financeiramente vantajoso por várias razões. A cidade oferece moradias a preços acessíveis, com aluguéis que são consideravelmente mais baixos do que em capitais próximas. Além disso, o transporte público é eficiente e acessível, e a produção local de alimentos contribui para manter os preços baixos nos mercados. Esses fatores combinados fazem de Mossoró uma escolha econômica para muitos residentes.
Mossoró é rica em história e cultura, com eventos marcantes que moldaram sua identidade. A cidade foi pioneira na abolição da escravatura no Brasil, em 1883, antes mesmo da promulgação da Lei Áurea. Em 1927, Mossoró ganhou destaque ao resistir ao bando de Lampião, um episódio significativo na história do Nordeste. Hoje, a cidade celebra sua herança cultural por meio de festivais e eventos, como o famoso Mossoró Cidade Junina.
O crescimento econômico da cidade
A economia de Mossoró é diversificada, com setores como a produção de sal, petróleo e fruticultura irrigada desempenhando papéis importantes. A cidade também abriga universidades e centros de pesquisa, que contribuem para a geração de empregos e o desenvolvimento econômico. Segundo o IBGE, Mossoró está entre as cidades com maior PIB no Rio Grande do Norte, consolidando-se como um polo econômico relevante na região. Por que Mossoró é uma das cidades mais acessíveis do Brasil?
De acordo com análises recentes, Mossoró está entre as cidades brasileiras que oferecem um custo de vida baixo sem comprometer a qualidade dos serviços públicos. A cidade equilibra infraestrutura, mobilidade urbana e preços acessíveis, tornando-se um destino atrativo para quem busca uma vida confortável e econômica.
Atrações culturais e naturais em Mossoró
Mossoró oferece uma variedade de atrações culturais e naturais para seus visitantes e moradores:
Memorial da Resistência – Um espaço dedicado à história da resistência local contra Lampião.
Museu Municipal Lauro da Escóssia – Oferece um rico acervo de artefatos históricos e culturais.
Teatro Dix-Huit Rosado – Um dos principais centros culturais do Nordeste.
Mossoró Cidade Junina – Um dos maiores festivais de São João do Brasil, atraindo visitantes de todo o país.
Dunas do Rosado – Uma paisagem natural impressionante, ideal para os amantes do ecoturismo.
Viver nessa cidade é uma escolha vantajosa?
Com um custo de vida acessível, infraestrutura bem desenvolvida e oportunidades econômicas crescentes, Mossoró oferece um equilíbrio ideal entre qualidade e custo. Para famílias, trabalhadores e estudantes, a cidade é uma excelente opção para quem deseja viver bem sem gastar muito. Mossoró proporciona um ambiente acolhedor e dinâmico, perfeito para aqueles que buscam uma vida tranquila e economicamente viável.
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) iniciou, ontem, as invasões de terra do Abril Vermelho em Minas Gerais e Pernambuco. A mobilização tem como objetivo pressionar o governo Lula a acelerar a reforma agrária, avaliada como tímida pelo grupo.
Em Goiana (PE), cerca de 800 famílias invadiram a Usina Santa Teresa. Em Frei Inocêncio (MG), a ação de 400 famílias ocorreu em fazenda às margens da BR-116, segundo o movimento.
Em nota, o braço mineiro do MST deu sinais de alerta em relação à atuação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que no início da semana publicou um vídeo em que aparece com um boné com a escrita “abril verde”, em referência à mobilização do MST. A fala é parte da estratégia para se posicionar como opositor do presidente e pré-candidato à Presidência.
“Qualquer ação violenta contra as famílias pobres que lutam pela terra é de responsabilidade do governador Romeu Zema, que incita o ódio e a violência no campo com falas inflamadas e irresponsáveis, criminalizando nossas famílias”, afirmou a direção do MST-MG.
Zema também anunciou um novo modelo de policiamento rural que leva em conta o calendário agrícola e tem agentes especializados para a segurança do campo. Em outras ocasiões, Zema disse que o governo de Minas tem tolerância zero com invasores de terra.
Em nota, a PM-MG afirmou que “a segurança da área ocupada pelo MST está a cargo exclusivo do governo federal, por se tratar de ‘faixa de domínio’ do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit)”.
Em Pernambuco, a direção do movimento afirma que a ação na usina evita que o terreno seja vendido pela massa falida da empresa. O local já tem dez acampamentos e a intenção é destinar para a reforma agrária toda a área da antiga empresa.
Em abril, o MST intensifica não só invasões, mas bloqueios de rodovias, protestos, mutirões de cadastramento de famílias e outras ações — o que deve se repetir em 2025.
O mês foi escolhido porque, em 17 de abril de 1996, ocorreu o massacre de Eldorado do Carajás, no Pará, quando a Polícia Militar assassinou 19 militantes do movimento e deixou outros 69 feridos durante um protesto — até hoje, apenas dois policiais, de 155 envolvidos, acabaram condenados.
Para 2025, o lema escolhido foi “ocupar para o Brasil alimentar”. Há previsão de ações nos 26 estados e no Distrito Federal, com foco em terras propícias à produção de alimentos.
As manifestações acontecem em meio ao descontentamento do movimento com o terceiro mandato de Lula e com o andamento da reforma agrária.
Segundo o MST, quando o petista assumiu a Presidência, cerca de 65 mil famílias do movimento cadastradas pelo Incra aguardavam em acampamentos para serem assentadas.
“O andamento está muito aquém da demanda acumulada nos últimos dez anos, desde o impeachment da [ex-presidente] Dilma Rousseff, passando pelo governo Temer e pelo período de Bolsonaro”, disse José Damasceno, da direção nacional do MST.
No terceiro ano do mandato, esse passivo cresceu, segundo ele, para cerca de 100 mil. Se considerados outros grupos que atuam na causa, a projeção subiria para 140 mil.
A Prefeitura de Pesqueira, Agreste de Pernambuco, divulgou na última sexta-feira (4), que após a operação da Polícia Civil, que afastou o atual Prefeito Marcos Xukuru por 30 dias, a vice-prefeita, Cilene Martins é quem assume a gestão municipal.
Na sexta-feira, a polícia também realizou uma coletiva de imprensa no Recife para passar outros detalhes da investigação que teve início em 2022. A Polícia Civil disse que as provas colhidas ao longo da investigação comprovam a existência de uma organização criminosa voltada a fraudar licitações públicas em troca de vantagens econômicas, praticando os mais diversos crimes, entre eles, fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
“Ao longo do período que foi objeto de investigação – 1º de janeiro de 2021 a 30 de setembro de 2022 imperou um cenário de corrupção generalizado, em que 15 procedimentos licitatórios foram fraudados, gerando um dano ao patrimônio público de R$ 15.710.135,20”, disse a polícia.
Por meio de nota a prefeitura de Pesqueira disse que, “apesar da operação policial, destacamos a toda população e aos veículos de imprensa que esse afastamento se deu por ele (prefeito) ter sido secretário no ano dessa investigação. A defesa reafirma que o prefeito não tem envolvimento com os fatos apurados e que as acusações são infundadas e que nos próximos dias, as medidas legais continuarão sendo tomadas para reverter o afastamento”.
O governo do Rio de Janeiro informou, na noite de ontem, que diversas cidades do estado fluminense estão em risco muito alto (o mais alto da escala de cinco níveis) para ocorrências hidrológicas e geológicas. Diferentes partes do Rio, incluindo a região serrana, metropolitana e litoral, próximo de São Paulo, foram castigadas pelas fortes chuvas que caem desde a última sexta-feira (4).
As chuvas podem perder força ao longo de hoje, mas o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de perigo para algumas partes do Estado. O aviso é válido até o período da manhã. Os temporais poderão ter um volume entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, com ventos que podem chegar a 100 km/h.
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“Há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas”, diz o Inmet. O alerta vale para as seguintes regiões: Central Espírito-santense, Sul Espírito-santense, Zona da Mata, Sul Fluminense, Noroeste Fluminense, Vale do Paraíba Paulista, Centro Fluminense, Metropolitana do Rio de Janeiro, Sul/Sudoeste de Minas, Norte Fluminense, Vale do Rio Doce.
Conforme divulgado pelo Governo do Rio de Janeiro:
– Petrópolis e Angra dos Reis estão sob o risco máximo de ocorrências geológicas, conforme apontou a gestão estadual, por volta das 20h40, nas redes sociais, com base em informações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, o Cemaden. “Risco muito alto para deslizamentos”, indicou o governo.
– Com relação a riscos hidrológicos, que incluem transbordamento de rios e alagamentos de vias, mais munícipios estão sob o mesmo alerta máximo. São os casos da capital Angra dos Reis, Mangaratiba, Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Queimados, Belford Roxo, Duque de Caxias, Magé, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo.
Petrópolis registra mais de 300 mm de chuva
A cidade de Petrópolis registrou mais de 300 mm de chuva ontem, e a prefeitura local decretou situação de emergência por conta dos fortes temporais. A Defesa Civil do municípios atendeu 99 chamados por conta das chuvas, incluindo ocorrências de deslizamentos, quedas de árvores, rolamento de blocos, problemas em vias, queda de postes, e alagamento. Não há vítimas, segundo a administração municipal.
O prefeito Hingo Hammes (PP) disse que será necessário recursos “principalmente do Governo Federal” para o restabelecimento da cidade. O governador Claudio Castro (PL) também esteve na cidade e, em coletiva de imprensa, informou que o processo de limpeza da cidade começará após a passagem da chuva e diminuição dos riscos geológicos. “Pedimos para que a população respeite os avisos da Defesa Civil”, disse o governador.
Conforme boletim meteorológico da cidade, válido até meio-dia deste domingo (6), a previsão do tempo na cidade é de céu nublado a encoberto, com pancadas de chuvas moderada a forte, com a possibilidade de serem “muito fortes” e acompanhadas de raios e rajadas de vento. A temperatura máxima é de 19°C e temperatura mínima de 15°C
Angra dos Reis
A cidade de Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, também foi fortemente atingida pelas chuvas, cujo volume ultrapassou os 324 mm, entre sexta e sábado. Até a última atualização da administração municipal, 346 pessoas estavam desalojadas. A prefeitura decretou situação de emergência (o que dá o direito da cidade acessar recursos estaduais e federais de forma mais ágil), e registrou deslizamentos transbordamento de rios e “danos em diversas áreas da cidade”. Caminhões e retroescavadeiras foram utilizados para limpeza e desobstrução de vias e córregos.
Teresópolis
Teresópolis, também na região serrana do Rio, sofreu com os impactos das chuvas. A cidade permanece em estado de alerta e a prefeitura avisa sobre os riscos de deslizamentos, apesar de a previsão apontar diminuição das chuvas nas próximas horas. A administração municipal também orientou para que os lojistas fechassem o comércio mais cedo. Registros postados nas redes sociais mostram enxurradas e vários locais do municípios embaixo dágua.
Capital aciona sirenes
A capital também registrou vários pontos de alagamentos e acumulados de mais de 100 mm em regiões como Alto da Boa Vista (moradores de lá foram alertados para o risco de deslizamentos), Anchieta, Tijuca e no Grajaú.
No início da manhã, a Defesa Civil Municipal acionou dez sirenes do Sistema de Alerta e Alarme nas comunidades da Formiga, Andaraí e Borel, na Grande Tijuca. Às 11 horas, as sirenes voltaram a ser acionadas no Andaraí e no Borel devido ao risco de deslizamentos. A Defesa Civil atendeu chamados para quedas de árvores, alagamentos, deslizamentos e desabamentos, todos sem vítimas.
No Morro do Andaraí, uma escadaria de acesso às casas desmoronou. Em Anchieta, uma casa caiu e fez com que imóveis vizinhos também fossem interditados. Um aviso de ressaca emitido pela Marinha do Brasil está em vigor até a manhã deste domingo. Por conta disso, a ciclovia Tim Maia foi fechada preventivamente e só será reaberta após cessar a ressaca.
Duque de Caxias entra em alerta máximo
A cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, entrou em alerta máximo (nível 5) devido às chuvas que atingem a cidade e o risco de deslizamentos. A prefeitura usou as redes sociais para pedir à população que evite deslocamentos desnecessários. “A previsão indica mais pancadas de moderadas a fortes nas próximas horas. A Defesa Civil segue monitorando a situação e pode emitir novos avisos a qualquer momento”, diz o município.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realiza hoje um ato com apoiadores na av. Paulista, em São Paulo. A manifestação está marcada para 14h e vai reunir aliados como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Jr. (PSD-PR) – cotados para disputar o Planalto em 2026, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e congressistas como o senador Rogério Marinho (PL-RN) e o deputado Nikolas Ferreira (PL) também devem estar.
Ausente no ato de Copacabana, no Rio, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro está confirmada. No entanto, haverá um esquema de segurança especial. Motivo: a mulher de Bolsonaro foi submetida a um procedimento cirúrgico de redução das próteses nas mamas e segue em recuperação. Uma “bolha” ao seu redor servirá para evitar empurrões e abraços de apoiadores.
Adversário de Bolsonaro nas eleições de 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em São Paulo. O petista chegou na noite de sexta-feira (4) e passa o final de semana na capital paulista.
Ontem, ele e Janja visitaram dom Angélico, que celebrou o casamento do presidente com a socióloga em maio de 2022. Amanhã, Lula terá compromissos em Montes Claros (MG) e em Cajamar (SP).
Será o primeiro ato do ex-presidente depois de virar réu com outros sete aliados no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado.
A pauta do ato na av. Paulista não mudou: a anistia para os presos e investigados nos atos de 8 de Janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas em Brasília.
Os Bolsonaros e Nikolas Ferreira têm usado o caso de Débora Rodrigues dos Santos, a mulher que pichou com batom vermelho a estátua “A Justiça”, em frente ao prédio do STF, para defender o perdão. Michelle pediu que as mulheres levem batom ao ato.
• Em que pé está o projeto da anistia – o PL segue pressionando o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o requerimento de urgência do texto. Motta resiste. O líder do partido na Casa, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou em 3 de abril que mudou sua estratégia e coletará as assinaturas individualmente para incluir a urgência automaticamente em votação. Ele precisa de 257 deputados –afirmou ter 165.
Assista ao vídeo de Michelle chamando para o ato:
A manifestação deste domingo é organizada e financiada pelo pastor evangélico e aliado de Bolsonaro de longa data, Silas Malafaia. Ele contratou dois trios elétricos, cada um com capacidade aproximada para comportar 100 pessoas. Bolsonaro, Michelle e os principais nomes do PL devem ficar em um deles – que será considerado o principal.
Além de Bolsonaro e Michelle, Tarcísio, Nikolas, Marinho e a deputada Carol de Toni (PL-SC) devem discursar. Os trios ficarão estacionados no cruzamento da av. Paulista com a rua Peixoto Gomide, próximo ao Masp. Malafaia também contratou câmeras e drones para transmitir o ato e fazer imagens aéreas.
Expectativa de público
Aliados de Bolsonaro falaram em levar 500 mil pessoas à av. Paulista. Trata-se de uma expectativa otimista. No Rio, foram cerca de 26.000 apoiadores. O Poder360 apurou que as provocações do deputado Guilherme Boulos (Psol-SP) impulsionaram a mobilização.
O deputado comandou uma manifestação da esquerda em 30 de março, uma semana atrás. Cerca de 5.500 pessoas participaram. Em nota, o deputado declarou ter visto 25.000 manifestantes, sem explicar qual foi a metodologia usada na contagem.
Relembre outros atos de Bolsonaro
A manifestação deste domingo (6) é a quinta que Bolsonaro participa e convoca desde que deixou a Presidência da República. A última foi realizada em 16 de março de 2025, em Copacabana no Rio. Relembre abaixo os atos de Bolsonaro desde 2023:
• 16 de março de 2025 – reuniu 26.000 em Copacabana, no Rio;
• 7 de setembro de 2024 – reuniu 58.000 na av. Paulista, em SP;
• 25 de fevereiro de 2024 – reuniu de 300 mil a 350 mil na av. Paulista, em SP;
• 21 de abril de 2024 – reuniu de 40.000 a 45.000 em Copacabana, no Rio.
O Papa Francisco fez sua primeira aparição pública desde que teve alta hospitalar, há duas semanas, ao cumprimentar uma multidão de fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano, hoje, em uma ação não anunciada previamente.
À frente do altar principal, Francisco acenou aos presentes, admirados com a saudação surpresa do líder católico. “Um feliz domingo para todos”, disse, enquanto recebia oxigênio por meio de um pequeno tubo sob o nariz. “Muito obrigado.”
Diante de milhares de câmeras e celulares, o pontífice de 88 anos abençoou os fiéis e cumprimentou, um a um, pessoas posicionadas atrás do altar. Sua voz estava frágil, mas mais alta do que quando saiu do hospital Gemelli, em Roma, no final de março.
Desde o último dia 23, quando fez uma breve aparição antes de deixar o centro de saúde, o papa estava fora da vista pública após passar mais de cinco semanas tratando uma pneumonia nos dois pulmões — a crise de saúde mais grave de seus 12 anos de papado.
Embora o Vaticano tenha informado melhorias nos últimos dias, Francisco deve seguir um período de convalescença de dois meses sem atividade pública e sem contato com os fiéis, para limitar o risco de recaída. Durante sua hospitalização, os médicos informaram que a vida do papa correu perigo em duas ocasiões.
“O Brasil é dos brasileiros e está dando a volta por cima”! Aí está a primeira ideia-força da comunicação do Governo Lula sob o comando do Ministro Sidônio Palmeira. Bingo. Na mosca. Necessário. Oportuno dizer. O anúncio mais eficiente é o que aproveita melhor a oportunidade.
Durante mais de 500 anos, e até há pouco, o Brasil não era dos brasileiros. Chegamos ao fundo do poço sob Bolsonaro, colônia desmoralizada, um delinquente megalomaníaco batendo continência servil para a bandeira norte-americana e o comando da economia descaradamente a serviço dos fundos financeiros abutres transnacionais. As intenções e lucratividades bilionárias pessoais, quem é do ramo sabe.
Iniciamos abril com o mundo em polvorosa diante das ameaças de Trump. O Brasil, não. O governo Lula apenas afirmou sereno e seguro, “aqui, não, Trump”, seu tarifaço não nos interessa, é ruim pro mercado, pro consumidor, para as relações adequadas que precisam ser construídas na economia mundial. Até os 10% de tarifa contra os produtos brasileiros são desnecessários, bobagem.
“Não vamos estressar, vamos negociar e fazer do nosso jeito”. Que bom ter um Presidente como Lula, um Vice-Presidente e Ministro da Indústria e Comércio como Geraldo Alckmin e um Ministro da Fazenda do Estado Brasileiro como Fernando Haddad.
O Brasil é dos brasileiros. Hoje me sinto assim. Resolvemos tudo e chegamos a Passárgada? Longe disso. Como dizia o Mestre Ariano Suassuna, sou um realista esperançoso. Tomaria a liberdade apenas de acrescentar à frase uma palavra: O Brasil é a vitória dos brasileiros. Quando na história o Congresso Nacional votou por unanimidade e autorizou o Governo do Brasil a retaliar contra uma medida violenta e abusiva do invasor colonial, imperialista?
Penso que “O Brasil é dos brasileiros” pode ter aquele poder do “estalo de Vieira” e acordar o nosso sentido adormecido de Nação, do pertencimento de todos; desde quando, mais do que uma retórica banal, ufanista, seja percebido como exercício efetivo da potência que somos.
Isso não é uma responsabilidade exclusiva do Governo, nem do Ministro da Comunicação, mas da sociedade como um todo. É angustiante, por exemplo, como grande parte dos grandes capitalistas brasileiros ainda pensam e agem como se estivessem nos anos 1930 do século passado; os ideologistas de quase todos os matizes do mesmo jeito.
Paralelamente ao chamamento para o que somos e o que temos nas mãos (“O Brasil é dos brasileiros”) a comunicação afirma que “estamos dando a volta por cima”. É verdade. Lula encontrou a máquina praticamente destruída e quase todas as políticas públicas organizadas nos últimos 30 anos, desde o primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso até Dilma Roussef, esfaceladas pela droga financeirista a serviço do fascismo, da brutalidade, da destruição nacional pensada e operada pela insanidade e oportunismo de tipos como Olavo de Carvalho, Bolsonaro, Paulo Guedes, Braga Neto “et caterva”.
Em dois anos e três meses, o governo Lula reestruturou as fundações, botou a casa em pé e tem muita entrega pra fazer. Quem viver verá o que vai acontecer nos próximos 12 meses. Aposto no melhor cenário, tanto na performance da governança quanto na percepção da maioria. Os especuladores de mercado já estão botando as barbas de molho.
No caso específico do Ministro Sidônio Palmeira, ele tem uma dupla tarefa, complexa mas necessária: limpar a área do entulho bolsonarista infiltrado principalmente entre fornecedores na comunicação do governo federal e fazer valer a pauta positiva. Conhecimento e potência de tecnologia aplicada à comunicação para isso não lhe faltam.
A minha adolescência foi marcada por um canto, um canto de Sabiá, que atendia seus milhares de fãs no Brasil pelo nome de Clara Nunes. Nos anos dourados, na jusante do Rio Pajeú, meu coração explodia quando ela cantava “O mar serenou”, “Canto das três raças” e “Morena de Angola”. Clara foi uma das maiores e mais importantes estrelas da canção popular do Brasil de todos os tempos.
Iluminada, a sua obra atravessa gerações, rica em poesia, reflexões acerca da identidade de gênero, da etnia e do credo. Levantou debates sobre o preconceito étnico-racial e a intolerância religiosa, quando esses temas ainda se apresentavam timidamente no País, mesmo diante da eclosão de uma série de iniciativas com vistas à garantia das liberdades.
Liberdades individuais e coletivas principalmente do negro. Sincrética, a mineira de Caetanópolis “batia cabeça” e cantava ponto em terreiro de umbanda ou candomblé, tomava passe em centro kardecista e comungava em igreja católica, conforme li na sua biografia “Clara Nunes – Guerreira da utopia”, do jornalista e pesquisador Vagner Fernandes.
Devorei de um fôlego só. Foi lá que descobri que o famoso Pai Edu, o maior babalorixá do Brasil, que tinha um centro em Olinda, batizou a cantora nas águas do Rio Capibaribe como filha de Oxum. Clara soube da existência do Pai Edu por meio de Dione, sua amiga em Pernambuco. Dione era vizinha do sacerdote do candomblé, cujo centro, o Palácio de Iemanjá, ficava no Alto da Sé, em Olinda.
Clara foi a uma festa de santo na casa do babalorixá e saiu de lá encantada. Pai Edu jogou os búzios. Deu Oxum na cabeça da cantora. Segundo o pai de santo, Iansã estava fora de questão. Clara voltou ao Rio, mas no fim de setembro retornou ao Palácio de Iemanjá. Entregou-se ao Pai Edu para uma cerimônia dentro do Rio Capibaribe, em 1971. Consagrou-se filha de Oxum, a poderosa senhora das águas doces.
A cerimônia de sagração cercou-se de beleza que caracteriza festas assim: flores e colares, baianas de branco entrando nas águas. Clara ficou de pé sobre uma pedra (que simboliza a moradia de Xangô, seu pai). Derramou um litro de água-de-colônia no rio, atendendo à vaidade da sua protetora, que aos poucos foi tomando conta da própria cantora, vestida toda de branco e de cabelos soltos.
No final, Clara quebrou uma garrafa de champanhe, simbolizando sua força contra o mal e a garantia de sucesso. A partir daí, Clara disse que ficou protegida de todo mal e dos invejosos que não aceitavam o seu sucesso, como Beth Carvalho, com quem convivia entre tapas e beijos. Mas o Pai Edu chegou a revelar mágoas com a afilhada de Oxum.
Numa entrevista a uma revista de futilidades da época, acusou a cantora, no auge do seu sucesso, de tê-lo abandonado. “A minha mágoa com a Clara é que ela deixou o certo pelo errado. Depois que me abandonou, ela acabou. Não sou fofoqueiro como disse ela, mas uma coisa é certa: jamais voltará a ser a primeira das cantoras enquanto não voltar”, disse.
E acrescentou: “Estão na sua frente Gal Costa, Alcione, Joanna, Simone, Beth Carvalho, Elba Ramalho, Terezinha de Jesus e Bethânia”. No seu livro, Fernandes conta a frustração da artista impossibilitada de ser mãe após alguns abortos espontâneos, detalha o infrutífero flerte da cantora com a Jovem Guarda – anos antes de Clara consolidar a carreira na década de 1970 com a imagem de sambista arquitetada pelo radialista e produtor musical Adelzon Alves – e revela a tragédia que acompanharia a carreira da artista como incômoda sombra do passado.
Trata-se do crime cometido em 3 de setembro de 1957 pelo irmão da cantora, José Pereira Gonçalves, conhecido como Zé Chilau, para “defender a honra” de Clara, difamada na interiorana cidade natal de Caetanópolis (MG) – cujo nome era Cedro até a mudança em 1954 – por namorado do tipo Don Juan. A relação do escritor Vagner Fernandes com a cantora Clara Nunes (1942-1983) é de longa data.
Vem, na verdade, dos idos da infância do autor, quando ele frequentava os ensaios da sua escola de samba do coração, a Portela. “Eu fiquei hipnotizado quando vi aquela mulher linda, lá em cima, toda de branco, com aquela energia cênica incrível. Estava fascinado com a cantora que eu tanto admirava da TV”, relembra Fernandes.
O que motivou a pesquisa incansável do autor foi dar profundidade às muitas histórias de Clara Nunes que estavam dispersas. A morte da cantora, por exemplo, é cercada de polêmicas: ela morreu por conta de uma reação alérgica a um anestésico durante uma cirurgia de varizes. “Comecei de maneira despretensiosa, querendo conhecer melhor a história e sem saber o que iria render. Meu livro é o único inventário biográfico da Clara. Fiz uma pesquisa completa do personagem, a fim de traçar um panorama muito claro da cantora”, diz.
Além disso, Vagner Fernandes buscou informações que revelassem histórias da personagem para além da idolatria dos fãs da cantora. “Clara era uma mulher absolutamente generosa e crente no seu ofício. Por isso, o ‘Guerreira da Utopia’. Clara acreditava nos amigos, no amor, no seu canto como instrumento de conciliação, na sua arte como veículo de transformação social”, sintetizou.
Tank 300: a ‘arma’ da GWM na ‘guerra’ dos SUVs híbridos off-road
A chinesa GWM pôs na última sexta (4) no ‘front’ do mercado brasileiro de SUVs o seu novo ‘carro de combate’: o Tank 300 Hi4T. E com a pretensão de vencer a guerra — ou, nesse caso específico, liderar o segmento de utilitários-esportivos on ou off-road na faixa de preços de R$ 300 mil para cima. Bem, o Tank 300 Hi4T demonstra, já de cara, capacidade de estratégia: mais de 250 brasileiros fizeram pré-reserva sem ao menos vê-lo ou sequer saber seu preço. E a meta era negociar 100 unidades. Com isso, só nesse processo arrecadou R$ 1,8 milhão. Bem, para acabar com a curiosidade: quem o reservar até o dia 30 de abril (mediante pequena entrada) vai pagar R$ 333 mil. O Tank 300 é do tipo híbrido plug-in (exige uso de tomada elétrico) e tem motor 2.0 turbo com 394 cavalos de potência, com torque de 76,4 kgfm.
Mesmo com suas 2,6 toneladas, vai de 0 a 100 em 6,2 segundos. Com nove marchas, faz 14,5km por litro na estrada e 12,5 na cidade, com os dois motores em funcionamento. O motor elétrico permite uma condução urbana bastante suave e garante pelo menos 100km de autonomia, obtida na regeneração de energia na redução da velocidade e frenagens. O SUV híbrido plug-in da GWM combina um motor 2.0 turbo a gasolina com um motor elétrico dianteiro, entregando 394 cv de potência e 750 Nm de torque. Sua bateria de 37,1 kWh garante autonomia elétrica de até 75 km (pelo padrão Inmetro) ou 106 km (pelo padrão WLTP). Com tração 4×4 (modos 2H, 4H e 4L), 9 modos de condução e condução semi autônoma nível 2+, o Tank 300 estabelece um padrão diferenciado de performance e segurança no segmento.
Ele lembra alguns off-roads que já estão no mercado, mas tem algo a mais: anda no asfalto, na lama e em outros tipos de terreno com o mesmo desempenho e com o conforto de um carro de luxo. Mas além de toda força, o Tank 300 tem um diferencial: é confortável. Não existe a possibilidade dele bater em um buraco ou qualquer outro obstáculo e passageiros e motoristas sentirem “a pancada”. Tem três camadas de vidro e de borrachas no fechamento de suas estruturas, para reduzir o ruído do motor e do próprio deslocamento do carro.
Strada e Argo lideram vendas em março – A Fiat encerrou o mês passado com dois modelos entre os mais vendidos do país. A Strada permanece na liderança, com 10.254 unidades emplacadas e 5,5% de market share, e o Argo conquistou a segunda colocação, com 8.248 emplacadas e 4,5% de market share. A Fiat segue como líder absoluta do mercado brasileiro, com 21% de market share e 38.875 unidades emplacadas em março, mais de 8 mil à frente da segunda colocada. Além da Strada, a Fiat também se destacou com outra picape, a Toro, que vendeu 3.629 unidades. Com isso, a Fiat lidera entre as picapes com 39,5% do segmento. No segmento hatch, além da conquista do Argo, o Mobi também foi destaque no mês de março. O modelo registrou 4.682 emplacamentos, colocando a Fiat na liderança da categoria, com 28,7% de segment share. A marca também liderou em vans, com a Fiorino sendo o veículo comercial mais vendido do mês, com 1.732 unidades e 77,2% entre as B-Van.
O novo Mustang GT manual – A Ford revelou a primeira imagem externa do Mustang GT com transmissão manual, depois de divulgar um teaser da manopla do câmbio com a placa numerada que personaliza cada exemplar da edição limitada de 200 unidades. A nova foto, com o ícone visto de cima, indica que ele está mais próximo de chegar ao mercado. As faixas esportivas que percorrem toda a carroceria evidenciam as proporções clássicas com capô longo e traseira curta do Mustang. A transmissão manual é mais um item “raiz” para quem aprecia o prazer de dirigir e a emoção de se conectar de forma mais direta com a máquina. O novo modelo é mais uma inovação da sétima geração do Mustang, que comemorou 60 anos e continua sendo a expressão máxima do “muscle car”.
Kwid 2026: veja mudanças e preços – Ainda estamos em abril, mas a Renault já anunciou a linha 2026 do compacto Kwid. São poucas novidades. Todas as versões saem de fábrica com mais dois alto-falantes na coluna C e uma entrada USB-C no lugar da tomada de 12V. Mas o Kwid 2026 perdeu alguns itens importantes. É o caso do rádio Continental, com Bluetooth, USB e entrada auxiliar, que deixou de ser oferecido na versão de entrada Zen. Agora, há apenas preparação para som. Além disso, a variante Intense perdeu as calotas que simulavam rodas de liga leve e agora tem as mesmas peças do Zen. Quanto às versões oferecidas, o antigo Pack Intense Biton sai de cena e dá lugar à inédita variante Iconic. A configuração tem detalhes externos pintados em amarelo (incluindo pontos da grade e frisos dos retrovisores) e rodas de liga leve de 14’’ escurecidas. A versão topo de linha Outsider recebeu detalhes em amarelo e trocou os protetores laterais das portas por adesivos. O motor é o mesmo 1.0 flex de até 71 cv e torque de 10 kgfm
Veja os preços e versões
Kwid Zen: R$ 78.410
Kwid Intense: R$ 81.620
Kwid Iconic: R$ 85.0220
Kwid Outsider: R$ 85.140
Cronos ganha, enfim, atualização estética – O sedã compacto Cronos, o mais barato do país, finalmente vai ganhar sua primeira reestilização. Fabricado na Argentina há sete anos, ele terá uma forte remodelação da dianteira, segundo as primeiras imagens (ou meras silhuetas) divulgadas pela Fiat.
Os farois são Full LEDs, com uma assinatura luminosa de ponta a ponta – mas esse mimo só deve ser oferecido nas versões mais caras, obviamente. No ano passado, Cronos foi líder desse segmento com 44,4 mil emplacamentos, ou mais da metade da participação do mercado específico — e bem acima do HB20.
Audi confirma a chegada do A6 e-tron – A Audi do Brasil vai trazer o inédito Audi A6 e-tron ao país. O novo modelo 100% elétrico da marca das quatro argolas é o segundo construído na Plataforma Elétrica Premium (PPE), possui uma nova bateria que oferece uma autonomia total de 445 quilômetros, de acordo com o Inmetro, e carregamento de 10% a 80% em apenas 21 minutos. Além disso, o modelo conquistou um recorde impressionante: ele se tornou o veículo mais aerodinâmico da história da fabricante, com coeficiente de arrasto (Cd) de 0,21. O A6 e-tron é também o primeiro modelo da plataforma com um conceito de piso plano. Ele mede 4.928 milímetros de comprimento e 2.137 milímetros de largura, com uma distância entre eixos de 2.946 mm. O modelo Sportback tem 1.487 milímetros de altura. O modelo chega no início do segundo semestre.
Yamaha lança novas MT-03 e MT-07 – As novas motos da Yamaha MT-03 e MT-07 enfim desembarcam no Brasil. As “naked”, como são chamadas aquelas que não têm quase nenhuma carenagem, são do segmento de entrada de média cilindrada e custam, respectivamente, R$ 34 mil e R$ 58 mil. As versões ganham painel digital, com boa conectividade com smartphone, e embreagem mais leve (assistida e deslizante, que evita trancos ao engatar as marchas, mesmo que o piloto solte a alavanca com rapidez). A MT-03 vem para concorrer com a Honda CB 300F Twister. Ela também ganhou novos faróis, com LDRs em LED divididas em dois segmentos e acima do farol (também de LED). O painel 100% digital com tela de LCD disponibiliza informações sobre velocidade, tacômetro, indicador de marcha, marcador de combustível, temperatura e relógio. A MT-07 só desembarca em maio, para enfrentar a Honda CB 650R. O painel da nova MT-07 é de TFT de cinco polegadas, que também pode ser alterado entre os modos diurno e noturno e, como vantagem, mostra o mapa das ruas direto na tela, por meio do aplicativo Y-Connect — o que permite que o piloto se oriente olhando direto no painel.
Linha 2025 da SYM Cruisym – O scooter SYM Cruisym 150, da Dafra, chegou com algumas mudanças — como mais potência e tecnologia. Esse modelo, vale lembrar, representa 55% das vendas de scooter. O motor de 149,6cm³ com 2 válvulas evoluiu para 4 válvulas, ganhando 2cv de potência — e agora fica com 14,3 cv. O torque também foi melhorado de 1,22 kgfm para 1,38 kgf.m. O 150 agora contará com freios ABS de duplo canal, painel full digital LCD colorido. controle de tração,carregador USB e iluminação em LED etc. O preço especial de lançamento será de R$ 19.290 + frete, inferior ao preço praticado nos scooters de 160cc dos principais concorrentes.
Preço médio do diesel cai após 8 meses – A mais nova análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, mostra que o diesel comum no país teve em março valor médio de R$ 6,50, registrando baixa de 0,31% na comparação com a média do mês imediatamente anterior. É a primeira vez desde junho de 2024 que se registra uma queda no preço do combustível. Já o tipo S-10 registrou preço médio de R$ 6,56 no terceiro mês de 2025, após queda de 0,61% na mesma comparação. Para o tipo S-10, a última baixa registrada havia sido em setembro. Após sucessivos meses apresentando alta, o preço do diesel mostrou uma pequena queda.
Porém, ao olhar individualmente para cada região, é possível ver comportamentos diferentes para o preço de ambos os tipos do diesel. Os preços de diesel comum e S-10 mais altos do país em março foram registrados no Norte, onde custaram, em média, R$ 7,07, após baixa de 0,14%, e R$ 6,93, após aumento de 0,29%, respectivamente. A maior alta regional registrada para o preço médio do diesel comum foi no Centro-Oeste, onde o valor médio do combustível subiu 0,76%, sendo vendido a R$ 6,62. Em contrapartida, a maior baixa entre as regiões foi no Nordeste. Os motoristas nordestinos viram o preço médio do combustível cair 0,91%, chegando a R$ 6,53. Em relação ao diesel S-10, o maior preço médio registrado em março também foi do Acre: R$ 7,87, após uma alta de 0,77% ante fevereiro. Em Pernambuco foi identificado o menor preço médio do mês: R$ 6,37, após redução de 1,85% no valor do combustível no estado.
Os jovens e os carros elétricos – Pesquisa da consultoria Economist Impact em 15 cidades dos cinco continentes feita a pedido da Nissan comprova o que já se imaginava, que os jovens estão mais abertos aos veículos elétricos. Na verdade, essa preferência por pessoas de 18 a 30 anos vai aumentar pelo menos 50% nos próximos dez anos. O estudo inclui moradores de São Paulo e de lugares como Bangkok, Londres, Los Angeles, Melbourne, Cidade do México etc. Os jovens urbanos têm conhecimentos sobre as novas tecnologias de eletrificação e metade dos pesquisados deixa claro que elas vão influenciar em suas escolhas de mobilidade. O levantamento também mostra que um terço dos 3,7 mil participantes espera dirigir um veículo elétrico próprio — sendo que a maior demanda aparece nas cidades emergentes. “A constatação sobre a preferência das gerações mais jovens pelos veículos elétricos reforça o trabalho contínuo da Nissan em matéria de eletrificação e seu compromisso com soluções sustentáveis, para satisfazer necessidades em constante mudança”, ressaltou a montadora.
Segundo a pesquisa, 57% dos jovens que vivem em centros urbanos estão dispostos a mudar seus hábitos de transporte para reduzir sua pegada de carbono, enquanto que aqueles que vivem em cidades emergentes veem as preocupações ambientais como um tema urgente para suas escolhas de mobilidade. A Nissan estima que a porcentagem de proprietários de veículos elétricos entre os pesquisados aumente dos 23% atuais para mais de 35% na próxima década. Nas cidades emergentes, 44% dos entrevistados prevêem dirigir seu próprio elétrico nos próximos cinco anos, em comparação com os 31% das cidades desenvolvidas.
Buracos no asfalto: como reduzir riscos e prejuízos – Seis das dez piores rodovias do Brasil estão localizadas no Nordeste. Figuram no ranking os estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte com as PE-545; PE-096; PE-177; PB-400; PB-066 e RN-118. Enfim: a maior parte de suas estradas é regular, ruim ou péssima. Do total de 29.802km avaliados pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), apenas 13,3 km estão em ótimas ou boas condições contra os 16,4 mil km em qualidade mediana ou inferior. A característica também é observada nos estados da região: dos nove, somente Alagoas, Pernambuco, Piauí e Sergipe não tiveram mais de 50% de suas rodovias no grupo das três piores. Por isso, elencamos aqui os efeitos dessa calamidade de gestão nos seus veículos. Afinal, danos causados por buracos podem afetar severamente os componentes mecânicos, além de causar acidentes.
Juliano Caretta, especialista da DRiV, lembra que os buracos estão entre as principais causas de avarias e acidentes de trânsito. Mais do que um simples incômodo ao dirigir, eles podem causar danos reais aos veículos, gerar prejuízos financeiros e, ainda, comprometer a segurança dos motoristas. Por isso, é importante adotar uma condução segura e responsável ao se transitar em vias esburacadas. Juliano Caretta, supervisor de treinamento técnico da DRiV, referência global em soluções para o mercado de reposição, alerta para as causas e consequências desse problema e indica as principais atitudes para enfrentá-lo.
“Na batalha entre carros e buracos, infelizmente estes últimos levam vantagem”, comenta Juliano Caretta. Desde pneus e rodas danificadas, problemas de alinhamento, até a quebra de componentes da suspensão e de direção, incidentes do tipo podem afetar demais itens, como o sistema de escape, coxins do motor e do câmbio, além de pôr em risco a segurança ao dirigir.
Como prevenção, Juliano reforça alguns hábitos que contribuem para a redução de danos: “Manter a agenda de revisões periódicas é fundamental. Peças desgastadas ou avariadas perdem sua funcionalidade e não oferecem mais a proteção esperada em condições adversas.
Amortecedores, componentes de suspensão e direção devem estar em dia, assim como faróis e limpadores de pára-brisa, para permitir a melhor visibilidade em quaisquer condições de viagem.
Evitar rodar com excesso de peso no carro, assim como manter os pneus devidamente calibrados contribui com o funcionamento do sistema de amortecimento e reduz chances de avarias”.
Além disso, é importante redobrar a atenção ao trafegar, principalmente em situações de risco, como durante e após uma chuva intensa. Nesses casos, a visualização de um buraco fica mais difícil e se torna uma ameaça oculta. Caretta recomenda reduzir a velocidade, permitindo que, dessa forma, haja tempo hábil para se evitar um possível impacto.
Não havendo essa possibilidade, o ideal é tirar o pé do acelerador, segurar firmemente a direção e passar sobre o obstáculo em linha reta. Ao contrário do que muitos pensam, frear nesse momento pode agravar o impacto. Isso porque o peso do veículo se desloca para a dianteira, reduzindo a capacidade da suspensão de absorver o choque.
O executivo também traz dicas para identificar possíveis danos provocados após um incidente com um buraco:
Perda de estabilidade, excesso de balanço, ruídos, estalos e desvio forçado da direção: podem indicar danos aos pneus, rodas e sistemas de suspensão e direção.
Volante desalinhado: possível falha no sistema de direção.
Trepidação do volante: pode ser sinal de bolhas nos pneus ou rodas empenadas.
Ruído excessivo do motor: rachaduras e quebras no sistema de escape.
Vazamento de fluidos: furos ou quebras de mangueiras e conexões.
Embora não seja possível eliminar todos os riscos, manter a manutenção do veículo em dia e adotar uma direção defensiva são as melhores formas de minimizar danos ao encontrar um buraco na estrada.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
Milhares de manifestantes saíram neste sábado (5) às ruas de Washington e outras cidades dos Estados Unidos contra as políticas de Donald Trump, nos maiores protestos contra o presidente republicano desde seu retorno, no final de janeiro, ao poder.
Uma grande faixa que dizia “Tire suas mãos!” se estendia a poucos quarteirões da Casa Branca. Os manifestantes carregavam cartazes onde se lia “Não é meu presidente!”, “O fascismo chegou”, “Parem o mal” e “Tirem suas mãos da nossa Seguridade Social”.
Jane Ellen Saums, de 66 anos, disse que estava aterrorizada com a campanha de redução da administração federal que Trump está conduzindo junto com o bilionário Elon Musk.
“É extremamente preocupante ver o que está acontecendo com nosso governo, (…) tudo está sendo totalmente atropelado, desde o meio ambiente até os direitos pessoais”, queixou-se esta trabalhadora imobiliária.
Em um momento de crescente ressentimento mundial contra o republicano, foram realizadas manifestações contra ele em capitais como Paris, Roma e Londres.
Uma coalizão composta por dezenas de grupos de esquerda, como MoveOn e Women’s March, convocou manifestações sob o lema “Tire suas mãos” em mais de 1.000 cidades e municípios americanos.
Mais de 5.000 pessoas se reuniram no National Mall de Washington, perto da Casa Branca, ao meio-dia local. Entre os participantes havia figuras de destaque do Partido Democrata, como o legislador Jamie Raskin.
“Despertaram um gigante adormecido, e ainda não viram nada”, declarou o ativista Graylan Hagler, de 71 anos, em meio à multidão reunida. “Não vamos nos sentar, não vamos nos calar e não vamos embora.”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não escondeu nos bastidores de Brasília o entusiasmo com o sucesso do filme “Ainda estou aqui”, do diretor Walter Salles, vencedor do Oscar 2025 de melhor filme internacional. Assim que o filme ganhou o prêmio, Lula disse a aliados que a trama fez um “embate muito maior” contra a ditadura militar do que a esquerda conseguiu fazer nos últimos 30 anos.
O filme, que entra no catálogo do Globoplay amanhã, retrata o desaparecimento forçado do ex-deputado Rubens Paiva em 1971 e a dedicação de sua viúva, Eunice, para comprovar o envolvimento do Estado em sua morte, além de seus efeitos devastadores na dinâmica da família à época.
Lula tem adotado uma postura ainda mais cautelosa com as Forças Armadas depois dos ataques do 8 de janeiro. O governo petista proibiu manifestações sobre a caserna no aniversário do golpe, além de ter adiado por um ano e meio a reinstalação da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, responsável por emitir pareceres sobre indenizações a familiares e mobilizar esforços para localizar os restos mortais das vítimas do regime militar.
Como mostramos na coluna de Malu Gaspar à época, a retomada do funcionamento do colegiado contou com o apoio dos ministérios dos Direitos Humanos, o da Justiça e o da Defesa, mas empacou na Casa Civil e sofreu resistência das Forças Armadas.
Em uma conversa recente com aliados justamente sobre o 31 de março, o presidente disse que o filme ajudou na agenda do combate ao autoritarismo e “fez mais pela luta da esquerda do que as ações de governo” desde a redemocratização, o que obviamente inclui os 15 anos de governo do PT entre os mandatos do petista e de Dilma Rousseff e compreende marcos como a Comissão Nacional da Verdade.
Na avaliação do presidente, “Ainda estou aqui” ampliou a compreensão da sociedade sobre a gravidade do regime ditatorial que vigorou entre 1964 e 1985.
O Globo de Ouro de melhor atriz em um filme de drama vencido por Fernanda Torres, que interpretou a matriarca no longa, a campanha pelo Oscar em três categorias – incluindo a de melhor filme, feito inédito para o Brasil – e a primeira estatueta do cinema nacional pautaram o drama da família Paiva e os crimes dos porões da ditadura a nível internacional, além de impulsionarem a bilheteria brasileira: quase 6 milhões de pessoas foram aos cinemas ao longo dos quatro meses em que a produção ficou em cartaz.
No mundo todo, “Ainda estou aqui” arrecadou mais de US$ 35,4 milhões até agora, superando a bilheteria internacional de “Cidade de Deus”.
Desde o lançamento do filme, a certidão de óbito de Rubens foi corrigida para incluir que sua “morte violenta” foi provocada “pelo Estado brasileiro”. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também alterou outros 404 certificados de desaparecidos políticos no bojo da repercussão da obra. Os documentos passaram a registrar “morte não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro no contexto da perseguição sistemática à população brasileira como dissidente política do regime ditatorial instaurado em 1964”.
Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pautar a discussão sobre a aplicação da Lei da Anistia de 1979 aos responsáveis pelo crime de ocultação de cadáver durante a ditadura, como é o caso dos envolvidos no desaparecimento de Rubens.
Em outra frente, o governo Lula também decidiu reabrir o caso da morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961) em um acidente automobilístico em 1976 cujas circunstâncias são questionadas até hoje. O episódio será revisitado pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos.
Mas, mesmo passados 40 anos desde a redemocratização, o regime militar segue como um tema espinhoso mesmo para as administrações petistas.
Em 2024, ano que marcou os 60 anos desde o golpe militar que derrubou João Goulart, Lula orientou expressamente auxiliares do governo a evitar manifestações alusivas à efeméride, incluindo o então ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida.
No mesmo ano, em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar na RedeTV, disse estar mais preocupado com o 8 de janeiro do que com o golpe de 1964, que “já faz parte da história” e “já causou o sofrimento que causou”. A fala provocou críticas de vítimas da ditadura e familiares de perseguidos políticos.
Neste ano, para além dos bastidores, o petista tem ensaiado uma calibragem do discurso. Em 15 de março, que marcou 40 anos desde a posse de José Sarney, o primeiro presidente civil desde 1964, Lula declarou nas redes sociais que a democracia não está blindada de riscos na atualidade.
“O Brasil é hoje o país que cresce com inclusão social. Que combate a fome e as desigualdades. Que gera empregos, aumenta a renda e melhora a qualidade de vida das famílias. Que cuida de todos, com um olhar especial para quem mais precisa. Sem a democracia, nada disso seria possível. Por isso, é preciso defendê-la todos os dias daqueles que, ainda hoje, planejam a volta do autoritarismo”, declarou o presidente na mensagem replicada também pelos veículos oficiais do governo.
O presidente chegou a organizar uma sessão de “Ainda estou aqui” no Palácio do Alvorada em fevereiro deste ano e convidou os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), diante da pressão de parlamentares aliados de Jair Bolsonaro pela aprovação da anistia aos envolvidos no 8 de janeiro, pauta que recebeu acenos de Motta.
O evento também contou com a presença da primeira-dama, Janja, diversos ministros de governo, representantes do Judiciário, empresários e de dois netos de Rubens e Eunice: Chico Paiva, diretor do Departamento de Descarbonização e Finanças Verdes do Ministério da Indústria e do Desenvolvimento, e o economista Juca Paiva.