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Raquel reabre o cinema São Luiz ao lado do cineasta Kleber Mendonça

Um dos mais emblemáticos cinemas de rua do Brasil, o Cinema São Luiz, situado às margens do Rio Capibaribe, no Recife, está de volta. A governadora Raquel Lyra e a sua vice, Priscila Krause, participaram, nesta sexta-feira (25), do ensaio geral para reabertura ao público, que será realizada no dia 1º de novembro. Neste primeiro momento, foi feita uma apresentação para funcionários da Secretaria de Cultura e os colaboradores que trabalharam na recuperação do equipamento cultural, com a exibição do filme Retratos Fantasmas, do cineasta Kleber Mendonça Filho, que também esteve presente. 

“Esta sessão aqui não poderia ser de outra forma que não com quem trabalhou muito para poder transformar esse sonho de devolver ao Recife e ao povo de Pernambuco e do Brasil um lugar tão especial como este. Eu quero agradecer a todos que se empenharam para fazer a obra. Os trabalhadores que se dedicaram com muito carinho para fazer esse restauro lindo, que fica marcado no coração e na memória do povo pernambucano. Agradeço ao governo federal e ao presidente Lula, porque parte dos recursos aplicados no cinema é da Lei Paulo Gustavo, que tem sido fundamental para fazermos obras importantes, além das contrapartidas do Governo de Pernambuco. Essa reabertura renova a esperança de termos um prédio icônico e histórico podendo ser utilizado pela população”, destacou a governadora Raquel Lyra.

O cineasta Kléber Mendonça ressaltou a imponência e a tradição do São Luiz. “Poucas cidades no mundo têm uma sala como o São Luiz. E o Recife, ao longo de muitas décadas, conseguiu mantê-lo. Isso é uma tendência que se perpetua, agora, com essa restauração, que na verdade nunca tinha acontecido realmente nessa sala. E ela, com 71 anos hoje, é seguramente uma das salas mais lindas do mundo”, afirmou.

Para a reabertura do equipamento, a Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) realizaram a recuperação da coberta, orçada em R$ 106 mil, com recursos do governo estadual, e a restauração do forro decorativo, no valor de R$ 1,3 milhão, por meio de recursos da Lei Paulo Gustavo.

Após quase dois anos com as portas totalmente fechadas devido aos problemas estruturais do espaço, o monumento histórico será reaberto para toda a população com o início da programação do 15º Festival Janela Internacional de Cinema do Recife, que segue até dia 8 do próximo mês. O espetáculo inclui lançamentos nacionais e internacionais, clássicos restaurados, sessões com música ao vivo, o retorno da premiação de curtas-metragens nacionais, além de ações formativas e homenagens, entre elas, à cineasta pernambucana Kátia Mesel.

A próxima etapa da restauração do cinema serão as obras que englobam a recuperação estrutural das marquises externas, a implantação do sistema de prevenção e combate a incêndio, a requalificação dos banheiros com acessibilidade e a instalação de um elevador acessível aos quatro pavimentos superiores. O investimento será de R$ 1,9 milhão, com recursos da Lei Paulo Gustavo.

Petrolina - Testemunhal

Em celebração aos 120 anos de nascimento do mestre Capiba, um dos maiores ícones da música pernambucana, o Governo de Pernambuco destinou o uso da Casa Capiba, localizada no bairro do Espinheiro, no Recife, ao Conservatório Pernambucano de Música (CPM). Nesta sexta-feira (25), em visita ao local, a governadora Raquel Lyra, ao lado da vice-governadora Priscila Krause, anunciou o investimento de R$ 1,5 milhão para a reforma e ampliação do espaço, que será destinado para um memorial ao mestre Capiba e áreas para as atividades do CPM, que beneficiará cerca de 1,6 mil estudantes. Na visita, a governadora também anunciou que Capiba será o homenageado do Carnaval de Pernambuco 2025.

“Anunciamos que a Casa de Capiba será uma unidade do Conservatório Pernambucano de Música. O mais importante é que o legado, a cultura, a história do nosso mestre, que levou Pernambuco para além de nossas fronteiras, para o mundo, será permanente. Acreditamos em um Pernambuco forte, restaurando e resgatando a nossa história, o nosso patrimônio, para permitir que o sentimento de pernambucanidade, que nós todos temos de maneira tão forte, possa estar sempre presente. E anunciamos que a homenagem do Carnaval de 2025 será feita ao mestre Capiba com muita alegria. Dona Zezita já deu seu aval para que possamos ter a oportunidade e a honra de agradecer e de poder presentear o povo de Pernambuco, do Brasil e do mundo, com suas músicas e, claro, dançar muito frevo”, destacou a governadora Raquel Lyra.

O objetivo da iniciativa é preservar e assegurar a continuidade do legado de um dos maiores defensores da cultura pernambucana. “Esse é um momento muito especial, uma oportunidade de recuperar a casa do mestre Capiba. Vamos fazer aqui um espaço de música, que será uma unidade do conservatório, para que o legado dele permaneça vivo”, ressaltou a vice-governadora Priscila Krause. A viúva de Capiba, Dona Zezita, fez um agradecimento: “Obrigada pelas homenagens. Aqui tinha muita música, quase toda semana vinha gente aprender música com Capiba”, registrou.

O projeto de reforma e ampliação tem investimento previsto de R$ 1,5 milhão, com prazo de execução de dez meses após a assinatura do contrato. O planejamento garantirá a adaptação do espaço para as novas atividades, com adequações de acessibilidade e modernizações que respeitem sua estrutura original. A previsão é de que o edital de licitação para as obras seja lançado até o início do próximo ano para poder ser feita a assinatura.

A proposta de reforma inclui a recuperação da cobertura de madeira, requalificação dos ambientes, incluindo a climatização, recuperação das esquadrias e a preservação da pintura de fachada na cor amarela. “Haverá a ampliação da casa também, de 147 metros quadrados para 225 metros quadrados, um aumento de quase 80 metros quadrados. O projeto vai manter a fachada e toda a arquitetura original, visto que é um prédio tombado”, explicou Carlos Santos, secretário executivo de Obras da Secretaria de Educação e Esportes. 

Conheça Petrolina

Às vésperas de completar 79 anos, o presidente Lula (PT) resolveu aproveitar a manhã deste sábado (26) para pescar. A primeira-dama, Janja Silva, compartilhou o momento de desconcentração do marido no Instagram.

“Esse peixe aqui, como eu não ganhei presente de aniversário, eu resolvi acordar hoje, sábado, dia 26, e vim aqui no lago pescar. Esse peixe aqui é meu grande presente. Ele tá com seis quilos, vou fazer ele assado na churrasqueira”, brincou o presidente.

Ele disse ainda que o prato que vai preparar com o pescado aprendeu com um paraguaio. “Aí eu vou fazer esse peixe com maionese, vai ser a primeira vez que a Janja vai comer, a Neudi, o Cecílio, o Zé vai comer um pedaço, o Misael, o Azevedo, o Carlão, todo mundo vai comer um pedaço desse meu peixe aqui com maionese. É uma especialidade minha, eu aprendi a fazer com um paraguaio, pescando lá no Rio Paraguai“, contou.

Do Correio

Por Marcela Mattos*

Antes de assumir o Ministério da Defesa, José Múcio foi deputado federal por vinte anos, ministro das Relações Institucionais no segundo mandato de Lula e ministro do Tribunal de Contas da União. Como parlamentar, militou na Arena do regime militar, foi filiado ao PDS, ao PTB, ao PSDB e ao PFL (hoje, União Brasil). É um político tarimbado, dono de algumas virtudes raras, com destaque para o bom humor com que enfrenta os problemas. Ele costumava comparar seu antigo gabinete no Palácio do Planalto, por exemplo, a um “bolo de rolo”, iguaria típica de seu estado natal, Pernambuco. 

Mas fazia uma importante ressalva: ali, o que sobrava mesmo era só rolo, dor de cabeça — rotina que ele retomou ao decidir abandonar a aposentadoria e aceitar o convite para voltar ao governo em 2023. E os rolos têm sido tantos que, se dependesse apenas de certos aliados, o ministro não teria sobrevivido à primeira semana no cargo. Sua “demissão” já foi anunciada várias vezes — a última, aliás, há duas semanas, depois que ele disparou em público uma série de petardos que resvalaram em alvos dentro do próprio governo.

Diante de uma plateia de empresários, Múcio afirmou que havia “ranços ideológicos” em decisões que envolvem as Forças Armadas, criticou o impedimento da exploração de potássio em terras indígenas e alfinetou a decisão do governo de suspender uma licitação para a compra de blindados de Israel. A sinceridade é outra de suas qualidades. “Houve agora uma concorrência, uma licitação, venceram os judeus, o povo de Israel. Mas (…), por questões ideológicas, nós não podemos aprovar”, reclamou. 

Múcio disse ainda que o Ministério da Defesa estava “órfão” e que a população deveria creditar aos militares o fato de não ter havido uma ruptura democrática no dia 8 de janeiro do ano passado. As declarações tiveram uma enorme repercussão. Políticos de oposição elogiaram, enquanto os aliados e o PT classificaram as opiniões como ofensivas, especialmente em relação a Celso Amorim, assessor internacional do presidente da República e incentivador do boicote às empresas israelenses. Rolo grande. A “demissão” dessa vez parecia iminente.

Entre todos os auxiliares do primeiro escalão do governo, Múcio é um dos poucos que não têm um partido, um grupo político ou uma base social em sua retaguarda — situação que, por si só, já denotaria um nível alto de fragilidade. Nem tudo é o que parece. Depois das declarações do ministro, o próprio presidente se empenhou em aplacar a controvérsia. Lula disse em entrevista que Múcio lhe telefonou “apavorado” porque tinha falado o que não devia, mas que o assunto estava superado e em nada havia abalado a permanência de seu “amigo” no governo. Ou seja, página virada. Ao contrário do que disse o mandatário, porém, o ministro não ficou apavorado nem achou que falou demais. “Eu precisava fazer aquele discurso”, comentou ele com um parlamentar, lembrando que, até por estratégia, às vezes é necessário defender bandeiras que podem gerar ruídos para garantir a boa relação entre os militares e o governo. “E o PT ainda fica me queimando”, acrescentou, sem demonstrar nenhuma preocupação.

O ministro, de fato, é um negociador talentoso. Ainda na transição do governo e em meio ao clima de tensão e desconfiança que havia entre a caserna e os petistas, ele recebeu a missão de começar a apaziguar os ânimos. Diligente, levou o presidente a solenidades militares, atuou para despolitizar os quartéis, impediu manifestações de aliados contra as Forças Armadas e afastou sem fazer barulho os oficiais acusados de flertar com o golpismo. 

Antes dos ataques de 8 de janeiro, Múcio disse que o acampamento em frente ao QG do Exército era uma “manifestação democrática” e se opôs à retirada dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro do local. Ao acenar para os dois lados, o ministro evitou o acirramento da tensão, mas, com isso, também angariou antipatias pontuais — algumas não recomendadas. No dia da baderna, por exemplo, a primeira-dama Janja da Silva criticou o ministro por sugerir ao presidente a decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), um dispositivo que concede às Forças Armadas poderes de polícia. Seguindo sua estratégia, Múcio ainda disse que não considerava as depredações dos prédios do Planalto, do Supremo e do Congresso como uma tentativa de golpe de Estado, ao contrário do que o próprio Lula havia declarado publicamente. Rolo e mais rolo.

Naquela semana fatídica, Múcio não foi apenas “demitido” como chegou a ser informado sobre o nome do seu sucessor, ninguém menos que o vice-presidente Geraldo Alckmin. Para contornar a crise, o ministro lembrou o presidente de que a prioridade dele não era conquistar a simpatia dos aliados, muito menos dos petistas que pediam sua cabeça. Ele estaria empenhado exclusivamente em demolir a barreira de desconfiança que separava o novo governo e a cúpula militar. 

Um ano e meio depois, vez ou outra ele ainda escuta uma provocação. Certa vez, o ministro ouviu do deputado e ex-presidente do PT Rui Falcão que seu trabalho não era aprovado. “Eu sei. E, inclusive, o presidente me falou que você já disse isso a ele”, deu de ombros. Múcio avalia que cumpriu a missão com sucesso. Em tese, portanto, agora já poderia ser demitido. Ele ri discretamente quando lhe perguntam sobre essa possibilidade. O ministro da Defesa é um caso raro em que a aparente fragilidade sustenta uma invejável resiliência.

*Repórter da Veja

Por Marcelo Tognozzi*

O santo de lord Strangford não cruzava com o da rainha. Inglês cheio de fleugma, soberbo, se metia em tudo desde quando desembarcou no Brasil naquele 8 de março de 1808 junto com a família real portuguesa. Strangford agia como se o resto do mundo fosse o quintal de Sua Majestade o rei George 3º. Nariz empinado, transitava olímpico pelo Rio.

Carlota Joaquina decretara para todos a obrigação de reverenciá-la com salamaleques ao cruzar a corte tropical com seu séquito. Strangford, convencido da sua superioridade à mulher de d. João, recusou curvar-se. Carlota não titubeou: mandou um dos seus guardas dar umas boas chibatadas no lombo daquele abusado embaixador inglês.

Foi uma demonstração de força. Carlota exibiu todo seu poder diante do súdito inglês, que ela reputava como intrigueiro e encrenqueiro. A rainha nunca perdoou Strangford pela interferência nos seus interesses junto às colônias espanholas na América, as quais iniciaram seu movimento de independência depois de Napoleão ter tomado a Espanha e humilhado a família de Carlota.

Passados mais de 200 anos, a cultura da arrogância continua. O escritório inglês Pogust Goodhead, anabolizado por fundos abutres, tenta arrancar uma indenização bilionária da Vale e da BHP, empresas responsáveis pelo desastre de Mariana, em 2015, quando a barragem do Fundão se rompeu, deixando um rastro de morte e destruição. O argumento dos advogados do Pogust é o de que a Justiça brasileira não garantiria a indenização às vítimas.

O governo brasileiro, cujo ministro das Minas e Energia Alexandre Silveira, advogado, ex-delegado de polícia e candidatíssimo ao governo de Minas em 2026, agiu com determinação e habilidade, simplesmente atropelou os advogados ingleses com um acordo muito mais atraente para as vítimas do que o proposto à Justiça londrina. 

O presidente Lula mostrou que a mesma soberania que dá em Elon Musk também dá no Pogust Goodhead, assinando o acordo com a Vale e a BHP, tendo como testemunhas os Poderes Legislativo e Judiciário e garantindo às vítimas o direito de receberem suas indenizações rapidamente. O STF proibiu as vítimas de desastres ambientais de pagarem honorários a advogados estrangeiros.

Neste acordo, só os advogados ingleses e os fundos abutres perdem. A proposta acordada entre o governo e as empresas determina que 300 mil pessoas receberão indenizações imediatas de R$ 35.000 e os pescadores de R$ 95.000.

A ação em Londres não será resolvida antes de 2026, e os pagamentos provavelmente só sairiam em 2028. Aqui, as empresas pagarão R$ 170 bilhões. Na Inglaterra, seriam R$ 230 bilhões, já incluídos os honorários do Pogust Goodhead. Ou seja: O Planalto e o STF garantiram dinheiro na mão das pessoas sem que fosse preciso pagar honorários a oportunistas. 

O Pogust, como contei neste artigo, se especializou em caçar oportunidades em cima das desgraças alheias. Ele não tem qualquer empatia pelos brasileiros e suas mazelas, como não tiveram pelos africanos. 

No caso da cidade mineira Mariana, sonhavam em ganhar uma bolada bilionária. Agora, com a decisão do governo brasileiro em fechar acordo com as empresas favorecendo as vítimas, tomaram um drible da vaca de perder o rumo. Ou melhor: uma chibatada no melhor estilo Carlota Joaquina.

Diante da possibilidade concreta do acordo, o fundador do escritório britânico Tom Goodhead, sujeito que costuma voar de Londres para Nova York só para jantar nos seus restaurantes favoritos, gastou saliva e sola de sapato visitando comunidades atingidas pela tragédia e recomendando aos moradores que recusassem o acordo brasileiro e aguardassem a conclusão do processo judicial no exterior. Não colou. É preciso ser muito trouxa para ver vantagem em esperar até 2028 por uma indenização da Justiça de Londres, quando no Brasil a grana sairá em poucos meses.

É um insulto para o país que um escritório de advocacia britânico baseie seu caso na suposta incapacidade de o governo e o Supremo fazerem justiça. O acordo firmado entre o Planalto e as mineradoras não apenas desmente essa alegação, mas mina completamente os fundamentos do processo judicial que acaba de começar em Londres.

Todo o processo na corte londrina está sendo julgado com base na legislação ambiental brasileira. No entanto, os advogados de defesa da Vale e BHP explicaram ao tribunal que o Pogust Goodhead tenta modificar a forma como nossa lei ambiental é aplicada.

Imagine um tribunal estrangeiro querendo mudar as nossas leis, aqueles juízes com perucas brancas de cachinhos dizendo o que se deve ou não se deve fazer. Um escárnio completo. Não existe país com mínimo senso de soberania capaz de permitir alterações em suas leis por uma Corte estrangeira. Imagine se fosse o contrário: um tribunal brasileiro tentando modificar a legislação do Reino Unido. Oh, my God!

Os advogados do Pogust Goodhead terão o mesmo destino do velho arrogante lord Strangford. O embaixador se tornou influente na Corte, a ponto de indicar um apadrinhado para o cargo de desembargador em carta ao conde de Linhares, ministro das Relações Exteriores do Império. Pior: Antônio Rodrigues Veloso de Oliveira acabou nomeado por d. João.

Era a Inglaterra influindo na Justiça brasileira, como relata Raul Lima, ex-comandante do Arquivo Nacional. Passados poucos anos, mal o conde de Linhares acabara de morrer, seu substituto, o conde de Aguiar, tratou de defenestrar Strangford, em 1815, que foi cantar em outra freguesia. Ninguém aguentava mais aquele inglês insolente e cara de pau.

*Jornalista

Após mais de seis anos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, os ex-policiais militares (PMs) acusados do crime, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, irão a júri popular na próxima quarta-feira (30).

A data foi definida pelo juiz Gustavo Kalil, titular do 4º Tribunal do Júri, durante reunião especial no último dia 12, no Fórum Central do Rio, com representantes do Ministério Público, os assistentes de acusação e a defesa dos réus.

Kalil, que presidirá o julgamento, solicitou que compareçam em plenário apenas as pessoas que efetivamente participarão do júri, para evitar aglomeração e tumulto. Defesa e acusação terão prazo de 10 dias para as provas orais finais.

Marielle Franco, vereadora pelo PSOL, foi assassinada no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, na noite de 14 de março de 2018. Ela voltava de um encontro de mulheres negras na Lapa, quando seu carro foi alvejado com vários disparos. O motorista Anderson Gomes também foi atingido e morreu. 

Uma assessora da parlamentar foi ferida por estilhaços. O crime ganhou atenção internacional e foi considerado um ataque à democracia.

O crime deu início a uma complexa investigação, envolvendo várias instâncias policiais. Depois de muitas reviravoltas, chegou-se à prisão dos ex-PMs Ronnie Lessa e Elcio Queiroz. Neste ano, foram presos os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, apontados como mandantes dos assassinatos, além do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa. O processo que envolve os supostos mandantes tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Busca por justiça

O Instituto Marielle Franco considera o julgamento um momento decisivo. “Foram 78 meses e mais de 2 mil dias em que nos juntamos desde que nos tiraram Marielle e Anderson. Marchamos, gritamos, nos emocionamos, amarramos lenços e levantamos placas em busca por justiça. A nossa força nos trouxe até aqui e neste mês a justiça, enfim, vai começar a ser feita”, diz em nota.

“No dia 30 de outubro, vai ter o julgamento dos acusados de assassinarem Marielle e Anderson, por meio do júri popular. Esse é um momento decisivo para todo mundo que luta por justiça e para quem acredita que o Brasil precisa ser um país sério, que não permite que mulheres, pessoas negras, LGBTQIAPN+ e faveladas sejam brutalmente assassinadas”, ressalta.

A organização não governamental (ONG) Anistia Internacional, que acompanha o caso, considera o julgamento “um passo importante em uma busca por justiça se iniciou há mais seis anos. Porém, só haverá justiça, de fato, quando autoridades brasileiras garantirem que todos os responsáveis pelo crime, inclusive pelo planejamento, bem como todos os responsáveis por eventuais desvios e obstruções das investigações, sejam também levados à justiça em julgamentos justos, que atendam aos padrões internacionais, e responsabilizados por seus atos”, diz a ONG em nota.

De acordo com a Anistia Internacional, o Brasil continua sendo um dos lugares mais perigosos para defensores dos direitos humanos. Segundo o relatório da Global Witness, em 2023, o país ocupava a segunda posição no ranking daqueles que mais matam ativistas e ambientalistas, com 25 mortes. Entre 2012 e 2023, 401 defensores foram assassinados no país.

“É dever do Estado brasileiro garantir justiça e reparação para as famílias e medidas de não repetição para que situações como esta não voltem a acontecer”, acrescenta a ONG.

Da Agência Brasil

A candidata à Prefeitura de Olinda, Mirella Almeida (PSD), começou o último dia de campanha realizando uma grande caminhada. A postulante andou, neste sábado (26), pelas ruas de Rio Doce. O ato teve a presença da governadora Raquel Lyra (PSDB), da vice-governadora Priscila Krause (Cidadania), de prefeitos eleitos e reeleitos em Pernambuco, além de deputados federais e estaduais. 

“A nossa campanha tem muita alegria, boas propostas e um time forte. Ouvimos a população de todos os bairros da nossa cidade. Com fé no futuro e união, Olinda vai andar para frente, com muito trabalho e dedicação”, comentou Mirella. 

Mirella e Ramos

Ainda na manhã de hoje, Mirella, Raquel Lyra e o candidato a prefeito de Paulista, Ramos (PSDB), além do prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSDB), participaram de uma reunião onde os candidatos uniram os apoios. O encontro aconteceu em Jardim Atlântico e também teve a presença do presidente estadual do PSD, ministro André de Paula. 

Uma idosa de 80 anos foi morta na noite da última quarta-feira (23), na Travessa Nogália Lima, no Bairro da Boa Vista, em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. A principal suspeita do crime é a neta da vítima, Erica Eduarda André da Silva, de 33 anos.

Cícera Ferreira da Silva foi encontrada morta dentro da própria casa com “ferimentos provocados por arma de fogo”, segundo a Polícia Civil de Pernambuco. A idosa morava com um neto, que havia ido comprar frutas em um estabelecimento na rua onde morava no momento do crime. De acordo com as investigações, o pedido teria sido feito por Erica, que aproveitou a oportunidade de ter ficado a sós com a idosa para assassiná-la.

A princípio, ficou decidido na audiência de custódia que a suspeita ficaria internada provisoriamente no Hospital Dom Moura, pelo fato de haver indicativos de que ela sofre de transtornos psiquiátricos. No entanto, a juíza 1ª Vara Criminal da Comarca de Garanhuns decidiu redirecionar a internação de Erica para a Colônia Penal de Buíque, também no Agreste, onde há um serviço de atenção básica à saúde.

Nos autos do processo, a magistrada afirmou que há dúvidas sobre a saúde mental da mulher. Segundo ela, é necessário instaurar um incidente de insanidade mental para que o quadro mental seja comprovado. A perícia deverá ser conduzida pelo Setor de Psiquiatria Forense do Instituto de Medicina Legal (IML) de Pernambuco, com prazo de 45 dias para a conclusão.

Do Diário de Pernambuco

Por Ricardo Andrade*

O Ministério Público do Paulista rebateu as contrarrazões aos embargos de declaração, apresentadas pela Prefeitura e que questionavam dois fatos:

– A suposta inexistência do pedido de tombamento do Teatro Paulo Freire;

– Da suposta inexistência de legitimidade do IHGAAP (Instituto Histórico, Geográfico, Arqueológico e Antropológico do Paulista) para atuar como interessado na qualidade de amicus curiae.

Confira a resposta do MP

O MP reforça que foi devidamente anexado aos autos (ID. 174705033) o ofício n. 03/2024 IHGAAP, datado de 2 de julho de 2024, que foi enviado a Secretaria de Cultura de Pernambuco, solicitando ao CEPPC (Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural) o tombamento do Cine Teatro Paulo Freire, relutando a afirmação do relutante;

Aponta ainda que a figura do amicus curiae pode ser ocupada por qualquer, seja natural ou jurídica, ou por qualquer órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada. No caso em questão, o Sr. Ricardo Andrade, é historiador, professor, mestre em gestão pública, coordenador do Movimento Pró-Museu, ex-membro do do Conselho Estadual de Preservação, e Presidente do IHGAAP. Sua qualificação e envolvimento com a causa são evidentes. Além disso, a representatividade do IHGAAP é reconhecida pela própria Prefeitura do Paulista, conforme mencionado em reportagem disponível em seu site.

O texto ainda afirma que o Instituto Histórico do Paulista conta em seus quadros com pessoas, com vasto conhecimento sobre a história da cidade, tais como, Padre Renato Maia, Bernadete Serpa, Amaro Porta, Emanoel Jacinto e José Ricardo.

A nota pede que sejam rejeitados os embargos de declaração, sendo assinada pela promotora Mirela Maria Iglesias Laupman.

*Historiador, mestre em gestão pública, professor universitário, músico e presidente e do IHGAAP

Pesquisa do Instituto AtlasIntel sobre a eleição para prefeito de Fortaleza, divulgada neste sábado (26), mostra empate técnico entre André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT). Segundo o levantamento, o liberal tem 50,5% dos votos válidos, contra 49,5% do candidato petista.

Na pesquisa anterior divulgada pelo instituto no último dia 17, os dois candidatos já estavam empatados tecnicamente, com André Fernandes aparecendo com 51% e Evandro Leitão 49% dos votos válidos. Nesse critério, são descartados brancos, nulos e os que dizem não saber em quem votar. É a forma oficial como a Justiça Eleitoral divulga o resultado da eleição.

Votos totais

No total de votos, André tem 49,8% das intenções de voto. Evandro fica com 48,9%. Brancos, nulos e os que dizem não votar em nenhum candidato somam 1%. Os que afirmam não saber são 0,4%.

Metodologia

A  pesquisa, contratada pela Focus Poder, foi realizada do dia 20 a 25 de outubro. 1.600 pessoas foram entrevistadas e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no TSE no CE-08144/2024.

Em entrevista ao William Waack, nesta sexta-feira (25), o cientista político Leonardo Barreto, sócio da consultoria Think Policy, analisou o cenário político pós-eleições municipais (do 1º turno), destacando a consolidação da influência do ex-presidente Jair Bolsonaro e do Partido Liberal (PL) nas grandes cidades brasileiras.

Segundo Barreto, tanto Bolsonaro quanto seu partido “fincaram os pés” nos grandes centros urbanos, aumentando significativamente seu capital político. Esta movimentação é vista como uma possível estratégia para as eleições presidenciais de 2026.

Divisão na direita e oportunidades para a esquerda

O analista ressalta que a aparente divisão na direita entre moderados e radicais pode beneficiar a esquerda, especialmente o presidente Lula e o PT. “É muito interessante alimentar essa perspectiva de uma divisão na direita, porque essa é a chance que o PT tem e o próprio presidente de ter uma recondução mais fácil em 2026”, afirmou Barreto.

A eleição em São Paulo é apontada como uma prévia do que pode ocorrer na disputa nacional de 2026. Barreto explica que, embora exista uma tendência conservadora entre os eleitores, a escolha entre uma direita mais centrista ou mais radical pode abrir espaço para a esquerda, devido ao fator rejeição.

Bolsonaro mantém vantagem nacional

Apesar do surgimento de lideranças regionais de centro-direita, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), Barreto argumenta que Bolsonaro ainda mantém uma vantagem significativa. “Acho que dessa turma toda, o Bolsonaro ainda tem uma certa vantagem, porque ele é o único que ainda tem abrangência nacional”, pontuou.

O crescimento do PL, especialmente nas grandes cidades, é visto como um indicador da força política que Bolsonaro e seu partido ainda detêm. Essa expansão pode ser crucial para as estratégias eleitorais futuras e para a manutenção da relevância política do ex-presidente no cenário nacional.

Da CNN

O último debate deste segundo turno entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, na TV Globo, foi marcado pela repetição dos ataques que deram o tom das campanhas e pelo confronto de visões sobre segurança pública, privatização, moradia e saúde.

No encontro da noite desta sexta-feira (25), o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), trocaram acusações sobre extremismo, mentiras, corrupção e crimes. O debate foi mediado pelo jornalista César Tralli.

No total, foram pedidos por Nunes nove direitos de resposta, e um foi concedido. Boulos fez dois pedidos, e um foi autorizado.

No terceiro bloco, o prefeito chegou a usar celular durante o debate, o que é vetado pelas regras aceitas pelas campanhas, e foi alertado pelo mediador.

Os candidatos puderam circular livremente durante todo o tempo e tiveram um mapa da cidade no cenário, que ambos usaram para indicar as regiões da capital.

Acusações trocadas pelos candidatos:

Drogas

Nunes acusou Boulos de mudar seu posicionamento durante o período eleitoral sobre temas como desmilitarização da Polícia Militar e falou que o candidato é a favor da descriminalização das drogas. Boulos negou e afirmou que apenas defende a diferenciação entre usuários e traficantes.

Em seguida, o deputado disse que o atual prefeito passou a ter a atuação influenciada após receber apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e perguntou se Nunes tinha a mesma ideia de Bolsonaro em relação à condução da pandemia.

Nunes negou, disse que, durante sua gestão, São Paulo foi a “capital mundial da vacina” e voltou a falar sobre segurança pública ao questionar o adversário em relação a suas propostas sobre armamento da GCM e desmilitarização da PM. O candidato do PSOL afirmou que não vai tirar fuzis da GCM.

Apagão

Um tema que ganhou força depois do temporal que atingiu a cidade no último dia 11 foi a atuação da Prefeitura de São Paulo em relação aos apagões. Boulos voltou a criticar Nunes e disse que, durante a gestão do emedebista, a capital foi afetada por três longos período de falta de energia em menos de um ano.

Do g1

A Bandepe Previdência Social (Bandeprev), entidade de  previdência privada fechada organizada para administrar planos de previdência, anunciou na sexta-feira (25) que será incorporada pela SantanderPrevi.

Confira a nota na íntegra:

A Bandeprev, nos últimos anos, vem experimentando uma redução significativa no seu número de participantes. Como todos os seus planos de benefícios estão fechados a novas adesões, essa tendência será mantida e a contínua diminuição do porte da entidade ensejará, no médio prazo, sua inviabilidade econômico-administrativa.

Diante disso, o Banco Santander, principal patrocinador da Bandeprev, remeteu-nos correspondência propondo uma solução estrutural para essa questão, sugerindo a incorporação da Bandeprev pela SantanderPrevi – Sociedade de Previdência Privada.

A sugestão do Banco foi analisada tanto pela Bandeprev como pela SantanderPrevi e, após análises e entendimentos, ambas as entidades aprovaram, em seus órgãos de governança, a operação.

A SantanderPrevi, tal como a Bandeprev, é uma entidade fechada de previdência complementar (EFPC) sem fins lucrativos, igualmente patrocinada pelo Banco Santander. Sua estrutura organizacional é muito semelhante à da Bandeprev, destacando-se que, tal como ocorre na Bandeprev, 1/3 (um terço) dos membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal da SantanderPrevi são eleitos pelos participantes e assistidos. 

A operação de incorporação de EFPCs está expressamente prevista no art. 33, inciso II, da Lei Complementar nº 109/2001 e tem sido utilizada como meio para alcançar uma estrutura de gestão mais econômica e eficiente. A própria Superintendência Nacional de Previdência Complementar reconhece essa tendência, indicando, em seu “Relatório 2023 da Previdência Complementar Fechada”, que tem havido um movimento de consolidação de entidades no setor de previdência complementar, o que tem se observado na prática, na medida em que, nos últimos anos, observa-se um crescente número de incorporações de entidades aprovadas pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc.

Por meio da incorporação, os planos de benefícios hoje administrados pela Bandeprev serão absorvidos pela SantanderPrevi, que sucederá a Bandeprev de maneira universal. Os planos de benefícios oriundos da Bandeprev ficarão, na SantanderPrevi, totalmente segregados dos demais planos e continuarão submetidos a regulamentos próprios.

Uma condição básica da operação de incorporação é que não haja qualquer alteração material nas regras regulamentares dos planos de benefícios. Portanto, a incorporação em nada alterará os direitos e deveres dos participantes e assistidos, destacando-se a manutenção da data de pagamento dos benefícios, concessões de pensões e empréstimos pessoais. Os regulamentos dos planos hoje administrados pela Bandeprev foram adaptados, apenas, para substituir a denominação social da entidade incorporada (a Bandeprev) pela denominação da entidade incorporadora (a SantanderPrevi). 

O cronograma da operação prevê que o protocolo do pedido na Previc ocorra 30 (trinta) dias após a emissão deste comunicado, tal como exige a legislação, estimando-se, assim, que a incorporação seja concretizada no segundo semestre de 2025. Isso porque a Previc, ao receber o pedido de autorização da incorporação, possui o prazo de 110 (cento e dez) dias úteis para analisá-lo. Após a autorização da Previc, o Termo de Incorporação prevê que a incorporação seja finalizada no prazo de 4 (quatro) meses. Até lá, nada muda!

Adicionalmente, ainda que inexista obrigação legal, foi aprovada a criação de um Comitê de Transição formado pelos então Conselheiros da Bandeprev, além da manutenção temporária de estrutura de atendimento presencial em Recife e continuidade do procedimento de descontos dos benefícios de seus assistidos para fins de custeio do plano de saúde.

Novas comunicações serão feitas durante a tramitação do processo, para que, com transparência, os participantes e assistidos sejam informados sobre a operação.

O candidato a prefeito de Paulista Júnior Matuto (PSB) obteve decisão favorável na Justiça Eleitoral para publicar um direito de resposta no perfil do atual prefeito, Yves Ribeiro, nas redes sociais. A decisão foi proferida pelo juiz Ricardo de Sá Leitão Alencar Júnior, da 114ª Zona Eleitoral, que considerou que o conteúdo divulgado por Ribeiro era inverídico e tinha potencial para prejudicar o processo eleitoral.

A publicação em questão insinuava que Matuto possuía condenações por corrupção, uma alegação que o socialista reforça que é falsa e busca manchar a reputação do candidato junto ao eleitorado. A Justiça concluiu que o material divulgado tinha caráter injurioso e poderia influenciar negativamente os eleitores ao espalhar informações incorretas.

Matuto lamentou o uso de mentiras na campanha: “Tudo isso faz parte de um jogo sujo de quem prefere espalhar mentiras a debater o que realmente importa: o trabalho por nossa cidade. A Justiça confirmou a verdade — sou ficha limpa. A minha resposta para essa turma será com mais trabalho, e a do povo, com o voto, para encerrar esse jeito antigo de fazer política.”

Confira o vídeo

Na noite desta quinta-feira (24), a cidade de Tabira, localizada no Sertão de Pernambuco, foi abalada pela notícia da transferência do Pastor Eraldo Pereira, da Igreja Assembleia de Deus – Filial Tabira, para Santa Maria da Boa Vista. Em questão de horas, a informação circulou pela comunidade, desencadeando uma onda de comoção e insatisfação entre os fiéis da igreja e moradores da cidade.

Pastor Eraldo, natural de Maraial, chegou a Tabira em setembro de 2014 e, desde então, tornou-se uma figura marcante e admirada. Seu trabalho com a comunidade é vasto e diversificado, abrangendo não só a pregação do evangelho, mas também o apoio às causas sociais e a promoção da união entre os moradores. Esse comprometimento foi reconhecido oficialmente em maio deste ano, quando ele recebeu o título de cidadão tabirense, concedido como um tributo ao seu empenho em melhorar a qualidade de vida dos tabirenses e fortalecer a espiritualidade local.

A transferência, que pegou a todos de surpresa, não foi bem recebida. Muitos membros da igreja e cidadãos expressaram insatisfação e tristeza com a decisão, ecoando uma sensação de perda e preocupação com o futuro da comunidade. A vereadora eleita Estefany de Junior manifestou publicamente seu descontentamento, destacando a importância da permanência do pastor em Tabira.

“É fundamental que Pastor Eraldo continue apascentando nossas ovelhas e cuidando dos tabirenses que buscam oração e palavras de fé”, afirmou a vereadora eleita. Ela se comprometeu a atuar junto à comunidade evangélica para que o Pastor Presidente, Ailton José Alves, reavalie a decisão. 

*Mobilização Popular e Repercussão Política*

A mobilização tomou força rapidamente, com diversas lideranças locais se posicionando. O presidente da Câmara de Vereadores, Valdemir Filho, expressou sua indignação nas redes sociais, ressaltando o impacto espiritual e social que o pastor trouxe à cidade. Segundo Valdemir, a ausência de Pastor Eraldo enfraqueceria não apenas a comunidade religiosa, mas também o tecido social, que tem contado com o apoio e a presença constantes do pastor em projetos e iniciativas comunitárias.

“Acreditamos que a transferência do Pastor Eraldo enfraquece não só a nossa comunidade religiosa, mas também o trabalho social que ele vem desenvolvendo com tanto zelo”, escreveu o vereador em uma publicação. Ele reforçou o pedido para que a decisão seja revista, ressaltando o papel do pastor como uma referência de fé e apoio.

A prefeita de Tabira, Nicinha Melo, também expressou publicamente sua tristeza pela partida do pastor, reafirmando a importância de sua presença para a cidade. “Pastor Eraldo tem sido um verdadeiro homem de Deus para nossa comunidade, sempre disponível para orar, consolar e pregar a Palavra aos que mais precisam. Sua dedicação e carinho têm tocado nossas vidas de forma especial”, declarou Nicinha. A prefeita já entrou em contato com a Direção Estadual da IEADPE para solicitar a permanência do pastor em Tabira.

O Crea-PE mantém uma forte dedicação ao desenvolvimento sustentável de Pernambuco. Essa prioridade se reflete, especialmente, na execução de obras estruturantes que visam não apenas a melhoria da infraestrutura, mas também a promoção da qualidade de vida da população. Com esse foco, o presidente do conselho pernambucano, o engenheiro civil Adriano Lucena, reuniu-se nesta quarta-feira (23) com a vice-governadora de Pernambuco, Priscila Krause, e com o secretário de Mobilidade e Infraestrutura do Estado, Diogo Bezerra, para reafirmar essa prioridade da gestão. 

Na ocasião, Lucena destacou a promoção de debates entre os profissionais e a sociedade sobre temas essenciais, como saneamento básico e mobilidade, além de discussões lideradas pelo Comitê Tecnológico Permanente do Crea-PE, abordando a duplicação da BR-232 até Salgueiro, o Arco Metropolitano, a Transnordestina, entre outras obras importantes. “Nós estamos à disposição do Governo de Pernambuco para contribuir com esse debate e com o plano de ação que possa tirar as grandes obras do papel, fortalecendo também a Engenharia, Agronomia e Geociências nessa construção. Precisamos olhar para frente, para o progresso, e isso envolve o nosso meio e a nossa mão de obra para executarmos esse planejamento”, afirmou o presidente do Crea-PE, Adriano Lucena.

Durante a reunião, Lucena parabenizou o Estado pelo programa PE na Estrada, que vem somar com outras obras importantes, realizadas com recursos do Governo Federal, como o pacote de intervenções que contempla rodovias como a BR-423 (de São Caetano até Garanhuns); a BR-104 (de Caruaru até a divisa com a Paraíba). O presidente do Crea-PE citou ainda as obras da PE-50 (de Vitória de Santo Antão até Limoeiro); da PE-90 (de Carpina a Toritama) e a duplicação da PE-60 até a divisa com Alagoas, contribuindo para a melhoria da infraestrutura e escoamento de produção dessas regiões.

A vice-governadora Priscila Krause ressaltou que a gestão estadual tem acompanhado os seminários promovidos pelo Crea-PE. “Tenho acompanhado os importantes debates que o Crea está promovendo sobre as grandes obras para o desenvolvimento de Pernambuco. A Transnordestina, por exemplo, é uma prioridade do nosso Governo, e contar com o apoio do Conselho nas discussões e ações é fundamental para concretizarmos essa obra”, destacou.

Salário Mínimo Profissional

Adriano Lucena também aproveitou a ocasião para reforçar com Priscila Krause a questão do Salário Mínimo Profissional, uma das principais pautas de defesa do Sistema. Ele destacou que o edital da Secretaria de Administração do Estado não está cumprindo o que prevê a Lei Federal nº 4950-A. Em resposta, a vice-governadora ressaltou que o Estado também compartilha dessa preocupação e que a situação está sendo analisada.