Ex-presidente do União Brasil, o deputado federal Luciano Bivar não poupou críticas ao sucessor e ex-aliado Antônio Rueda. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por este blogueiro, o político pernambucano disparou contra o dirigente, que era seu braço direito na legenda, criada a partir de uma fusão entre o PSL e o Democratas.
“Ele é um cara deplorável. Sinto náusea. Não me sinto bem, é um pobre coitado, vai ser eternamente miserável. Falo em termos da pessoa humana. O sucesso financeiro não é nada com relação à sua dignidade, à sua paz, sua lealdade com os amigos. Esse é o patrimônio mais importante que se tem, porque somos todos finitos”, afirmou Bivar.
Leia maisO parlamentar recordou que a decepção ocorreu quando delegou para Rueda a montagem da relação com os delegados do partido. Segundo Bivar, o atual presidente do União Brasil escalou diversos parentes e pessoas de sua confiança, o que foi fundamental para tomar o comando da sigla das mãos do deputado.
“Não acreditei naquilo, mas isso acontece porque os seres humanos são incríveis”, ironizou. “Antes do discurso, vem o homem. Quando você não tem estrutura, não tem ideal, um objetivo, o partido tende a se acabar. Hoje vejo isso no União Brasil, e é o que mais lamento. Não ligo para perder o comando, porque sempre fui de delegar, mas o que me dói é que tínhamos um ideal de fazer um grande partido, de ideais liberais, e fazer uma ampla reforma tributária. Não vejo mais isso”, completou.
SPORT
Bivar ainda comparou aquela situação política do passado ao atual “drama” que ele vive com uma de suas paixões, o Sport Club do Recife, do qual foi presidente por seis mandatos. “Hoje tem um presidente (Iuri Romão) querendo vender o clube, depois de uma história de mais de cem anos”, disparou. Ele ressalta que não quer concorrer ao Executivo do clube, embora lidere um projeto no campo da oposição.
“Está fora de cogitação (se candidatar a presidente do Sport). Estimulo a juventude aguerrida no clube, que está na vez de brigar mais, de defender. Eles podem fazer com que alteremos isso. Tenho um projeto de lei que altera a Lei Pelé, que está na fornalha, é só botar para votar na Comissão de Constituição e Justiça. Antes, o passe do jogador era o principal ativo e pertencia aos clubes. Com a Lei Pelé passou a pertencer aos empresários. Nesse projeto, a gente faz com que continue, mas não é simples sair do clube. Você aumenta o prazo do contrato, tem uma série de detalhes fantásticos, seria a solução para o futebol brasileiro”, detalhou Bivar.
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