O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) espera que seja anunciado, nesta semana, em Buenos Aires, o acordo comercial entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA, na sigla em inglês).
Criado em 1991, o Mercosul reúne Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e a Bolívia. O EFTA, por sua vez, é formado por Noruega, Suíça, Islândia e Lichenstein – países europeus que não integram a União Europeia.
Ministros das Relações Exteriores e ministros da Fazenda dos países Mercosul participarão ao longo desta quarta-feira (2) de uma série de reuniões do bloco na capital argentina.
Além disso, amanhã, será o encontro dos chefes de Estado – o Brasil assumirá a presidência rotativa do bloco até o fim deste ano. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o presidente Lula chega ao país nesta quarta (2) para a cúpula desta quinta.
Esta é a primeira viagem do petista à Argentina desde que Javier Milei assumiu a presidência do país. Crítico de Lula, Milei é aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e fez diversas críticas ao presidente brasileiro durante a campanha presidencial de 2023.
Segundo informaram à Globonews integrantes do Palácio do Planalto e do Ministério das Relações Exteriores, não havia até a manhã desta quarta-feira uma previsão de encontro bilateral entre Lula e Milei – nesse formato, participam somente os dois presidentes e os intérpretes –, somente o encontro durante a cúpula, com todos os demais.
Entre outros pontos, a cúpula do Mercosul também deve debater os seguintes temas:
Em meio à aflição mundial diante do que ocorre hoje no Oriente Médio, é de extrema importância que a diplomacia e o governo brasileiros avaliem com muita cautela cada passo que vão dar. E é claro que o Itamaraty e o presidente Lula precisam refletir muito antes de emitir qualquer palavra, qualquer pronunciamento.
No ambiente polarizado da política brasileira, Lula sabe, ou pelo menos deveria saber, que tudo o que falar a respeito dos conflitos mundiais poderá ser usado contra ele. O presidente reproduziu em suas redes sociais o pronunciamento oficial do Itamaraty depois dos ataques americanos em território iraniano. E, mesmo com todo o cuidado diplomático, ainda assim, houve críticas ao fato de o Brasil condenar “de forma veemente” os ataques de Israel e dos Estados Unidos, ressaltando a “violação da soberania do Irã e do direito internacional”.
O ataque dos Estados Unidos às instalações nucleares iranianas preocupa líderes mundiais. Todos sabem que criticar os EUA e Israel pode ser perigoso, pelos efeitos que as palavras podem ter. Mas, ao mesmo tempo, é inegável que os ataques ao Irã, no mínimo, põem em xeque a atual conjuntura internacional. E, por isso mesmo, é passível de críticas. E a arrogância de Trump exige mesmo maior firmeza das lideranças mundiais.
A exemplo de outros líderes, Lula precisa, também ele, ser estratégico nos comentários. Importante lembrar que, em sua recente viagem à França, ele aproveitou para voltar a falar da urgente necessidade de que o Conselho de Segurança da ONU seja repensado.
É cada vez mais evidente que, com os Estados Unidos agindo como Donald Trump bem entende, o Conselho de Segurança da ONU aparece cada vez mais fragilizado perante a comunidade internacional. Não à toa, o secretário geral António Guterres já se pronunciou sobre a iminência de uma catástrofe mundial se nada for feito para conter os ânimos exaltados que o mundo inteiro tem acompanhado esses dias no Oriente Médio.
Atacado pela maior potência mundial, o Irã reagiu de forma até tímida, se levarmos em conta que avisou aos governos do Catar e dos Estados Unidos de que iria atacar a base militar americana. Se o regime de Ali Khamenei cumprisse a ameaça de fechar o estreito de Ormuz, as consequências poderiam ser sentidas em todo o mundo, e até pelo próprio Irã, uma vez que entre 20% e 30% do petróleo produzido no mundo hoje passa por Ormuz.
Cabe ao resto do mundo esperar que o cessar-fogo entre Irã e Israel, anunciado por Trump, seja real e que não sejamos surpreendidos por novos ataques nos próximos dias.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, hoje, que não representa um “rompimento” com o Congresso Nacional a decisão de recorrer no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a derrubada do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).
Lula definiu por decreto a alta na alíquota, porém teve o ato derrubado pela Câmara e pelo Senado. O governo acionou o STF com o argumento de que o Congresso violou a separação dos poderes porque o decreto não extrapolou as prerrogativas do presidente da República.
Lula foi questionado sobre o tema durante entrevista à Rede Bahia. Ele argumentou que, se não fosse ao STF, não governaria. Também afirmou que é grato ao Congresso, que aprovou temas de interesse do governo.
“O presidente da Câmara tomou uma decisão que eu considerei absurda. Agora, você pode perguntar se tem um rompimento com o Congresso. Não. O presidente da República não rompe com o Congresso”, disse.
“O presidente da República reconhece o papel que o Congresso tem, eles têm os seus direitos, eu tenho os meus direitos. Nem eu me meto no direito deles nem eles se metem no meu direito. E, quando os dois não se entenderem, a Justiça resolve”, acrescentou.
Pablo Picasso foi mais do que um gênio das artes plásticas. Foi um espírito inquieto que, ao longo de sua longa trajetória, reconfigurou os contornos da arte moderna e desafiou as fronteiras entre forma, cor, emoção e pensamento. Nascido em Málaga, na Espanha, em 1881, e falecido na França, em 1973, Picasso viveu intensamente as convulsões do século XX – guerras, ditaduras, exílios e revoluções – e canalizou tudo isso em sua arte, sempre provocativa, inovadora e profundamente humana.
Picasso é reconhecido como o maior artista do século XX não apenas por sua técnica, mas por sua capacidade de transformar a arte em linguagem universal. Criador do cubismo, ao lado de Georges Braque, rompeu com os padrões tradicionais da representação visual e abriu novas possibilidades para a expressão artística. Em toda a sua obra, demonstrou uma inquietude constante, reinventando-se em múltiplos períodos e estilos – do Período Azul ao Rosa, do Cubismo Analítico à abstração livre e vigorosa do fim da vida.
Mas entre tantas obras-primas, há uma que se impõe como monumento moral e político da arte moderna: Guernica (1937). Criada a pedido do governo republicano espanhol, para o Pavilhão da Espanha na Exposição Internacional de Paris, a obra foi uma resposta imediata e dilacerante ao bombardeio da cidade basca de Guernica pela aviação nazista, a serviço do ditador Francisco Franco. Pintada em preto, branco e cinza, a obra não tem cor porque é pura dor. Em seu centro, uma mãe grita com o filho morto nos braços. Um cavalo agoniza. Um touro, símbolo da Espanha, encara o caos. Fragmentos de corpos, expressões de espanto e sofrimento se espalham numa composição vertiginosa.
Guernica é um grito de horror. Mas também é um brado pela paz. Picasso disse certa vez, quando lhe perguntaram o que a pintura significava: “Esta pintura não é feita para decorar salas. É um instrumento de guerra contra a brutalidade e a escuridão.” Ao criar Guernica, ele mostrou que a arte tem uma função ética e política: testemunhar, denunciar e resistir.
Hoje, quase noventa anos depois de sua criação, Guernica continua atual. Vivemos um mundo marcado por guerras na Ucrânia, na Faixa de Gaza, em regiões da África, em conflitos silenciados da América Latina. Populações inteiras são bombardeadas, perseguidas, deslocadas. Crianças morrem nos braços de suas mães. A imagem trágica que Picasso eternizou em 1937 se repete, com outras cores, mas a mesma dor. A arte de Picasso, portanto, não pertence apenas ao século passado. Ela fala diretamente ao presente.
Em um tempo de banalização da violência e desumanização do outro, Guernica nos interpela. É um espelho da barbárie e um clamor por humanidade. Sua força reside não só na forma, mas na mensagem: a paz não é uma abstração, é uma urgência.
Pablo Picasso, com sua genialidade provocadora, nos legou mais do que uma obra-prima. Nos legou consciência. E é por isso que, mais do que nunca, devemos olhar para Guernica. E escutá-la.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, hoje, que passou por uma nova consulta médica de urgência e recebeu a recomendação de permanecer em repouso durante todo o mês de julho. As informações são do portal G1.
Com isso, agendas marcadas em Santa Catarina e Rondônia foram canceladas. Bolsonaro permanecerá na casa dele, em Brasília. A informação foi compartilhada pelo ex-presidente nas redes sociais.
“Após consulta médica de urgência foi-me determinado ficar em repouso absoluto durante o mês de julho. Do exposto ficam suspensas as agendas de Santa Catarina e Rondônia. Crise de soluços e vômitos tornaram-se constantes, fato que me impedem até de falar”, disse.
Bolsonaro, de 70 anos, tem sofrido com soluços e vômitos. No mês passado, ele realizou exames em um hospital privado em Brasília após ter passado mal durante compromissos políticos em Goiás.
Segundo a equipe médica, o ex-presidente estava com uma pneumonia. Ele se recuperou e, no último domingo (29), participou de uma manifestação em São Paulo.
Apoiadores dele se reuniram na Avenida Paulista, no centro da cidade, para um ato organizado pelo pastor Silas Malafaia. O lema da manifestação foi “Justiça Já”. No ápice, ato reuniu 12,4 mil pessoas, segundo metodologia da USP.
A esposa dele, ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, publicou em uma rede social um comunicado assinado pelos médicos Claudio Biroloni, cirurgião que operou o ex-presidente, e Leandro Echenique.
A nota informa que Bolsonaro ficará “em repouso domiciliar” durante o mês de julho para “garantir a completa recuperação de sua saúde”. A nota cita a cirurgia no intestino, a pneumonia e as crises de soluços que “dificultam” a fala e alimentação” do ex-presidente.
Os médicos informaram que Bolsonaro ficará afastado de agendas públicas e atividades partidárias. “O Jair precisa deste tempo para se recuperar completamente. Tenho fé de que Deus o ajudará, e logo, logo ele estará 100% para retomar suas agendas de trabalho”, escreveu Michelle.
A responsabilidade de Wolney Queiroz e a confiança que recebeu de Lula
Por Larissa Rodrigues Repórter do blog
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), completa, nesta quarta-feira (2), 60 dias à frente da pasta. Assumiu a função em meio a uma das maiores crises da terceira gestão do presidente Lula (PT): o escândalo dos descontos indevidos nas aposentadorias dos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), algo que vem rendendo um desgaste incalculável ao Poder Executivo.
Com excelente relação com o presidente e pessoas próximas a Lula, além de transitar facilmente pelos corredores de Brasília após acumular experiência como deputado federal, Queiroz recebeu do chefe do Executivo uma prova de confiança imensa, o que automaticamente se traduziu na alta responsabilidade do ministro.
As missões eram, e continuam sendo, fazer justiça aos aposentados e responsabilizar aqueles que os lesaram, além de administrar uma pasta que, por si só, já é cheia de complicações. Também cabe ao titular cuidar para que o Ministério da Previdência Social atue de maneira mais eficaz na proteção necessária para evitar novos golpes.
Ontem (1º), ao ser entrevistado pelo titular deste blog no podcast semanal Direto de Brasília, Wolney Queiroz prestou contas desses dois meses cumprindo as tarefas dadas pessoalmente pelo presidente Lula. Segundo ele, o Governo Federal trabalha em conjunto com vários órgãos na elaboração de uma minuta que estabelecerá as regras para o ressarcimento dos aposentados.
Na semana do São João, inclusive, houve uma reunião entre Defensoria Pública da União, Ministério Público Federal, Advocacia-Geral da União, Ministério da Previdência e INSS, com a mediação do ministro Dias Toffoli, da segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF), para que se alcance um consenso.
A ideia é que, a partir dessa minuta, o Governo Federal anuncie o cronograma de pagamentos. “O que eu posso dizer é que o governo quer fazer rápido. Quando esse acordo judiciário for celebrado, o presidente Lula vai editar uma medida provisória pedindo crédito suplementar extraordinário com a finalidade de efetuar esses pagamentos”, explicou o ministro.
Questionado se os recursos sairão dos bolsos daqueles que roubaram os aposentados, como seria justo, Wolney Queiroz explicou que o projeto do governo é pagar aos aposentados inicialmente com dinheiro do Tesouro, mas buscar depois o ressarcimento. “Nós já temos bloqueados cerca de R$ 2,9 bilhões das associações, tanto da pessoa física como da pessoa jurídica, para fazer esse ressarcimento. Porém, isso leva tempo. O aposentado que tem 65, 70, 80 anos não pode esperar essa briga jurídica. Então, o governo vai adiantar e buscar esse ressarcimento depois”, detalhou.
Balanço– O ministro apresentou alguns números desses dois meses à frente da pasta. De acordo com ele, nove milhões de aposentados foram informados pelo INSS de que haviam recebido descontos, para que respondessem ao Instituto se teriam autorizado ou não os débitos. Foram abertas 5.272 agências dos Correios para atender especificamente esses beneficiários. Cerca de 1,3 milhão de aposentados compareceram presencialmente aos Correios; outros 3,7 milhões responderam pelos canais digitais ou pelo telefone 135.
Roubos antigos – Wolney Queiroz também ressaltou que os descontos não começaram no governo Lula, o que pretende expor na CPMI que deve iniciar os trabalhos no Congresso no segundo semestre. “O Governo Federal teve coragem e iniciativa de desvendar e desbaratar essa quadrilha, trazendo isso à tona por meio da Controladoria-Geral da União, comandada pelo ministro Vinícius Carvalho, junto com a Polícia Federal. Fizeram uma investigação profunda até a deflagração da Operação Sem Desconto, em abril de 2025”, reforçou.
PDT continua com Lula – O ministro ainda comentou sobre o PDT, de Carlos Lupi, que o antecedeu na pasta, continuar na base de apoio ao presidente. “O PDT estará na reeleição do presidente Lula. O próprio presidente do partido, Carlos Lupi, já declarou isso publicamente. Logicamente, não há como nos alinharmos com o PL e votarmos com eles no plenário. Nosso campo é progressista, estamos votando com o governo, e tenho feito ponte com as bancadas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal”, afirmou Wolney.
Lula x Bolsonaro 1– Por falar em Lula, o presidente, como é de praxe, falou a língua do povão ontem e fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula disse que nunca solicitará PIX a apoiadores e que jamais vai pedir “anistia” antes de uma condenação pela Justiça. O petista deu as declarações a produtores rurais durante o lançamento do Plano Safra 2025-2026, que prevê financiamentos de até R$ 516 bilhões para agricultores de médio e grande porte.
Lula x Bolsonaro 2 – Sem citar diretamente Bolsonaro, Lula afirmou que “quem é frouxo não deveria fazer bobagem” para não precisar de doações ou anistia. “Quero que provem que já teve um presidente mais decente com vocês (produtores rurais) do que este governo. Nunca vou pedir PIX para mim. Guardem o dinheiro para pagar os funcionários. Não quero PIX e jamais pedirei anistia antes de ser condenado. Quem é frouxo não deveria fazer bobagem”, declarou o petista durante evento no Palácio do Planalto.
CURTAS
Por falar em Bolsonaro – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou ontem mensagem a parlamentares cancelando reuniões e visitas por recomendação médica. Bolsonaro afirmou estar com crises de soluço e vômitos que o impedem de falar. Segundo a CNN Brasil, ele se sentiu mal nos últimos dois dias e não compareceu à sede do Partido Liberal ontem; não deve ir hoje também.
Raquel e as agências 1– A 1ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) confirmou ontem, por unanimidade, decisão monocrática do conselheiro Eduardo Porto que suspendeu pagamentos de contratos de publicidade do Governo de Pernambuco. Até que supostas irregularidades sejam apuradas em auditoria especial, a governadora Raquel Lyra (PSD) está proibida de executar o vínculo com quatro agências de publicidade, cujo valor, em dez anos, chegaria a R$ 1,2 bilhão. As informações são do Blog do Lauro Jardim.
Raquel e as agências 2– O parecer de Eduardo Porto, porém, exclui da suspensão campanhas essenciais, como ações emergenciais, e libera pagamentos por serviços já prestados desde o início dos contratos.
Perguntar não ofende – Quando a governadora Raquel Lyra vai desenrolar os contratos de publicidade?
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), garantiu que os aposentados lesados nos desvios do INSS serão integralmente ressarcidos ainda durante o governo Lula (PT). Completando dois meses à frente da pasta nesta quarta-feira (2), Wolney recebeu a missão de gerenciar uma crise sem precedentes — com desvios na casa dos bilhões de reais — e também de aprimorar os mecanismos de controle para evitar novas fraudes.
“O governo quer pagar, o presidente Lula já determinou. Mas, evidentemente, no governo federal você não pode simplesmente pegar o dinheiro e pagar sem respaldo jurídico. Estamos construindo esse consenso com o Judiciário, com os órgãos de controle e com a sociedade; estamos elaborando a minuta que, quando ficar pronta, o presidente Lula vai apresentar juntamente com o cronograma de pagamentos. Não posso adiantar, mas posso dizer que vai ser rápido”, disse Wolney Queiroz, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.
Segundo o ministro, o presidente deverá solicitar ao Congresso Nacional um crédito suplementar extraordinário para viabilizar logo os pagamentos. Mas o governo irá buscar também o ressarcimento dos cofres públicos junto às associações envolvidas nos desvios.
“Já temos bloqueados R$ 2,9 bilhões das associações para este ressarcimento. Mas isso leva tempo, e o aposentado não pode ficar aguardando essa disputa jurídica. Nesse primeiro momento, o crédito suplementar será pago pelo Tesouro Nacional. O governo adiantará os recursos para atender aos que mais precisam, enquanto corre atrás do ressarcimento desses valores ao erário”, detalhou Wolney.
O pedetista revelou que os bloqueios envolvem 41 associações, algumas constituídas apenas para fraudar os aposentados. Outras, com endereço e serviços legítimos, também terão de prestar esclarecimentos. “Vamos separar o joio do trigo e ficar com o trigo. Todas essas associações estão sendo auditadas e investigadas. Queremos saber se os descontos foram feitos com autorização ou não, pois 3,7 milhões de pessoas já procuraram o ministério em busca desse ressarcimento. O mais importante é que o governo teve a coragem e a iniciativa de desvendar e desbaratar essa quadrilha”, concluiu o ministro.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada pelo Congresso Nacional só deverá iniciar os trabalhos em agosto. Até lá, muito se tem especulado sobre o colegiado, que investigará as fraudes ocorridas nos últimos anos no INSS, as quais resultaram em um rombo bilionário. Ainda assim, o governo federal não teme o andamento das investigações. Entretanto, o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), pondera que o receio é o processo comprometer o ressarcimento aos aposentados.
“Não há medo nenhum. O receio é virar palco político. Uma guerra de narrativas não é bom. Queremos que a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) cheguem às suas investigações. Até porque, por mais competente que seja um deputado federal ou senador para investigar, esse inquérito vai buscar dados na própria PF ou na CGU. Eles não vão investigar por conta própria; só vão até onde a polícia já foi. É meio contraproducente, vai causar incômodo na sociedade, mas é um direito do Parlamento”, pontuou o ministro, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.
A estratégia para o governo, segundo Wolney, é municiar a base aliada com informações para garantir uma defesa segura nas sessões da comissão. “O governo tem de preparar o time, preparar sua base aliada com informações, e eu, como ministro, farei questão de fazer isso. Vamos preparar a nossa base para enfrentar o debate de forma altiva. Afinal, fomos nós que fomos atrás, que suspendemos os descontos indevidos e que pagaremos os aposentados e pensionistas. Portanto, o governo tem boa condição de enfrentar esta CPMI e sair maior”, avalia Wolney Queiroz.
Os Correios lançaram nesta terça-feira (1º) um selo comemorativo em homenagem ao centenário de nascimento de Dom Francisco Austregésilo de Mesquita Filho (1924–2006), conhecido como o “Profeta do Sertão”. A iniciativa marca também os 116 anos de emancipação política de Afogados da Ingazeira e foi proposta pelo deputado federal Carlos Veras, a partir de uma solicitação do Rotary local. Natural de Ingazeira, Dom Francisco se destacou nacionalmente por sua atuação em defesa do povo sertanejo e da justiça social.
Há cerca de dois meses, a crise provocada pelas fraudes no INSS custou a saída do então ministro da Previdência Social e presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e um estremecimento na relação da sigla com o governo Lula (PT). Desde então, as faíscas diminuíram, e os partidos devem marchar juntos em 2026, quando o petista disputará a reeleição. Ao menos é o que garante o sucessor de Lupi na pasta, Wolney Queiroz (PDT).
“O PDT estará na reeleição do presidente Lula. O próprio presidente do partido, Carlos Lupi, já declarou isso publicamente. Logicamente, não há como nos alinharmos com o PL e votarmos com eles no plenário. O nosso campo é progressista, estamos votando com o governo, e tenho feito uma ponte com as bancadas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal”, afirmou Wolney, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.
O ministro classificou como “mau entendido” o episódio em que a bancada de deputados federais anunciou independência em relação ao governo federal após a saída de Lupi da pasta. “Houve um tensionamento, normal na política, questão de espaços, busca de emendas. Foi um momento em que a bancada atuou para atender seus pleitos, para levar recursos aos seus municípios. Mas eu mesmo nunca deixei de contar com o apoio da bancada na indicação do meu nome, que foi levado pelo próprio Carlos Lupi ao presidente Lula. A bancada chancelou isso, os líderes da Câmara e do Senado. E esse relacionamento continuará”, completou.
Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) avaliam a possibilidade de assumir a costura de uma conciliação entre o governo Lula e a cúpula do Congresso Nacional, em meio à crise do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Relator das ações em curso no Supremo, o ministro Alexandre de Moraes deverá liderar essa negociação.
A AGU (Advocacia-Geral da União) encaminhou uma ação ao STF nesta terça-feira (1º) com pedido de declaração de constitucionalidade do decreto presidencial que alterou as alíquotas do IOF. As informações são da Folha de S. Paulo.
A decisão de ir ao Supremo foi antecipada pela Folha na segunda (30). Na mesma ação, a AGU também requer, em caráter liminar, o reconhecimento da inconstitucionalidade do decreto legislativo que suspendeu os efeitos do ato do Executivo.
Preocupado com o risco de instabilidade institucional, o ministro da corte defende um esforço de pacificação sob a condução do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse ministro faz referência ao termo jurídico “chamar o feito à ordem”, no qual um processo é interrompido para correção de rumos.
Aliados de Lula ainda apostam na viabilidade de negociação. Um ministro compara o recurso do governo à administração de um medicamento para baixar a febre, permitindo o tratamento do problema. Esse ministro não descarta a abertura de negociação, desde que o tribunal conceda a liminar ao governo para reativação das mudanças do IOF.
Se o leitor não conseguiu assistir a exibição ao vivo do podcast ‘Direto de Brasília’ com o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, clique no link abaixo e confira. Está imperdível!
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou nesta terça-feira (1) mensagem a parlamentares cancelando reuniões e visitas em função de recomendação médica.
Jair Bolsonaro disse estar com crises de soluço e vômitos que o impedem de falar.
“Por exigência médica não irei ao PL nessa terça-feira. Crise de soluços e vômitos me impedem de falar. Obrigado. Jair Bolsonaro”, diz mensagem encaminhada. As informações são da CNN Brasil.
Daqui a pouco o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, participa do meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o ‘Direto de Brasília’. A entrevista vai ao ar das 18h às 19h, com transmissão ao vivo pelo YouTube da Folha, pelo canal do blog e pelas redes sociais (Instagram e Facebook) deste espaço.
O programa também será retransmitido pela Rede Nordeste de Rádio, composta por 48 emissoras em Pernambuco, Alagoas e Bahia, com a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife, como cabeça de rede; e, ainda, pela LW TV, de Arcoverde. Confira:
Presidente nacional do PSB, o prefeito do Recife, João Campos, afirmou nesta terça-feira discordar da decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a derrubada do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo Congresso Nacional. Defendeu o diálogo entre Legislativo, Executivo e Judiciário e uma proposta de restrição orçamentária por parte dos três Poderes.
“Não acho que partir para um ambiente de litígio entre Poderes agora seja o melhor caminho. Ainda é preciso redobrar o esforço de buscar um entendimento. E, claro, isso não pode ser apenas para o governo federal. Acho que cada poder tem que dar sua contribuição, inclusive orçamentária. Se há necessidade de restrição orçamentária, por que não os três Poderes darem essa contribuição?”, questionou João Campos, após o evento que celebrou a instalação de uma nova unidade da Ernst Young (EY) no Recife.
O prefeito destacou que a medida é possível e ilustrou que a relação entre sua gestão e a Câmara de Vereadores já viabilizou a reorganização do orçamento.
“Por exemplo, o que eu consegui aqui, em um dos anos: a Câmara de Vereadores do Recife devolveu R$ 30 milhões do duodécimo para o município. Então, não é algo impossível. Acho que o diálogo é o melhor caminho. Eu acredito nele e acredito que, nessa situação também, o diálogo vai conseguir buscar uma solução.”
O presidente da Câmara do Recife, vereador Romerinho Jatobá (PSB), registrou pelo menos duas ocasiões em que a Casa de José Mariano reorganizou o orçamento diante de outras prioridades.
Na quarta-feira (25/6), o Congresso Nacional anulou decreto presidencial que aumentava alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), impondo uma derrota ao governo Lula. A decisão foi aprovada na Câmara dos Deputados — 383 votos a favor e 98 contra a derrubada da medida — e depois no Senado, em votação simbólica, sem contagem nominal.
Repasses Em dezembro de 2021, a Câmara repassou à Prefeitura R$ 30 milhões do fundo especial do Legislativo Municipal para realização de obras públicas na cidade, geração de emprego e renda e melhoria da qualidade de vida da população. A outra ocasião foi em junho de 2022, quando a Câmara do Recife repassou R$ 15 milhões ao Executivo para auxiliar famílias atingidas pelas chuvas.
AGU Na manhã desta terça-feira, o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, informou que o governo federal vai recorrer ao STF contra a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso. Argumentou que a decisão do presidente Lula foi tomada após estudo técnico e jurídico. Dados do Ministério da Fazenda também sustentaram a medida. Segundo Jorge Messias, o Congresso violou a separação de poderes.
A Câmara dos Deputados instalou nesta terça-feira Conselho de Ética da Casa com um um novo comando. Desde o início do ano, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), manteve a mesma configuração do colegiado do ano passado. Agora, o deputado Fábio Schiochet (União-SC), aliado de Jair Bolsonaro, se tornou presidente.
— Não podemos aceitar parlamentares que ataquem essa Casa — disse em discurso durante a instalação.
Recentemente, o Conselho de Ética da Câmara abriu o processo de análise do pedido de cassação do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). O colegiado também aprovou a cassação de mandato de Glauber Braga (PSOL-RJ), em caso que agora será avaliado pelo plenário.
O Conselho também aprovou a suspensão de mandato por três meses do deputado Gilvan da Federal (PL-ES), em função de ofensas feitas contra a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). As informações são do Jornal O Globo.
O ministro Alexandre de Moraes será o relator da ação da AGU (Advocacia-Geral da União) contra a derrubada do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) pelo Congresso Nacional. A informação foi divulgada pela CNN Brasil.