Por José Adalbertovsky Ribeiro*
Dedico este artigo ao meu colega o filósofo grego Platão, autor dos Diálogos e fundador da Academia de Atenas
MONTANHAS DA JAQUEIRA – A gente somos todos Hominídeos navegantes no Império GAFA – Google, Apple, Facebook e Amazon. Viajamos nos parafusos dos satélites estratosféricos e nas nuvens de silício da Internet, pilotadas por Steve Jobs, Mark Zuckerberg e Elon Musk. O Doutor Google, o novo Oráculo de Delfos, é nosso provedor e seremos todos sábios. Viemos da Caverna de Platão e mais recentemente da Galáxia de Gutenberg, dos linotipos de chumbo da Imprensa. O chumbo dissipou-se no éter e tornou-se nuvens digitais.
Leia maisTempos recente um soberano das torres imperiais proclamou, monocraticamente, que a Internet deu voz aos imbecis. Quanta empáfia. Faltou incluir a si mesmo. O genial Nelson Rodrigues já havia dito algo semelhante, com criatividade e sem prepotência.
A Caverna de Platão, na Antiguidade, era uma alegoria sobre as sombras da ignorância e lampejos de sabedoria. A humanidade Adâmica permanece na Caverna de Platão, inclusive as excelências ministeriais. A República de Platão seria governada por filósofos do bem e a Justiça conduzida por sábios em busca da felicidade das almas.
Por favor, leitores Magnaneanos, não digam para ninguém que eu estou preconizando uma república filosófica platônica, para eu não ser acusado de insuflar manifestações antidemocráticas. Aliás, eu nem conheço o filósofo Platão pessoalmente. Nem tenho o número do celular dele, dou minha palavra de honra. (A filosofia de Platão, aliás, de Aristóteles, aliás, de Sócrates, aliás, de Voltaire, aliás, de Diderot, aliás, de Santo Agostinho, pode ser considerada hoje uma manifestação antidemocrática).
Você não imagina, meu querido Platão, como seu nome tem sido invocado em vão para maltratar a democracia. De sua filosofia restauram apenas os inocentes amores platônicos em nossa adolescência. Mas, a galera jovem hoje prefere os “amores ficantes”, tipo rodízio. Se o freguês ou a freguesa gostar do produto, depois repete a degustação.
“Um fantasma ronda a Europa”, dizia o Manifesto Comunista de Karl Marx publicado em 1848, referindo-se aos ideais igualitários do comunismo. O ovo de serpente germinou e eclodiu na revolução bolchevique da União Soviética em 1917. Desde então o comunismo fracassou em todos os hemisférios, mas a mundiça vermelha insiste em propagar a seita. O comunismo é um vírus mutante. O novo nome da pandemia chama-se globalismo, sob a pele do socialismo. Tem comunista que nem sabe que é comunista.
Após fracassar em Cuba, na Venezuela e na Argentina, o ovo da serpente de esquerda comunista ameaça eclodir no Brazil. Não se trata de teoria da conspiração, o Foro de São Paulo é um dado de realidade.
Hasta la vista, leitores Magnaneanos, platoneanos, republicanos, pernambucanos, paraibanos, gregos de Atenas e troianos!
*Periodista e bicho-grilo
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