Entre os anos 1979 e 1985, o Recife viveu uma época de efervescência literária, que terminou impondo uma necessidade para toda uma geração de escritores e poetas. Como publicar uma produção tão grande? O que fazer para dar vazão a tantos textos e versos? Como organizar a resistência cultural e democratizar a literatura? Tudo isso passa pelo Edições Pirata, movimento libertário que abriu espaço para diferentes vozes no nosso estado, com publicações em prosa e verso. Toda essa história chega hoje à telona, com “Edições Pirata, o filme”, que estreia às 19h dessa segunda-feira, na Sala Derby do Cinema da Fundação, no Campus Ulysses Pernambucano.
Naquele período tão conturbado de nossa vida política, o Edições Pirata publicou “somente” 319 livros. E uma das casas que abrigou o movimento foi justamente o então Instituto Joaquim Nabuco (IJPS), hoje transformado em Fundação Joaquim Nabuco (atual Fundaj). É que alguns dos líderes e participantes do movimento trabalhavam lá, entre eles Jaci Bezerra, Andrea Mota e Nilza Lisboa. Na verdade, apesar do imenso grupo que congregava, o Pirata era liderado pelos poetas Jaci Bezerra, Alberto Cunha Melo (integrantes da Geração 65, ambos já falecidos) e também por Eugênia Menezes (foto abaixo). O filme é financiado pela Lei Paulo Gustavo e conta com apoio do Ponto de Cultura Nordestina Letras & Artes, que funciona no Poço da Panela. O documentário resulta de curso de cinema promovido pela Academia de Formação Audiovisual (AFA Filmes), e que contou com aulas no campus Derby da Fundaj.
Entre os depoimentos prestados sobre o Pirata, encontram-se Tarcísio Pereira, fundador da Livro 7, que sempre apoiou a turma do movimento. O livreiro faleceu de Covid-19, em 2020. Também falam: Eugênia Menezes, Luzilá Gonçalves Ferreira, Andréa Mota, Marco Polo, Jomar Muniz de Brito, Cida Pedrosa, Raimundo Carrero, Cláudia Cordeiro. O documentário conta, ainda, com vídeos recuperados com falas de integrantes já falecidos do movimento: Alberto Cunha Melo, Celina de Holanda, Geninha da Rosa Borges, Jaci Bezerra. Prolífero, o movimento tinha um braço dedicado ao público infanto-juvenil, através do qual lançou a Coleção Piratinha. Dos doze lançamentos coletivos organizado pelos dirigentes do movimento, três foram da Piratinha.
Foram editados, ainda, vários outros autores, catálogos, o jornal “Cultura e Tempo”. Este chegou a ter correspondentes no Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Paraíba, Sergipe, Argentina e Estados Unidos (na Universidade do Colorado). “Apesar de não ter participado ativamente do Movimento Pirata, o roteirista Paulo Lins foi capaz de apreender o espírito do movimento, transformá-lo em cenas memoráveis e trazê-lo com maestria para as telas do cinema”, diz Salete Rego Barros, da Cultura Nordestina, e que atuou como articuladora e pesquisadora cultural do documentário.
Para ela, o filme transmite “as emoções vividas por aqueles intelectuais que acreditavam na literatura como forma de transformar a realidade que permaneceu por 21 anos assombrando os ideais libertários do povo brasileiro”. Ela se refere à ditadura militar vigente, então, que impunha a censura e amordaçava boa parte da produção literária e artística do país.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para um jantar no Palácio da Alvorada na noite desta quarta-feira (31), em um gesto de apoio à Corte e ao ministro Alexandre de Moraes. O encontro ocorre um dia após o governo dos Estados Unidos anunciar sanções contra Moraes, com base na Lei Global Magnitsky, a pedido do presidente Donald Trump.
Além do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, estiveram presentes outros ministros do STF, integrantes do governo e lideranças políticas. O objetivo do jantar, segundo fontes do Planalto, foi reforçar a solidariedade institucional ao Supremo e reiterar a defesa da independência do Judiciário brasileiro diante da ofensiva estrangeira. As informações são do g1.
As sanções impostas a Moraes, que preveem congelamento de bens e proibição de entrada nos EUA, foram consideradas por autoridades brasileiras como uma ingerência inaceitável em assuntos internos do país. Em resposta, membros do Executivo, do Legislativo e do próprio Judiciário têm manifestado apoio público ao ministro e reafirmado a legitimidade das decisões da Corte.
Durante o jantar, Lula ressaltou que o Brasil é um país soberano, com instituições sólidas, e que a atuação de Moraes segue estritamente os marcos da Constituição e das leis brasileiras. Ele também teria defendido a necessidade de manter a coesão entre os Poderes diante de tentativas de desestabilização vindas do exterior.
A presença dos ministros no Alvorada foi lida como um gesto de unidade. A expectativa é de que, na reabertura dos trabalhos do Judiciário, nesta sexta-feira (1º), a Corte reforce publicamente a posição institucional em defesa de Moraes.
A estreia do programa Frente a Frente em Belo Jardim, pela Itacaité FM 88,1, foi um sucesso, marcado por público ao vivo nos estúdios. Entre os presentes estavam o ex-vice-prefeito Dr. Maneco, o ex-vereador Thales Bruno — acompanhado da esposa Lívia e da amiga Jaine — e os advogados Uriel e Mauro Jorge. Na equipe técnica, o sonoplasta G. Vila Nova e a estagiária Waleska.
Um estudo preliminar conduzido pela Vital Strategies, Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Instituto Cordial, iniciado há um ano, trouxe à tona resultados que exigem atenção e cautela na expansão do projeto Faixa Azul para motocicletas em vias brasileiras.
Embora muitos motociclistas relatem maior sensação de segurança, os dados preliminares indicam um cenário complexo e contraditório, especialmente em referência aos sinistros de trânsito (não é mais acidente de trânsito que se define, segundo o CTB e a ABNT) e excesso de velocidade.
O levantamento foi motivado pela identificação de que análises importantes não estavam sendo consideradas em relatórios anteriores compartilhados com a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), necessitando de métodos mais robustos para essa sinalização inédita no País.
CENÁRIO DE RISCOS ESCONDIDOS E CONTRADIÇÃO NOS DADOS Os resultados iniciais do estudo não permitem concluir, de forma geral, se a política da Faixa Azul reduz mortes ou lesões no trânsito. Essa é a principal conclusão do estudo e que justifica a cobrança por cautela na expansão nacional do projeto.
No entanto, a análise segmentada revela tendências distintas e preocupantes. Foi identificado um aumento de 33% nos sinistros com motociclistas nos cruzamentos, locais que são tradicionalmente mais críticos em termos de risco viário. Em contraste, houve uma redução de 33% nos sinistros nos meios de quadra, os trechos entre cruzamentos.
O estudo aponta que, apesar de muitos motociclistas sentirem-se mais seguros ao trafegar em um espaço sinalizado, essa percepção não reflete o risco real, que é ampliado pela alta velocidade, especialmente nos cruzamentos.
Os dados preliminares, baseados em uma amostra de 190 km de vias, são considerados consistentes e estáveis, e não devem sofrer grandes alterações no relatório final previsto para setembro, que abrangerá 240 km.
FAIXA AZUL ESTIMULA VELOCIDADE
Um dos dados mais alarmantes do estudo refere-se ao comportamento dos motociclistas em relação à velocidade. O monitoramento revelou que 7 em cada 10 motociclistas ultrapassam o limite de velocidade nas vias com Faixa Azul, um comportamento de risco significativamente mais comum do que em vias sem a sinalização, onde apenas 1 em cada 10 adota essa conduta.
O estudo evidencia que o excesso de velocidade aumenta a chance de sinistros e a gravidade das lesões. “Mais velocidade significa menos tempo para reagir e maior gravidade nas lesões das vítimas envolvidas.
Essa combinação é crítica, especialmente em áreas com travessia de pedestres e conversões de veículos. Definir e fortalecer uma estratégia de fiscalização de velocidades nas Faixas Azuis é imprescindível”, alertou Ezequiel Dantas, diretor de Vigilância de Lesões no Trânsito na Vital Strategies.
Diante dos dados obtidos, o estudo reforça que os resultados preliminares não apontam para uma recomendação imediata de expansão em larga escala do projeto, pois o aumento do desrespeito aos limites de velocidade torna os motociclistas ainda mais vulneráveis.
A Vital Strategies, diante dos achados, recomenda cautela na expansão em larga escala do projeto Faixa Azul, além de sugerir a melhoria na forma como sinalizações experimentais são avaliadas no país e o reforço na fiscalização de velocidade. Diferentemente de modelos bem-sucedidos na Malásia e Vietnã, onde as pistas para motos são fisicamente separadas, o modelo paulistano não possui segregação física, o que aumenta a complexidade dos riscos.
Para o Professor Mateus Humberto da USP, que fez a apresentação do estudo durante a Conferência Nacional de Segurança Viária – realizada esta semana em Brasília – o estudo, que utiliza uma metodologia científica reconhecida globalmente (Diferença-nas-Diferenças), demonstra que as diretrizes que temos no País para avaliar novas soluções em segurança viária não contemplam métodos robustos para medir, de fato, o impacto dessas inovações.
“Nas vias com a Faixa Azul, 70% dos motociclistas ultrapassaram o limite de velocidade quando o tráfego estava livre, enquanto que esse percentual caiu para 10% no cenário das vias sem faixa. O que nos leva a concluir que, a Faixa Azul pode oferecer segurança quando separa o motociclista do tráfego de veículos, mas ela também estimula a velocidade”, afirma Flávio Cunto, professor do Departamento de Engenharia de Transporte da Universidade Federal do Ceará (UFC), instituição que também integrou o estudo.
CAUTELA PARA EXPANDIR É O PRINCIPAL RESULTADO DO ESTUDO
Flávio Cunto reforça que a Faixa Azul é uma política experimental que ainda não possui evidências consolidadas. Por isso a cautela. “Seus impactos precisam ser melhor estudados para que haja uma regulação adequada, visando a preservação da vida. Os riscos aumentados nos cruzamentos questionam potenciais ganhos de produtividade que a Faixa Azul possa trazer, com a segurança sendo uma condição essencial”, pontua.
E segue fazendo alertas: “Quando se implanta uma motofaixa o recado é de que estamos abraçando esse tipo de veículo e estimulando que mais pessoas usem, o que pode ser um perigo, principalmente diante dos números de sinistros de trânsito que temos visto no País com condutores e passageiros de motocicletas”, diz.
Flávio Cunto reforça que a Faixa Azul é uma política experimental que ainda não possui evidências consolidadas. Por isso a cautela. “Seus impactos precisam ser melhor estudados para que haja uma regulação adequada, visando a preservação da vida. Os riscos aumentados nos cruzamentos questionam potenciais ganhos de produtividade que a Faixa Azul possa trazer, com a segurança sendo uma condição essencial”, pontua.
E segue fazendo alertas: “Quando se implanta uma motofaixa o recado é de que estamos abraçando esse tipo de veículo e estimulando que mais pessoas usem, o que pode ser um perigo, principalmente diante dos números de sinistros de trânsito que temos visto no País com condutores e passageiros de motocicletas”, diz.
“O principal achado é que existe potencial de melhoria, mas a proposta têm pontos que precisam ser enfrentados e discutidos com mais calma”, reforça.
O relatório final, previsto para setembro, trará análises detalhadas por tipo de usuário e gravidade dos sinistros, além de recomendações para critérios mínimos de avaliação de sinalizações experimentais.
DESTAQUES DO ESTUDO:
O estudo aponta que ainda não é possível concluir que a Faixa Azul, de forma geral, reduz mortes e lesões de trânsito.
Sinistros em cruzamentos: aumento de +33,5% nos sinistros com motociclistas.
Sinistros nos trechos entre cruzamentos (meios de quadra): diminuição de 33,1% de sinistros com motociclistas.
Excesso de velocidade: Nas vias com Faixa Azul, 7 em cada 10 motociclistas circulam acima do limite de velocidade, um Comportamento de risco muito mais comum do que nas vias sem Faixa Azul, onde apenas 1 em cada 10 adota essa conduta.
Amostra: resultados preliminares com 190 km, com ampliação prevista para 240 km no relatório final de setembro.
Diante dos dados, a Vital Strategies recomenda:
Cautela na expansão em larga escala do projeto “Faixa Azul”
Melhorar a forma como as sinalizações experimentais devem ser avaliadas no País.
Reforço na fiscalização de velocidade, sobretudo para motociclistas nas Faixas Azuis.
NOVAS AUTORIZAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DA FAIXA AZUL ESTÃO SUSPENSAS A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) suspendeu, pelo menos por enquanto, possíveis autorizações para que novos municípios testem a Faixa Azul. Segundo o secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, até o momento, as únicas cidades que possuem portarias que regulamentam a implementação do projeto experimental são São Paulo, Recife, Salvador, São Bernardo do Campo e Santo André.
E, mesmo assim, algumas não implantaram ainda, como é o caso do Recife, que teve duas autorizações e até agora não implantou nenhuma Faixa Azul. Outros municípios como Diadema (SP), Matão (SP), Betim (MG), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE) e Porto Alegre (RS) pediram para testar o projeto.
“O Código Brasileiro de Trânsito (CTB) prevê a possibilidade de municípios e estados testarem novas sinalizações de trânsito, mas a Senatran é o órgão responsável por autorizar isso”, explicou Catão.
Segundo o secretário, os técnicos da Senatran vão analisar os dados dos relatórios enviados pelos municípios para entender os efeitos da faixa exclusiva para motos sobre o trânsito.
Em seguida, a secretaria vai definir se vai ou não autorizar mais experimentos. “A análise também será essencial para definir se a faixa será regulamentada oficialmente pela Senatran e demais estudos, como o da USP, UFC e Vital, também vão pesar na decisão”, garantiu.
RECIFE TEVE DUAS AUTORIZAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO DA FAIXA AZUL PARA MOTOS O Recife foi autorizado pela Senatran a testar em quatro corredores viários da cidade, as polêmicas Faixas Azuis para motos, as motofaixas que vêm sendo testadas desde 2022 em São Paulo.
O teste das motofaixas foi autorizado para importantes vias da cidade. A Avenida Norte e a Estrada do Arraial, na Zona Norte da capital; o Viaduto Capitão Temudo, que integra o Complexo Viário Joana Bezerra e é um corredor de transporte que conecta a Zona Norte e a área central com a Zona Sul; e a Avenida Recife, que conecta as Zonas Sul e Oeste da capital.
A Prefeitura do Recife, via a Autarquia de Trânsito e Transporte do Recife (CTTU), nunca explicou as razões de ter solicitado as autorizações e não ter iniciado os testes com a Faixa Azul para motos na cidade.
Exu, no Sertão de Pernambuco, vai receber no próximo dia 3 de agosto a edição de 2025 da Festa da Saudade, que marca 36 anos da morte de Luiz Gonzaga. O evento, com entrada franca, será realizado no Parque Aza Branca a partir das 11h e começa com missa solene em homenagem ao Rei do Baião, seguida de uma programação musical centrada no forró pé-de-serra. Estão na escala artistas como Assisão, Joquinha Gonzaga, Henrique Brandão, Monique D’Ângelo, Joãozinho do Exu, Jaiminho do Exu, Andrezza Formiga, Roberto Cruz, Flávio Rodrigues, Lucas do Acordeon, Serginho Gomes, Cosmo Sanfoneiro, Avenida Xote, Mauro Sanfoneiro, Diego Alencar, Tony Monteiro e Los Compadres, além da tradicional Caminhada das Sanfonas.
A realização é da ONG Parque Aza Branca, com apoio do Museu do Gonzagão e de entidades públicas e privadas, entre elas o Governo do Estado de Pernambuco, Fundarpe, Empetur, a Prefeitura de Exu, o deputado estadual Dr. Antônio Moraes, Miranda Center e Click Internet. “A Festa da Saudade é mais que um evento — é um resgate das nossas raízes, uma aula de história viva e uma demonstração de amor à obra de Gonzagão”, afirmou Júnior Parente, presidente da ONG Parque Aza Branca, ao destacar a intenção de manter vivo o legado cultural do artista.
Serviço:
📅 Data: 03 de agosto de 2025
📍 Local: Parque Aza Branca – Exu/PE
⏰ Horário: A partir das 11h
🎟️ Entrada Franca
📢 Realização: ONG Parque Aza Branca e Museu do Gonzagão
Nesta quinta-feira (31) o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) arquivou a Notícia de Fato nº 02165.000.206/2024, que investigava a Prefeitura de Serra Talhada por supostos desvios de recursos públicos relacionados à aquisição e uso de combustíveis. A denúncia havia surgido a partir de informações veiculadas em meios políticos e na imprensa local.
Durante o processo de apuração, a Prefeitura prestou total colaboração com o MPPE, encaminhando documentos, relatórios e planilhas detalhadas sobre a frota da Secretaria Municipal de Saúde, além de responder a todas as solicitações dos órgãos de controle. As informações são do Blog do Nill Júnior.
O parecer técnico elaborado pela unidade do Ministério Público denominada de GMAT Contabilidade, a pedido do próprio Ministério Público, concluiu que não houve qualquer indício de superfaturamento ou emissão de notas fiscais falsas. Com base nessa análise, o MPPE decidiu pelo arquivamento da denúncia, por falta de elementos que justificassem a continuidade da investigação ou abertura de ação judicial.
A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, se pronunciou sobre o desfecho:
“Estou feliz, mas não surpresa, porque quem trabalha com a verdade e com seriedade sabe que o resultado não poderia ser diferente. São vários processos que vencemos, porque temos compromisso com a transparência, legalidade e responsabilidade na aplicação dos recursos públicos. Lamentamos ter que mobilizar setores da gestão para rebater inverdades. Já são mais de 100 denúncias arquivadas, e a cada dia as máscaras vão caindo.”
O Procurador-Geral do Município, Dr. Cecílio Tiburtino, também comentou a decisão:
“A gente lamenta que denúncias infundadas tenham gerado desgaste e desinformação. A decisão reforça que a verdade prevaleceu por meio dos canais legais e técnicos. Seguiremos trabalhando com seriedade, responsabilidade e respeito ao cidadão.”
O ex-ministro da Justiça e advogado do Partido dos Trabalhadores (PT), José Eduardo Martins Cardozo, acionou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a Prefeitura de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), por uma invasão denunciada em petição ao STJ de área pertencente à massa falida da GDK. A petição foi protocolada na última segunda-feira (28).
De acordo com o documento, a área, localizada na Zona Portuária de Aratu, tem mais de 110 mil m² e é aforada pela União à GDK, empresa que está em processo de falência desde agosto de 2024. Mesmo com decisões da Justiça Federal e do STJ, em que proíbe a imissão de posse por parte do município, representantes da criação da Companhia Docas de Candeias teriam invadido o local no dia 17 de julho. As informações são do Farol da Bahia.
“A invasão da área ocupada pela GDK representa grave violação à autoridade judicial”, diz um trecho da petição. Segundo Cardozo, “representantes dessa entidade adentraram na área aforada pela União à GDK, retiraram equipamentos do local e bloquearam o portão principal, impedindo o acesso dos representantes da autora”.
Segundo o advogado, a criação da Companhia de Docas, no entanto, é considerada inconstitucional e reconhecida pela própria assessoria jurídica da Câmara Legislativa de Candeias. “[…] o objetivo da desapropriação da área ocupada pela GDK é a criação da Companhia Docas de Candeias. No entanto, tal iniciativa é inconstitucional, uma vez que a Lei Municipal nº 1.328/2021 trata de matéria que extrapola a competência legislativa do Município”.
A GDK é uma empresa em falência, e seus bens fazem parte da chamada “massa falida”, um conjunto patrimonial que deve ser preservado para pagar credores. Por esse motivo, a defesa afirma que o imóvel em disputa é fundamental para a quitação de dívidas com mais de quatro mil credores.
“Outro fator que evidencia o interesse jurídico é a necessidade urgente de proteger um ativo da GDK, que possui o potencial de quitar integralmente os credores no processo de recuperação judicial e falência, além de possibilitar a retomada das atividades da empresa. Diante da urgência que será demonstrada a seguir, justifica-se a imediata intervenção assistencial neste processo”, diz o trecho da petição.
Ainda de acordo com o José Eduardo Cardozo, a conduta do município “desonra frontalmente a decisão liminar proferida por este Tribunal”. No documento, ele pede providências urgentes ao STJ, como a reintegração imediata de posse, a nulidade do registro da Companhia Docas na Junta Comercial do Estado da Bahia e o envio do caso ao Ministério Público Federal para apuração de crime de desobediência judicial e eventual improbidade administrativa.
Além da invasão denunciada, os advogados da massa falida da GDK também acusam o município de tentar forçar a desapropriação da área por meio de transferência no valor de R$ 3 milhões para o processo de falência da empresa. “O Município tentou transferir a quantia de R$ 3 milhões para o processo de falência da GDK, com o intuito claro de forçar a desapropriação, de forma totalmente infundada e em flagrante desrespeito às decisões deste Tribunal Superior”, afirma a petição.
Na noite desta quinta-feira (31), o salão nobre da Faculdade de Direito do Recife (FDR/UFPE) recebe um ato político em defesa da soberania brasileira e das instituições republicanas. Realizado a partir das 18h30, o evento descrito como “apartidário” deve reunir autoridades políticas e jurídicas de Pernambuco, além do reitor e vice da universidade, respectivamente Alfredo Gomes e Moacyr Araújo, e dos diretores da faculdade de direito, os juristas Torquato Castro Júnior e Antonella Galindo. Na ocasião será divulgada uma carta pública assinada por juristas.
Na tarde da sexta-feira (1º), a partir das 15h30, um ato de rua promovido por movimentos populares, partidos políticos e sindicatos promete reunir milhares de pernambucanos. Com o mote “quem manda no Brasil é o povo brasileiro”, a convocatória deixa evidente o tom crítico ao mandatário dos Estados Unidos e também contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, apontado como corresponsável pela medida adotada contra os produtos brasileiros.
As mobilizações são a resposta da sociedade civil à taxação de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos à importação de produtos brasileiros, assinada ontem (30) pelo presidente Donald Trump. Trump atribuiu a “punição” econômica a práticas do governo brasileiro que estariam “prejudicando empresas americanas, violando direitos de liberdade de expressão de cidadãos dos EUA e comprometendo interesses estratégicos do país”, além de uma suposta “perseguição judicial” do Estado brasileiro contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Recife se prepara para receber de 20 a 24 de agosto de 2025 mais uma edição do Festival Gastronômico Valores do São Francisco, iniciativa da Gouveia S44 Eventos em parceria com o Instituto do Vinho – VINHOVASF e o Instituto de Cultura, Gastronomia e Economia Criativa do Sertão. Restaurantes como Moendo na Laje do Moinho, Clarice Bistrô e Café e outras referências da capital e da Região Metropolitana foram convocados para criar uma programação que harmoniza os vinhos produzidos em Lagoa Grande (PE) com ingredientes típicos do sertão, em entradas, pratos principais e, opcionalmente, sobremesas exclusivas.
Cada casa participante desenvolverá combinações específicas que promovem uma imersão nos sabores regionais, com ênfase em frutas e vinhos do Vale do São Francisco, destacando a produção local e sua relevância na enogastronomia nordestina. O festival busca aproximar o público urbano desses saberes e sabores, fortalecendo a divulgação da cadeia produtiva regional e o reconhecimento do Vale como polo vitivinícola emergente.
A abertura oficial do festival será no Wine Day Experience, no dia 5 de agosto, no Cais do Sertão, em Recife, reunindo chefs, sommeliers, influenciadores e entusiastas da gastronomia para apresentar as criações que estarão disponíveis ao longo da programação. O evento promete ser um ponto de encontro entre a culinária local e os rótulos sertanejos, em um aquecimento para a semana principal do festival.
Serviço Festival Gastronômico Valores do São Francisco Abertura oficial: Centro Cultural Cais do Sertão – Av. Alfredo Lisboa, s/n – Bairro do Recife – Recife/PE Data: 5 de agosto Horário: 16h às 20h30 Instagram: @vivalagoagrande | @vinhovasf
Já estou nos estúdios da rádio Itacaité 88,1 FM, em Belo Jardim, para o Frente a Frente ao vivo, programa de estreia da nova parceira da Rede Nordeste de Rádio. Vai ao ar daqui a pouco, das 18 às 19 horas, para 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife.
O suplente de senador e ex-deputado federal Silvio Costa, pai do ministro dos Portos e Aeroportos Silvio Costa Filho, publicou em suas redes sociais uma crítica à reação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro ao anúncio do tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras pelos Estados Unidos. No post, Costa qualificou como “revoltante” ver Eduardo Bolsonaro “vibrar” com a alíquota e afirmou que isso revela um “ódio ao Nordeste”, chegando a chamar o episódio de “crime de lesa-pátria”. A tarifa foi anunciada pelo governo norte-americano como parte das medidas sobre o fluxo comercial com o Brasil.
Silvio Costa destacou , ainda, que as usinas de cana-de-açúcar do Nordeste exportam cerca de R$ 1 bilhão em açúcar por ano para os Estados Unidos, sugerindo que a elevação da alíquota penaliza diretamente essa cadeia produtiva regional e a economia local. Veja:
A Ordem dos Advogados do Brasil – Subseccional de São José do Egito/PE divulgou nota pública nesta quinta-feira (31) alertando para a recorrência de fraudes praticadas por pessoas que se passam por advogados, com uso indevido de nomes, números de processos e dados sigilosos para aplicar golpes, especialmente via WhatsApp. A entidade detalha, no documento, as providências já adotadas e as que serão encaminhadas para apuração e prevenção, além de reafirmar orientações à população e à advocacia sobre como identificar e reagir a essas tentativas criminosas. Confira na íntegra:
NOTA PÚBLICA – ALERTA DE GOLPE ENVOLVENDO FALSO ADVOGADO E PROVIDÊNCIAS INSTITUCIONAIS A Ordem dos Advogados do Brasil – Subseccional de São José do Egito/PE, por meio de sua Presidência, vem a público manifestar profunda preocupação diante da recorrência de tentativas de fraude praticadas por pessoas que se fazem passar por advogados e advogadas regularmente inscritos na OAB para ludibriar cidadãos e aplicar golpes financeiros.
Nos últimos dias, profissionais da advocacia de nossa região – inclusive desta Subseccional e de municípios vizinhos do Sertão do Pajeú – relataram abordagens criminosas a seus clientes, com uso indevido de nomes, números de processos e informações sigilosas extraídas de fontes públicas ou sistemas processuais, por meio de aplicativos de mensagens, especialmente o WhatsApp.
Tais práticas configuram crimes de falsidade ideológica, estelionato e usurpação de função pública, além de representarem grave atentado à dignidade da advocacia, à confiança da população e ao sistema de Justiça como um todo.
A Subseccional reafirma seu compromisso com a defesa das prerrogativas profissionais e da integridade da advocacia, e informa que:
✅ Já está sendo adotada medida formal junto à Polícia Civil, com pedido de instauração de inquérito para investigação dos autores; ✅ Foi emitida orientação preventiva à advocacia e à população sobre como identificar tentativas de golpe; ✅ Será encaminhada solicitação à OAB Pernambuco para que os casos sejam objeto de análise da Corregedoria, e os profissionais cujos nomes estejam sendo utilizados em processos suspeitos sejam formalmente ouvidos; ✅ A Coordenação de Fiscalização e Agilização Profissional da Advocacia da nossa Subseccional está reunindo os elementos necessários, ofícios e relatos formais para encaminhamento às instâncias competentes.
Além disso, aproveitaremos a vinda da Presidente da OAB-PE, Ingrid Zanella, à nossa Subseccional no próximo dia 19 de agosto, para a inauguração de estruturas e assinatura da ordem de serviço de requalificação da sede, para tratar diretamente do andamento das ações da OAB-PE no enfrentamento aos golpes e ao exercício ilegal da advocacia.
Essa luta exige mais do que medidas formais. Exige ação coordenada, escuta ativa e resposta firme.
A OAB São José do Egito permanece à disposição da advocacia e da população para recebimento de denúncias, relatos e documentos que auxiliem na investigação e responsabilização dos criminosos. Também reforça:
📌 A atuação profissional da advocacia exige registro regular na OAB e conduta ética compatível; 📌 Qualquer informação sobre valores de processos deve ser confirmada diretamente com o advogado constituído; 📌 Não compartilhe dados sensíveis com contatos não verificados.
A advocacia sertaneja não se intimidará. Seguiremos vigilantes, firmes e comprometidos com a verdade, a ética e a justiça.
São José do Egito/PE, 01 de agosto de 2025. Hérica Nunes Brito Presidenta da OAB Subseccional São José do Egito – PE Gestão 2025/2027
Os produtores do telefilme documental Utopias Peregrinas emitiram nota pública nesta quarta-feira, julho de 2025, em resposta ao texto assinado pelo jornalista Antônio Magalhães que compara Dom Helder Câmara a Eduardo Bolsonaro. No documento, os realizadores classificam a comparação como “desinformação e má-fé” e afirmam que ela fere a memória do arcebispo e o compromisso ético do jornalismo. Leia na íntegra:
NOTA PÚBLICA – DOS REALIZADORES DO TELEFILME UTOPIAS PEREGRINAS
É com perplexidade e indignação que nos deparamos com o texto assinado pelo jornalista Antônio Magalhães, onde, em um exercício de desinformação e má-fé, Dom Helder Câmara é comparado a Eduardo Bolsonaro. A publicação fere não apenas a memória de um dos maiores símbolos de dignidade e justiça social do Brasil, mas também insulta a inteligência dos leitores e o compromisso ético do jornalismo sério.
Dom Helder foi um homem de fé, coragem e compaixão. Enfrentou a ditadura militar com a palavra e com o exemplo, defendeu os pobres, os oprimidos e os direitos humanos quando fazê-lo era um risco de vida. Seu nome é sinônimo de resistência pacífica, espiritualidade libertadora e utopia concreta. Compará-lo a Eduardo Bolsonaro — figura associada a discursos autoritários e à necropolítica que despreza os mais vulneráveis — é distorcer violentamente a história. Eduardo Bolsonaro representa exatamente o oposto do que Dom Helder viveu, pregou e praticou.
Como realizadores do telefilme documental Utopias Peregrinas, que dedica-se inteiramente à vida, ao pensamento e à ação de Dom Helder Câmara, reiteramos nosso compromisso com a preservação de sua memória, de sua obra e de seus ideais. O Brasil precisa de mais Dom Helders — e menos tentativas de reescrever a história com cinismo e desrespeito.
Seguiremos honrando seu legado com verdade, arte e responsabilidade.
Os realizadores de Utopias Peregrinas Alumia Filmes Carol Vergulino Camilo Cavalcante César Rocha