Do UOL
Ao reduzir o número de ministérios, Milei faz algo muito parecido com o Collor, que enxugou muito e criou um superministério da Infraestrutura, como Milei está fazendo. Fez um enxugamento bárbaro, mas durou dois anos no governo. O governo Milei é uma mistura dos governos Collor e Bolsonaro. É possível que ele acabe pegando os problemas dos dois.
O colunista do UOL, Tales Faria, chamou a atenção para os problemas que o corte no número de ministérios, de 18 para 9, pode causar em áreas nevrálgicas do país, como a educação. Para o colunista, a medida deve atingir em cheio a camada mais pobre da população, com a ameaça de reduções drásticas nos programas sociais do governo.
Leia mais“Milei vai destruir coisas que são patrimônio da Argentina. Talvez tenha sido o primeiro país do mundo a acabar com o analfabetismo com uma política educacional muito forte, marcadamente em defesa das populações mais pobres. Agora vai desmontar isso tudo, como Collor fez aqui ao desmontar boa parte das ajudas estatais. Milei disse claramente que políticas de combate à pobreza só trazem mais pobreza. Ele acabará com todas elas”, explica Tales Faria.
Ao nomear a própria irmã para um cargo importante no governo, o presidente argentino Javier Milei comete “um erro crasso” e já arma uma crise logo no início de sua gestão, avaliou Josias de Souza. O colunista comparou Karina a Carlos Bolsonaro por sua forte influência e participação ativa nas redes sociais.
Manda a praxe que um presidente da República não deve nomear alguém que não possa demitir. Milei acabará tendo que afastá-la diante de alguma crise. Isso é prenúncio de crise. Por mais competente que seja, ela atrairá para dentro do seu gabinete na Casa Rosada todos os holofotes da imprensa. Ao nomear a irmã, tendo que revogar um decreto, Milei contratou uma crise.
“Se ela começar a mandar mais do que o presidente, como parece ser o caso, evidentemente isso resultará em crise. Quando os dois começarem a se desentender, a crise ganhará proporções que forçarão Milei a afastar a irmã. É um gesto irrefletido de alguém que está encantado por ter chegado ao poder. É um erro crasso, que costuma dar em crise”, diz Josias de Souza, colunista do UOL
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