Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog
O presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, recebeu, há pouco, do oficial de Justiça, a determinação do Tribunal de Justiça de Pernambuco que pede que o movimento grevista, marcado para a madrugada desta sexta-feira, seja suspenso. Conforme antecipamos, ontem, o sindicalista vai recorrer da decisão ainda nesta tarde.
“Assinamos, agora, o ofício do TJPE, mas lembro que é uma decisão liminar e que, portanto, cabe recurso. Não vou descumprir ordem judicial, mas questionar, sim. Vamos recorrer hoje mesmo. Vamos juntar, inclusive, o pedido que fizemos ao tribunal de intermediação para cumprir a decisão do STF que diz que em caso de conflito entre agentes de segurança pública e executivo, o tribunal tem por obrigação de ser mediador”, afirmou Cisneiros.
Leia maisAinda segundo Áureo, a deliberação de greve continua mantida até que uma nova assembleia, já marcada para amanhã, às 11h30, seja realizada. “A nossa greve foi decidida em assembleia e só após uma nova assembleia pode se definir pela manutenção ou suspensão do movimento. Mas já garanto que o ânimo do policial civil se mantém a favor da manutenção da greve”, comentou o sindicalista.
De acordo com o presidente do Sinpol, se as condições precárias em que a polícia civil atua nos últimos tempos, além da falta de qualquer aumento salarial e baixo efetivo, o menor dos últimos 30 anos, já era motivo suficiente para o movimento grevista, a situação ficou ainda pior após a fala do secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça, minimizando a importância da categoria durante o período carnavalesco.
“O secretário da Casa civil, ao invés de tentar solucionar, fala uma fala desastrosa que contribuiu para os ânimos dos policiais ficassem ainda mais exaltados. A não ser que chegue da parte do Governo do Estado, a definição de um dia e hora para quando a nossa mesa de negociação será realizada, e o nosso problema solucionado, a deliberação da categoria pela greve está mantida”, explica.
Ele complementa dizendo que ninguém está colocando uma faca no pescoço da governadora, mas que é preciso que se inicie um diálogo. “Custa a governadora mandar um ofício para dizer quando vai se reunir? Ela tem que parar com essa intransigência. A gente está procurando solução para segurança pública, então, cabe a governadora, eleita pelo povo, o dever de exaurir o diálogo em busca de uma solução”, finaliza.
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