Uma das pautas do motim dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Câmara dos Deputados une esse grupo a deputados de centro e esquerda. As informações são do blog do Valdo Cruz.
A proposta do fim do foro privilegiado busca não só beneficiar Bolsonaro, mas também – e talvez principalmente – deputados que estão sob investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de desvio de emendas parlamentares.
Leia maisSão cerca de 80 políticos, praticamente de quase todos os partidos, no alvo de inquéritos da Polícia Federal.
Logo após o fim da ocupação da mesa da Câmara dos Deputados, os líderes dos amotinados disseram que foi feito um acordo para colocar em votação projetos sobre:
• anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023;
• fim do foro privilegiado para deputados e senadores.
Segundo parlamentares que participaram das negociações, a anistia dificilmente será votada, mas o fim do foro especial no STF tem grandes chances de prosperar.
Aprovado o fim do foro privilegiado, os processos contra parlamentares passariam a tramitar inicialmente na Justiça de Primeira Instância.
Ou seja, os casos de investigações em curso no Supremo Tribunal Federal, que tem vários ministros como relatores, desceriam para a Justiça de Primeira Instância, demorando tempo suficiente para que não sejam julgados totalmente ainda no mandato atual dos parlamentares.
“O fim do foro une quase todo mundo neste momento. A anistia, não. Na semana que vem poderemos observar a evolução do fim do foro e não da anistia”, confidenciou um líder que participou das negociações, destacando que deputados estão incomodados e amedrontados com as investigações da Polícia Federal sobre o desvio de verbas de emendas parlamentares.
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