Enxurrada arrasta carro em Santa Cruz do Capibaribe e alaga ruas e avenidas

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Sinais de pato manco

Raquel Lyra (PSDB) rompeu sua relação política e administrativa com a família Ferreira, cujo maior latifúndio eleitoral é Jaboatão dos Guararapes. Demitiu no sábado, véspera do Dia das Mães, o presidente do Detran e todos os diretores da instituição, indicados pelo presidente estadual do PL, Anderson Ferreira.

Segunda maior receita própria do Estado, o Detran é cobiçado por todos os políticos. Passa agora ao controle do PP, liderado no Estado pelo deputado Dudu da Fonte. Raquel se elegeu pelo impacto da morte do marido, mas também atraindo eleitores lulistas e bolsonaristas, na medida em que ficou em cima do muro, não assumindo, no segundo turno, nem Lula nem Bolsonaro.

Mas quando decidiu entregar o Detran ao PL, a interpretação natural era de um alinhamento efetivo ao bolsonarismo, já que a secretária de Educação, Ivaneide Dantas, havia sido, também, indicada por Anderson. Aliás, foi secretária da mesma pasta na gestão do ex-prefeito de Jaboatão, que deve ter ainda outros penduricalhos no Governo do Estado.

A expectativa que se cria, a partir de agora, se dá quanto ao que vai decidir o grupo Ferreira. Mantém uma relação faz de conta com Raquel ou rompe? A segunda alternativa tende a ser a mais lógica, já que nas eleições municipais que se aproximam estarão em palanques diferentes – a governadora com Daniel Coelho e os Ferreira com Gilson Machado, pré-candidato do PL.

Mais difícil ainda será decifrar essa guinada política de Raquel: largando o bolsonarismo e entregando o Detran ao PP, partido alinhado ao Planalto, se aproxima, efetivamente, do presidente Lula? O gesto foi feito, mas o aliado incondicional do lulismo em Pernambuco é o PSB, do prefeito do Recife, João Campos, candidato à reeleição.

E a reeleição de João, com Lula no palanque, é a grande temeridade de Raquel. Dependendo do tamanho que o prefeito saia das urnas em outubro, a governadora pode virar um pato manco.

‘‘Pato manco” (lame duck) é uma expressão, usada principalmente na política norte-americana, que define o político que continua no cargo, mas que, por algum motivo, não pode disputar a reeleição e perde a expectativa de poder. A expressão nasceu na Bolsa de Valores de Londres, no século XVIII, em referência a investidor que não pagava suas dívidas e ficava exposto à pressão dos credores.

A ave (e o político) com problemas torna-se presa fácil dos predadores. A expressão surgiu de um velho provérbio de caçadores que diz: Never waste powder on a dead duck. Isto é, “nunca desperdice pólvora com pato morto”.

MANDACARU – Raquel foi cruel com os Ferreira. O que corre nos bastidores é que a família tomou conhecimento da vassourada no Detran pela mídia. Na véspera das demissões, na sexta-feira, o deputado André Ferreira, irmão de Anderson, se encontrou com a governadora no Interior, mas em nenhum momento ela sinalizou que iria demitir os aliados dele e da família acomodados no Detran. É por essas e outras que os deputados da base na Alepe só se referem a governadora como “Raquel Mandacaru”, o arbusto que não dá sombra nem encosto para ninguém.

Bancada lavou as mãos – Não há razões que a própria razão desconhece. Anderson e a família Ferreira perderam o Detran porque não estavam dando em troca o que a governadora queria: votos na Assembleia Legislativa. Praticamente todos os parlamentares da bancada do PL na Alepe se comportam como se fossem oposição. Além deste fato primordial, a própria bancada lavou as mãos diante da decisão, porque havia uma reclamação de que os Ferreira não compartilharam os cargos no Detran, nomeando apenas gente do seu grupo familiar.

Burburinho no PL – O que se comenta também é que o grupo Ferreira está a um passo de perder o controle do PL em Pernambuco. Anderson se mantém no comando do partido por influência do presidente nacional, Valdemar da Costa Neto. Há, entretanto, um inconformismo do grupo bolsonarista no Estado, liderado pelo ex-ministro Gilson Machado, pré-candidato a prefeito do Recife, que não tem a certeza do engajamento de Anderson e dos Ferreira em sua campanha.

Violência atinge o poder – Na tarde do último sábado, um homem foi baleado e preso em flagrante após tentar assaltar uma viatura descaracterizada que dá apoio à segurança da vice-governadora do estado, Priscila Krause (Cidadania). O crime aconteceu no bairro do Parnamirim, na Zona Norte do Recife. O assaltante estava armado com um revólver calibre 32 e foi preso pela própria equipe de segurança da vice-governadora, em frente a uma barbearia localizada na Avenida Parnamirim.

A versão do secretário – Nova vítima da violência desenfreada no Estado, Priscila Krause não estava no carro oficial que usa quando o meliante foi atingido por uma bala disparada por um dos seguranças dela. “A vice-governadora não estava no momento da ocorrência. O veículo não é utilizado por ela, mas sempre como apoio. Os policiais reagiram, ferindo o assaltante na perna e na mão”, confirmou o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, em nota sobre o crime.

CURTAS

VIDRO QUEBRADO – À TV Globo, a gerência da barbearia informou que o vidro do estabelecimento foi quebrado durante a prisão do criminoso, que se desequilibrou após ser baleado e caiu por cima da vidraça. A arma utilizada pelo assaltante, que tem passagens anteriores na polícia, foi apreendida, com seis munições, sendo duas pinadas e quatro intactas.

HOSPITALIZADO– A ocorrência foi registrada no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no Recife. O assaltante foi levado, sob custódia policial, para o Hospital Getúlio Vargas, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife. Segundo a direção do hospital, o paciente passou por um procedimento e está bem.

AGRESSÃO – O repórter Arildo Palermo da RBS TV, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul, foi hostilizado durante uma entrada ao vivo no “Jornal da Globo” na noite da última quinta-feira. Um homem começou a criticar a emissora enquanto o jornalista estava no ar. “Vocês que são da Globo não prestam, desserviço da Globo. Mentira da mídia”, disse. William Bonner também foi criticado. “Você não tem mais autoridade aqui em Porto Alegre”, disse o homem ao se referir ao apresentador do “Jornal Nacional”.

Perguntar não ofende: Os Ferreira rompem com Raquel Mandacaru?

Paulista - No ZAP

O Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu na quinta-feira (9), por maioria de votos, que são válidas as restrições previstas pela Lei das Estatais a indicações políticas para a diretoria e conselhos de administração destas empresas. A decisão foi tomada no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 7331).

No entendimento dos ministros, os vetos fixados pela legislação não ferem a Constituição e nem violam direitos fundamentais. Para a corrente majoritária, as restrições criam filtros para garantir a moralidade da administração pública e evitar conflitos de interesses.

“Não se pode impedir uma pessoa de assumir determinado cargo público em virtude de sua opinião política ou ideológica, mas é possível que a lei presuma que quem tenha exercido cargo de direção partidária ou funções similares tenham um conflito objetivo de interesses com a administração”, afirmou o ministro Edson Fachin, ao votar na sessão desta quinta.

Fachin, assim como o ministro Luiz Fux e a ministra Cármen Lúcia, acompanharam entendimento apresentado pelo ministro André Mendonça, formando maioria ao lado de Dias Toffoli, Nunes Marques, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

O ministro Gilmar Mendes seguiu a divergência aberta na quarta-feira (8) pelo ministro Flávio Dino e votou para fazer alterações nas restrições previstas pela lei. Para o decano do STF, os vetos criam obstáculos que podem afastar quadros competentes da República de postos-chaves da administração.

“No próprio âmbito da atividade privada, não se verifica a adoção de práticas corporativas semelhantes. Ao invés, são relativamente comuns casos de agentes políticos ou com histórico de atividade partidária e/ou na administração pública que, pouco após encerrar a função pública, passam a ocupar cargos de gerência ou administração em empresas privadas”, argumentou.

Indicados permanecem no cargo

Por unanimidade, os ministros também concluíram que podem permanecer em suas atuais funções as pessoas indicadas para cargos em estatais desde a concessão da decisão liminar (provisória) do relator, ministro Ricardo Lewandowski (aposentado), em março de 2023. A decisão de manutenção das regras da lei das Estatais pelo Plenário do STF não atinge, portanto, os que já ocupam os cargos.

Lewandowski concedeu a decisão liminar em março de 2023 por considerar que o pedido era urgente diante da proximidade do prazo para as eleições de administradores e conselheiros de estatais.

Ao manter os efeitos da liminar, os ministros argumentaram que a decisão é válida para evitar instabilidades e inseguranças para a administração pública.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, demitiu o ministro da Defesa do país, Sergei Shoigu. A demissão, confirmada neste domingo (12), acontece em um momento de intensificação do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

Mais cedo, por exemplo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, relatou que os confrontos se intensificaram na região de Kharkiv, no leste do país. No local, milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas após os ataques russos. As informações são da Carta Capital.

Shoigu era um dos principais homens de confiança de Putin e estava no cargo há onze anos. Aos 68 anos, ele foi o mais longevo titular da Defesa russa desde o fim da União Soviética, no início dos anos 1990.

Segundo o governo russo, o agora ex-ministro vai para o Conselho de Segurança, que é um órgão consultivo.

O Kremlin não explicou o motivo pelo qual decidiu afastar o ministro da Defesa, limitando-se a dizer que o nome de Andrei Belousov foi proposto ao Parlamento para assumir a pasta.

Ipojuca - Minha rua top

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou pela primeira vez sobre as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. Em comunicado, Biden disse que ele e sua esposa, Jill Biden, estão “profundamente tristes” e afirmou que seu governo está em contato com o do Brasil para enviar ajuda. 

“Nossos pensamentos e orações estão com as pessoas afetadas por esta tragédia e com os socorristas que trabalham para resgatar e fornecer cuidados médicos a famílias e indivíduos”, disse o presidente. “Os Estados Unidos estão ao lado do Brasil neste momento difícil”. As informações são do G1.

Biden não especificou, no entanto, que tipo de ajuda seu governo ofereceu, mas disse estar “em contato com nossos parceiros brasileiros”.

“Minha administração está em contato com nossos parceiros brasileiros, e os Estados Unidos estão trabalhando para fornecer a assistência necessária ao povo brasileiro, em coordenação com as autoridades brasileiras”.

A tragédia sem precedentes no Rio Grande do Sul, causada pelas enchentes e inundações provocadas pelas fortes chuvas que atingem a região, tem mobilizado governos e organismos internacionais.

Caruaru - Geracao de emprego

Da Agência Brasil

O Rio Grande do Sul contabiliza, até o momento, 722 abrigos temporários, montados em decorrência das fortes chuvas, inundações e enxurradas que atingem o estado desde o fim de abril.

O levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) do estado foi feito com base em informações das secretarias municipais de Assistência Social. Segundo as informações oficiais mais recentes, há um total de 81.170 pessoas em abrigos no RS. O número de cidades afetadas chega a 446 dos 497 municípios gaúchos.

O número de abrigos e de desabrigados ainda pode flutuar, explicou o secretário de Desenvolvimento Social do RS, Beto Fantinel, à medida que algumas pessoas voltam para suas casas ou as deixam, conforme a passagem das águas. “Os abrigos funcionam conforme a demanda dos atingidos, que varia de forma constante”, explicou.

O estado ainda sofre com o mau tempo, e há previsão de novas chuvas fortes neste domingo (15). Em Porto Alegre, por exemplo, o nível do lago Guaíba voltou a subir, podendo voltar a superar os cinco metros, dois a mais da conta de inundação.

Estão sendo levantadas também as condições de infraestrutura e as demandas de materiais de cada abrigo. Participam do levantamento também o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; o Ministério da Saúde; a Defesa Civil nacional; a Defesa Civil do RS; e o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

“O objetivo desse levantamento é identificar onde estão os abrigos, identificar as características básicas de sua infraestrutura, características básicas do perfil das pessoas desabrigadas e suas necessidades”, disse o secretário-adjunto da Sedes, Gustavo Saldanha.  

Segundo ele, com os números, o governo gaúcho “vai ter condições de fazer demandas mais específicas para o Ministério do Desenvolvimento Social, assim como auxiliar parceiros a disponibilizar recursos e doações para as características reais dos abrigos e das pessoas abrigadas”.

Entre as prioridades está a identificação das condições de acesso a água potável e a necessidade de medicamentos, itens de cozinha para o preparo de alimentos, cobertores e materiais de limpeza e higiene.

Numa primeira amostra, com dados de 96 abrigos, o governo estadual constatou que 47,92% desses locais possuem gestantes ou puérperas; 47,17% abriga população indígena ou quilombola; e 43,75% possuem migrantes.

Dessa amostra de abrigos, 91,67% informaram que possuem banheiros funcionais em quantidade suficiente para abrigos emergenciais (1 para cada 25 pessoas); 78,12% informaram que possuem espaços específico para lazer e convivência de crianças e adolescentes; 62,5% possuem cozinha e produção de alimentação no local (as demais recebem marmitas prontas).

Em meio à insegurança que tem assolado alguns abrigos, 58,33% da amostra já pesquisada disseram possuir equipes de segurança; 85,42% possuem equipes de saúde; e 83,33% possuem equipes de atendimento psicossocial atuando no local.

Até a última sexta-feira (9), somente via órgãos federais foram encaminhadas quase 2 mil toneladas de doações aos desabrigados do RS, sem contar as doações enviadas por pessoas físicas e empresas.

De acordo com balanço mais recente do governo estadual, foram registradas até o momento 143 mortes causadas pelo mau tempo, com enchentes e enxurradas, no RS. Outras 125 pessoas estão desaparecidas, e 537.380 ficaram desalojadas.

Camaragibe Agora é Led

A denúncia contra os irmãos Brazão, enviada pela PGR ao STF, traz grande parte das informações da denúncia apresentada pela PGR em 2019, inclusive a responsabilização dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.

No entanto, a denúncia desta semana, não faz menção ao Escritório do Crime e ao ex-oficial do Bope Adriano da Nóbrega, morto em 2020. As informações são da coluna de Lauro Jardim, de O Globo.

Belo Jardim - Vivenciando Histórias

O prefeito de Canoas, no Rio Grande do Sul, Jairo Jorge (PSD), pediu neste domingo (12) a evacuação imediata de moradores de sete bairros da cidade que retornaram às suas casas devido aos riscos de novos alagamentos. 

O alerta da administração do município é válido para os bairros de Rio Branco, Fátima, Mato Grande, Harmonia, Mathias Velho, São Luis e Niterói. Jairo Jorge reforça que as chuvas intensas que caíram nas últimas horas nos vales do Rio Jacuí, Taquari, Rio Caí, Rio dos Sinos e do Rio Gravataí vão desembocar em Canoas. As informações são da Band.

O prefeito explica que as chuvas podem provocar uma elevação de 5,5 metros no nível dos rios. “Por isso vamos dar aqui um alerta de evacuação imediata”, afirmou Jairo Jorge. 

“Vamos dar aqui um alerta de evacuação imediata. Eu peço a todos os canoenses que voltaram às suas casas, para o lado oeste (bairros Rio Branco, Fátima, Mato Grande, Harmonia, Mathias e São Luís), que saiam imediatamente, porque as águas retornarão. E se a pessoa ficar, ela possivelmente terá que ser resgatada e o risco da sua vida. Portanto, evacuação imediata dessa região”, completou. 

A prefeitura de Canoas também pediu a evacuação imediata para o bairro Niterói que, apesar de obras de proteção da área, como casas de bomba e diques, é para os moradores deixarem a região devido os riscos. 

“Diante do risco, especialmente do vento sul, que represará as águas que descem, há o risco de elevar rapidamente as águas ali no Rio Gravataí”, explica o prefeito de Canoas. “Por isso, eu peço também a evacuação imediata do bairro Niterói, para não termos risco, para a gente ter prevenção. É melhor prevenir do que remediar”, finalizou. 

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta para que pessoas resgatadas de áreas atingidas pelas chuvas não retornem a estes locais. “O solo dessas localidades continua instável, com o terreno alagado e perigo de deslizamentos”, disse a tenente Sabrina Ribas, da comunicação da Defesa Civil. Neste domingo, o prefeito de Muçum, cidade na região do Taquari, reforçou o pedido. 

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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu neste domingo (12) a análise de uma queixa-crime apresentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o deputado federal André Janones (Avante-MG).

O ministro pediu vista, o que interrompe a avaliação do caso. Ele pode ficar até 90 dias com o processo, e não há data para a retomada. As informações são da CNN.

Até a paralisação, o placar estava 2 a 1 a favor de receber a queixa e abrir uma ação penal contra o deputado pelo crime de injúria.

Bolsonaro acusa o congressista de calúnia e injúria por declarações e xingamentos feitos por Janones em seu perfil no X (antigo Twitter) em março e abril de 2023.

O deputado chamou Bolsonaro de “assassino”, “miliciano”, “ladrão de joias”, “ladrãozinho de joias” e “bandido fujão”, além de dizer que o ex-presidente seria responsável pelo homicídio de milhares de pessoas na pandemia.

A análise da queixa está sendo feita em sessão virtual do STF que começou na sexta-feira (10) e termina em 17 de maio.

Mesmo com pedido de vista, os ministros que ainda não votaram podem antecipar seus votos, caso queiram.

Nesse formato de julgamento, não há debate entre os magistrados. Eles apresentam suas posições em um sistema eletrônico.

Votos

A relatora do caso é a ministra Cármen Lúcia. Ela votou para receber a queixa de Bolsonaro só com relação ao crime de injúria, rejeitando a acusação de calúnia.

“O querelado [Janones] não imputou, falsamente, fato definido como crime ao querelante [Bolsonaro]”, disse Cármen. “O querelado afirmou que o ‘‘capitão’ (querelante) matou milhares na pandemia’, o que não configura o crime de homicídio (art. 120 do Código Penal brasileiro) como quer fazer crer o querelante. Dessa forma, não havendo nessa afirmação nenhum fato determinado e específico como crime, não se encontra configurado o crime de calúnia”, disse. Alexandre de Moraes seguiu sua posição

Já Cristiano Zanin divergiu, e votou para rejeitar a queixa. Ele entendeu que a declaração de Janones está relacionada com o seu exercício do mandato e que há, portanto, a imunidade parlamentar.

“Entendo, pois, caracterizado o nexo entre a manifestação do Deputado Federal, ora querelado, e o exercício de sua função de parlamentar, de sorte que a proteção da imunidade material obsta o recebimento da presente queixa-crime”, afirmou.

Conforme o ministro, a Constituição assegura imunidade material aos parlamentares, em seu artigo que diz que “deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”.

“Os artigos que disciplinam a imunidade material não se destinam, enfatizo, a tutelar a pessoa natural do congressista, mas, sim, noutra direção, a proteger a miríade de prerrogativas, competências e atribuições relacionadas à sua posição de titular de mandato eletivo”, disse.

Segundo o magistrado, falas acaloradas e discursos inflamados despontam com considerável frequência no cotidiano dinâmico e difuso do Poder Legislativo.

O caso

Bolsonaro acusa Janones de calúnia e injúria por declarações “ofensivas à sua honra” feitas via perfil do deputado no X (antigo Twitter), em 2023.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou a favor de que o STF receba a queixa-crime.

No parecer, o vice-procurador-geral da República Hindenburgo Chateaubriand Filho disse que, ao tratar Bolsonaro por “miliciano, ladrão de joias, bandido fujão e assassino” e mencionar que ele “matou milhares de pessoas na pandemia, o querelado [Janones], em tese, ultrapassou os limites da liberdade de expressão e os contornos da imunidade parlamentar material”.

“O contexto parece completamente estranho ao debate político”, disse Chateaubriand Filho.

Em manifestação no processo, Janones afirmou que suas afirmações são genéricas e abstratas, sem a individualização da vítima, e protegidas pela imunidade parlamentar. O deputado não menciona expressamente o nome de Bolsonaro nas postagens.

Por Gabriel Benevides*

O Brasil tem a 7ª maior inflação do G20 no acumulado de 12 meses até abril. O índice de preços do país fechou o período com alta de 3,7%. Está empatado com a Rússia.

O ranking do grupo é liderado pela Turquia, que tem inflação anualizada de 293,2%. Em seguida estão Argentina (69,8%) e Índia (7,9%). O levantamento foi enviado ao Poder360 pela agência Austin Rating.

O G20 reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Africana e a União Europeia.

Em relação ao fim de 2023, o Brasil manteve a posição na lista dos países com a inflação mais alta. Ao fim do ano estava em 7º lugar com a taxa anualizada em 4,6%.

Os índices de inflação são usados para medir a variação dos preços. Ou seja, quanto vale o dinheiro de forma real. Em resumo, um produto que custava R$ 100 passa a custar R$ 110 se a inflação ampla variou em 10% para cima.

De janeiro a abril

O Brasil ocupa o 6º lugar no ranking da inflação acumulada ao longo de 2024 (de janeiro a abril). A taxa avançou 1,8% no intervalo.

O topo da lista é ocupado pela Argentina (66,7%). O top 3 termina com Turquia (18,7%) e Rússia (2,5%).

Inflação no Brasil

Medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação anualizada do Brasil caiu de 3,9% em março para 3,7% em abril. Foi a taxa mais baixa desde junho de 2023, quando era de 3,16%. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados nesta sexta-feira (10).

A inflação mensal foi de 0,38% em abril. Acelerou 0,22 ponto percentual em comparação com março, quando foi de 0,16%. 

Jornalista do Poder360*

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho de “grande perigo” neste domingo (12), para o Rio Grande do Sul com aviso de acumulado de chuva. Segundo o órgão, há “grande risco de grandes alagamentos e transbordamentos de rios, grandes deslizamentos de encostas”, as informações são do O Antagonista.

As previsões de áreas afetadas incluem as regiões Noroeste, Centro Ocidental, Metropolitana de Porto Alegre, Nordeste, Sul Catarinense, Centro Oriental e Serrana.

Boletim divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul mostra um salto no número de pessoas desalojadas devido às fortes chuvas no estado.

Com sete mortes confirmadas na manhã de domingo (12), o RS chegou a 143 vítimas dos temporais e cheias que atingem o estado desde o final de abril. O boletim da Defesa Civil ainda contabilizava 125 desaparecidos, número estável desde sábado (11) e 806 feridos (50 a mais do que o dia anterior).

Com a volta da chuva no estado, o número de pessoas fora de suas casas aumentou de cerca de 441 mil, registrado no sábado, para mais de 618 mil. Mais de 81 mil estão em abrigos e 537 mil estão desalojados (em casa de amigos e parentes).

Em publicação nas redes sociais, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), comentou sobre o alerta do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) classificando como muito alta a possibilidade de novos transtornos no estado.

Leite voltou a reforçar que não é o momento de as pessoas voltarem para suas casas.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou, na manhã deste domingo (12), pelo X (antigo Twitter), sobre a morte da deputada federal Amália Barros (MT), que era vice-presidente nacional do PL Mulher e presidente do PL Mulher de Mato Grosso.

“Com muita dor informo o passamento da nossa amiga e irmã Deputada Federal Amália Barros de Mato Grosso. Deus, em sua infinita bondade, a receba e conforte seus familiares e amigos”, escreveu Bolsonaro na rede social. As informações são do SBT News.

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também se manifestaram.

“Quero expressar meus sentimentos à família e aos amigos e amigas da nossa querida deputada Amália Barros, uma jovem lutadora pelas causas do Mato Grosso e da visão monocular”, escreveu Lira no X.

“Ainda sem ter assumido o mandato, me procurou na Câmara para aprovação da Lei 14.126/21, da qual foi incansável articuladora e que classifica a visão monocular como deficiência sensorial e estende os mesmos direitos e benefícios previstos para pessoas com deficiência. Conquista ímpar para o segmento”, completou o presidente da Câmara.

Já Pacheco disse ter recebido a notícia da morte com pesar. “A parlamentar marcou sua breve carreira política pela defesa dos direitos das pessoas com deficiência. Envio meus sentimentos aos familiares e aos amigos da deputada”, acrescentou.

Amália morreu aos 39 anos, em São Paulo. A informação foi confirmada em sua página oficial no Instagram na madrugada deste domingo (12). Ela estava internada no Hospital Vila Nova Star, na capital paulista, desde o dia 1º de maio, depois de ser submetida a uma cirurgia para retirada de um nódulo no pâncreas.

Em 9 de maio, ela passou por um procedimento adicional de radiointervenção. No dia 10, um boletim médico da unidade de saúde informou que a parlamentar encontrava-se em estado grave e sob cuidados intensivos. Já uma nota publicada em seu Instagram no sábado (11), informou que a parlamentar faria uma nova cirurgia para tratar de complicações no fígado e que Amália seguia em estado grave e sob cuidados intensivos.

“Estou sem chão… minha amiga.. irmã querida”, escreveu o deputado federal Zé Trovão (PL-SC) em comentário no Instagram. “Meu Deus! Quanta tristeza! Que Deus a receba de braços abertos”, pontuou o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). Nos Stories, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro escreveu: “Vou te amar para sempre, minha amiga. Você está nos braços do nosso Pai”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou neste domingo (12) uma mensagem de Dia das Mães. Em vídeo publicado nas redes sociais, o petista citou as vítimas da tragédia causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, que deixou 143 mortos até esta manhã.

“Hoje eu quero homenagear todas as mães brasileiras, mas quero deixar uma mensagem de solidariedade para as mães do Rio Grande do Sul, vítimas de uma das maiores tragédias ambientais da história do Brasil. Vocês não estão sozinhas”, disse. As informações são do G1.

“Estamos juntos para recuperar e reconstruir o que foi destruído. Cidades, casas, pontes, rodovias, mas sabemos que nem tudo poderá ser recuperado. Mães perderam seus filhos e filhos perderam suas mães. A melhor maneira de honrarmos a memória daqueles que se foram é trabalharmos juntos com aquilo que o povo brasileiro tem de melhor: o espírito de união, a solidariedade e o amor ao próximo”, continuou.

Além das mortes, o último boletim divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul contabilizava 125 desaparecidos e 806 feridos (50 a mais do que o dia anterior).

Ao todo, 618 pessoas estão fora de suas casas: mais de 81 mil estão em abrigos e 537 mil estão desalojados (em casa de amigos e parentes).

Na noite de sábado (11), o governo também publicou uma medida provisória abrindo crédito extraordinário de R$ 12,2 bilhões para o estado.

A medida possibilita a execução de ações anunciadas anteriormente pelo governo federal, como:

  • abertura de linhas de crédito;
  • medidas de apoio à segurança alimentar;
  • liberação de parcelas extras do seguro desemprego;
  • contratação temporária de profissionais;
  • aquisição e equalização de 100 mil toneladas de arroz.