Peugeot 2008 Style: ambiente em mudanças
Há vários SUVs compactos no mercado – cada um com sua característica, preço, um detalhe, enfim, que conquista o futuro comprador. Do Chevrolet Tracker ao Volkswagen T-Cross, ao Hyundai Creta e ao Nissan Kicks – todos consolidados. Do lado da Stellantis, temos o Jeep Renegade, o popular Fiat Pulse, o Citroën C4 e o Peugeot 2008. O que levaria um consumidor optar por este último, testada por uma semana por este colunista.?
Preço? Talvez. No configurador do site da marca, cobra-se R$ 114 mil pela versão Style, a testada: há uma abaixo e duas acima…Não é barato, convenhamos, um carro de U$ 25 mil – que passa da faixa fácil da faixa dos R$ 100 mil, Mas ‘a configuração’ dos preços oficiais e dos praticados está meio maluca, instável – você este modelo mais barato por aí, mesmo um 0km.
E muitos dos concorrentes do segmento, sim, estão mais caros – e o problema de todos, agora, são os elétricos compactos, que têm despencado de preço. Isso tudo é fruto dos planos de renúncia fiscal do governo, inflação de demanda baixa, juros (lentamente) caindo, excesso de estoque, ousadia comercial dos chineses e por aí vai.

Outro fator: a Stellantis literalmente ressuscitou as francesas Peugeot e Citroën de verdade. Em julho, por exemplo, fechou entre as 10 marcas automotivas que mais venderam no mercado brasileiro, com aumento de 31% ante o mês anterior. Bem, vale lembrar que as concessionárias ficaram mais confiáveis, com novas práticas etc.
O carro, em si, vale o quanto pesa? Nesse caso, o que oferta de equipamentos? Lembrando: a versão Griffe 1.6 THP automático, topo de linha, tem preço sugerido de R$ 131.290. Mas, voltemos à Stylle – de 120cv e 15,7kgfm de torque, com relação peso/potência de 10,18 kg/cv. Ele tem acabamento externo escurecido, lanternas de LED, revestimento de couro apenas no volante, bancos parcialmente revestidos de couro. É confortável, enfim. Tem mimos de segurança e conforto como câmera de ré, crontrole de cruzeiro e ar condicionado automático digital bi-zone com três modos de operação. O tradicional teto panorâmico está lá. A central multimídia tudo-em-um pode ser pareado com Apple e Android.
Mas atenção a um detalhe: o visual está notadamente cansado e a marca tem agora foco voltado para os elétricos (além do 208, já pôs no mercado e-2008, 100% eletrificado com preço estimado (e baixando) na faixa dos R$ 250 mil. Ele gera bons 136cv e promete entregar 345km de autonomia. Nas estradas, e em algumas delas de terra, deu para sentir a suspensão macia, o vão do solo no limite, a boa posição de dirigir e por aí vai. É confortável, sim – para quatro pessoas, desde que não sejam tão altas. Nos giros altos, como em ultrapassagens, o barulho invade a cabine. A versão Style tem quatro airbags (dois obrigatórios por lei, como o ABS). Airbags de cortina, que ‘fecham’ o habitáculo em caso de acidente, só nas versões mais caras.
O motor 1.6 – assim como boa parte dos aspirados – também caminha para a aposentadoria – e não só na Peugeot.

Nova Silverado por R$ 520 mil – A picape grande Chevrolet Silverado chega ao Brasil ainda este mês, provavelmente, mas já tem cliente reservando uma unidade. Ela custa, para donos de veículos da marca cadastrados no site, a bagatela de R$ 520 mil – e apenas para os primeiros 500 clientes, que levarão, de brinde, uma capota elétrica como brinde. As imagens foram divulgadas pelo BF///MS. A Chevrolet Silverado terá, segundo a assessoria da marca, a maior e “mais funcional” caçamba da categoria. Serão 1.781 litros de volume, o maior da categoria, proporção de comprimento, profundidade e altura projetada para acomodação dos mais variados tipos de objetos, revestimento especial para a maior proteção do veículo e também de cargas mais delicadas, tampa traseira basculante com acionamento elétrico para abertura e fechamento, câmera de alta definição para acompanhamento da carga durante a viagem pelo sistema multimídia, 12 ganchos internos para amarração e tomada de alta voltagem (220V).
Rampage nas lojas – E por falar em picapes, a Rampage começou a chegar às 115 concessionárias Ram de todo o Brasil. Em poucos meses, ela já acumula mais de 8 mil pedidos – e a equipada com motor 2.0 Hurricane 4, movido a gasolina e com potência de 272 cv, supera todas as expectativas. São três versões: Rebel, Laramie e R/T (off-road, luxo e esportividade), como preços que começam em R$ 240 mil e vão a R$ 270 mil.

BMW iX M60 tem 619 cv – A nova configuração do impressionante SUV elétrico da marca alemã, que já está no Brasil, acelera de 0 a 100km/h em apenas 3,8 segundos e tem velocidade máxima de 250 km/h- o que o torna o modelo como o elétrico mais potente da marca no mundo. A autonomia para a grande bateria de 111,5 kWh, de fazer inveja: é de 561 quilômetros.
O iX M60, assinada pela divisão M, tem dois motores elétricos que, juntos, entregam 619 cv e 103,5kgfm. Do preço, nada foi comentado, mas já se sabe que ficará na faixa do R$ R$ 1 milhão. Há outros detalhes interessantes no modelo:
- Como é equipado com a Digital Key plus, o iX M60 dispensa as chaves físicas e deixa o acesso aos veículos ainda mais fácil
- O teto solar tem sistema que deixa o vidro fosco para bloquear a entrada direta de luz, como nos Boeing 787 Dreamliner
- O sistema de som é um Bowers & Wilkins Diamond Surround com 30 alto-falantes e 1.615 W, que inclui caixas de som dentro dos bancos
- O sistema de estacionamento autônomo, que já não exige ação do motorista.
GWM Ora 03 – O primeiro, e relativamente barato, carro elétrico da marca chega ao Brasil na próxima quinta-feira, 24. Ele vai enfrentar o também bonito (e barato) BYD Dolphin. Ele já pode ser reservado, mediante R$ 9 mil, e virá com duas opções de bateria para o consumidor escolher. O Ora 03 tem linhas arredondadas, como o Mini, e mede 4,25m de comprimento, com 2,65m de entre-eixos, e é ligeiramente maior que o Peugeot e-208 e Renault Zoe.
Eclipse Cross Sport – A linha 2024 da Mitsubishi Motors ganhou uma série especial 4×4 Eclipse Cross, a Sport. Com visual esportivo, é produzido sobre as configurações topo de linha do Eclipse e tem valores sugeridos de R$ 238 mil na versão HPE-S e R$ 249 mil na versão HPE-S S-AWC. Os detalhes são elementos estéticos, como acabamento em “black piano” presente em diversas partes, como aerofólio traseiro, antena, teto, colunas A e C, moldura lateral e inferior nas portas, rack de teto, retrovisores externos, spoilers na antena tipo “barbatana de tubarão”. O emblema “Sport” e “S” em vermelho na tampa traseira junto à moldura das caixas de rodas pintadas na mesma cor da carroceria, para-choques na cor do veículo e detalhes em vermelho engrossam a lista de itens exclusivos que equipam a edição limitada. O modelo vem com motor 4B40 MIVEC turbo de injeção eletrônica dupla, direta e indireta resultando em 165cv de potência e 25,5 kgfm de torque.

SUVs: apenas 13% dos usados – Fenômeno no mercado nacional desde o surgimento do Ford EcoSport, em 2003, que “popularizou” o segmento, os SUV´s (sport utilities vehiches) desembarcaram no país junto com os carros importados, no início dos anos 90. Desde então, eles transformaram-se em coqueluche para as famílias brasileiras, praticamente aniquilando outros segmentos que ocupavam essa preferência, como as stations (peruas) e os monovolumes. Os jipinhos viraram febre no Brasil. Os dados de vendas confirmam: no primeiro semestre de 2023, eles bateram o histórico percentual de 46,85% das vendas de automóveis de passeio e comerciais leves zero km. É claro que esse sucesso nas vendas tenderia a se alastrar para o segmento de seminovos e usados. E ele se prolonga, indiscutivelmente. Entretanto, o ticket médio desses carros continua alto, visto que não há nenhum exemplar à venda nas listas de modelos zero km abaixo de R$ 100 mil, a não ser quando é listado como PCD. Essa variável aparece no segmento de usados: embora faça todo esse sucesso nos novos, somente 13% da procura de veículos seminovos e usados pertencem à categoria. O levantamento foi feito com exclusividade pela Mobiauto, marketplace de carros usados do país. Ele mapeia o volume de acessos de compradores frente às centenas de milhares de anúncios da plataforma, separando-os por segmento. “Esse retrato é fiel às tendências claras e objetivas de compra do consumidor brasileiro que está interessado em um carro usado. É o mapa da mina”, destaca o economista Sant Clair de Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto. A pesquisa vai além dos percentuais distribuídos pelos 6 primeiros meses de 2023. Ela compara os dados com anos anteriores (2022 e 2021), retratando alguns desdobramentos do que houve com o mercado automotivo no período mais agudo da pandemia.
Para o CEO da Mobiauto, a queda no interesse pelos utilitários-esportivos seminovos decorreu em razão da alta nos preços, principalmente quando você se distancia para olhar o comportamento dos valores nos últimos três anos. “Os SUV’s zero km estão entre os veículos que mais foram reajustados de 2021 pra cá. Os seminovos acompanharam essa alta e o poder de compra das pessoas ficou comprometido, pois a renda não cresceu na mesma proporção”, esclarece.


A BMW Motorrad e seus 100 anos – A divisão de motocicletas BMW fará seu 100% aniversário agora em setembro. E, claro, vai festejar. Lançando, por exemplo, a série especial da R 18, moto clássicas que foi inspirada na R 5 da década de 1930. Serão 1.923 unidades da R 18 100 anos, mas fique ligado: somente 30 virão ao Brasil. O preço? R$ 190.000. Entre os itens exclusivos, pintura preta com detalhes cromados nas laterais do tanque e ao centro do para-lama traseiro. Ela traz duas linhas brancas nessas peças (como na versão normal), aumentando o contraste entre o preto e o cromo na moto. Há ainda um emblema “100 anos” e o assento único do condutor recebe um acabamento de couro vermelho ao topo com costura em forma de diamantes. Com 1.802 cm³ de capacidade, o motor entrega 91cv de potência 16,1 kgfm de torque.


Novo MB Actros 2653: R$ 1,1 milhão. O superpesado em linha com as exigências Euro 6 começam a ganhar as estradas brasileiras – e agora é a vez do novo Mercedes-Benz Actros 2653, o caminhão mais potente da marca no país. O novo motor OM 471 LA tem 13 litros, turbodiesel de seis cilindros em linha. O modelo já está por aqui desde 2019, mas ganhou uma versão ainda mais equipada a topo de linha e a mais potente da linha. Está disponível com tração 6×2 e 6×4. O motor 1.3 gera 530 cv de potência e 265mkgf de torque a partir das 1.100 rpm. Além disso, o cavalo mecânico tem acabamento caprichado e várias soluções eletrônicas.
Idoso na era digital – O idoso, condutor ou passageiro, poderá usar qualquer documento de identificação válido com foto, quando estacionarem seus veículos em vagas reservadas mesmo sem portar a credencial. A pessoas com deficiência também, desde que não seja possível verificar eletronicamente essa condição. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, estacionar veículo em vagas reservadas a pessoas com deficiência ou idosos sem a credencial que ateste essas condições configura infração gravíssima, punindo o infrator com multa e remoção do veículo.
A Câmara dos Deputados, por meio da sua Comissão de Viação e Transportes, aprovou substitutivo do relator, deputado Bebeto (PP-RJ), ao Projeto de Lei 693/21, do deputado licenciado Carlos Bezerra (MT). “A infração não deve ser aplicada quando, mesmo sem apresentar a credencial, for possível verificar sua emissão e validade por meio eletrônico. Nos casos de pessoa idosa, o texto que propomos prevê que qualquer meio de comprovação da idade seja suficiente para caracterizar a condição de beneficiário”, explicou o relator. O texto original propunha uma anistia mais ampla, com dispensa do porte da credencial e possibilidade de apresentação posterior para anular eventual multa.

Pneu tem data de validade? – Uma das grandes dúvidas do consumidor é sobre a durabilidade dos pneus. Com grande propagação de informações falsas na internet, é muito comum que “verdades absolutas” se disseminem pelas redes sociais. Por isso, a Pirelli, enquanto uma das principais fabricantes de pneus no mundo, resolveu esclarecer os principais questionamentos que recebemos de nossos consumidores:
- O segredo por trás da durabilidade do pneu é um só: cuidado. Calibre os seus pneus semanalmente, a frio e de acordo com as especificações do fabricante. Dessa forma, além de fazer com que eles durem mais, você também trará segurança para si próprio e a todos ao seu redor no trânsito.
- O tempo que o pneu irá durar também está plenamente relacionado à maneira com que o condutor dirige. Freadas bruscas, passagem constante por buracos e falta de calibragem são alguns dos aspectos que prejudicam o produto.
- Você, certamente, já ouviu falar que o pneu tem X, Y ou Z anos de validade. A verdade, porém, é que qualquer informação que delimite a validade de um pneu está errada. Uma confusão cometida por muitas pessoas que misturam o significado de validade do pneu com o de garantia. Roberto Falkenstein, consultor da área de tecnologias inovativas da Pirelli, nos conta como funciona a garantia de um produto Pirelli, e o porquê de ela não interferir na validade.
- “A validade do pneu é indeterminada, motivo pelo qual não consta uma data de validade no produto. No caso da Pirelli, damos cinco anos, ou 60 meses, de garantia a partir da data da compra dos pneus, porém é plenamente possível que o produto ainda esteja em boas condições mesmo após o término da garantia. Caso o cliente não possua a nota fiscal, essa garantia vai de acordo com o número DOT marcado no pneu, onde está grafada a semana e o ano de fabricação dele”, afirma Roberto.
- Já a validade do pneu está diretamente ligada a uma série de outros fatores, como, por exemplo, a maneira com que os pneus foram armazenados. Em caso de armazenagem incorreta, o pneu pode sofrer com deformações, além de a borracha perder algumas de suas propriedades. Não pode haver contato do pneu com derivados de petróleo e outros produtos químicos que possam agredir e deteriorar as composições químicas presentes no produto. Portanto, a indicação da Pirelli é que o consumidor faça a compra sempre em uma revendedora autorizada. “É bom se atentar a possíveis danos aos pneus pelo uso, tais como protuberância, deformação, além de cortes, abrasões e abaulamento do pneu, ou sinais de envelhecimento dele, que depende muito de como ele foi cuidado, tais como rachaduras e ressecamento. Por esse motivo, recomendamos inspeções regulares por especialistas”, conclui Falkenstein.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
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