O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado em definitivo pela Justiça, por dano moral coletivo, por uma série de ataques feitos a jornalistas ao longo de seu mandato. Ele terá que pagar uma indenização de R$ 50 mil. A ação foi movida pelo Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo em abril de 2021. A entidade elencou 175 ataques feitos por Bolsonaro só em 2020 e argumentou que a postura do ex-presidente incentivou seus apoiadores a também atacarem a imprensa.
Bolsonaro foi condenado em segunda instância em maio e a condenação já transitou em julgado, ou seja, Bolsonaro não pode mais apresentar qualquer recurso à Justiça. A condenação na primeira instância ocorreu em junho de 2022, em decisão da juíza Tamara Hochgreb Matos, da 24ª Vara Cível de São Paulo.
Na ocasião, a magistrada considerou que Bolsonaro extrapolou os limites da liberdade de expressão “ao ofender a reputação e a honra subjetiva de jornalistas” e estipulou uma multa de R$ 100 mil.
“Ao ofender a reputação e a honra subjetiva de jornalistas, insinuando que mulheres somente podem obter um furo jornalístico se seduzirem alguém, fazer uso de piadas homofóbicas e comentários xenófobos, expressões vulgares e de baixo calão, e pior, ameaçar e incentivar seus apoiadores a agredir jornalistas, o réu manifesta, com violência verbal, seu ódio, desprezo e intolerância contra os profissionais da imprensa, desqualificando-os e desprezando-os, o que configura manifesta prática de discurso de ódio, e evidentemente extrapola todos os limites da liberdade de expressão garantida constitucionalmente”, diz um trecho da sentença.
A defesa de Bolsonaro recorreu à segunda instância. Em maio desse ano, a 4ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) manteve a condenação, mas reduziu o valor da multa para R$ 50 mil. A defesa de Bolsonaro não apresentou novos recursos, e o processo transitou em julgado.
O renascimento da picape Titano: veja o que mudou e como ficaram os preços
Quando foi lançada, em março do ano passado, a Fiat Titano enfrentou algumas críticas. A suspensão, por exemplo, foi o principal alvo. A direção, mal calibrada, idem. O conjunto, no fim, era desconfortável. A picape teve uma gestação complicada: nasceu como Peugeot Landtrek, em 2020, e com foco na África e na Ásia, e já como Fiat começou a ser montada no Uruguai. Agora, a picape média renasce.
Primeiro, começou a ser produzida na Argentina — e é o primeiro produto do novo hub de picapes da Stellantis em Córdoba, reforçando de certa forma o protagonismo da Fiat na América do Sul. Segundo, ganhou novo motor: o Multijet 2.2, que deixa a picape mais potente e econômica, com 200 cv de potência e 45.9kgfm. Isso fez com que o consumo no ciclo urbano, que era de 8,5 km/l, passasse a ser de 9,9 km/l, numa economia de 16%. Já na estrada, a Titano passa a fazer 10,8 km/l, 17% melhor se comparado aos 9,2 km/l do motor anterior. A aceleração de 0 a 100 km/h passou de 12,4 km/h para impressionantes 9,9 km/h, ou seja, 20% de melhora.
Por fim, a Titano ganhou nova calibração de suspensão, novo sistema de tração e novo câmbio de oito velocidades nas versões automáticas. A capacidade off-road do modelo, segundo os engenheiros da marca, foi elevada. A versão Ranch passa a ter o pacote Adas, pacote de segurança com recursos como frenagem automática de emergência, monitoramento de ponto cego e piloto automático adaptativo, deixando a condução mais segura.
A picape também passa a contar com freios a disco nas quatro rodas e novo sistema de tração integral permanente (AWD) – que permite a troca automática entre a tração traseira (2H) e a tração integral (4X4), garantindo mais segurança em qualquer tipo de superfície. A Titano conta com seis airbags, sete alças de apoio e diversos sistemas avançados de assistência ao condutor — como alerta de saída de faixa, assistente de descida, detector de pressão dos pneus, controle eletrônico de estabilidade, assistente de partida em rampa, controle de tração e um sistema que melhora a estabilidade nos reboques.
O interior da Titano ganhou elementos que lhe remetem mais sofisticação, a começar pelo console central, com alavanca de câmbio mais moderna, tipo manche, e o novo freio de mão eletrônico. O quadro de instrumentos é também novo, com tela colorida de 7’’, para a versão Ranch. A central multimídia de 10” pode ser personalizada e facilita o acesso às várias configurações do carro, contando com uma página exclusiva para condução fora de estrada (Off-Road).
Com Apple Carplay e Android Auto, a central foi aprimorada, agora com conexão sem fio para smartphones. Ainda falando na central, a câmera 360° off-road continua como um diferencial importante. Além de auxiliar o motorista na hora de estacionar, é ativada automaticamente quando obstáculos são detectados durante a direção. Tudo isso graças às quatro câmeras distribuídas no exterior do veículo, que garantem que esteja pronta para enfrentar qualquer terreno.
Confira os preços sugeridos:
Endurance – R$ 233.990
Volcano – R$ 263.990
Ranch – R$ 285.990
Linha 2026 da S10 – E por falar em picapes, a Chevrolet apresentou a linha 2026 da picape S10. Não são muitas as novidades (com as novas opções de acabamento, por exemplo), mas traz algo importante: a introdução do sistema auxiliar de permanência em faixa em todas as versões equipadas com transmissão automática. A tecnologia, já usada em outros modelos concorrentes, usa uma câmera frontal para monitorar as marcações da pista e atua de forma ativa sobre o volante, realizando correções sutis quando detecta uma saída não intencional da faixa de rodagem. O sistema contribui para uma condução mais segura, desde que em rodovias que tenham faixa pintada, claro.
Outra novidade é a extensão do alerta de tráfego cruzado traseiro para mais versões da picape. Antes exclusivo da configuração topo de linha High Country, passa a ser item de série em todas as versões cabine dupla. Ideal para manobras de ré em locais com visibilidade limitada, como garagens e vagas perpendiculares, o recurso utiliza sensores de radar instalados na traseira do veículo para detectar a aproximação lateral de veículos em movimento. Os alertas são emitidos de forma visual na tela do sistema multimídia Chevrolet MyLink e por meio de sinais sonoros, reduzindo o risco de colisões traseiras transversais.
Complementando esse pacote de segurança ampliado, todas as versões automáticas da S10 passam a contar também com o alerta de colisão frontal e com o sistema de frenagem automática de emergência com detecção de pedestres. Eles combinam sensores frontais e uma câmera de alta resolução para identificar riscos iminentes de impacto com veículos ou pedestres. Já no Chevrolet Trailblazer 2026, a novidade é a adoção do sistema auxiliar de permanência em faixa nas versões LT, voltada a frotistas, e High Country, de perfil mais sofisticado. Confira os preços:
WT Chassi MT: R$ 243.290
WT cabine simples manual: R$ 253.290
WT cabine dupla manual: R$ 272.890
WT cabine dupla automática: R$ 292.090
Z71: R$ 309.690
LTZ: R$ 319.990
100 Anos: R$ 325.69
High Country: R$ 334.190
Hilux 8ª Geração: a mais vendida – A picape Toyota Hilux 8ª Geração é o automóvel usado mais vendido por meio da OLX entre os carros que completam uma década de lançamento, segundo levantamento da OLX. Foram analisados cinco modelos. O da fabricante japonesa lidera as vendas entre janeiro e maio com 38% de participação. Em segundo está o Jeep Renegade, com 28%; em terceiro o Honda HR-V, com 24%. O quarto lugar é dividido pelo Peugeot 2008 e Renault Oroch, com 5%. “A Hilux teve crescimento de 27% em vendas, enquanto o Jeep Renegade registrou alta de 18% nos cinco primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2024”, comenta Flávio Passos, VP de Autos do Grupo OLX. A oitava geração da Toyota Hilux também lidera na lista de mais procurados, com 52% de participação dentre os automóveis avaliados. O HR-V vem em segundo, com 20% e o Renegade em terceiro, com 19%.
Os SUVs compactos mais valorizados – A Mobiauto, site de vendas de veículos usados, verificou os índices de valorização e desvalorização dos SUVs compactos vendidos no Brasil no último ano. O levantamento se baseou em dados de veículos novos e usados anunciados na plataforma por concessionários, lojistas e vendedores particulares. De acordo com o levantamento, o Hyundai Creta apresentou a maior alta nos preços (9,09%) entre maio de 2024, quando era 0km, e maio de 2025, como seminovo. Na segunda posição da lista, o Honda HR-V apontou valorização média de 5,22% no período. O Fiat Pulse, na terceira colocação, valorizou 3,16%, em média.
O Renault Kardian, lançado em março do ano passado, teve alta de 2,67%. No lado oposto do estudo, o Kia Stonic aparece como o SUV compacto mais desvalorizado no período (-9,24%), seguido pelo Citroën C3 Aircross (-8,14%) e a geração antiga do Peugeot 2008 (-6,84%). A pesquisa avaliou a variação de preços entre maio de 2024, quando os modelos eram 0km, e maio de 2025, após um ano de uso, como seminovos. O preço médio na Tabela Fipe , o histórico e os dados de vendas do modelo no mercado, a quilometragem e a condição geral do veículo anunciado na Mobiauto também foram levados em consideração no estudo.
BYD Song Pro GS ganha mais segurança – Para comemorar a abertura da fábrica de Camaçari, na Bahia, a BYD fez algumas algumas mudanças nos seus dois principais modelos. O Dolphin Mini ganha uma nova cor, mas o que vale é a promoção: a BYD tirou quase R$ 3 mil na versão de 5 lugares, e agora o Dolphin sai de R$ 122.800 por R$ 119.990. Já o Song Pro GS gganhou pacote completo Adas 2 na lista de itens de série, que traz os auxílios à condução controle de velocidade adaptativo; assistência de permanência em faixa; frenagem automática de emergência; e alerta de ponto cego. O Dolphin GS, por sua vez, agora também vem com carregador de celular por indução de 50 W; ajustes elétricos no banco do motorista; rebatimento elétrico dos retrovisores; ajuste de profundidade e mais ajustes de altura do volante; partida inteligente; e vidros com função um-toque para subir e descer.
Carro sustentável com IPI zerado – O Ministério do Desenvolvimento e Indústria, liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, topou para si o anúncio do programa em que veículos compactos com alta eficiência energética-ambiental e fabricados no Brasil terão o IPI zerado. Para ter direito ao IPI zero, o carro sustentável deve atender a quatro requisitos: emitir menos de 83g de CO₂ por quilômetro, conter mais de 80% de materiais recicláveis, ser fabricado no Brasil (com etapas como soldagem, pintura, fabricação do motor e montagem no país) e se enquadrar em uma das categorias de carro compacto. Há, também, o programa IPI Verde, que reduz alíquotas do IPI para modelos mais leves e econômicos, movidos a energia limpa e que atendam a requisitos de reciclabilidade e segurança veicular. O governo garante que não haverá impacto fiscal, pois as montadoras já investiram R$ 190 bilhões. Boa parte das montadoras já ‘lançaram’ seus carros sustentáveis, dando descontos significativos. Vejam dois exemplos:
Modelo
Preço/tabela
Preço/desconto
Redução
Renault Kwid Zen
R$ 80.690
R$ 67.290
– R$ 13.400
Fiat Mobi Like
R$ 80.990
R$ 67.990
– R$ 13.000
Carro nos EUA? Conheça as diferenças nas regras de trânsito e evite imprevistos – Explorar os Estados Unidos de carro é uma ótima opção. Além de estradas bem sinalizadas e belas paisagens, as rodovias norte-americanas são famosas por sua ótima estrutura. Mas, antes de sair dirigindo estrada afora, é fundamental conhecer as regras locais de trânsito, que por sinal, são bem diferentes do Brasil. O especialista Diego Moralles, fundador e CEO da CFO Auto Group, concessionária e locadora de automóveis nos Estados Unidos, elencou os principais pontos de atenção para evitar multas, pontos na carteira e, claro, acidentes.
Ultrapassagens – Assim como no Brasil, a mão de direção é pela direita, porém as ultrapassagens podem acontecer tanto pela esquerda quanto pela direita nas rodovias, o que exige atenção redobrada, especialmente em vias de várias faixas.
Placas de ‘Stop’- A placa “Stop” significa parada obrigatória total, de pelo menos dois segundos, mesmo que não haja outros veículos. Ignorar isso pode render multa, com valor de US$ 165 na Flórida, por exemplo. Em cruzamentos com quatro ‘Stops’, vale a ordem de chegada: quem pára primeiro, passa primeiro.
Pedestres são preferência – Ao contrário do Brasil, em que muitas vezes atravessar a rua é um desafio, por lá os pedestres são prioridade total. Motoristas devem parar em todas as faixas de travessia sinalizadas, com ou sem semáforo. É obrigatório, sempre que alguém estiver aguardando para atravessar.
Controle rigoroso de velocidade – Independentemente do estado, todas as rodovias são controladas pela polícia rodoviária. É indispensável respeitar os limites impostos pelas sinalizações, pois as punições são rigorosas e podem resultar em multas ou até suspensão da permissão para dirigir.
Zero para álcool – No Brasil, a política de tolerância para álcool e direção é de tolerância zero – o que significa que qualquer quantidade de álcool detectada no organismo de um motorista, mesmo em níveis muito baixos, pode resultar em penalidades. A legislação americana também é rígida em relação a dirigir sob efeito de álcool. Porém, o limite legal geralmente é de 0,08% de álcool no sangue. Mas atenção, em alguns estados qualquer quantidade configura-se como infração grave.
Dicas para aluguel – A CNH brasileira é aceita na maior parte dos estados, mas recomenda-se a permissão internacional para dirigir, a chamada PID, para evitar contratempos. Outro ponto é que, nos EUA, o seguro básico contra terceiros é indispensável. Verifique as coberturas adicionais recomendadas. Se for a sua primeira vez alugando no país, vale priorizar locadoras que oferecem suporte em português e orientação sobre as regras locais. Algumas empresas atuam especialmente junto ao público brasileiro e oferecem esse cuidado extra.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), insiste na ajuda do ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo para obter algum aceno do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a seu favor.
Tarcísio despertou a ira de Eduardo Bolsonaro por ter-se encontrado com o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA no Brasil Gabriel Bacelar, em busca de um aceno de Trump para não aumentar em 50% as tarifas sobre a importação de produtos brasileiros, sobrtetudo aqueles produzidos em São Paulo.
Eduardo postou nas suas redes sociais que não está disposto a ajudar: “Qualquer tentativa de acordo sem um primeiro passo do regime em direção a uma democracia será interpretado como mais um acordo caracu, pois isso já foi exaustivamente tentado no passado – e os americanos também já conhecem essas histórias.”
“Acordo Caracu” é uma expressão de baixo calão, segundo a qual, por esse acordo, um lado entraria com a cara e, o outro, com o que resta da palavra “caracu”.
Tarcísio acredita que um aceno de Trump seria a melhor forma de neutralizar os ataques dos aliados do governo contra suas manifestações em defesa da decisão do presidente norte-americano pelo tarifaço.
O governador de São Paulo disse a aliados que sua manifestação, na verdade, foi um forma de defender o ex-presidente Jair Bolsonaro dos ataques de Lula e dos petistas que atribuíram a decisão de Trump a uma traição do clã bolsonarista.
Mas, segundo políticos próximos da família do ex-presidente, Eduardo teme inflar o governador paulista antes de seu pais decidir se Tarcísio será mesmo o candidato do grupo à Presidência da República em 2026. Carlos Bolsonaro já disse a amigos que Tarcísio está “indo com muita sede ao pote”.
Eduardo é o mais irritado porque ele próprio acredita que pode vir a ser o nome escolhido pelo pai para concorrer à Presidência.
Mas o governador fez chegar a Bolsonaro que um aceno de Trump, indicando disposição para rever as tarifas em função de um “pedido de São Paulo” — e não do governo brasileiro —, seria fundamental para “blindar toda a oposição” contra os ataques do PT.
Ele próprio tem sido alvo do PT e de aliados do governo federal que passaram a incluí-lo no rol dos “traidores da pátria” que teriam ficado ao lado dos EUA, contra os trabalhadores e a economia do Brasil.
Memes contra o governador proliferaram nas redes sociais, incluindo aquela imagem que ele próprio havia postado vestindo um boné da campanha eleitoral de Trump com o lema do MAGA – Make América Great Again (Faça a América Grande Novamente).
O governador havia publicado na rede social X (antigo Twitter) mensagem criticando o presidente Lula pelo aumento de tarifas. Ele escreveu que Lula “colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado”. Disse Tarcísio logo após o tarifaço:
“Tiveram tempo para prestigiar ditaduras, defender a censura e agredir o maior investidor direto no Brasil. Outros países buscaram a negociação. Não adianta se esconder atrás do Bolsonaro. A responsabilidade é de quem governa. Narrativas não resolverão o problema.”
O líder do governo na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), foi o primeiro a responder: “Como é que um governador de um estado tão importante como São Paulo se coloca contra a democracia brasileira? (…) Se você achava Tarcísio moderado, não pode achar mais. É a extrema-direita golpista (…) ele fica com a bandeira norte-americana enquanto ataca a bandeira brasileira”.
O deputado estadual Izaías Régis (PSDB) participou, na última quinta-feira (10), da agenda institucional da governadora Raquel Lyra (PSD) em Garanhuns, onde foram anunciadas e realizadas diversas entregas nas áreas de habitação, saúde e segurança alimentar. Durante os eventos, o parlamentar, que foi o mais votado da cidade nas últimas eleições para a Alepe, destacou a importância das ações. “Estou muito feliz! Feliz por ver que nossas solicitações estão se tornando realidade. Hoje é um dia histórico para a nossa cidade e para o Agreste Meridional”, afirmou.
Entre os compromissos acompanhados por Izaías, esteve a entrega de 575 títulos de regularização fundiária para famílias dos núcleos Heliópolis e Santa Rosa, garantindo segurança jurídica e dignidade a centenas de moradores. “Essa é uma das maiores vitórias para o povo de Garanhuns. São pais e mães de família que agora podem dizer: essa casa é minha! Lutei muito por essa conquista e agradeço profundamente à governadora Raquel Lyra por atender esse nosso pedido com sensibilidade e agilidade”, disse o deputado. As informações são do portal Garanhuns Notícias.
Na área da saúde, o parlamentar visitou com a comitiva o centro oftalmológico Oftalmo PE, em Heliópolis, e exaltou o avanço que o serviço representa para a população local. “Investir em saúde é cuidar da vida. A Oftalmo PE representa um grande avanço no acesso a exames e consultas oftalmológicas para nosso povo. Fico emocionado em ver que Garanhuns está recebendo atenção especial nessa área tão essencial”, pontuou. Izaías também participou do ato de ampliação do programa Leite para Todos, que combate a desnutrição e fortalece a agricultura familiar.
O deputado ainda destacou outras conquistas recentes articuladas junto ao Governo do Estado, como as obras do Hospital Mestre Dominguinhos, a nova maternidade, a UTI Pediátrica do Hospital Dom Moura e o aguardado IML para o Agreste Meridional. “Essas realizações mostram que Garanhuns está sendo vista, está sendo cuidada”, pontuou. Ao final da agenda, agradeceu à governadora e à vice Priscila Krause e reforçou seu compromisso: “Porque servir a Garanhuns é, acima de tudo, a minha missão de vida.”
Um dos setores que estão exigindo medidas mais imediatas do governo após o anúncio de taxação de 50% pelo governo de Donald Trump a produtos brasileiros é a indústria nacional de aviação, mais especificamente a Embraer. Um dia após a notícia da sobretaxa, na última quarta (9), as ações da companhia chegaram a desabar mais de 8% na Bolsa.
Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a medida inviabilizaria a exportação de aeronaves aos Estados Unidos. Ele diz que, neste momento, o diálogo é a única medida na mesa.
O anúncio de taxação já está afetando a movimentação nos portos?
O setor do pescado hoje é o mais afetado. Porque as cargas estavam programadas para sair, mas o translado demora em torno de 20 a 25 dias para chegar nos EUA. Então, as mercadorias já teriam taxação a partir do dia 1º [de agosto].
Nós também estamos atentos à indústria nacional de aviação. A Embraer é uma preocupação para nós. Os EUA são um dos grandes compradores de aeronaves — são mais de 1.500 aviões da Embraer que viajam pelos céus americanos. Essa taxação de Trump significa um custo a mais em torno de US$ 9 milhões por avião. Isso claramente inviabiliza a operação. Estamos discutindo internamente para buscar, por meio de diálogo, a construção de alternativas e soluções efetivas.
O que há por trás dessa taxação, na sua visão?
Foi um erro do presidente Trump misturar a relação institucional com a econômica, a relação comercial com a política. Infelizmente, Eduardo Bolsonaro está sendo muito irresponsável com o Brasil. É um desserviço o que os setores oposicionistas estão fazendo. Ficou claro que tem dedo deles. Porque, na hora em que o Eduardo grava um vídeo fazendo exigências, ficam claras as digitais deles. Mas essa não é uma oposição ao governo Lula, é uma oposição ao país, a quem produz. É uma oposição a quem gera emprego, quem gera renda, quem movimenta a economia.
Quais medidas estão na mesa sendo estudadas em reação à sobretaxa?
Ainda não tem nada definido. O que está definido agora é a busca por diálogo com os EUA.
O governo descartou a possibilidade de adotar uma política de reciprocidade?
Isso não foi colocado ainda em discussão séria. O governo agora está aguardando os próximos passos para poder fazer uma reflexão mais objetiva.
E a retaliação via tarifas sobre propriedade intelectual? Está na mesa?
Ainda não. Tem pouco tempo do anúncio, que pegou muita gente de surpresa. Estamos avaliando os próximos passos.
Há uma forte movimentação nos portos brasileiros atualmente. A taxação pode levar à diminuição do fluxo?
Temos que aguardar os próximos 10 dias para fazer uma avaliação mais profunda sobre isso. Mas acredito que vamos continuar crescendo. O setor portuário está vivendo o melhor momento da sua história. Em 2024, tivemos o melhor ano do setor.
Há possibilidade de o leilão no Porto de Santos ser afetado?
Nenhuma, não muda em nada. O leilão do Porto de Santos está preservado. A nossa expectativa é que ele será o maior da história do Brasil.
As regras do leilão, motivo de descontentamentos por retirar da disputa gigantes, podem ser modificadas?
Eu defendo a democratização do processo. Acho que quanto mais players internacionais participando, melhor, porque isso fortalece o Porto de Santos. Entretanto, nós temos que aguardar [o TCU dizer] se vai haver ou não concentração de mercado. A Antaq (Agência Nacional de Aquaviários) diz que sim.
O governador de SP, Tarcísio de Freitas, do seu partido, critica publicamente as regras atuais. Incomoda?
Eu respeito e tenho um excelente diálogo com o governador Tarcísio. Ele tem a posição dele e a Antaq tem a dela, que foi referendada por unanimidade na agência, que tem quadros indicados pelo governo anterior [no qual Tarcísio era ministro da Infraestrutura]. São quadros profundamente competentes, que têm uma posição que temos que respeitar.
RAIO-X
Silvio Serafim Costa Filho, 43 Formado em Administração de Empresas, foi vereador do Recife e deputado estadual de Pernambuco. No Executivo estadual, foi secretário de Turismo e Lazer e secretário de Governo. Destacou-se no Congresso por sua atuação nas áreas de infraestrutura, planejamento e desenvolvimento regional.
A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) assinou R$ 199,9 milhões em contratos com a gigante chinesa LiuGong, entre 2023 e 2024, mostram dados da estatal compilados pela coluna. Ao todo, há 73 acordos fechados com a empresa, que produz equipamentos de construção.
Como a coluna do Tácio Lorran revelou ontem, tanto o Tribunal de Contas da União (TCU) quanto o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) puniram a LiuGong por falsificação de documentos e por fraude em licitação. A empresa foi declarada inidônea e, por isso, não pode participar de pregões do governo federal por 1 ano. Também precisará pagar multa de R$ 2,35 milhões.
Em setembro de 2024, o TCU já havia declarado a empresa como inidônea por 5 anos, mas o ministro Jhonatan de Jesus derrubou a decisão. A virada no caso ocorreu em julho, quando o relator, Walton Alencar Rodrigues, reaplicou a pena, mas a reduziu para 1 ano.
A LiuGong atua no mercado internacional há mais de 65 anos e, hoje, alcança um faturamento bilionário. A companhia chegou ao Brasil em 2008 e fabrica equipamentos no país desde 2015. Parte dos produtos se destina à Codevasf, à qual fornece retroescavadeiras, escavadeiras hidráulicas, motoniveladoras e pás-carregadeiras.
Questionada pela coluna do Tácio Lorran, a LiuGong disse discordar com a penalidade imposta pelo Dnocs na esfera extrajudicial. Diante desse cenário, tem trabalhado para a imediata adoção das medidas judiciais pertinentes a fim de torná-la sem efeito.
“A LiuGong tem confiança de que sempre agiu nos estritos termos da lei e entende que a interpretação dada no processo administrativo não reflete a realidade dos fatos ocorridos, bem como se afasta da melhor aplicação da legislação vigente”, informou a gigante chinesa.
A tarifa de 50% sobre todos os produtos exportados pelo Brasil aos Estados Unidos (EUA) pode impactar nas exportações de Pernambuco ao país. De acordo com o economista e coordenador de Estudos, Pesquisas, Tecnologia e Inovação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), José Farias, esse impacto pode ser na ordem de R$ 1 bilhão ao ano.
“Pernambuco é o quarto maior exportador do Nordeste para os Estados Unidos. Em particular, neste ano de 2025, o cenário está menos dinâmico, com menos exportação para os Estados Unidos do que ano passado. Mas se a gente tomar como base ano passado, é uma perda de mais ou menos R$ 1,1 bilhão por ano para Pernambuco”, afirma o economista.
Segundo dados do sistema Comex Stat do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), os principais produtos exportados ao EUA por Pernambuco foram o açúcar (R$ 63,9 milhões), a uva (R$ 30,8 milhões) e o petróleo (R$ 18,6 milhões).
De acordo com o economista e professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Luiz Maia, a receita de exportação desses setores pernambucanos cairá. Com isso, terão que trabalhar com uma margem de lucro mais apertada ou procurar outros destinos para sua exportação. “Por exemplo, com essas tarifas, uma manga brasileira, em vez de custar US$ 1 lá nos Estados Unidos, vai passar a custar US$ 1,50. Talvez o consumidor ainda continue a comprar. O risco é que o Walmart vai tentar negociar, tentando a compra do produto por um valor mais baixo”, aponta.
Nordeste
De acordo com avaliação da Sudene, em 2024, o Nordeste pode perder até R$ 16 bilhões ao ano em exportações. No ano, Bahia, Maranhão, Ceará e Pernambuco protagonizaram as exportações para os norte-americanos, sendo responsáveis por US$ 2,5 bilhões, aproximadamente R$ 14 bilhões. Nesse período, a região exportou pouco mais de R$ 15,6 bilhões, considerando o valor do dólar.
Segundo o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, nessa decisão do governo dos Estados Unidos não há ganhadores, só perdedores. “Ao mesmo tempo em que um país exporta, também é importador. O mercado nordestino importou quase US$ 6 bilhões, ou seja, R$ 33,5 bilhões, em 2024 em produtos norte-americanos. Aplicando a regra da reciprocidade, os norte-americanos têm bem mais a perder do que a ganhar com a medida de seu presidente”, destacou.
Brasil
De acordo com dados do sistema Comex Stat, as exportações do Brasil para os EUA totalizam US$ 40,37 bilhões. Os produtos com o maior volume de exportações realizadas no ano foram: “Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos”, no total de US$ 5,83 bilhões, seguido por “Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado” (R$ 2.8 bi); Outros veículos aéreos (por exemplo: helicópteros e aviões) (US$ 2.38) e café não torrado (R$ 1,9 bi).
O ministro da Educação, Camilo Santana, declarou nesta sexta-feira (11) que quer universalizar o programa federal Pé-de-Meia a todos estudantes do ensino médio público, a partir de 2026. A declaração foi dada durante a divulgação do Indicador Criança Alfabetizada no Brasil de 2024.
Pelos cálculos do MEC, a universalização do Pé-de-Meia precisará de mais R$ 5 bilhões dos cofres públicos. Para viabilizar a ampliação orçamentária, o ministro tem conversado com representantes do Congresso Nacional.
“Eu tenho debatido muito isso com os próprios presidentes das Casas [Câmera e Senado], com a própria Comissão de Educação sobre a importância de a gente garantir, no orçamento do ano que vem, a possibilidade de ampliar os recursos para universalizar o Pé-de-Meia no Brasil.”
O ministro relata que, ao ser lançado em janeiro de 2024, o Pé-de-Meia foi, inicialmente, destinado aos beneficiários do programa Bolsa Família.
No segundo semestre, a chamada “poupança do ensino médio” foi ampliada aos estudantes da rede pública com inscrição ativa no Cadastro Único de Programas Sociais do governo federal (Cadúnico), o que possibilitou o crescimento do número de beneficiários de 2,5 milhões para mais de 4 milhões de jovens do ensino médio público, em um ano.
Camilo Santana explica que, atualmente, a renda familiar por pessoa é o critério para ter inscrição ativa no CadÚnico e, portanto, delimita quem tem direito às parcelas do benefício do programa de incentivo financeiro-educacional, que somadas podem chegar a R$ 9,2 mil nos três anos letivos do ensino médio.
“Às vezes, a diferença entre um aluno e outro, dentro da sala de aula, é tão pequena na questão do CadÚnico, na renda per capita, que não justificaria que ele também não tenha recebido o Pé-de-Meia”, exemplificou.
Pé-de-Meia
O programa federal tem o objetivo de promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes matriculados no ensino médio público e, desta forma, democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens.
A Prefeitura de São Paulo é acusada de censura após interromper a apresentação da banda Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo, que fazia um show gratuito na Praça do Patriarca, região central da capital, na tarde de ontem. O grupo participava da Semana do Rock, evento promovido pela Secretaria Municipal de Cultura.
Segundo a empresária da banda, Francesca Ribeiro, o show foi encerrado 20 minutos antes do previsto, e sete músicas da apresentação ficaram de fora. O motivo, afirma, foi a projeção de imagens com mensagens políticas — entre elas, frases como “Palestina Livre” e “Boicote Israel” — além de críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e à escala 6×1 de trabalho.
Em nota, a Secretaria Municipal de Cultura confirmou que desligou o telão e reduziu o volume do som, alegando descumprimento de cláusulas contratuais e “ofensas contra terceiros”. A banda, por sua vez, contesta a versão e afirma que o contrato não previa nenhum veto a manifestações políticas durante os shows.
Trechos do contrato obtidos pela imprensa reforçam a posição da banda. O documento aponta que manifestações são de responsabilidade dos artistas, e que a prefeitura pode cobrar indenizações apenas em caso de processos judiciais, o que não se aplica ao episódio de sexta-feira.
As imagens projetadas incluíam, além das mensagens políticas, referências visuais ao cineasta Glauber Rocha, bandeiras de diferentes países e artes gráficas da própria banda.
Durante o show, o produtor do evento teria feito diversas ameaças de interrupção, caso novas manifestações fossem feitas. Pouco tempo depois, o telão foi desligado. Na sequência, a vocalista Sophia Chablau reagiu publicamente.
“Que história é essa? O nosso governo federal apoia a Palestina. Não tem nada de errado a gente apoiar a Palestina. A gente não está indo contra as leis do nosso próprio país, afirmou no palco. Foda-se que foi a Prefeitura que contratou a gente. Vocês estão dando espaço para a cultura? A cultura é assim”, finalizou a artista.
A tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil a partir de 1º de agosto, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, na última quarta-feira, inviabiliza a exportação de açúcar dos produtores nordestinos. A avaliação é do empresário Renato Cunha, presidente da Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio) e do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE).
Renato Cunha explica que os produtores da Região Nordeste exportam, a cada ano, 155 mil toneladas de açúcar a granel para os Estados Unidos.
“O volume é pequeno em relação à produção da região Nordeste, que é de cerca de 4% das 3,7 milhões de toneladas produzidas aqui. E eles pagam acima do valor de mercado. Mas a questão não é só de preço, é de previsibilidade de vendas”, explica.
O presidente da Novabio destaca ainda que, a cada safra, os produtores se preparam para atender essa demanda, que fica armazenada aguardando a ordem de embarque.
“Temos uma previsibilidade nesses lotes, que já são produzidos e armazenados, preparados para essa finalidade. Então são regras que estão mudando em pleno curso, quando a safra aqui tá começando, exatamente agora no mês de julho, agosto e setembro. Ou seja, essa produção foi pensada para cumprir essa cota”, detalha.
Sobre a tarifa, Renato Cunha explica que essa cota tinha alíquota zero e o setor já precisou absorver uma primeira tarifa, de 10%.
“Já houve um aumento, um increase como eles chamam, de 10%. Já foi uma coisa traumática, mas foi possível acomodar. Mas esses 50% tornam esse envio inviável”, avalia.
O sistema de cotas para a compra de açúcar pelos Estados Unidos funciona há mais de 50 anos, com um volume de compras de 1,1 milhão de toneladas de 39 países. “Eles têm como substituir nossa cota, comprando desses outros países e nós também temos como vender essa cota a outros países, mas não nas mesmas condições de preço e previsibilidade”, afirma.
A carnavalesca e comentarista de desfiles de escolas de samba Maria Augusta Rodrigues morreu ontem, aos 83 anos, no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital São Lucas, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, por falência múltipla dos órgãos. Ela estava internada por complicações decorrentes de um câncer na bexiga.
Nascida em São João da Barra, interior do estado do Rio, Maria Augusta participou de desfiles marcantes, principalmente nas escolas de samba Acadêmicos do Salgueiro e União da Ilha do Governador.
Em 1969, estreou com título no Salgueiro com o enredo “Bahia de Todos os Deuses”, atuando como assistente de Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues. Voltou a vencer no Salgueiro em 1971, com “Festa para um Rei Negro”, e em 1974, como auxiliar de Joãosinho Trinta em “O Rei de França na Ilha da Assombração”. Deixou a marca de sua obra também na União da Ilha do Governador, onde assinou desfiles como “Domingo”, em 1977, e “O Amanhã”, em 1978, com enredos leves e de grande apelo popular.
Na década de 1980, passou por escolas como Paraíso do Tuiuti e Tradição. Em 1993, realizou seu último trabalho como carnavalesca na Beija-Flor de Nilópolis, substituindo Joãosinho Trinta no enredo “Uni-duni-tê, a Beija-Flor escolheu: é você”.
O governador Cláudio Castro emitiu nota sobre a obra da carnavalesca, formada pela Escola de Belas Artes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“Com profundo pesar, recebo a notícia do falecimento de Maria Augusta Rodrigues, uma das mais brilhantes e criativas personalidades do carnaval. À frente do seu tempo, a professora Maria Augusta ajudou a projetar as escolas de samba para o mundo. Durante décadas, encantou multidões com enredos que marcaram época, como ‘Festa para um Rei Negro’, do Salgueiro, e os inesquecíveis desfiles da União da Ilha do Governador.”
No texto, o governador manifesta solidariedade aos familiares, amigos, colegas de profissão e a toda a comunidade do samba. “Sua história de paixão pela cultura popular, pelo ensino das artes e pela beleza dos desfiles é o legado vivo na memória e no coração da população fluminense”, escreveu Castro.
“É com o coração em luto, mas repleto de gratidão, que nos despedimos hoje de Maria Augusta Rodrigues, uma das maiores carnavalescas da história, salgueirense de alma e a última viva da geração que transformou para sempre o desfile das escolas de samba”, diz nota divulgada pela Acadêmicos do Salgueiro.
Segundo a escola, mais que uma artista genial, Maria Augusta foi uma revolução inteira. “Esteve ao lado de nomes como Fernando Pamplona, Arlindo Rodrigues, Joãosinho Trinta e Rosa Magalhães no momento mais audacioso e criativo da nossa história. Foi ali, no Salgueiro dos anos 60, que ela ajudou a reinventar o Carnaval. Com inteligência, elegância e ousadia, fez do desfile uma verdadeira aula de brasilidade, beleza e potência cultural.”
Neguinho da Beija Flor também manifestou pesar pela morte da carnavalesca e amiga.
”Recebi com muita tristeza a notícia do falecimento da minha grande amiga Maria Augusta. Uma mulher incrível, que deixou sua marca na história da Beija-Flor com carnavais inesquecíveis. Que Deus te receba em um plano de luz e conforte o coração de todos os familiares e amigos. Descanse em paz, minha amiga querida. Seu legado jamais será esquecido”, afirmou o cantor.
Depois da missa de sétimo dia em sufrágio pela alma da minha cunhada Socorro Martins, não resisti a uma selfie com minha Nayla tendo como cenário a catedral de Afogados da Ingazeira. É o mais belo cartão postal da cidade, localizada a 386 km do Recife.
Não há muitos escritos sobre a sua história. Consta que o padre francês Carlos Cottart, que também era arquiteto, pode ser considerado o pai da obra, imprimindo o altar-mor em estilo gótico, com mão de obra dos mestres Elípio e Agrício, de Carnaíba, cidade vizinha.
Há 106 anos, o mesmo padre Carlos Cottart registrou no livro de tombo da Paróquia que a construção não foi uma obra fácil. “Os recursos são fracos, a generosidade pouca, explicável mais por falta de dinheiro do que por má vontade. Quando cheguei encontrei a Igreja em estágio inicial em 1910”, escreveu ele.
A edificação da linda catedral, ainda segundo os registros, se deu em maio de 1911. “Demolimos a capela velha por partes e se elevaram os pilares”, contou ele, no mesmo registro.
Depois de anos, o templo foi finalmente entregue e a Catedral passou a atrair a atenção de quem viaja pelo Sertão, sendo hoje reconhecida como uma das mais belas de Pernambuco e do interior do Nordeste, elogiada por turistas e visitantes dos mais diversos cantos do País.
A empresa Teltex Tecnologia, responsável pela instalação de 890 câmeras de segurança nos hospitais da rede estadual de Pernambuco, está no centro de uma nova controvérsia. Contratada por R$ 15 milhões pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), a Teltex acumula denúncias de descumprimento contratual, ações judiciais, medidas de recuperação judicial, e é alvo de uma auditoria especial do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) em outro contrato milionário.
Escolhida para operar também o novo sistema de videomonitoramento da segurança pública estadual, com investimento previsto de até R$ 224 milhões, a empresa fechou um contrato que prevê a instalação de 2 mil câmeras em vias públicas, o que gerou contestação de concorrentes e levantou alertas técnicos dentro do próprio TCE-PE. Em 2024, quando venceu a licitação da SDS (Secretaria de Defesa Social), a Teltex já estava em recuperação judicial, negociando uma dívida superior a R$ 40 milhões.
Apesar disso, não foi impedida legalmente de disputar a concorrência. Sua proposta, de R$ 123 milhões, ficou em segundo lugar no pregão eletrônico, mas assumiu a dianteira após a desclassificação da empresa L8 Group, por problemas na documentação.
Desde então, a legalidade e a viabilidade da atuação da Teltex vêm sendo colocadas à prova por órgãos fiscalizadores e empresas concorrentes. A Painel Multiserviços LTDA, uma das participantes da licitação, apresentou denúncia formal ao TCE-PE, alegando que a Teltex descumpriu diversas exigências do edital.
Entre os pontos destacados estavam a suposta utilização de equipamentos inferiores aos especificados, fornecimento de informações técnicas inverídicas e conexão societária questionável com a fornecedora Inpex.
O TCE, embora tenha rejeitado um pedido de medida cautelar para suspender a contratação, reconheceu a gravidade das alegações e instaurou auditoria especial para acompanhar a execução do contrato. Técnicos apontaram a necessidade de aprofundar a análise de eventuais impropriedades, incluindo falhas nos equipamentos, problemas documentais e conflitos de interesse no processo licitatório.
Em abril deste ano, a SDS notificou a empresa por não cumprir o cronograma de instalação de 180 dos 200 Pontos de Captura de Imagem (PCIs) previstos na primeira fase do projeto. Mesmo após prazo adicional, os equipamentos não foram entregues, e a empresa voltou a ser notificada.
Outro ponto é a falta de fornecimento de projetos detalhados de instalação — exigência contratual que inclui layout dos equipamentos e rotas de rede e alimentação elétrica. Além disso, dois empenhos financeiros à Teltex, somando R$ 23,9 milhões, foram anulados pela SDS em fevereiro, alegando a necessidade de “controle específico do orçamento”, o que indica que os pagamentos serão agora realizados por etapas de serviço.
Os problemas da Teltex não se limitam a Pernambuco. Em outros estados, a empresa também foi alvo de denúncias e processos por falhas contratuais, o que reforça as preocupações sobre sua atuação. No Acre, por exemplo, houve alegações de descumprimento em contrato com o governo local. A empresa também foi penalizada pelos Correios, impedida de contratar com determinados órgãos públicos e suspensa de processos licitatórios pela Fundação Universidade do Estado do Rio Grande do Sul.
Além disso, o TCE-PE identificou que a Teltex acumula um elevado número de ações judiciais em andamento.
Apesar do histórico, a empresa iniciou a instalação de 890 câmeras nos hospitais públicos de Pernambuco, incluindo as unidades da Restauração, Getúlio Vargas, Agamenon Magalhães e Barão de Lucena. O sistema também será instalado nas sedes da SES-PE, com tecnologias como reconhecimento facial e leitura de placas veiculares.
A iniciativa, que visa reforçar a segurança de pacientes, profissionais e patrimônio público, foi anunciada como parte de um processo mais amplo de modernização da rede hospitalar.
A execução dos serviços já está em curso, mas a auditoria do TCE-PE ainda não foi concluída. O processo segue sob análise, inclusive com possíveis novas manifestações de empresas concorrentes, que alegam favorecimento indevido e quebra da isonomia no certame.
Procurada para falar sobre a situação, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou apenas que a empresa foi “contratada por meio da Ata de Registro de Preços, seguindo todos os trâmites legais de um processo de contratação”. Já o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) e a empresa Teltex Tecnologia S.A.não se manifestaram.