O ato em defesa da democracia e do sistema eleitoral brasileiro reuniu empresários, juristas, artistas e movimentos sociais, na manhã de hoje, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. O evento reuniu uma multidão no centro da cidade e foi marcado por discursos que lembraram o passado ditatorial, pela manutenção do estado democrático de direito e do respeito ao voto. As informações são do portal G1.
A primeira parte ocorreu no salão nobre do prédio da faculdade. O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Júnior, abriu os discursos citando as 47 mortes de pessoas da universidade que lutaram contra a repressão militar. “Nós, da USP, perdemos vidas preciosas durante um período de exceção, as cicatrizes ainda são visíveis, vidas que foram ceifadas pela repressão ou livre pensamento. Nesse período, perdemos 47 pessoas que eram parte de nossa comunidade, nós não esquecemos e não esqueceremos. Aqueles que rejeitam e agridem a democracia não protegem o saber, a ciência, o pensamento e não amam a universidade”.
Leia maisE encerrou sua fala cobrando respeito ao voto e ao sistema eleitoral. “Queremos eleições livres e tranquilas, queremos um processo eleitoral sem fake news ou intimidações. A universidade brasileira é o oposto do autoritarismo”.
Em seguida, Oscar Vilhena Vieira, advogado e membro da Comissão Arns e do Comitê do Manifesto, assumiu a palavra. Ele afirmou que as 800 pessoas presentes no salão nobre do prédio representavam todos os movimentos sociais, sindicais e empresários que superaram as diferenças para lutar por uma única causa. “Aqui estão representados os setores mais vibrantes da economia Temos os principais movimentos sociais que lutam pela dignidade do Brasil, além as organizações não-governamentais que defendem os direitos humanos. Todos estão nessa sala. Dada a gravidade do momento que vivemos, todos foram capazes de transcender suas diferenças e se juntar pela luta da democracia. Estado de Direito sempre”.
Também discursaram durante o evento: Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central; Telma Aparecida, representando a CUT (Central Única dos Trabalhadores), Raimundo Bonfim, pela Frente Brasil Popular; a advogada Beatriz Lourenço do Nascimento, coordenadora da Uneafro Brasil e membro da Coalizão Negra por Direitos. Clique aqui e confira o registro das leituras na íntegra.
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