Alguns presságios sobre 2025 e anos seguintes

Por Everardo Maciel*

Como a história não é linear, nem homogênea, creio que sempre teremos a coexistência de bons e maus momentos, submetidos, por sua vez, a juízos de valor que variam em razão da percepção e das convicções do analista. 

Creio, também, que para a superação de maus momentos é indispensável, ao menos, entender a realidade – “respeito aos fatos”, como disse o pensador Raymond Aron – e formular adequadamente o problema.

Quando da queda da França, Winston Churchill iniciou seu discurso à Nação com sete palavras sinceras, comoventes e firmes: “As notícias da França são muito ruins”.

As notícias do Brasil não têm essa dramaticidade, mas não são nada boas: pressões no câmbio, inflação mostrando suas garras, relação dívida pública/PIB em trajetória crescente, elevada taxa de juros, muitas incertezas e tensões no contexto internacional. 

Mais grave é que não há clareza quanto à compreensão dos fatos, nem disposição para formular adequadamente os problemas.

Como disse em artigo anterior, há pouca convicção quanto à relevância do equilíbrio fiscal. Ao contrário, em um quadro adverso há uma insaciável propensão para aumento do despesismo, desde o “auxílio natalino” concedido em um tribunal de justiça à voracidade no “pagamento” de emendas parlamentares. 

Surpreendi-me quando li na PEC nº 45/2024 dispositivo para dar um freio nas “indenizações” que ultrapassam o teto constitucional de remuneração. A tramitação da matéria no Congresso, todavia, frustrou minha surpresa. 

Não conseguindo remover essas “indenizações”, a nova redação, por via oblíqua, findou por sancioná-las. Sequer se falou das verbas de representação parlamentar e da participação (bem) remunerada em conselhos de estatais.

Para os que já estão preocupados com o desequilíbrio fiscal, convém lembrar que a renegociação das dívidas dos Estados e o financiamento dos fundos criados para lograr aprovação da reforma tributária vão demandar, nos próximos 15 anos, recursos que ultrapassam R$ 1,5 trilhão.

Os problemas da reforma tributária, concebida para resolver problemas que poderiam ser solucionados de forma mais simples e menos custosa, ainda não começaram. 

O desarrazoado aumento do já extenso texto tributário constitucional e a introdução de controversos princípios é terreno fértil para intermináveis contendas judiciais nesta república dos processos. 

A batalha entre os entes federativos para reivindicar nacos daqueles fundos será memorável. 

Vamos, entretanto, brindar a esperança de bons momentos. Feliz ano novo.

*Everardo Maciel é consultor tributário, professor e conferencista. Ex-secretário da Receita Federal no governo de Fernando Henrique Cardoso.

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Por Blog do Tales Faria

A conta é simples: cada deputado tem direito hoje a destinar R$ 37,3 milhões em emendas ao Orçamento para obras e outras atividades de interesse nas suas bases eleitorais. Isso só com as emendas individuais, sem contar os outros tipos de emendas.

Se multiplicarmos esse valor pelos 18 deputados a mais que a Câmara aprovou nesta terça-feira, 06, isso significa que o rombo pode se multiplicar: 18 vezes R$ 37,3 milhões.

Resultado a decisão de ontem assombra o bolso do contribuinte com um aumento de R$ 671,4 milhões no déficit do Orçamento federal, se os deputados continuarem não abrindo mão do que acreditam ter direito. É agiram em relação ao fundo partidário e ao fundo eleitoral.

Poderá ser, então, um aumento de R$ 671,4 milhões em emendas. Além dos R$ 64 milhões que a área técnica da Câmara já calculou como gastos de gabinete e outras despesas a serem acrescidas pelos 18 novos deputados. Aí tungada pula pra R$ 735,4 milhões.

Mas não para por aí. O número de deputados federais é a base para a definição dos deputados estaduais em cada unidade da federação. Virão mais 30 deputados estaduais aí pelo país. O número total sobre de 1.059 para 1089, com o valor correspondente.

Tudo sairá do nosso bolso. Um absurdo!

Dulino Sistema de ensino

A ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados avançou mais uma etapa nesta quarta-feira (7). O ministro Alexandre de Moraes agendou os depoimentos das testemunhas de acusação, listadas pela Procuradoria-Geral da República, e também as indicadas pelas defesas de Mauro Cid, do ex-presidente da República e dos demais réus.

De acordo com despacho do ministro, as testemunhas elencadas pelas PGR serão ouvidas no dia 19 de maio. São elas:

  • Éder Lindsay Magalhães Balbino, dono de uma empresa que teria auxiliado na produção de um material com suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas;
  • Clebson Ferreira de Paula Vieira, servidor que teria elaborado planilhas que supostamente foram utilizadas por Anderson Torres para mapear a movimentação de eleitores no segundo turno das eleições de 2022;
  • Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de inteligência da Polícia Rodoviária Federal, que teria atuado para dificultar o deslocamento de eleitores nas eleições de 2022;
  • Ibaneis Rocha Barros Júnior, governador do Distrito Federal;
  • Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército;
  • Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica.

No dia 22 de maio, serão ouvidas as testemunhas listadas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Entre os convocados, está o ex-comandante do Exército general Júlio Cesar de Arruda, que estava à frente da instituição no dia 8 de janeiro; e o ex-assessor de Bolsonaro Luís Marcos dos Reis.

Nos dias 30 de maio e 2 de junho, serão ouvidas testemunhas indicadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, entre as quais:

  • Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo
  • Amauri Feres Saad, advogado;
  • Gilson Machado, ex-ministro do Turismo;
  • Ricardo Peixoto Camarinha, médico cardiologista que acompanha Bolsonaro;
  • Giuseppe Dutra Janino, ex-secretário de Tecnologia do TSE;
  • Eduardo Pazuello (PL-RJ), deputado e ex-ministro da Saúde
  • Rogério Marinho (PL-RN), senador.
Petrolina - O melhor São João do Brasil

A Secretaria de Desenvolvimento Rural deu início ao programa Chega Junto Rural, uma iniciativa que vai levar atendimento de qualidade e serviços essenciais diretamente às comunidades rurais do município. Em parceria com as associações locais, o programa vai identificar o foco produtivo de cada região – como a mandiocultura, ovinocultura e bovinocultura – para oferecer suporte mais eficiente aos agricultores.

“O Chega Junto Rural é um passo importante na valorização da nossa zona rural. Estamos indo até o povo, escutando as demandas no local onde o trabalho acontece e levando soluções. Isso é respeito, é gestão presente”, destacou o prefeito Evilásio Mateus durante o lançamento do programa.

Entre os serviços oferecidos estarão a emissão de documentos, encaminhamentos de benefícios, apoio técnico para projetos agrícolas e fortalecimento das cadeias produtivas locais. A ação vai acontecer em etapas, percorrendo os principais sítios e comunidades de Araripina.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural, Roseilton Oliveira, o programa foi estruturado com base nas reais necessidades do campo, priorizando eficiência e acolhimento. “Estamos falando de um trabalho integrado, onde escutamos cada associação, compreendemos sua vocação produtiva e atuamos de forma técnica para ampliar resultados. Mas, acima de tudo, estamos lidando com pessoas que movem a economia rural com muito esforço, e nosso dever é garantir que elas tenham acesso a serviços públicos com respeito, agilidade e humanidade”, explicou.

A iniciativa fortalece o compromisso da Prefeitura de Araripina com a agricultura familiar. Além do Chega Junto Rural, a Secretaria de Desenvolvimento Rural também colocou em funcionamento o Zap Rural – canal oficial da Secretaria de Desenvolvimento Rural via WhatsApp – que vai facilitar a comunicação direta com os agricultores e lideranças de associações, garantindo mais agilidade nas demandas e maior participação das comunidades nas ações da secretaria.

Ipojuca - No Grau 2025

A Prefeitura de Serra Talhada anunciou, hoje, a abertura do cadastramento para o Cadastro de Reserva do Residencial Vanete Almeida. A inscrição será realizada exclusivamente de forma online, por meio do link (https://bit.ly/residenciais-pmst), sem a necessidade de entrega presencial de documentos nesta etapa e segue até o próximo dia 16 de maio.

De acordo com a gestão municipal, a Secretaria de Assistência Social e Cidadania estará disponível para oferecer suporte e orientação às pessoas que tiverem dificuldades durante o processo de inscrição. A prefeitura reforça que não está recebendo documentação presencialmente nesta fase do cadastro.

“Essa etapa é fundamental para garantir que o processo de seleção ocorra com organização e transparência, permitindo que mais de 900 famílias tenham a oportunidade de realizar o sonho da casa própria”, afirmou o secretário de Assistência Social e Cidadania, Márcio Oliveira.

A obra do Residencial Vanete Almeida foi viabilizada após articulação entre a Prefeitura de Serra Talhada e o Governo Federal, com apoio do deputado federal Fernando Monteiro. O empreendimento habitacional beneficiará centenas de famílias do município. “Estamos construindo uma cidade mais justa e digna, onde o direito à moradia se torna realidade para quem mais precisa. Esse residencial é fruto de muito trabalho e compromisso com a população de Serra Talhada”, destacou a prefeita Márcia Conrado.

Caruaru - São João na Roça

O presidente estadual do PL em Pernambuco, Anderson Ferreira, reagiu, hoje, às declarações do senador e presidente nacional do PT, Humberto Costa, de que o partido não acha necessária a criação da CPI do INSS. Humberto fez a afirmação durante o podcast ‘Direto de Brasília’, meu programa em parceria com a Folha de Pernambuco, ontem.

Segundo Anderson, Humberto foi participante ativo de todas as CPIs contra o governo Bolsonaro. No entanto, agora é contra a CPI para investigar quem roubou os aposentados do INSS. “Dois pesos e duas medidas. Quem ontem se sentiu na condição de investigar e julgar, não pode fazer diferente hoje. Mas isso é um problema de consciência e coerência dele, dos petistas e seus aliados”, afirmou.

Anderson reforçou sua posição sobre o tema: “Defendo que esse assunto, que prejudicou milhões de aposentados, seja apurado e investigado, e que os seus responsáveis sejam punidos. O liberal ainda defende que é importante ressarcir os aposentados lesados, e indagou: “É o povo brasileiro que deve pagar essa conta? Ou as associações que desviaram os recursos?”.

Camaragibe - Cidade trabalho 100 dias

Em homilia de missa que antecede as votações do primeiro dia de conclave, o cardeal decano Giovanni Battista Re pediu luz para os cardeais que vão votar para escolher o novo papa. A missa Pro Eligendo Pontifice teve início hoje, às 5h no horário de Brasília – 10h, pelo horário local.

“Estamos aqui para invocar a ajuda do Espírito Santo, para implorar a sua luz e a sua força, a fim de que seja eleito o papa que a Igreja e a humanidade precisam neste momento tão difícil e complexo da história”, disse.

Ainda no texto, o decano elencou a unidade da Igreja Católica como uma das tarefas do novo pontífice. “A unidade da Igreja é desejada por Cristo, uma unidade que não significa uniformidade, mas comunhão sólida e profunda na diversidade, desde que se permaneça plenamente fiel ao Evangelho”, disse.

“Entre as tarefas de cada Sucessor de Pedro conta-se a de fazer crescer a comunhão: comunhão de todos os cristãos com Cristo, comunhão dos bispos com o papa e comunhão dos bispos entre si. Não uma comunhão autorreferencial, mas totalmente orientada para a comunhão entre as pessoas, os povos e as culturas, tendo sempre em vista que a Igreja seja ‘casa e escola de comunhão'”, continuou. Na missa de funeral do papa Francisco, o decano já havia falado sobre a paz no mundo atual. No momento, estavam presentes líderes mundiais.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

Recife está prestes a ganhar duas novas áreas públicas que prometem transformar a mobilidade urbana e a convivência na cidade. Realizado em parceria da Prefeitura com a construtora Moura Dubeaux, o projeto de requalificação do Cais José Estelita inclui a construção do Parque do Cais, com mais de 33 mil metros quadrados, e do Parque da Memória Ferroviária, com 55 mil metros quadrados, integrados a um novo sistema viário que conectará o Centro à Zona Sul.

“Já imaginaram conectar a Dantas Barreto com o Cais José Estelita? É isso que a gente vai conseguir fazer com a integração viária e com dois novos parques. Parque do Cais, Parque da Memória Ferroviária, que vão ser feitos e o novo sistema viário aqui do Cais Estelita. Com isso, vai ser criado 9,5 hectares de área pública. E tudo isso sem uso de recursos públicos, já que é uma contrapartida privada”, destacou o prefeito do Recife, João Campos.

O Parque do Cais será um dos maiores espaços públicos de lazer do Recife, com ciclovias de 1,7 km de extensão, calçadas amplas e acessíveis, áreas contemplativas, arborização e infraestrutura voltada para o lazer de todas as idades. Já o Parque da Memória Ferroviária vai reforçar o vínculo da cidade com sua história, preservando galpões e casarios históricos, além de criar um espaço para atividades culturais e educativas.

O projeto, que conta com a participação do Consórcio Novo Recife, da Prefeitura do Recife, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), prevê ainda a implantação de ciclovias bidirecionais, iluminação em LED, redes subterrâneas de energia, água, esgoto, internet e gás natural. Um novo sistema de drenagem será instalado para reduzir os pontos de alagamento na região de São José, que também já recebeu a restauração da Igreja Matriz.

O diretor da Moura Dubeux, Eduardo Moura, destacou a importância do projeto para a integração urbana. “Essa obra é muito significativa para o bairro de São José, pois cria integração urbana e facilita o acesso à orla. Teremos um parque com área de lazer e contemplação e, além disso, o Parque da Memória Ferroviária, reforçando o vínculo com a história da cidade”, afirmou.

Com investimento total de R$ 140 milhões, o conjunto de intervenções no Cais José Estelita representa um marco na transformação urbana do Recife, que passa a integrar um território estratégico, valorizando a paisagem natural e o patrimônio arquitetônico com soluções sustentáveis e inclusivas.

Toritama - FJT 2025

Por Rudolfo Lago – Correio da Manhã

Convidado nesta terça-feira do almoço de Grupo de Lideranças Empresariais do DF (Lide-DF), o líder da minoria no Senado, Ciro Nogueira (PP-PI), um dos presidentes da União Progressista, federação que une seu partido ao União Brasil, fez um duríssimo discurso de oposição.

Usou do espaço para pregar a união de forças de centro e de direita para construir uma alternativa política ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2026. Obteve o apoio do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Ele só não disse quando é que a oposição da federação vai se dar na prática, com a entrega dos seus quatro ministérios, da presidência da Caixa e de outros cargos. Questionado, Ciro desconversou.

“Não somos oposição ao país. Somos oposição ao governo”, respondeu Ciro Nogueira. O presidente do PP só não esclareceu como se pode ser oposição ao governo fazendo parte dele. “Nunca trabalharemos contra a governabilidade do país”, acrescentou o líder da minoria.

Nesse sentido, Ciro acaba relativizando a tática de obstrução da oposição para forçar a urgência para a anistia pelo 8 de janeiro. Tal obstrução, de forma total, poderia prejudicar projetos de interesse do país e dos empresários. “Nessas pautas, estaremos presentes”.

Ciro Nogueira, portanto, demonstrou que, muito provavelmente, a União Progressista seguirá por um tempo com um pé em cada canoa. O que não significa que não incremente seu plano de construir um projeto alternativo em 2026. Ciro narrou que recentemente houve uma reunião em sua casa com diversos representantes da oposição, inclusive governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Claudio Castro (PL-RJ), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR). “Esses governadores, unidos, não tem chance de perderem a eleição”, apostou Ciro Nogueira. “Posso garantir é que não estaremos no palanque de Lula”.

Ciro já foi aliado do PT. Já apoiou no Piauí o hoje ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. Ele afirmou, porém, que o Lula que apoiou já não existe mais. “Lula é hoje um homem com os olhos voltados para trás”, disse. “É hoje um homem ressentido e ultrapassado”.

Ciro Nogueira afirmou ter visto pesquisas qualitativas que apontam Lula hoje como uma pessoa antiquada, fora do seu tempo. Ele comparou Lula a Getúlio Vargas no seu retorno. “Ultrapassado, não conseguiu governar da mesma forma”. Vargas suicidou-se em 1954.

Ciro acha mesmo que as circunstâncias – a baixa popularidade, a união contrária, a idade e a saúde – poderão levar Lula a não disputar a eleição em 2026. Ou disputar com poucas chances de vitória. “Não vamos ter o fator Lula na próxima eleição”, aposta.

Presente no almoço, Ibaneis Rocha reforçou o discurso oposicionista. “O PT faz muito mal ao país”, disse o governador do DF. Ele criticou frase do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues. “A grande maioria aqui estaria na vala pelo desejo dele”, afirmou o governador.

Palmares - Pavimentação Zona Rural

O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), oficializou, na noite de ontem, a suspensão do mandato de Gilvan da Federal (PL-ES). O deputado teve o afastamento aprovado, também na terça, pelo Conselho de Ética da Casa, por ofensas a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. A decisão já previa cumprimento imediato.

O despacho de Motta, publicado na noite de terça, determina que Gilvan seja considerado suspenso. “Considera-se o deputado Gilvan da Federal suspenso cautelarmente do exercício do mandato por três meses, nos termos da decisão do Conselho de ética e Decoro Parlamentar”, diz o documento. As informações são do portal G1.

Na manhã de hoje, os sistemas da Casa também foram atualizados para informar que Gilvan não está mais no exercício do mandato. O Conselho de Ética determinou, por 15 votos a 4, que Gilvan fique afastado do mandato por três meses.

O parlamentar foi denunciado ao conselho pela própria direção da Câmara. Ele é acusado de quebrar o decoro ao proferir ofensas contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, em uma audiência pública da Comissão de Segurança da Câmara. O afastamento não levará à convocação de um suplente. Isso somente poderia ocorrer se a suspensão fosse superior a 120 dias.

Durante o período de suspensão do mandato, Gilvan deverá ficar sem salário e perder outros benefícios relacionados ao mandato. A suspensão não isentará Gilvan da Federal de responder a um processo disciplinar, no Conselho de Ética, que pode levar à cassação definitiva do mandato. O conselho deverá instaurar o procedimento em outra ocasião, e outro relator deverá assumir o caso.

Por Fernando Rêgo Barros*

Sabe-se que 108 dos 133 cardeais eleitores que participarão do conclave que se inicia hoje foram nomeados por Francisco. Tal fato permite pensarmos que seja maior a possibilidade de termos um papa na linha que Bergoglio tentou imprimir à Igreja Católica nos doze anos de seu pontificado. Mas, ao mesmo tempo, convém não ignorar que os prelados mais conservadores aproveitaram os dias pré-conclave para tentar impedir essa continuidade nos rumos da Igreja.

A saída de cena do Papa Francisco ainda repercute. Mais do que líder espiritual de 1,4 bilhão de pessoas em todo o mundo, Francisco também impactou milhões de pessoas de outros credos exatamente por sua atuação em defesa dos mais pobres, dos perseguidos e desvalidos. Não à toa, depois de eleito papa, em março de 2013, sua primeira viagem foi à ilha italiana de Lampedusa, no Mar Mediterrâneo, local de chegada de milhares de imigrantes africanos que aportam em solo europeu e são sempre recebidos com indiferença. Em sua esmagadora maioria esses imigrantes são muçulmanos. Ali, o novo papa já indicava que aquela seria uma de suas preocupações constantes.

Ao longo de seu papado, Francisco se esforçou por implantar uma “Igreja em saída”, expressão usada para se referir à Igreja voltada para as periferias, para os mais pobres, os excluídos. Outra sua marca que impressionou o mundo foi a simplicidade, visível, primeiro, na escolha de seu nome, em homenagem a São Francisco de Assis, e, depois, no comportamento que adotou tão logo anunciado como papa. Com firmeza, desde o início, Francisco recusou toda a pompa reservada aos papas. Concluído o conclave, não quis o carro que lhe tinham oferecido e seguiu no ônibus onde estavam os cardeais eleitores. Surpresa ainda maior foi sua decisão de morar na Casa Santa Marta, uma espécie de hotel para religiosos de passagem pelo Vaticano, e não no apartamento apostólico, onde viveram seus antecessores. E assim foi durante todo o pontificado.

Grande pacifista, Francisco também deixou claro seu posicionamento contra todas as guerras, incomodando, com isso, lideranças políticas que o queriam preocupado apenas com a fé das pessoas. Condenou o ataque do Hamas a Israel, bem como os bombardeios israelenses à população civil da Faixa de Gaza. Rezou pelas vítimas do conflito entre Ucrânia e Rússia. Pediu sempre o empenho dos poderosos para buscarem a paz.

Ao mesmo tempo em que se destacou pela simplicidade e pela defesa da paz, Francisco também se mostrou firme contra o escândalo dos abusos sexuais (de padres, bispos ou cardeais) e os casos de corrupção no interior da Igreja. Sua postura trouxe resistência e até mesmo oposição. Os mais conservadores discordaram de algumas de suas decisões e também torceram para que seu pontificado fosse breve.

Francisco renovou e procurou expandir a Igreja, criando cardeais em países que não tinham nenhum, sobretudo em nações da Ásia, África e Oceania. Não à toa, fez viagens a países antes quase invisíveis no mapa da Igreja, como Tailândia, Mongólia e Sudão do Sul. Sempre fazendo questão de se encontrar com os mais pobres, deixando claro que aqueles eram os que mais precisavam da sua mensagem.

Outro fato a destacar é que essa expansão para outros continentes fez diminuir o peso da Europa na escolha do próximo papa. Em 2013, no conclave que escolheu Francisco, os europeus representavam 62% dos cardeais eleitores. Hoje, eles são 39%. Enquanto isso, 22% vêm da América Latina e do Caribe, 20% da Ásia e Oceania e 13% da África.

O conclave, que terá sua primeira votação já na tarde desta quarta-feira, será acompanhado com ansiedade por católicos e não católicos. Afinal, o mundo sabe que o posicionamento do papa diante dos problemas de hoje tem o seu peso e importa. Esperemos que o sucessor de Francisco também assuma o mais alto posto da Igreja tendo plena consciência disso.

*Jornalista

A atriz Luana Piovani, celebridade que frequenta bastante a ilha de Fernando de Noronha, usou a internet para criticar o Governo do Estado de Pernambuco e pedir justiça para o ambulante Emanuel Apory, que foi baleado, na madrugada de segunda (5), pelo delegado Luiz Alberto Braga de Queiroz.

Emanuel Pedro Apory, de 26 anos, levou dois tiros na perna desferidos pelo policial depois de uma briga, no Forte dos Remédios. A vítima teve fratura exposta e passou por uma cirurgia. Em vídeo postado nas redes sociais, Luana relatou o que aconteceu e cobrou providências do Estado. “O que é isso, governo de Pernambuco? Noronha é uma ilha pacífica, não tem um crime há não sei quantos anos, fora vocês pegarem o dinheiro que a gente dá e não colocam na ilha; a ilha caindo aos pedaços”, declarou Luana.

A atriz também fez um apelo para ajudar o rapaz que foi baleado. “Quero saber que morador foi esse que tomou tiro. Vamos fazer uma vaquinha, vamos ajudar, vamos fazer coisas”, disse Luana Piovani

A corridinha diária de 8 km, hoje, foi nas entrequadras da 202 Norte, em Brasília, já sob o início da temporada de frio no Planalto Central. Faço esse tipo de postagem para estimular as pessoas a largarem a vida sedentária.

Correr é muito saudável!