Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog
No balanço de gestão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) referente a 2024, o presidente da instituição, o desembargador Ricardo Paes Barreto, afirmou que 2025 será o ano da inteligência artificial na Justiça do Estado. O objetivo é fornecer novas ferramentas digitais para que as equipes possam agilizar processos.
Paes Barreto concedeu entrevista coletiva, nesta quarta-feira (18), para apresentar o resumo do ano e as projeções para 2025. O encontro com os jornalistas aconteceu no Palácio da Justiça, sede administrativa da Corte de Justiça estadual.
Segundo ele, com exceção da mão de obra, o maior investimento do Tribunal, atualmente, é em tecnologia da informação. Essa transformação digital visa melhorar a prestação de serviços à população e aos operadores de direito e vai contar com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Leia maisA instituição financeira aprovou, neste mês de dezembro, empréstimo de US$ 32,8 milhões (cerca de R$ 199 milhões) com a finalidade de apoiar ações para a implementação de novas tecnologias que resultem em mais eficiência e efetividade no atendimento à sociedade.
“Por mais que a gente invista, a tecnologia se atualiza muito rápido. Os equipamentos vão ficando obsoletos e precisamos sempre investir, inclusive em segurança cibernética, porque nós temos informações preciosas em nuvens e sofremos ataques diários”, explicou o presidente.
O desembargador frisou que a inteligência artificial é uma aliada na medida em que ajuda a atender à grande procura pelo do setor. “O volume da Justiça Brasileira é o maior do mundo. A gente tem que dar novas ferramentas para responder à demanda”, afirmou.
“Estamos encerrando o ano conseguindo essa meta de implantar tecnologia de inteligência artificial, que já é uma realidade no TJPE e se tornará uma aliada ainda mais forte. Sempre supervisionada por olhos humanos, é a principal ferramenta que temos para fazer frente a um contexto de intensa judicialização”, acrescentou Paes Barreto.
Concursos para magistrados
O presidente do TJPE também falou sobre a possibilidade de realizar um novo concurso para magistrados. De acordo com ele, há um déficit de 100 juízes e juízas em Pernambuco. Um concurso iniciado em 1º de dezembro visa preencher 30 vagas e deve encerrar em fevereiro de 2026. Dependendo de quantas pessoas forem passando pelas etapas, o TJPE pode promover outro certame.
“Um concurso para a magistratura leva cerca de um ano e meio até a posse dos novos juízes e juízas. São complexos esses concursos porque eles têm muitas etapas e requisitos para serem cumpridos. Então, nossos atuais juízes e juízas acumulam, no mínimo, duas unidades. Dependendo da quantidade de candidatos que forem passando para as etapas subsequentes, nós poderemos já fazer um outro concurso, um em cima do outro, para que a gente possa suprir, no mínimo, entre 40 e 50 juízes”, destacou Paes Barreto.
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