Em busca de votos, as campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) correram atrás de eleitores nos três maiores colégios do país e ignoraram, todos eles, os mesmos seis estados –dois da bases políticas de aliados do atual presidente.
Acre, Alagoas, Piauí, Mato Grosso, Rondônia e Roraima não tiveram nenhum ato de campanha ou comício dos quatro nomes que aparecem à frente nas pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto, após o início do período eleitoral, em 16 de agosto. As informações são da Folha de S.Paulo.
Somados, os estados têm quase 9,6 milhões de eleitores, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), menos do que a Bahia tem (11,3 milhões de eleitores). Alguns desses estados, como Alagoas e o Piauí, sofrem com diversas carências e estão entre aqueles com os piores Índices de Desenvolvimento Humano.
Segundo o Ipec, Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto em quatro dos seis estados esquecidos –Acre, Mato Grosso, Rondônia e Roraima. Alagoas e Piauí são redutos políticos de dois dos principais aliados do presidente: Arthur Lira (PP-AL), que comanda a Câmara, e Ciro Nogueira (PP-PI), ministro-chefe da Casa Civil.
Na última quinta-feira (22), Ciro Nogueira havia anunciado que sairia de férias para cuidar da campanha de Bolsonaro no Piauí. Divulgada no mesmo dia em que o Datafolha mostrou oscilação positiva na vantagem de Lula sobre Bolsonaro, a notícia repercutiu mal. Na manhã da última sexta (23), o ministro recuou da decisão e disse que só descansaria após a reeleição do presidente.
No Piauí, Lula lidera as pesquisas de intenção de voto com 61%, de acordo com pesquisa Ipec de 13 de setembro. Bolsonaro aparece com 20%. No estado, o candidato de seu partido ao governo do estado, Coronel Diego Melo, tem 3% das intenções de voto.
A corrida é liderada por Silvio Mendes (União Brasil), que faz parte da coligação do PP de Ciro Nogueira. A disputa deve ir para o segundo turno, no qual Mendes deve enfrentar o petista Rafael Fonteles.
Lula também aparece à frente na preferência dos eleitores de Alagoas. Paulo Dantas (MDB), apoiado pelo senador Renan Calheiros (MDB) –adversário de Lira–, está em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para o governo.
Em alguns dos estados preteridos, os candidatos a vice foram enviados para fazer campanha. O vice de Bolsonaro, general Braga Netto (PL), esteve em Sinop e Sorriso, no Mato Grosso, em busca de doações junto ao agronegócio. Geraldo Alckmin (PSB), vice de Lula, tinha viagem marcada a Cuiabá, capital mato-grossense, para tentar atrair o voto ruralista, mas acabou cancelando o compromisso por ameaça de tumulto feita por bolsonaristas. Alckmin esteve em Porto Velho (RO), também em aceno ao agro.
Em Roraima, o candidato de Bolsonaro ao governo, Antônio Denarium, minimiza o fato de o presidente não ter ido ao estado ajudar em sua campanha. Em nota, ele credita à sua dianteira nas pesquisas de intenção de voto a ausência do presidente durante as eleições.
O candidato lembra que Bolsonaro esteve duas vezes em Roraima em 2021. “Por esse motivo e sabendo da necessidade mais urgente da presença do presidente em outros estados da federação, o governador Antônio Denarium vê como normal a não vinda do presidente ao estado.”
O candidato petista ao governo do AC, Jorge Viana, corre o risco de ficar de fora do segundo turno das eleições. Procurado, ele disse que, desde o começo da campanha, houve o acordo de que a visita de Lula na região Norte seria no Amazonas, onde Viana esteve presente.
“Acre, Roraima, Rondônia e Amapá de fato não receberam a visita do ex-presidente, mas todos os candidatos da base já haviam concordado com essa decisão, por ser uma campanha curta e esses estados terem colégios eleitorais menores”, disse o senador, em nota.
Os quatro candidatos priorizaram a região Sudeste, que possui três estados com os maiores colégios eleitorais. Todos passaram mais de uma vez por São Paulo, onde há 34,6 milhões de eleitores, mais que a soma de eleitores de 16 estados, entre eles Goiás, Paraíba, Espírito Santo, Amazonas, Distrito Federal e Sergipe.
Minas Gerais, que tem 16,2 milhões de eleitores, também recebeu por mais de uma vez a visita dos candidatos. Os dois primeiros colocados nas pesquisas fizeram comício no interior do estado na última sexta-feira (23).
Bolsonaro, inclusive, iniciou sua campanha em Juiz de Fora (MG), local onde recebeu uma facada durante a campanha de 2018. Em encontro com lideranças religiosas, o candidato falou em milagres, disse que o Brasil marchava para o socialismo e prometeu queda na taxa do desemprego.
O Rio de Janeiro é o terceiro maior colégio eleitoral e também recebeu a visita dos quatro candidatos por mais de uma vez.
A campanha de Lula afirmou que em um período de 45 dias de eleição é muito difícil percorrer todos os estados, além de haver gravações de programas de TV e eventos de órgãos de comunicação em São Paulo ou Rio de Janeiro.
As campanhas de Jair Bolsonaro, Ciro Gomes e Simone Tebet foram procuradas, mas não quiseram se manifestar.
Domingo, 3 de agosto de 2025, data para lembrar o legado de um grande pernambucano. Há quatro anos Pernambuco perdia um dos maiores políticos da sua história: Joaquim Francisco de Freitas Cavalcanti.
Foi secretário estadual, prefeito do Recife por duas vezes, governador, ministro de Estado e deputado federal. Um homem que teve na integridade e no zelo pela coisa pública uma marca, sendo sempre uma referência e um exemplo para as atuais e futuras gerações.
Neste dia de saudades e de muitas lembranças, me associo aos familiares, parentes e amigos, em especial à viúva, dona Silvia Couceiro Cavalcanti que, em três ocasiões, tive o prazer e a honra de integrar sua equipe na Legião Assistencial do Recife e na Cruzada de Ação Social.
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vão às ruas, neste domingo (3), em 62 cidades de todo o país. A pauta das mobilizações também inclui o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os atos ocorrem em todas as regiões do país, no contexto da imposição de medidas cautelares a Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica. Devido às restrições impostas pelo STF, o ex-presidente não pode sair de casa aos fins de semana e, por isso, não participará de nenhuma das manifestações convocadas para este domingo.
O ex-presidente é réu no processo relacionado a uma suposta tentativa de golpe de Estado, que teria ocorrido em 2022 para mantê-lo no poder, mesmo após a vitória do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ação penal é conduzida por Moraes no STF.
A anistia em pauta visa livrar Bolsonaro de uma possível condenação que pode levá-lo à cadeia. O perdão se estenderia, ainda, aos demais réus no processo que trata da trama golpista e aos condenados pelo 8 de Janeiro.
Brasília
Em Brasília, o grupo se concentrou no Eixão Sul, em frente ao Banco Central, a partir das 10h. Tradicionalmente, a rodovia fica fechada aos domingos para o lazer dos moradores da cidade. Como o ato está ocorrendo nas proximidades do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), não conta com um trio elétrico, apenas carros de som, com menos potência.
Impedido de comparecer presencialmente aos atos por conta de restrições impostas pelo STF, Bolsonaro acompanhou parte da manifestação por meio de videochamada que fez com uma assessora. De casa e com tornozeleira, ele também falou com a mulher, Michelle Bolsonaro, que cumpre agenda em Belém (PA). Outra transmissão ao vivo acompanhada pelo ex-presidente foi feita pelo filho, o senador Flávio Bolsonaro, que está no protesto em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Veja:
A deputada Bia Kicis (PL-DF) subiu ao carro de som por volta das 10h, logo no início dos protestos, e discursou. “A gente sabe que o nosso presidente é um homem inocente, limpo, honesto, patriota. Ele não é bandido para usar tornozeleira. Bandido é o Lula. Essas mulheres e esses homens perseguidos do 8 de janeiro, que estão de tornozeleiras, sofrendo ou até mesmo presos. Então, hoje é o dia de a gente mostrar a nossa garra e o nosso coração. Hoje é o dia de a gente mostrar que o brasileiro tem coragem, é patriota e solidário. Nós estamos juntos. Viva o Brasil”, disse a parlamentar.
Após a fala da deputada, tocaram o Hino Nacional no carro de som, que foi cantado efusivamente pelos manifestantes.
Outros políticos, como o senador Izalci Lucas (PL-DF) e os deputados distritais Thiago Manzoni (PL) e Pastor Daniel de Castro (PP), também marcaram presença. O desembargador aposentado Sebastião Coelho aproveitou para dizer que a direita pretende pressionar o Congresso Nacional “em busca de medidas”. “Alexandre de Moraes você não é um juiz, você é um criminoso”, atacou.
Durante o evento, a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC) questionou: “que crime Bolsonaro cometeu?”. A parlamentar disse, ainda, que a oposição pretende pautar no Congresso o pedido de anistia aos réus do 8/1, bem como uma solicitação de impeachment de Moraes.
Inicialmente, o protesto ficaria parado na altura do Banco Central, mas os organizadores alteraram o plano e decidiram que vão caminhar pelo Eixão Sul.
Rio de Janeiro
As ruas de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, também já estão ocupadas por manifestantes na manhã deste domingo (3). O ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro começou às 11h. A estação de metrô do Cantagalo ficou lotada de bolsonaristas, que se dirigiam ao ato.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, está presente na manifestação e conversou com o Metrópoles pouco antes de subir no trio elétrico.
“A gente é muito grato pelas pessoas que, mais uma vez, estão nas ruas para lutar pelo país. O que tem acontecido no Brasil é fruto de toda perseguição de Alexandre de Mores, que, para a vergonha brasileira, é uma autoridade sancionada pela maior democracia do mundo. As pessoas não podem fingir que o Brasil está em normalidade, porque não está. E quem está aqui hoje, em Copacabana, e quem está nas ruas de todo o Brasil está vindo nos ajudar. Esse é o momento de resgatar nossa liberdade e buscar a normalidade no Brasil”.
O governador Cláudio Castro (PL-RJ) também está no ato e pode discursar de cima do trio.
Belo Horizonte
A Praça da Liberdade, em Belo Horizonte virou palco da manifestação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, neste domingo (3). Um dos nomes mais lembrados pelo público foi o do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), alvo de gritos de “obrigado” ao longo do ato.
Mesmo ausente, Eduardo foi citado por manifestantes em razão de sua atuação nos Estados Unidos, onde está desde março. De acordo com declarações anteriores do próprio parlamentar, sua permanência no país tem dois objetivos principais: articular apoio com aliados do presidente Donald Trump para uma possível anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, e pressionar por sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na última quarta-feira (30), Moraes foi oficialmente sancionado pela Lei Magnitsky, norma norte-americana que permite punições a indivíduos acusados de envolvimento em violações de direitos humanos. A medida foi celebrada por bolsonaristas nas redes sociais e também durante o ato na capital mineira.
De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais, a manifestação ocorreu de forma pacífica e não houve registro de confusões ou confrontos no local.
Santa Catarina
Pré-candidato ao Senado por Santa Catarina , o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) escolheu a cidade de Criciúma (SC) para participar dos atos pró-anistia ao pai e contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Na manhã deste domingo (3), Carlos foi flagrado no protesto realizado no município. Em uma das imagens, ele aparece cumprimentando o deputado federal Daniel Freitas (PL-SC), que tem base eleitoral na região.
Salvador
Pelo terceiro domingo seguido, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram às ruas de Salvador. O ato “Reaja, Brasil” ocorre neste domingo (3), no Farol da Barra, com bandeiras do Brasil e trio elétrico.
A manifestação foi organizada por aliados de Bolsonaro na Bahia, como os deputados estaduais Diego Castro, Leandro de Jesus e Capitão Alden, que convocaram o público pelas redes sociais. O protesto começou às 9h e integra a série de atos simultâneos pelo país.
Nos dois domingos anteriores, os bolsonaristas se reuniram na orla do Costa Azul, no bairro do Stiep, e também no Farol da Barra. As manifestações pedem anistia aos investigados dos atos de 8 de janeiro e criticam decisões do Supremo Tribunal Federal.
São Paulo
Em São Paulo, onde a manifestação está prevista para as 14h, bolsonaristas já começaram a chegar à Avenida Paulista, palco do protesto. Organizado pelo pastor Silas Malafaia, o palco montado para os bolsonaristas conta com dois trio elétricos estacionados na esquina com a rua Peixoto Gomide.
Veja lista completa com local e horário das manifestações
•Sudeste
São Paulo
São Paulo – Avenida Paulista – 14h
Sorocaba – Campolim – 10h
São José do Rio Preto – Praça Dom José Marcondes – 15h
Baurú – Avenida Getúlio Vargas, quadra 19, em frente à Copaíba – 10h
Araçatuba – Avenida Pompeu – 10h
Rio de Janeiro: Rio de Janeiro – Copacabana – 11h / Cabo Frio – Praia do Forte – 10h
Minas Gerais: Belo Horizonte – Praça da Liberdade – 10h / Uberlândia – Praça Tubal Vilela, Centro – 10h
Espírito Santo: Vila Velha – Posto Moby Dick – 12h
• Centro-Oeste
Distrito Federal:Brasília – Banco Central – 10h
Goiás:Goiânia – Praça Tamandaré – 10h
Mato Grosso do Sul:Campo Grande – Praça do Rádio – 10h / Dourados – Parque do Lago – 10h / Bonito – Praça do Rotary – 10h
Acre: Rio Branco – Em frente ao Palácio Rio Branco – 8h
Amazonas:Manaus – Ponta Negra – 16h
Roraima:Boa Vista – Praça do Centro Cívico – 17h
Pará:Belém – Sede do Novo – Assis de Vasconcelos (esquina com a 28 de setembro) – 8h
Tocantins:Palmas – Praça dos Girassóis – 16h
Rondônia:Porto Velho – Espaço Alternativo (o horário não foi informado)
SC lidera número de cidades com manifestação
A região do país com maior número de cidades com manifestações marcadas é a Sul, com 29 ao todo. Só o estado de Santa Catarina vai concentrar 26 locais de mobilização, o maior número para uma unidade da federação. A região nordeste aparece com o segundo maior número de pontos de concentração, com 12. Na sequência, vêm sudeste (8), centro-oeste (7) e norte (6).
Uma das lideranças mais engajadas nos atos é o pastor Silas Malafaia. Ele organizou o ato marcado para às 11h deste domingo no Posto 15 de Copacabana, no Rio de Janeiro. Nas redes sociais, Silas chama Moraes de “covarde” e faz ameaças: “Se não parar com essa perseguição covarde, vai piorar”.
Entre as maiores capitais, além do Rio, São Paulo tem ato às 14h e Belo Horizonte, às 10h. O deputado Nikolas Ferreira divulgou um vídeo no qual afirma que vai se fazer presente em três manifestações, entre elas a da capital mineira. Silas Malafaia já adiantou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não vai comparecer ao ato em São Paulo.
O ator Maurício Silveira, de 48 anos, morreu ontem em decorrência de complicações após uma cirurgia para retirada de um tumor no intestino. Ele estava internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde tratava um tumor agressivo que havia sido descoberto recentemente e que avançou de maneira muito rápida. A informação foi confirmada pela família em uma publicação no Instagram do artista.
Maurício, que teve trabalhos na televisão, cinema e no teatro, chegou a passar por três procedimentos cirúrgicos. Após a última cirurgia, devido a uma infecção, foi colocado em coma induzido. O velório foi realizado neste domingo, às 9h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. As informações são do jornal O Globo.
Na TV, o ator participou de novelas como Cobras & Lagartos e Insensato Coração, na TV Globo, e também de produções da Record, como a novela Balacobaco e a série Reis.
A Justiça Federal no Rio Grande do Sul determinou o fim das cotas para pessoas transexuais na Universidade Federal do Rio Grande (Furg).
Segundo a decisão, da qual ainda cabe recurso, os alunos que entraram na universidade por meio dessa política de cotas, que começou em 2023, devem ter suas matrículas canceladas ao fim deste ano letivo. Ao todo, 30 vagas foram destinadas a esse público: 10 em 2023, 10 em 2024 e mais 10 em 2025.
Em todo o Brasil, outras 17 universidades públicas oferecem cotas para transexuais. Na decisão, o juiz substituto da 2.ª Vara Federal do Rio Grande, Gessiel Pinheiro de Paiva, diz que “as pessoas trans podem (e devem) ser objeto de ações estatais (inclusive ações afirmativas) que visem a reduzir e eliminar a transfobia e possibilitar o exercício pleno da cidadania (…) Por outro lado, essa identidade também não justifica toda e qualquer vantagem que lhes seja atribuída”.
A Furg alegou que tem autonomia para estabelecer regras sobre acesso à universidade.
A Associação Brasileira de Economistas pela Democracia em Pernambuco (ABED-PE) divulgou nota em apoio à permanência de Danilo Cabral na Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). O grupo destaca a atuação do gestor no fortalecimento da autarquia, no diálogo com setores estratégicos e na retomada de políticas voltadas à redução das desigualdades regionais.
A Associação Brasileira de Economistas pela Democracia, seção Pernambuco (ABED -PE) e Convidados vem manifestar o seu apoio à permanência da atual gestão da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) com o senhor Danilo Cabral.
À frente da autarquia, o Superintendente Danilo vem conduzindo um trabalho de resgate da Instituição, da articulação e promoção do diálogo entre atores regionais relevantes, na busca de políticas e iniciativas de redução dos desequilíbrios regionais que ainda persistem no nosso País. Um claro exemplo disto é o reestabelecimento do Coriff e o lançamento da Chamada Nordeste, em conjunto com BNB, BNDES, BB, CEF, Finep e Consórcio Nordeste.
A nota da Fiepe ressalta ainda a experiência na gestão pública e reconhecida capacidade de diálogo com a iniciativa privada, sendo um parceiro estratégico do setor produtivo, atuando de forma incansável para viabilizar diversos investimentos estruturadores que impactam positivamente toda a região.
Neste sentido, reforçamos a sua permanência à frente da Sudene. Assinam a nota os seguintes membros da ABED-PE e Convidados:
A oposição fará, hoje, atos pelo Brasil contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não participará das manifestações, visto que cumpre medidas cautelares em Brasília, não podendo sair de casa aos finais de semana. Será o primeiro evento político organizado após os Estados Unidos aplicarem penalizações contra o Brasil e os ministros do STF, especialmente a Moraes. As informações são da CNN Brasil.
Marcados para diversas cidades, como Rio de Janeiro (às 10h) e São Paulo (às 14h), são esperados congressistas do PL (Partido Liberal) nos atos. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não deve ir. Ele irá passar por uma radioablação por ultrassonografia de tireoide na tarde deste domingo. O procedimento médico é considerado não invasivo e de rápida recuperação.
Segundo apuração da analista de política Julliana Lopes, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) também não virá a São Paulo. Ela priorizará uma agenda do PL Mulher no Pará.
Os filhos do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), também são aguardados. Na quarta-feira (30), o governo norte-americano aplicou a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes. No mesmo dia, foi oficializado o decreto que impõe tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A medida entra em vigor no próximo dia 6.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve participar no ato de posse da nova direção nacional do Partido dos Trabalhadores neste domingo (3), em Brasília, no encerramento do 17º Encontro Nacional da sigla. Ministros petistas, parlamentares e outras figuras relevantes da política também são esperados no evento.
O encontro, marcado por discussões internas sobre o futuro da legenda e estratégias de mobilização — especialmente para as eleições do ano que vem —, ocorre em meio à imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos, liderados pelo presidente Donald Trump.
Além disso, o posicionamento do país frente às sanções impostas pelo norte-americano ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O novo presidente do PT, Edinho Silva, assume o comando da sigla em um momento de tensão geopolítica — especialmente por conta da imposição de tarifas de Trump, pelo mundo — e com a missão de preparar o partido para o cenário eleitoral de 2026.
Ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social no governo Dilma Rousseff e ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho já presidiu o PT entre 2009 e 2013 e coordenou a campanha de Lula em 2022.
A posse será realizada às 10h de domingo, no Complexo Brasil 21. Em um evento recente em São Paulo, Edinho Silva afirmou que o PT precisa se organizar para o “pós-Lula”, com um partido forte e alinhado às demandas da sociedade.
Na ocasião, ele defendeu que o sucessor de Lula deve ser construído politicamente a partir da atuação do próprio partido. “O sucessor do Lula não será um nome, será o PT forte, organizado e totalmente em sintonia com a sociedade brasileira”, afirmou.
No evento, o novo presidente petista também criticou as tarifas de Donald Trump e disse que uma eventual “3ª Guerra Mundial pode não ser bélica, mas econômica, e pode ser tão devastadora quanto a guerra bélica”. Ele classificou a política de tarifas como autoritária e uma reação à aproximação de países com moedas emergentes.
Além da posse da nova direção, o Encontro Nacional do PT serve como palco para consolidar estratégias de enfrentamento ao que o partido considera uma nova fase do conflito político global.
O evento começou na última sexta-feira (1º), e contou com votações internas, debates e discussões sobre o futuro da legenda.
A tradicional Festa de Julho de Parnamirim, no Sertão Central de Pernambuco, terminou marcada por uma briga generalizada envolvendo secretários e aliados do prefeito Múcio Angelim, a maioria parentes próximos. O episódio, registrado em vídeo e amplamente divulgado nas redes sociais, ocorreu em uma das últimas noites do evento e aumentou a insatisfação popular, já alimentada por críticas à organização e à baixa participação do público.
A confusão acentuou denúncias de nepotismo e aparelhamento na gestão municipal, diante da concentração de cargos estratégicos nas mãos da família do prefeito. Até o momento, Múcio Angelim não se pronunciou oficialmente, o que tem ampliado o desgaste político e a cobrança por medidas concretas de responsabilização.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro vão às ruas neste domingo (3) em mais uma mobilização em seu favor. As manifestações vão ocorrer em várias cidades brasileiras, mas, desta vez, sem a presença do próprio Bolsonaro, que segue com tornozeleira eletrônica e impedido de deixar sua residência durante os finais de semana, em decisão do ministro Alexandre de Moraes referendada pelo colegiado do Supremo Tribunal Federal (STF).
No Recife, de acordo com os líderes da direita em Pernambuco, a concentração acontecerá na Avenida Boa Viagem, a partir das 14h, com o ponto de partida na Padaria Boa Viagem, na Zona Sul da cidade.
A manifestação faz parte do movimento “Reaja Brasil” e é pautada pelo pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, relator da investigação contra Bolsonaro e sua relação com a trama golpista, que o manteria no poder após as eleições de 2022.
Nas suas redes sociais, o deputado estadual coronel Alberto Feitosa convocou a direita para o ato. “O movimento é em defesa da nossa liberdade de expressão, da nossa democracia, da nossa constituição. Todo mundo sabe o que nós estamos passando, principalmente políticos e simpatizantes da direita”, disse o parlamentar em vídeo.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) inclua no pedido de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP) ao governo da Itália a ação penal em que a parlamentar é ré por perseguição armada nas eleições de 2022.
Condenada a dez anos de prisão por participação no ataque hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2022, Zambelli deve ser condenada em mais um processo. O caso estava suspenso desde março por pedido de vista do ministro Nunes Marques, mas o Supremo já formou maioria pela condenação. Na sexta-feira (1), Nunes Marques liberou a retomada do julgamento.
A ação ainda em curso foi aberta após a deputada ser filmada sacando uma arma e apontado para um homem no meio da rua em São Paulo. Inicialmente, ela alegou que o homem a teria agredido, o que foi desmentido pelos investigadores.
Após a condenação no caso CNJ, Zambelli decidiu fugir do País. Seu nome foi incluído na lista vermelha da Interpol e autoridades brasileiras passaram a trabalhar por sua prisão. Após quase dois meses foragida, ela foi presa na Itália na última terça-feira (29).
A deputada terá seu caso analisado pela justiça italiana. A parlamentar passou por audiência de custódia na sexta-feira (1), e continuará presa enquanto aguarda a decisão sobre o pedido de extradição. Durante a audiência, ela disse ser inocente, alegou ser alvo de perseguição política e afirmou que não pretende retornar ao Brasil.
A defesa de Zambelli manifestou o desejo de ter o caso do CNJ julgado novamente na Itália, país do qual ela tem cidadania, pedindo a rejeição da extradição. A previsão é de que o processo seja finalizado dentro de pelo menos um ano.
Pesquisa Datafolha divulgada ontem pelo jornal “Folha de S.Paulo” mostra que o presidente Lula (PT) lidera de forma isolada em todas as simulações de cenários de intenções de voto no primeiro turno das eleições presidenciais de 2026, e, no segundo, descolou-se, no limite da margem de erro, de Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030, e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Para o Datafolha, a pesquisa mostra uma ligeira recuperação da posição de Lula na disputa pela reeleição.
A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram ouvidas 2.004 pessoas com mais de 16 anos em 130 cidades do país nos dias 29 e 30 de julho.
O Datafolha testou sete cenários de primeiro turno. Já as simulações do segundo turno, apontam que Lula se descolou de Bolsonaro e Tarcísio. Na pesquisa anterior ele estava em empate técnico com estes adversários.
Veja os resultados da pesquisa Datafolha
Cenários do 1º turno
Resposta estimulada e única, em %
Cenário 1 – Lula, Jair Bolsonaro, Ratinho Junior, Ronaldo Caiado e Romeu Zema
Lula (PT) – 39
Jair Bolsonaro (PL) – 33
Ratinho Junior (PSD) – 7
Ronaldo Caiado (União Brasil) – 5
Romeu Zema (Novo) – 4
Em branco/nulo/nenhum – 9
Não sabem – 2
Cenário 2 – Geraldo Alckmin, Tarcísio de Freitas, Ratinho Junior, Romeu Zema e Ronaldo Caiado
Geraldo Alckmin (PSB) – 24
Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 22
Ratinho Junior (PSD) – 14
Romeu Zema (Novo) – 7
Ronaldo Caiado (União Brasil) – 7
Em branco/nulo/nenhum – 21
Não sabem – 5
Cenário 3 – Fernando Haddad, Tarcísio de Freitas, Ratinho Junior, Romeu Zema e Ronaldo Caiado
Fernando Haddad (PT) – 23
Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 23
Ratinho Junior (PSD) – 14
Romeu Zema (Novo) – 7
Ronaldo Caiado (União Brasil) – 7
Em branco/nulo/nenhum – 21
Não sabem – 5
Cenário 4 – Lula, Tarcísio de Freitas, Ratinho Junior, Ronaldo Caiado e Romeu Zema
Lula (PT) – 38
Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 21
Ratinho Junior (PSD) – 12
Ronaldo Caiado (União Brasil) – 7
Romeu Zema (Novo) – 6
Em branco/nulo/nenhum – 14
Não sabem – 3
Cenário 5 – Lula, Michelle Bolsonaro, Ratinho Junior, Ronaldo Caiado e Romeu Zema
Lula (PT) – 39
Michelle Bolsonaro (PL) – 24
Ratinho Junior (PSD) – 10
Ronaldo Caiado (União Brasil) – 7
Romeu Zema (Novo) – 6
Em branco/nulo/nenhum – 11
Não sabem – 3
Cenário 6 – Lula, Flávio Bolsonaro, Ratinho Junior, Ronaldo Caiado e Romeu Zema
Lula (PT) – 40
Flávio Bolsonaro (PL) – 18
Ratinho Junior (PSD) – 11
Ronaldo Caiado (União Brasil) – 8
Romeu Zema (Novo) – 7
Em branco/nulo/nenhum – 13
Não sabem – 3
Cenário 7 –Lula, Eduardo Bolsonaro, Ratinho Junior, Ronaldo Caiado e Romeu Zema
Lula (PT) – 39
Eduardo Bolsonaro (PL) – 20
Ratinho Junior (PSD) – 11
Ronaldo Caiado (União Brasil) – 8
Romeu Zema (Novo) – 7
Em branco/nulo/nenhum – 13
Não sabem – 2
Cenário com resposta espontânea
Na pesquisa espontânea, o entrevistado não tem uma lista de nomes para escolher. Veja os resultados:
Lula – 22%
Jair Bolsonaro – 17
Tarcisio – 1
Outras respostas -5
Em branco/nulo/nenhum – 5
Não vota – 1
Não sabem – 49
Cenário de rejeição
A pesquisa também mediu a rejeição dos possíveis candidatos.
Lula (PT) – 47
Jair Bolsonaro (PL) – 44
Eduardo Bolsonaro (PL) -38
Flávio Bolsonaro (PL) – 36
Michelle Bolsonaro (PL) – 36
Fernando Haddad (PT) – 32
Geraldo Alckmin (PSB) – 27
Romeu Zema (Novo) – 22
Ratinho Junior (PSD) – 21
Ronaldo Caiado (União Brasil) – 18
Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 17
Votaria em qualquer um/não rejeita nenhum – 1
Rejeita todos/não votaria em nenhum – 2
Não sabe – 1
Cenários do 2° turno
Cenário Lula X Tarcísio
Caso o segundo turno fosse hoje entre Lula e Tarcísio, 45% votariam em Lula e 41%, no governador de Sâo Paulo
Lula – 45
Tarcisio – 41
Em branco/ nulo/nenhum – 12
Não sabem – 2
Cenário – Lula x Michelle Bolsonaro
Caso o segundo turno fosse hoje entre Lula e Michelle Bolsonaro, presidente teria 48% e ex-primeira-dama teria 40%
Lula – 48
Michele – 40
Em branco/ nulo/nenhum – 11
Não sabem – 1
Cenário Lula x Jair Bolsonaro
Em caso de segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o presidente marcaria 47% e o ex-presidente, 43%.
Lula – 47
Jair Bolsonaro – 43
Em branco/nulo/nenhum – 10
Não sabem – 0
Cenário Lula X Flávio Bolsonaro
Se segundo turno fosse entre Lula e Flávio Bolsonaro, o presidente teria 48% e senador, 37%
Lula – 48
Flávio Bolsonaro – 37%
Em branco/ nulo/nenhum – 13
Não sabem – 1
Cenário Lula X Eduardo Bolsonaro
Se o segundo turno fosse entre Lula e Eduardo Bolsonaro, petista registraria 49% e deputado federal, 37%
Lula – 49
Eduardo Bolsonaro – 37
Em branco/ nulo/nenhum – 13
Não sabem – 1
Cenário Lula X Romeu Zema
Se o segundo turno fosse entre Lula e Romeu Zema, petista registraria 46% e governador mineiro, 36%
Lula – 46
Romeu Zema (Novo) – 36
Em branco/ nulo/nenhum – 16
Não sabem – 2
Cenário Lula X Ronaldo Caiado
Se o segundo turno fosse entre Lula e Ronaldo Caiado, petista registraria 47% e governador de Goiás, 35%
Lula – 47
Ronaldo Caiado (União Brasil) – 35
Em branco/ nulo/nenhum – 17
Não sabem – 2
Cenário Lula x Ratinho Jr.
Se o segundo turno fosse entre Lula e Ratinho Jr. (PSD), petista registraria 45% e governador do Paraná, 40%
Lula – 45
Ratinho – 40
Em branco/nulo; nenhum – 14
Não sabem -1
Cenários Alckmin, Tarcísio e Haddad
A pesquisa mostra que o vice-presidente Geraldo Alckmin empataria com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em um eventual primeiro turno sem a presença de Lula. E que em uma disputa envolvendo Haddad e Tarcísio, os dois empatariam em 23%.
Além disso, a pesquisa apontou como seria uma disputa no segundo turno entre Alckmin, Tarcísio de Freitas e Fernando Haddad.
Cenário Alckmin x Tarcísio
Em caso de segundo turno entre Alckmin e Tarcísio, o vice-presidente teria 38% e o governador, 40%
Tarcísio de Freitas – 40
Geraldo Alckmin – 38
Em branco/ nulo/nenhum – 17
Não sabem – 4
Cenário Haddad x Tarcísio
Em eventual segundo turno entre Fernando Haddad e Tarcísio de Freitas, Tarcísio registraria 43% e Haddad, 37%
Já escrevi muito sobre meu pai Gastão Cerquinha, um homem além do seu tempo, fino, extremamente educado e humano. Depois da sua morte, em 2022, choro quase todos os dias de saudade. Acho que se juntasse tudo, daria um compêndio, incluindo minhas declarações de amor à minha mãe Margarida, a flor do meu jardim, de quem herdei o temperamento, o pavio curto e a brabeza.
Com eles, aprendi a viver. Entre as lições, aprendi que a honestidade e a integridade são valores que devem ser cultivados acima de tudo. Embora apaixonado pela minha mãe, que me chamava carinhosamente de “Maguinho”, como homem me espelhei fortemente no meu pai. A preferência de um filho homem pelo pai, em comparação com a mãe, é um fenômeno comum durante o desenvolvimento infantil.
Pode ser explicada por diversos fatores, como identificação com o gênero, busca por segurança e o papel desempenhado pelo pai no ambiente familiar. A partir de certa idade, crianças do sexo masculino tendem a se identificar com o pai, vendo-o como um modelo de masculinidade e buscando se aproximar dele para aprender sobre o que significa ser homem.
O pai, muitas vezes, é percebido como uma figura mais forte e protetora, o que pode gerar uma sensação de segurança e conforto para o filho, especialmente em momentos de medo ou incerteza. Como todo filho homem, com meu pai isso se deu fortemente. Sábio, meu pai sempre me ensinou a importância do trabalho duro e da perseverança, qualidades que levo comigo até hoje.
Meus amigos dizem que trabalho muito. E é fato! Eduardo Monteiro, amigo-irmão, que tem uma disposição invejável para a labuta diária, administrando usinas, jornal e rádio, já me disse, brincando, que diante de mim ele é o pai do ócio. Papai trabalhava dia e noite. Não sei onde arranjava tanta energia e tempo para ser servidor federal dos Correios e Telégrafos, comerciante, fazendeiro, escritor e político (quatro mandatos de vereador e um de vice-prefeito de Afogados da Ingazeira).
Papai também foi um gentleman! Um homem que praticou o amor, acima de qualquer coisa. A maior lição que aprendi com ele foi amar incondicionalmente e valorizar o ser humano. Meu pai me mostrou que a verdadeira força reside na humildade e na capacidade de perdoar. Com ele, aprendi a fazer o impossível, até para conseguir ser diferente no mundo.
Papai me ensinou até a embalar ovos no silêncio da noite no Sertão, quando, carinhosamente, preparava caixas e mais caixas de ovos de capoeira para mandar aos amados filhos no Recife. Para ele, o ovo era um dos maiores nutrientes, a proteína ideal para dar força e disposição ao trabalho. Meu pai foi meu primeiro herói! Sempre será minha maior inspiração.
Agradeço a ele por cada conselho, cada ensinamento e por todo o amor que me dedicou. Não importa o que aconteça, levarei para sempre comigo os valores e princípios que aprendi com ele, no alto da sapiência dos seus cabelos brancos, seu sorriso encantador e sua voz mansa tratando todo mundo de “Beleza”. Com meu pai, aprendi que a vida é uma jornada de aprendizado constante.
Aprendi que devemos aproveitar cada momento. Seus passos, mesmo no avanço do tempo, sempre foram mais rápidos do que os meus. Nunca, por mais que me esforce, leia, estude, reflita e busque conhecimento, alcançarei a sabedoria dele. Me inspiro no seu amor e na sua paciência para construir as bases de quem sou e do que desejo aos meus filhos.
Quando penso sobre o que é ser pai, os bons exemplos dele me ajudam a encontrar as palavras certas, as atitudes mais corretas, o melhor caminho para nunca desistir. Um pai presente como ele foi é uma luz que guia o peregrino durante sua longa jornada, oferece conforto no lugar do calor, dá abrigo e segurança nos momentos mais difíceis da vida.
O legado de uma família se constrói de geração em geração e, com certeza, pai é peça fundamental para manter essa chama familiar acesa, seja por costumes ou por valores. Ao pai, vale a gratidão, porque é ele que faz tudo para manter um bom legado.
Papai adorava Roberto Carlos, provavelmente por esta canção, que o fazia ir às lágrimas com saudade do meu avô Augusto: “Eu já lhe falei de tudo, mas tudo isso é pouco diante do que sinto. Olhando seus cabelos, tão bonitos, beijo suas mãos e digo: meu querido, meu velho, meu amigo!”