Em vídeo publicado nas redes sociais, na noite de ontem, a candidata a vice-governadora da coligação Pernambuco Quer Mudar, Priscila Krause (Cidadania), denunciou a existência de R$ 63 milhões em materiais hospitalares e medicamentos num galpão da Secretaria de Saúde de Pernambuco, na Muribeca.
De acordo com Priscila, trata-se de material comprado exclusivamente para uso na pandemia, sendo significativa parcela referente a itens comprados de forma superfaturada e superdimensionada pela Prefeitura do Recife. A proposta da candidata, que está na chapa de Raquel Lyra (PSDB) ao governo estadual, é a reformulação da gestão de estoque da saúde estadual, economizando recursos.
Leia mais“É inadmissível aceitar que enquanto o teto da Restauração cai, falta insumo básico no Hospital dos Servidores, enquanto as pessoas se amontoam em macas nos corredores no Recife e no interior, o governo do PSB tenha tudo isso em material hospitalar. É o resultado claro da má gestão e também da corrupção. Boa parte desses milhões foi comprada pela Prefeitura do Recife de forma superfaturada e superdimensionada. Foi desovada aqui pra esconder das investigações. Uma operação arquitetada pela Prefeitura e pelo governo do estado”, registra Priscila.
De acordo com as informações da candidata, para justificar a compra superdimensionada de itens através de processos de aquisição emergenciais, a Prefeitura do Recife repassou a título de “empréstimos” mais de R$ 25 milhões a unidades de saúde do governo estadual e à central de logística da Secretaria de Saúde, localizada na Muribeca.
Ocorre que esses empréstimos nunca foram pagos e não estão formalmente legalizados. Há auditorias especiais tratando do assunto no Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) e também notícias de fato em tramitação no Ministério Público Federal. De acordo com a candidata, no governo de Raquel e Priscila, o dinheiro da saúde será cuidado “centavo a centavo”.
Em relação às irregularidades na Secretaria de Saúde do Recife na pandemia, Priscila Krause apresentou como deputada estadual mais de 90 ofícios aos órgãos de controle federais e estaduais, contra o que chama de “maior escândalo de corrupção da história da capital pernambucana”.