O Supremo Tribunal Federal (STF) negou, por 11 votos a 0, o pedido de progressão de pena para o bolsonarista Daniel Silveira. O ex-deputado federal cumpre pena em regime fechado após ter sido condenado, em abril de 2022, a oito anos e nove meses de prisão por ataques ao Estado Democrático de Direito.
Um pedido similar já havia sido rejeitado pelo ministro Alexandre de Moraes no início do mês, quando ele multou o advogado de Silveira por litigância de má-fé em razão de repetidos pedidos de habeas corpus à Corte. As informações são do Estadão.
Em decisão de mesmo teor, todos os ministros acompanharam o relator Cristiano Zanin. Em julgamento no plenário virtual que terminou na sexta-feira (26), o ministro argumentou que não cabe habeas corpus contra decisão de órgão colegiado do STF – turma ou pleno – ou decisão individual dos integrantes do tribunal.
“O plenário do Supremo Tribunal Federal reafirmou esse entendimento pela impossibilidade de impetração de habeas corpus contra ato jurisdicional de órgão colegiado do STF ou de qualquer de seus membros, a incidir a referida súmula 606”, escreveu Zanin.
Advogado de Daniel Silveira, Paulo Faria criticou a decisão e disse que a súmula 606 não pode suprimir o habeas corpus, uma garantia fundamental que consta na Constituição. Ainda segundo ele, o voto de Zanin não tratou sobre o mérito do habeas corpus. “O mérito, para quem não sabe, seria analisar se Moraes cometeu ou não ilegalidade ao negar a progressão, que está em lei, portanto, ato coator e ilegal”, escreveu Faria em uma publicação no X (antigo Twitter).
Inicialmente, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) decretou o perdão da pena de Silveira um dia após a condenação pelo STF. Porém, o ato foi anulado pelo tribunal depois, em maio de 2023. O bolsonarista já estava preso desde fevereiro daquele ano quando o mandato na Câmara dos Deputados se encerrou e ele perdeu o foro privilegiado.
A prisão foi ordenada por Moraes porque Silveira descumpriu medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de utilizar redes sociais. Quando votou para condenar o ex-deputado, o ministro do STF lembrou que Silveira disse que imaginava o ministro Edson Fachin “na rua, levando uma surra” junto com outros magistrados da Corte, e que desejava “um novo AI-5?, instrumento de repressão da ditadura militar (1964-1985).
Números da Quaest e a tranquilidade necessária para Raquel e João
Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
A pesquisa Quaest para as eleições de 2026 ao Governo de Pernambuco, divulgada ontem (22), apresentou cenário positivo para o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e dificuldades para a reeleição da governadora Raquel Lyra (PSD).
Mas deve ser analisada com cabeça fria pelos dois grupos, porque ainda falta mais de um ano para a disputa e ambos sabem que, em política, nada é definitivo e pode mudar a qualquer instante. É bom lembrar que, nas duas últimas eleições para governador de Pernambuco, quem largou na frente não se elegeu: Marília Arraes, em 2022, e Armando Monteiro, em 2018.
A vantagem de João Campos, com 55% das intenções de voto, contra 24% da governadora, deve ser muito bem administrada, sem clima de “já ganhou”. Como já disse neste espaço outras vezes, o salto alto pode prejudicar o candidato, levando a escolhas erradas e à falta de humildade. É momento de estratégia para João, de usar os números em seu benefício sem se expor, continuar trabalhando como se fosse o último colocado.
No caso de Raquel, o desafio é maior. Essa não é a primeira pesquisa em que a governadora aparece em desvantagem nas intenções de voto. No dia 12 de agosto, por exemplo, um levantamento encomendado pelo União Brasil ao Instituto Paraná Pesquisas mostrou João com 57%, contra 24% de Raquel.
Mesmo com a máquina nas mãos e rodando o Estado em campanha, a governadora não consegue sair da média dos 24%. Raquel teve problemas de articulação política desde o primeiro dia de governo e parece nunca ter descido do palanque de 2022.
Perdeu tempo com picuinhas desnecessárias, como a canetada do fim do mundo (que paralisou a máquina) e a exigência da volta dos servidores cedidos às prefeituras, enquanto deveria, naquele primeiro ano, organizar a casa, preparar o time e contratar as licitações para, hoje, fazer as entregas.
Não dialogou com a política, subestimou a força de ex-aliados ignorados por ela e menosprezou a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o que vem lhe rendendo dores de cabeça até hoje, com expectativa de mais problemas até o fim de seu primeiro mandato.
A governadora também enfrenta dificuldades na comunicação. Nos últimos meses, subiu o tom e radicalizou o discurso, ficando “raivosa” e “pesada”. Tudo isso parece estar sendo percebido pela maioria do povo pernambucano, o que tem prejudicado o projeto de reeleição.
Ainda sobre comunicação – Ao que tudo indica, Raquel Lyra escolheu uma estratégia de comunicação pouco eficaz, muito aquém do que se espera de uma chefe de Poder Executivo de um Estado libertário como Pernambuco. Estão sendo investigados, pelo Poder Legislativo, os indícios de que milícias digitais operam na internet um gabinete do ódio contra opositores da governadora, ao mesmo tempo em que os tais perfis fake, de maneira pueril, enaltecem Raquel Lyra e Priscila Krause, a vice-governadora.
Gestão centralizadora – Com uma gestão centralizadora, na qual ninguém pode brilhar porque Raquel não gosta de sombra, nem o próprio time do primeiro escalão pode defender o governo. A gestão prefere mandar os cargos comissionados comentarem em postagens dos principais blogs de política do Estado, como todo mundo que acompanha já percebeu, do que deixar os secretários, por exemplo, falarem às televisões, rádios, jornais e blogs de notícias espalhados do Litoral ao Sertão de Pernambuco. Por qual razão a governadora não libera seu time para defendê-la? Por que não investe nos perfis de Instagram deles, para que possam mostrar o trabalho que estão fazendo?
Time apagado por ordem de cima – Com exceção de dois ou três que já são midiáticos, como Daniel Coelho (Meio Ambiente) e Kaio Maniçoba (Turismo), os demais secretários são completamente apagados. Muitos têm até os perfis fechados. Seria muito mais inteligente investir na imagem do próprio time e deixá-lo falar sobre as obras da gestão de canto a canto do Estado do que financiar perfis chinfrins para atacar opositores ou obrigar comissionados a fazer elogios à governadora.
Raquel é Lula? – Outro fator que prejudica o projeto de reeleição de Raquel Lyra é a indefinição quanto ao cenário nacional. Ninguém sabe se Raquel apoia a reeleição do presidente Lula (PT), em um Estado majoritariamente lulista. Inclusive, o presidente estadual eleito do PT em Pernambuco, deputado federal Carlos Veras, afirmou ontem (22), em entrevista à Rádio Folha, que aguarda uma sinalização da governadora quanto ao apoio à reeleição de Lula. A indefinição, segundo ele, será determinante para a escolha do partido em relação à sucessão estadual em 2026.
Débora Almeida comprou Os Leões do Norte – De passagem por Arcoverde, em viagem para o Sertão pernambucano, ontem, a deputada estadual Débora Almeida (PSDB) adquiriu o mais novo livro do titular deste blog, Os Leões do Norte, que reúne biografias de 22 governadores do Estado. “Comprei agora e já estou lendo, estou gostando”, comentou Débora Almeida. A parlamentar é uma das mais aguerridas aliadas da governadora Raquel Lyra na Alepe e solicitou à Mesa Diretora da Casa a recontagem dos votos para a composição da CPI da Publicidade. O pedido foi feito após o juiz Fernando Jorge Ribeiro Raposo manter, ontem, a suspensão dos efeitos da reunião realizada pela Comissão Executiva Interventora do PSDB-PE.
CURTAS
Josafá recebe Matuto – O presidente estadual do PRD, Josafá Almeida, recebeu ontem, na sede estadual da legenda no Recife, o deputado estadual Júnior Matuto, que se filiou recentemente ao partido. Além de saudar o novo líder do PRD na Alepe, Josafá também confirmou que o partido terá chapa de candidatos a deputado estadual no próximo ano, levando em consideração que a chapa de federal está praticamente montada.
Mas Joãozinho é líder – Mais uma decisão judicial envolvendo as mudanças partidárias, em meio à disputa por vagas na CPI da Publicidade na Alepe, foi divulgada ontem. O juiz Sérgio Paulo Ribeiro da Silva entendeu como irregulares as alterações do diretório estadual do PRD, nomeando Júnior Matuto como líder da sigla na Casa e suspendendo a saída do bloco governista. O deputado Joãozinho Tenório, então, voltou a ser o líder do partido na Alepe.
PT pede prisão de Bolsonaro – O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) ontem um pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por descumprir as medidas cautelares impostas pela Corte. Segundo o deputado, há chance real de o ex-presidente fugir do país. Disse que, mesmo em prisão domiciliar, Bolsonaro estava comandando ações da oposição para tentar frustrar as investigações. As informações são do portal Poder360.
Perguntar não ofende: Qual será o clima da primeira reunião da CPI da Publicidade, na Alepe?
Encerrei há pouco, em Triunfo, a noite de autógrafos do meu livro “Os Leões do Norte”, pela editora Eu Escrevo. O encontro foi realizado no Centro Pedagógico da Biblioteca Municipal, com apoio do prefeito Luciano Bonfim (PSDB).
Ao longo desta semana, também passei por Carnaíba, Itapetim, Brejinho, Afogados da Ingazeira e São José do Egito. Com Triunfo, meu livro já alcança 15 municípios de Pernambuco, chegando às escolas e bibliotecas como material de pesquisa, algo que me alegra especialmente pelo caráter histórico da obra.
O público presente
Marcaram presença o prefeito Luciano Bonfim (PSDB); o presidente da Câmara, Camilo Ferreira (PSB); e os vereadores Márcio Pinheiro (MDB), Leandro Dionisio (PSDB), Leonardo Ferreira (PSDB), Anselmo Martins (PSDB) e João Hermano (PSDB).
Da equipe municipal, estiveram os secretários Saullo Barros (Finanças, Planejamento e Gestão), Miriam Pereira (Educação), André Vasconcelos (Turismo), Bruna Florie (Mulher) e Joeldes Moreno (Obras e Serviços Públicos); os gerentes Romério Pereira (Agricultura), Lucivaldo Ferreira (Cultura) e José Elton (Saúde). Participaram ainda Kátia Ferreira, representando a classe empresarial, diversos empresários locais e a historiadora, escritora e pesquisadora Diana Rodrigues.
“Os Leões do Norte” é fruto de extensa pesquisa jornalística e historiográfica, reunindo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco (1930–2022). A obra contribui para a preservação da memória política e institucional do Estado e fomenta o debate sobre legados, contradições e impactos de gestão. O projeto traz capa, design e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou nesta sexta-feira (22) que “impunidade, omissão e covardia” são caminhos falsos que corroem os valores democráticos e não resolvem crises institucionais.
Ele destacou que a democracia brasileira resistiu a ataques nos últimos anos e segue firme em seus pilares: imprensa livre, eleições periódicas e Judiciário independente. As informações são do g1.
Moraes participou de um evento no Rio de Janeiro, onde falou sobre democracia. Ele é relator do processo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete ex-auxiliares são réus por tentativa de golpe de Estado. O caso envolve ações do grupo no fim de 2022 e início de 2023 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Moraes, por causa desse processo e de outros em que enquadrou redes sociais norte-americanas na lei brasileira, é alvo de sanções por parte do governo Donald Trump.
No evento, Moraes lembrou que o Brasil chega a 2025 com 37 anos da Constituição de 1988 e quatro décadas de redemocratização. “O Brasil é hoje uma das maiores democracias do mundo. Tivemos avanços econômicos, sociais e políticos mesmo diante de crises e instabilidades”, disse.
Sem citar diretamente a tentativa de golpe de Estado, ou as sanções de Trump, de quem Bolsonaro é aliado, afirmou:
“A história do Brasil e do mundo nos ensina que impunidade, omissão e covardia podem, num primeiro momento, parecer o caminho mais rápido pra acabar com os problemas. É um caminho falso. Impunidade nunca deu certo na história pra nenhum país do mundo”, disse o ministro. Ele ressaltou que a Carta de 1988 é a que mais sofreu alterações no mundo, mas que, ao mesmo tempo, foi capaz de garantir estabilidade. “Nenhuma grande democracia passou por dois impeachments em 37 anos, com presidentes de espectros opostos, sem ruptura institucional.”
Liberdade com responsabilidade O ministro afirmou que liberdade sem responsabilidade é característica de autocracias. “Democracia é o governo da liberdade com responsabilidade igual para todos. Não se pode atentar contra a democracia e, se der certo, instaurar uma ditadura, e se não der, voltar para casa como se nada tivesse acontecido”, disse.
Lições da história Moraes fez paralelos históricos, lembrando que políticas de apaziguamento permitiram a ascensão de Hitler na Europa. “A covardia de não enfrentar o que deveria ser enfrentado levou ao domínio nazista. O que existe no Estado democrático de direito é aplicação da lei”, afirmou.
Papel do Judiciário Ele defendeu que o Judiciário brasileiro é independente e deve resistir a pressões. “O juiz que não resiste à pressão deve mudar de profissão. O Judiciário cresce com a pressão. Um Judiciário vassalo não é independente”, declarou.
Moraes destacou que, apesar da polarização política e das tentativas de ataques institucionais, o Brasil se manteve firme. “Se não fosse essa odiosa polarização insuflada pelas redes, todos deveriam estar comemorando que o Brasil resistiu e manteve suas instituições democráticas.”
Desafios Por fim, o ministro apontou que o grande desafio para os próximos anos será fortalecer a segurança institucional, incluindo segurança jurídica e maior eficiência do Judiciário. “Temos que avançar na proteção social e no cuidado das pessoas, sempre com coragem para enfrentar os problemas dentro da lei”, concluiu.
A defesa de Jair Bolsonaro (PL) acusou nesta sexta-feira (22) a Polícia Federal de montar uma “peça política” ao revelar conteúdos encontrados no celular do ex-presidente e disse que a minuta de um pedido de asilo direcionada ao presidente da Argentina, Javier Milei, localizada no telefone, não pode ser considerada uma tentativa de fuga do Brasil ou descumprimento de medidas cautelares pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
A manifestação foi enviada à corte perto após o ministro Alexandre de Moraes determinar que a defesa do ex-presidente esclarecesse em até 48 horas “os reiterados descumprimentos das medidas cautelares impostas, a reiteração das condutas ilícitas e a existência de comprovado risco de fuga”, que teria sido demonstrado pela PF. As informações são da Folha de S. Paulo.
A equipe comandada pelo advogado Celso Vilardi afirmou ao Supremo que a minuta do pedido de asilo não poderia justificar uma prisão preventiva do ex-presidente porque não é um “fato contemporâneo”, e a fuga não se concretizou.
“Parece claro que um rascunho de pedido de asilo ao presidente argentino, datado de fevereiro de 2024, não pode ser considerado um indício de fuga”, afirma.
“Fato é que, com ou sem o rascunho, o ex-presidente não fugiu. Pelo contrário, obedeceu a todas as decisões” do Supremo, “inclusive a que o proibia de viajar ao exterior, respondeu à denúncia oferecida, compareceu a todas as audiências, sempre respeitando todas as ordens” do STF, completa.
Os elementos encontrados pela PF embasaram o indiciamento de Bolsonaro e de seu filho Eduardo, deputado pelo PL-SP, sob suspeita de prática dos crimes de coação e abolição do Estado democrático de Direito.
Agora, caberá a Moraes avaliar os argumentos da defesa e decidir se pede manifestação da PGR (Procuradoria-Geral da República). Uma das possibilidades é o ministro agravar a situação de Bolsonaro com eventual prisão preventiva.
No documento, a defesa de Bolsonaro acusa a Polícia Federal de agir de forma política para “desmoralizar um ex-presidente da República”, de forma a expor sua vida privada com acusações sobre fatos graves e descabidos.
“O relatório da Polícia Federal só demonstra sua parcialidade e faz lembrar que essa mesma Polícia Federal foi responsável pela triagem de todas as mensagens que foram utilizadas pela acusação no processo penal”, diz.
Vilardi e os demais advogados dizem que o objetivo foi alcançado pela PF: “Manchetes no Brasil e no exterior anunciando que o ex-presidente planejou uma fuga. Nada mais falso, mas nada mais impactante, sobretudo há [sic] pouco mais de 10 dias do julgamento”.
As mensagens também revelaram troca de ofensas dirigidas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ao ex-presidente e ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e do pastor Silas Malafaia contra Eduardo.
Ao STF a defesa negou ainda que Bolsonaro tenha conversado com o ex-ministro Walter Braga Netto após a decisão de Moraes, de fevereiro de 2024, que proibiu a comunicação entre os investigados.
A Polícia Federal disse que há indício do descumprimento da medida cautelar por ter encontrado uma mensagem de SMS enviada pelo general a Bolsonaro horas após a proibição determinada por Moraes. Não há registro de resposta do ex-presidente.
“É incrível ter que dizer que a inexistência de resposta é o exato contrário de manter contato. Eis porque, impressiona muito mal a tentativa de afirmar que a medida cautelar de 2024 havia sido prontamente descumprida… com o silêncio do ex-presidente”, completa.
Na mesma apuração, a PF indiciou indiciou ele e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) pelos crimes de coação no curso do processo sobre a trama golpista e abolição do Estado democrático de Direito. As penas máximas dos dois crimes, somadas, chegam a 12 anos
Segundo a investigação, pai e filho tentaram interferir no processo sobre a tentativa de golpe de Estado em benefício de Bolsonaro, que é réu no Supremo e será levado a julgamento a partir de 2 de setembro. Eles negam.
“[A dupla tentou] Atingir diretamente instituições democráticas brasileiras, notadamente o Supremo Tribunal Federal e, até mesmo, o Congresso Nacional Brasileiro, objetivando subjugá-las a interesses pessoais e específicos vinculados aos réus julgados no âmbito da mencionada ação penal”, diz a PF.
No relatório, a Polícia Federal mostra que Bolsonaro tinha salvo em seu celular uma minuta de pedido de asilo político ao presidente da Argentina. O arquivo teria sido criado e editado por um usuário no nome da esposa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), segundo os investigadores.
Ao cobrar a resposta da defesa do ex-presidente, o ministro do STF apontou como evidências de descumprimento de medidas cautelares, entre outros pontos, diálogos de Bolsonaro com o pastor Silas Malafaia. O líder religioso também teve celular e passaporte apreendidos em operação da Polícia Federal na última quarta.
Para os investigadores, Malafaia incentivou que Bolsonaro descumprisse a proibição sobre uso das redes e o orientou sobre estratégias para a divulgação de conteúdos. O líder evangélico também revisou uma carta do ex-presidente que foi publicada nas redes sociais.
Eduardo passou a ser investigado em razão de sua atuação nos Estados Unidos, onde está desde março articulando pedidos de sanção contra autoridades brasileiras.
O relatório da PF expôs diálogos em que ele critica o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e xinga o pai devido a uma entrevista em que o ex-presidente chamou o deputado de imaturo.
Os investigadores também afirmaram que Bolsonaro e Eduardo usaram as contas de suas esposas em transações para evitar bloqueios de recursos. Pai e filho utilizaram “diversos artifícios para dissimular a origem e o destino de recursos financeiros, com o intuito de financiamento e suporte das atividades de natureza ilícita do parlamentar licenciado no exterior”, segundo a PF.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta sexta-feira, 22, países desenvolvidos por interferência na política interna de países da América Latina. Sem citar os Estados Unidos e a Venezuela, Lula criticou o uso do “combate ao crime organizado como pretexto para violar nossa soberania”. Também afirmou que países desenvolvidos “utilizam a luta contra o desmatamento como justificativa para o protecionismo”.
A fala se deu em discurso do presidente durante encontro com a sociedade civil no âmbito da V Cúpula de Presidentes dos Estados Partes do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e vem em um moneto de relação difícil com os Estados Unidos. O país norte-americano aplicou tarifas de 50% a produtos brasileiros e sancionou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e integrantes do governo. Entre os argumentos está a acusação de que haveria no País uma perseguição a Jair Bolsonaro, aliado de Donald Trump. As informações são do Estadão.
“Há muito tempo que os países ricos nos acusam de não cuidar da floresta. Aqueles que poluíram o planeta tentam impor modelos que não nos servem. Utilizam a luta contra o desmatamento como justificativa para o protecionismo. Usam o combate ao crime organizado como pretexto para violar nossa soberania”, declarou o presidente brasileiro.
Os Estados Unidos enviaram três navios com mísseis guiados para águas próximas às da Venezuela. Oficialmente, o governo Trump alega que o motivo é para combater as ameaças dos cartéis de drogas latino-americanos. Em resposta, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, convocou 4,5 milhões de milicianos para defender o país em caso de ofensiva norte-americana.
Por outro lado, o Brasil vem enfrentando dificuldades junto a países europeus, em especial a França, para fechar o acordo entre Mercosul e União Europeia. Um dos entraves é por causa de agricultores franceses que acusam o Brasil de não seguir as melhores práticas de preservação ambiental no agronegócio.
Em seu discurso na Cúpula dos Presidentes da OTCA, Lula defendeu, ainda, o multilateralismo – o que vem se tornando praxe em seus discursos internacionais nos últimos meses.
“Será a hora de os líderes mundiais mostrarem se estão realmente comprometidos com o futuro do planeta. Não existe saída individual para a crise climática. Não há outro meio de superá-la além do multilateralismo. Muito já foi negociado, mas pouco foi cumprido”, declarou.
Se o leitor não conseguiu acompanhar a entrevista com com ‘o furacão do brega’, Dany Myler, ao quadro “Sextou”, do programa Frente a Frente, ancorado por este blogueiro e exibido pela Rede Nordeste de Rádio, não se preocupe. Clique aqui e confira. Está incrível!
O governo Lula (PT) deverá adotar o mote de “Brasil soberano” nos eventos comemorativos do Dia da Independência, em 7 de setembro, em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF (Supremo Tribunal Federal) e à ofensiva do governo Donald Trump contra o país com a imposição da sobretaxa de 50% a produtos brasileiros e sanções a autoridades.
Dois auxiliares diretos do presidente da República dizem que a defesa da soberania, que já vem sendo adotada em discurso do petista e foi citada na cerimônia no 7/9 do ano passado, ganha nova relevância justamente pelo contexto político atual.
Eles afirmam que é um momento também de o governo reafirmar a bandeira do patriotismo e de defesa à nação, que nos últimos anos estiveram atrelados ao bolsonarismo. As informações são da Folha de S. Paulo.
O desfile cívico-militar deste ano é coordenado pelo governo Lula com auxílio do Comando Militar do Planalto, o principal braço do Exército em Brasília. A Casa Civil está na fase final da licitação para a montagem da estrutura do desfile.
A empresa Palestino Estrutura e Eventos Ltda foi a vencedora, com uma proposta para levantar tribunas e arquibancadas por R$ 4,3 milhões.
A proposta da empresa prevê a instalação de cinco tribunais para autoridades e familiares e 15 arquibancadas para o público geral, com capacidade de 30 mil pessoas. O contrato que será assinado ainda prevê tendas de apoio, área reservada para imprensa e grades de segurança.
O Exército vai mobilizar cerca de 2.000 militares das Forças Armadas, além de veículos blindados e aviões.
O evento ocorre dias após a Primeira Turma do STF iniciar o julgamento de Jair Bolsonaro, militares e aliados pela tentativa de golpe de Estado em 2022. O Supremo vai começar o julgamento no dia 2 de setembro. A sentença, porém, só deve ser conhecida na semana seguinte.
Dois oficiais-generais lamentaram à Folha a coincidência das datas. Um deles reforçou que Bolsonaro fazia uso político do desfile militar e fez alguns de seus principais ataques ao Supremo em cerimônias do Dia da Independência.
O receio entre militares é que atos bolsonaristas contra o Supremo, também previstos para 7 de setembro, chamem mais atenção do que o desfile. Eles ressaltam, porém, não haver preocupações com a segurança do evento oficial.
Um ministro diz que o governo não deve se assustar diante da proximidade do julgamento de Bolsonaro e afirma que a data serve também para reforçar o patriotismo nacional. Além disso, diz ele, a atuação da família do ex-presidente nos Estados Unidos contra os interesses do Brasil reforça uma postura antipatriótica do clã Bolsonaro.
Ainda não há uma definição se o presidente Lula fará pronunciamento em cadeia nacional por ocasião da data, mas a possibilidade não está descartada. Em 2024, o petista usou o pronunciamento do 7 de Setembro para criticar o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), que naquele momento protagonizava uma disputa com o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
“Nenhum país é de fato independente quando tolerar ameaças à sua soberania. Seremos sempre intolerantes com qualquer pessoa, tenha a fortuna que tiver, que desafie a legislação brasileira. Nossa soberania não está à venda”, disse Lula.
Em julho deste ano, o presidente fez um pronunciamento em cadeia nacional sobre o tarifaço anunciado por Trump. Nele, o petista usou termos como “pátria soberana”, “defesa da soberania”, “defesa do Brasil” e disse que o país “tem um único dono, o povo brasileiro”.
Além da cerimônia institucional, movimentos populares, centrais sindicais e partidos como o PT usarão a data para anunciar manifestações pelo país. Não há previsão de Lula participar desses atos —ele deverá acompanhar somente o desfile na Esplanada dos Ministérios.
As centrais e as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo estão anunciando atos para a data, classificando-a como o Dia Mobilização Nacional. Até quinta-feira (21), havia atos previstos em ao menos 18 capitais. O maior deles deverá ser em São Paulo, na praça da República.
Em divulgações nas redes sociais, há frases como “Brasil soberano” e “quem manda no Brasil é o povo brasileiro”, além do uso das cores da bandeira nacional.
Raimundo Bonfim, coordenador-geral da Central de Movimentos Populares (CMP) e da coordenação da Frente Brasil Popular, diz que a data servirá para defender a soberania nacional e “denunciar os traidores da pátria”.
“Serão dois campos políticos nas ruas: a direita defendendo o tarifaço e a ingerência dos EUA no Brasil de um lado, e do outro nós, da esquerda, democratas e progressistas, defendendo a soberania, a democracia e os direitos”, diz.
A ideia é fazer uma defesa da soberania brasileira contra o tarifaço de Trump, bem como uma defesa do Judiciário brasileiro, que tem sido atacado por autoridades americanas. A meta, além de organizar atos em todas as capitais, é também avançar e mobilizar para que ocorram manifestações em cidades médias.
Um dos organizadores disse à reportagem que também as manifestações também devem destacar temas considerados prioritários, como a defesa da isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5.000, a taxação dos super-ricos, o fim da escala 6×1 e contra a anistia aos condenados pelos ataques golpistas do 8 de janeiro.
Com o mote “povo independente é povo soberano”, o PT trabalha para que ocorram atos em grande parte das capitais brasileiras. Segundo uma pessoa que acompanha a organização, o partido atuará fortemente nas redes sociais e também nas ruas para mobilizar um grande número de manifestantes.
O deputado Joãzinho Tenório (PRD) voltou a ser o líder da bancada do PRD na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) após uma decisão do juiz Sérgio Paulo Ribeiro da Silva, da 20ª Vara Cível da Capital, que suspendeu a decisão da Executiva estadual do partido de nomear o deputado Júnior Matuto como líder da bancada na segunda-feira (18).
De acordo com a decisão expedida nesta sexta-feira (22), foi descumprido o estatuto do partido pela falta de notificação pessoal dos integrantes da Executiva, incluindo o então líder da bancada na Alepe, Joãozinho Tenório.
“De outro lado, a inobservância das exigências estabelecidas no art. 63 do Estatuto do partido, especialmente as que dizem respeito à publicidade, seja mediante a publicação de editais, seja mediante a notificação pessoal de todos os seus membros, por si só, já evidencia o risco de dano à pessoa do demandante que, no seu múnus público, se vê privado de exercer as prerrogativas que lhes são próprias do exercício da liderança da bancada, inclusive a indicação de membros para integrar comissões, tal como a chamada CPI da Publicidade”, diz um trecho da decisão.
O magistrado ainda determinou multa de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento da ordem judicial e notificou a Alepe para desconsiderar todos os atos praticados pelo deputado Júnior Matuto no exercício da liderança.
Ao se manifestar sobre o assunto, Tenório criticou a forma como a CPi que investiga contratos do governo foi instalada.
“A CPI do PSB já nasceu comprovadamente com vícios de ilegalidades reconhecidos pela Justiça. Não fui convocado para nenhum acordo ou reunião, e ainda assim tentaram impor uma nova liderança de forma ilegítima. A Justiça reconheceu a ilegalidade da formação dessa liderança, o que interfere diretamente na constituição da CPI contra a governadora Raquel Lyra. O PSB procura, de toda forma, macular a seriedade do governo Raquel Lyra, mas não vão conseguir”, destacou Joãozinho Tenório.
Segunda vitória A anulação da mudança na liderança do PRD vem um dia depois da Justiça determinar também que O PSDB restitua a liderança da deputada Débora Almeida (PSDB), que tinha sido ocupada pelo deputado Diogo Moraes (PSDB).
Numa estratégia montada para impor minoria ao governo estadual na CPÌ que investiga contratos do governo, Júnior Matuto, Diogo Moraes e Waldemar Borges deixaram o pSB e se filiaram ao PRD, SPDB e MDB, respectivamente. Com isso, assumiram as lideranças dos partidos na Alepe e garantiram a indicação para a Comissão.
O Sextou de hoje, programa musical que ancoro as sextas-feiras, no lugar do Frente a Frente, vai trazer o brega pernambucano e o forró das antigas com a participação de Dany Myler. A cantora que foi eternizada na Banda Lolyta, com o sucesso ‘Thynara’, vai falar sobre a sua carreira, novos projetos e canções eternizadas na sua voz.
Conhecida como ‘o furacão do brega’, Dany Myler iniciou sua carreira aos 14 anos, na Banda Lolyta. Mais tarde, fez parte da Cavaleiros do Forró e de projetos avulsos a sua carreira solo, como ‘As amigas do Brega’ e o ‘Rolê das Poderosas’. Sempre engajada com a política, recentemente Dany fez parte do grupo de artistas que recepcionou o presidente Lula (PT) no Recife.
O Sextou vai ao ar logo mais, 18h às 19h, pela Rede Nordeste de Rádio, que reúne 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Para ouvir pela internet, acesse o link do Frente a Frente no topo desta página ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na Play Store.
De passagem por Arcoverde, a deputada Débora Almeida (PSDB) adquiriu o meu livro Os Leões do Norte na conveniência do posto Cruzeiro e fez questão de me enviar esta foto, informando que já começou a ler. “Estou adorando em mergulhar na história política e administrativa de Pernambuco. Você está de parabéns”, comentou.
O Brasil está retomando as obras voltadas à geração de energia elétrica a partir de usinas hidrelétricas. Para tanto, tem feito leilões para a contratação de pequenas centrais hidrelétricas. Também está nos planos do governo a construção de uma segunda usina binacional. Desta vez, em parceria com a Bolívia, para aproveitar o potencial hídrico do Rio Madeira.
A declaração foi feita pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nesta sexta-feira (22) em evento no qual apresentou os resultados do leilão de contratação de energia gerada em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
“Hoje celebramos a retomada da indústria hidrelétrica no Brasil. Este é mais um Marco histórico do governo Lula. Acabamos de fazer o leilão das PCHs de hidrelétricas até 50 megawatts, sucesso que é um passo fundamental em direção a uma transição energética justa e inclusiva”, disse o ministro. As informações são da Agência Brasil.
Hidrelétrica binacional Silveira falou sobre alguns planos do governo para a retomada da indústria hidrelétrica no Brasil. Um deles seria a construção da segunda hidrelétrica binacional, a exemplo de Itaipu, construída em parceria com o Paraguai.
“Para retomada das grandes hidrelétricas, ampliamos a cooperação técnica com a Bolívia para aproveitar o potencial do Rio Madeira. Falei com o presidente Lula sobre a importância de enfrentarmos esse debate e a ideia é garanto avançar. Quem sabe uma nova binacional está a caminho, repetindo o sucesso de Itaipu”, disse o ministro.
PCHs Sobre os resultados do leilão de contratação de energia de PCHs apresentados hoje, Silveira classificou como de “extremo sucesso”, tendo resultado em uma potência contratada de 816 megawatts (MW), com deságio de 3,16%.
“A garantia física ficou em 466 megawatts médio. O preço médio ficou em R$ 392 por megawatt. Os investimentos estão estimados em R$ 8 bilhões de reais nessa indústria”, disse ele referindo-se aos 65 empreendimentos vencedores do leilão.
“Esse certame já nasceu batendo recorde, com 241 projetos cadastrados para 3 mil megawatts totais de potência, sendo que a maior parte virá das pequenas centrais hidrelétricas”, acrescentou.
De acordo com o MME, 13 estados serão contemplados com os empreendimentos.
Dos 65 empreendimentos vencedores, 27 estão localizados em Santa Catarina; 11 no Paraná; 7 no Rio Grande do Sul; 6 no Mato Grosso; 4 em Goiás; 2 no Mato Grosso do Sul; 2 no Rio de Janeiro; e um nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Rondônia, Espírito Santo e Pernambuco.
“A Região Sul foi a maior contemplada, com 45 empreendimentos”, lembrou o ministro.
A TV Jornal, afiliada do SBT no Recife, enfrenta a maior crise de audiência de sua história e também um clima de tensão nos bastidores. A emissora, comandada pelo superintendente Vladimir Melo, já foi uma das afiliadas de maior audiência do SBT. Atualmente, chega a ficar em quarto lugar no Ibope durante a exibição da programação local.
De acordo com fontes do NaTelinha, o cenário caótico da TV Jornal é causado não só pela fase ruim do SBT, mas também por inúmeras decisões de rumos de programação tomadas pela direção da emissora pernambucana. As informações são do NaTelinha, da UOL.
Nos últimos anos, foram várias trocas de programas e de apresentadores. Um dos casos mais relevantes aconteceu em 2023, quando a TV Jornal desligou o apresentador Fábio Araújo, que era considerado o principal da casa. Desde então, a emissora deixou de disputar o segundo lugar na hora do almoço.
Entre profissionais da área, chama atenção a insistência da afiliada do SBT em produtos diários de entretenimento responsáveis por audiências baixíssimas. Um deles costuma ter os resultados maquiados com divulgação de vice-lideranças esporádicas.
Crise na TV Jornal/SBT
A crise generalizada já resultou em várias mudanças na equipe da emissora pernambucana. Na última quarta-feira (20), uma coordenadora de redação e uma chefe de reportagem foram desligadas por causa da baixa audiência. Já no mês passado, o editor-chefe de um dos telejornais pediu demissão após discordâncias com a direção.
Diante de diversas baixas recentes na equipe, alguns telejornais já chegaram a ser dirigidos pelo gerente de jornalismo. Ainda segundo fontes do NaTelinha, é bastante comum o acúmulo de funções dentro da TV Jornal. No bastidores, os profissionais temem que a crise resulte em mais saídas. Desde o início da manhã, o NaTelinha tenta contato com a TV Jornal. Caso haja manifestação, a reportagem será atualizada.