Por José Maria Nóbrega*
A História mostra como a esquerda nasceu para o conluio com a criminalidade. A começar pelos jacobinos na Revolução Francesa (século XVIII), que foram responsáveis pelo terror, o assassinato em massa de opositores ao regime jacobinista instalado por Robespierre. Com os maiores assassinos da esquerda revolucionária na Rússia (início do século XX), nomes tenebrosos como os de Lênin e Stálin tocaram o terror no campesinato russo entre os anos vinte e trinta do século passado. A esquerda tem em sua genética a violência, o link com o crime, com a criminalidade.
Os bolcheviques eram criminosos terroristas. Eliminavam os opositores do regime socialista soviético violentamente, muitas das vezes através do fuzilamento sem o devido julgamento. Revoltas de camponeses que tinham as suas colheitas totalmente confiscadas pelos comunistas do partido único foram violentamente suprimidas. Lênin, em 1920, ordenou a supressão completa da revolta campesina e o fuzilamento, em grupos, de camponeses que fossem suspeitos de dar apoio à rebelião, desprezando qualquer forma legal (dentro dos parâmetros da democracia liberal, tão rechaçada pela esquerda contemporânea) de julgamento justo.
Leia maisVilarejos inteiros foram queimados enquanto a autoridade de Moscou era reafirmada. Suspeitos não tiveram acesso aos instrumentos “burgueses” de ampla defesa. A maioria não queria o bolchevismo, foi forçada a ele. A “ditadura do proletariado”. Um crime humanitário.
A criminalidade levou Stálin ao poder como Secretário-Geral do Partido Comunista na antiga União Soviética (um conglomerado de países invadidos criminosamente sob a esfera de controle de Moscou). A criminalidade é um modus operandi da esquerda desde os seus primórdios.
No mundo atual, a esquerda usa o método criminoso em suas diversas facetas. Usa a criminalidade para enriquecer e se perpetuar no poder. Despreza as regras do jogo democrático, deturpando a lei e inserindo lacaios nos poderes da República. Ver o que acontece hoje nos tribunais de justiça, com a introdução de magistrados progressistas que tomam decisões fora da Constituição.
As operações policiais revelaram vários esquemas criminosos com dinheiro público que enquadraram atores políticos da esquerda em suas direções. A Operação Lava-Jato foi a revelação do principal esquema de corrupção e de organização criminosa que se tem notícia no mundo civilizado. O principal operador do esquema foi o principal partido de esquerda do país, o Partido dos Trabalhadores (PT).
O Brasil foi governado em sua maior parte na história da Nova República pela esquerda. Desde a redemocratização – que instalou no país uma semidemocracia – a criminalidade explodiu. De 1980 até hoje, o crime organizado avançou na vida política e social do país, com a explosão da violência – mais de quarenta mil assassinatos ao ano, mais de 120 mortes ao dia, uma média de 54 mil homicídios nos últimos dez anos – com quase uma centena de organizações criminosas prisionais; com destaque ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), que se tornaram hegemônicos em todo o território brasileiro e fora das nossas fronteiras – com frequentes ligações dessas organizações com a política. A esquerda é conhecida pela sua parcimônia com o crime e o criminoso.
A corrupção é um fenômeno inerente à atividade política. O seu controle é fundamental nas democracias modernas. Geralmente, o seu descontrole é fator preponderante em regimes híbridos, não em democracias sólidas O Brasil é um país no qual o descontrole da corrupção é acentuado e isto não é exclusividade da esfera esquerda da política nacional. No entanto, é prática corriqueira da esquerda a sua aproximação à técnicas criminosas.
A esquerda é desonesta. Prega na maioria das vezes valores liberais como estratégia quando não é maioria. Mas, é só frequentar reuniões dos partidos e associações de esquerda para ver a sua genética. O leninismo-trotskismo-stalinismo-jacobinismo está sempre presente nos discursos de seus líderes quando “a portas fechadas”. Os inimigos são sempre os mesmos: o liberalismo, “a burguesia”, Israel, o capitalismo e, claro, a democracia eleitoral/liberal (a democracia real). Com defesa aberta a grupos terroristas, como o Hamas.
Se infiltram nas organizações do Estado para fomentar essas ideias e elas se refletem em leis “progressistas” e lavagem cerebral em sala de aula. Saídas temporárias para criminosos dos presídios, Estatuto da Criança e do Adolescente, leis que partem de premissas falsas nas quais o criminoso é uma “vítima social” resultado das “contradições” do capitalismo ianque e coisas do tipo. Uma verdadeira aula de cafajestagem.
O ideal progressista é a versão “light” do esquerdismo contemporâneo. Em defesa de pautas de minorias, a esquerda se disfarça de democrática para impor a sua agenda destrutiva. Compromissada com essas pautas, a esquerda adota uma prática conflituosa, dividindo a sociedade, pregando a violência como método de resistência. É só ver o comportamento dos Black Blocs e dos grupos radicais identitários. O negrismo, o elegêbetismo, o antissemitismo, a revolução social, são todos movimentos chamados de sociais pela esquerda, mas que trazem em seu bojo a violência contra quem discorda de suas pautas.
Mas, o mais preocupante do progressismo é a sua tolerância para com a criminalidade, com o tráfico de drogas e o crime comum. Não foram poucas as falas de esquerdistas que apoiaram o assalto como forma de resistência à “tirania do capital” e a desigualdade social. O atual Presidente da República, Lula, quando era candidato nas eleições de 2022, justificou o crime de roubo de celular no qual um pobre jovem o faz “para tomar uma cervejinha” e que isso não configurava crime, mesmo num país em que há mais de um milhão de roubos de celulares ao ano, roubos que vitimam os mais pobres nas vias e ônibus das cidades brasileiras.
O crime e a criminalidade organizada não crescem apartada do Estado. É em aliança com ele que o crime prolifera, se desenvolve e chega a gerar terror na sociedade, como o que estamos presenciando no Equador esta semana e que já foi visto no Rio de Janeiro e em outros estados do Brasil. A esquerda contribui muito para esse estado de coisas.
*Cientista Político e Historiador – para o Jornal do Commercio
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