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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) realiza hoje uma reunião de emergência para discutir o plano de Israel de tomar o controle da Cidade de Gaza. A medida tem sido duramente criticada por países de todo o mundo. O secretário-geral da Organização, António Guterres, classificou a medida como uma “perigosa escalada”.
Ao anunciar o plano para a tomada de Gaza, o governo de Benjamin Netanyahu disse que o objetivo seria derrotar o grupo terrorista Hamas e libertar os reféns mantidos sequestrados. As informações são do portal Metrópoles.
O encontro do Conselho de Segurança ocorreu às 11h, em Nova York. Em Israel, Netanyahu realiza uma entrevista coletiva antes do encontro. O responsável por conduzir a reunião de emergência foi José Raúl Mulino, que ocupa a presidência rotativa do órgão.
O anúncio de que Israel iria tomar o controle de Gaza causou preocupação até para as famílias das pessoas que estão sob o poder do Hamas. O temor é que a ofensiva coloque em risco a vida delas.
Com estoque reabastecido pela quarta vez, em menos de 15 dias, já voltou a se esgotar o meu livro “Os Leões do Norte” na livraria Leitura, do Riomar, um dos pontos de maior demanda da obra no Recife. “Aqui, chegou, vendeu”, disse um atendente com o qual chequei se ainda havia algum exemplar disponível. O livro está entre os mais vendidos. Que coisa boa!
Da CNN Brasil
A partir de quarta-feira (13), o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado entra em sua etapa decisiva. Sete réus do núcleo considerado crucial para o desenvolvimento do plano do golpe têm até quarta para apresentar suas alegações finais ao STF (Supremo Tribunal Federal). Essa é a última oportunidade das defesas de apresentarem argumentos na tentativa de convencer os ministros do STF de sua versão dos fatos.
Após a entrega de todas as defesas, o relator do caso, Alexandre de Moraes, já poderá elaborar seu voto e liberar o caso para julgamento. Caberá ao presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, marcar uma data. Conforme apurou a CNN, os ministros já devem decidir pela condenação ou absolvição de Bolsonaro em setembro.
Leia maisAlém de Bolsonaro, são réus no núcleo 1 os ex-ministros Alexandre Ramagem, Augusto Heleno, Anderson Torres, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira; o ex-ajudante de ordens Mauro Cid; e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier.
Mauro Cid, por ser delator, já apresentou suas alegações finais. Disse no documento que não compactuou com qualquer plano de golpe e que atuava alinhado ao então comandante do Exército, general Freire Gomes. Os advogados apresentaram diálogos como prova de que o militar se opunha à tentativa de ruptura institucional.
Na última semana, o ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, pediu a prisão domiciliar de Bolsonaro, que também está sendo investigado em inquérito à parte por tentar atrapalhar as investigações e conspirar contra o Estado brasileiro nos EUA.
A medida inflou os ânimos em Brasília. Em frente à casa de Bolsonaro, manifestantes se reuniram vestidos com camisetas e bandeiras do Brasil em apoio ao ex-presidente. Em outras regiões da cidade, houve carreatas e buzinaços.
No Congresso, a oposição se mobilizou para reagir. Líderes da direita articulam propostas “anti-STF” e pressionam pela abertura de um processo de impeachment contra Moraes. Na terça-feira (5), senadores e deputados fizeram protestos nos plenários das duas Casas. Os parlamentares usaram adesivos na boca e ocuparam as mesas diretoras.
O vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), chegou a dizer que pautaria o projeto de lei que anistia condenados por participação no 8 de janeiro na primeira oportunidade que tiver de ocupar a presidência da Casa.
Já o Departamento de Estado dos EUA e a embaixada americana em Brasília acusaram Moraes de “flagrantes violações de direitos humanos” e fizeram ameaças contra aliados do ministro. Os ministros, porém, já afirmaram que não vão se intimidar ou submeter a pauta do Supremo a pressões externas.
Nesta semana, o núcleo 2 da ação golpista também deve avançar para as últimas etapas mesmo diante das pressões. O grupo deve finalizar as diligências complementares deferidas e caberá a Moraes abrir o prazo para as alegações finais da PGR no caso.
Leia menosDa CNN Brasil
A primeira semana de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi marcada por buzinaço, carreatas e por visitas de parentes e aliados, após autorizações do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Para evitar descumprimento de regras impostas por Moraes, os autorizados a visitar Bolsonaro têm deixado o telefone celular no carro. Uma das restrições ao ex-presidente é o acesso a redes sociais, que inclusive levou à medida que determinou prisão domiciliar.
Leia maisA CNN apurou que Bolsonaro tem reclamado muito de ter ficado sem redes sociais. Sem isso, ele teria ficado “sem acesso a informações confiáveis”. Como passatempo, tem assistido bastante TV.
De casa, também pôde ouvir buzinaços de apoio após o fim de carreatas que passaram nos arredores do condomínio onde mora.
A primeira manifestação aconteceu na segunda-feira à noite (4), pouco depois da decretação da prisão. Uma segunda aconteceu na noite do dia seguinte.
O fato de o ministro do STF ter autorizado a ida de familiares e aliados trouxe alívio às pessoas que conviviam com o ex-presidente, sobretudo pela questão dos filhos.
Assim que saiu a decisão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi à casa do pai. Já o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) chegou a Brasília na quinta-feira (7).
Além deles e das demais moradoras da casa — Michelle, a filha Laura e a enteada Letícia —, estão autorizados a frequentar o local advogados e médicos do ex-presidente.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) foi o primeiro político a visitá-lo, na terça-feira (5). Ao deixar a casa, onde ficou por cerca de meia hora, gravou um vídeo: “Vi que, apesar de triste, nosso capitão continua inabalável, acreditando no nosso Brasil e confiando em Deus”.
Depois foi a vez do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), visitar o ex-presidente. Após quase duas horas, saiu dizendo que Bolsonaro estava bem e sereno.
Moraes tem estabelecido as datas das visitas. Nos próximos dias e semanas, também poderão ir à casa do ex-presidente a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), amiga da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro; os deputados federais Junio do Amaral (PL-MG), Marcelo Moraes (PL-RS) e Luciano Zucco (PL-RS); e o empresário Renato de Araújo Corrêa.
Foram autorizados ainda os deputados Domingos Sávio (PL-MG), Joaquim Passarinho (PL-PA), Capitão Alden (PL-BA) e Júlia Zanatta (PL-SC). Outros aliados, como o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), também pediram autorização.
Dia dos Pais
O ministro Alexandre de Moraes autorizou que Bolsonaro receba a visita de mais oito familiares, além dos filhos, neste domingo (10), Dia dos Pais.
Além dos familiares que moram com ele – Michelle Bolsonaro, a filha e uma enteada –, Bolsonaro poderá receber também os filhos, que estão liberados de pedir autorização prévia para visitá-lo, o sogro, a sogra, três crianças (dois sobrinhos e uma neta), duas noras e um cunhado, irmão de criação de Michelle.
As visitas poderão ocorrer entre 10h e 18h, seguindo as condições já determinadas pelo STF, como a proibição do uso de celulares e de registros em vídeo durante a permanência no local.
Leia menosDo Diário de Pernambuco
O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, completaria 60 anos neste domingo (10) de Dia dos Pais. No 13 de agosto de 2014, o político que era candidato à presidência na época, faleceu em um acidente aéreo, aos 49 anos, quando foi vítima da queda do jato que o transportava, no litoral paulista.
Os filhos de Eduardo, João Campos, prefeito do Recife, e Pedro Campos, deputado federal de Pernambuco, compartilharam uma publicação prestando homenagem ao pai neste domingo. No vídeo publicado, todos os cinco filhos do ex-governador estão novos, e se declaram para o pai, desejando feliz aniversário e feliz Dia dos Pais.
Leia mais
Na legenda, Pedro escreveu: “Tem saudade que não sossega nunca! No dia dos pais, celebramos mais uma vez o seu aniversário. Pela primeira vez, isso acontece sem você fisicamente aqui. Mas seguimos firmes, com você mais presente do que nunca, em nossos gestos, valores e lutas!”
Amanhã, após 11 anos da sua partida, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), realiza uma sessão solene unificada com os temas “Eduardo Campos: 60 anos de legado, sonhos e coragem” e “PSB: 78 anos em defesa das causas do povo”, a partir das 18h.
Eduardo foi deputado estadual e deputado federal, além de ministro da Ciência e Tecnologia entre 2004 e 2005, no governo do presidente Lula. Também foi governador de Pernambuco por dois mandados seguidos, de 2007 a 2014, vencendo as eleições de 2006 no segundo turno e, em 2010, venceu no primeiro turno com mais de 80% dos votos, disputando a reeleição.
Leia menosDo jornal O Globo
Incluída em Medida Provisória (MP) do governo para agilizar obras consideradas estratégicas, a Licença Ambiental Especial (LAE) não implicará em afrouxamento da proteção ambiental, afirma a ministra Marina Silva. A inovação havia sido proposta pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e incluída no projeto de lei aprovado pelo Congresso que altera as regras para a concessão de licenças.
O item foi vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira (8) junto com outros 62 dispositivos do projeto, mas foi colocado na MP, que entra em vigor imediatamente.
Leia mais— Os vetos do presidente Lula corrigiram as inadequações sobre a Licença Ambiental Especial embutidas no projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional. A medida provisória apresentada permite a priorização de projetos pelo Conselho de Governo, mas determina que o licenciamento ambiental seja feito conforme as etapas que o licenciador definir, podendo contar com licenças prévia, de instalação e de operação, em vez de obrigatoriamente seguir o modelo monofásico, como havia estabelecido o Parlamento. O respeito às condicionantes necessárias para garantir a proteção ambiental, como ocorre hoje, continua indispensável — disse Marina, ao GLOBO.
O projeto de lei previa que a LAE fosse concedida por meio de análise em uma só etapa.
Em nota, a Frente Parlamentar Ambientalista Mista, formada por deputados e senadores, manifestou preocupação com a criação da Licença Ambiental Especial. “A medida acelera o processo de licenciamento, permitindo que obras sejam autorizadas antes da conclusão de análises completas sobre seus riscos, o que, segundo ambientalistas, fragiliza as salvaguardas previstas na legislação e aumenta a possibilidade de danos irreversíveis aos ecossistemas”, afirma a frente.
A ministra do Meio Ambiente argumenta que o instrumento já existe para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e garante que não haverá prejuízo em razão da celeridade para manifestação sobre a concessão da licença que a MP exige.
— O instrumento da LAE, na prática, já existe. O PAC, por exemplo, prioriza alguns empreendimentos considerados estratégicos. A MP traz duas novidades. Primeiro, estabelece o prazo de 12 meses para que haja manifestação do órgão licenciador em relação ao empreendimento. Não necessariamente a manifestação será pela concessão da licença, mas a resposta, positiva ou negativa, virá de maneira mais célere. Para que isso seja possível, o governo colocará equipes dedicadas exclusivamente à apreciação desses projetos. Não haverá qualquer prejuízo à qualidade técnica da análise para que o prazo seja cumprido. Inclusive, o estudo prévio de impacto ambiental deverá ser o mais completo, que prevê realização de audiência pública — explicou a ministra.
Marina Silva também destacou que o conselho responsável por analisar se a obra poderá obter o LAE passa a ter uma participação ampla de ministérios.
— A segunda novidade é que a definição sobre os empreendimentos estratégicos, hoje feita pelo ministério interessado junto ao centro de governo, ficará a cargo de um Conselho de Governo com participação igualitária de todas as pastas. O grupo abriga os Ministérios dos Transportes, de Minas e Energia e da Agricultura e Pecuária, mas também os de Meio Ambiente e Mudança do Clima, Saúde, Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, Cultura, Povos Indígenas, Igualdade Racial, Direitos Humanos e Mulheres. Cada um deles com direito a manifestações de igual peso. Uma decisão que, até agora, acontecia de modo bilateral e sem regulamentação, passará a ocorrer de maneira colegiada e submetida a um regramento claro — completou.
Na sexta-feira, Lula vetou 63 dispositivos do projeto que flexibiliza regras de licenciamento ambiental. Além da MP, o governo também anunciou o envio de um projeto de lei ao Congresso para corrigir “vácuos”. O Executivo disse que os trechos vetados “garantem proteção ambiental e segurança jurídica”.
Entre os itens vetados, está um que previa que a Licença por Adesão e Compromisso (LAC), nome dado a autodeclaração de impacto ambiental de uma obra, não valerá para projetos de médio potencial poluidor. Foram vetados ainda 12 dispositivos que tratam sobre a permissão para que estados e municípios tenham suas regras de licenciamento, sem padronização nacional, o que gera insegurança jurídica.
Leia menosO deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou na manhã deste domingo (10) na sua conta do X um vídeo de 1982 que registra um encontro entre o então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan (Partido Republicano), e o então presidente do Brasil, João Figueiredo, último general que comandou o país na ditadura militar (1964-1985).
Nas imagens, Reagan discursa nos jardins da Casa Branca, em Washington, ao lado de Figueiredo. O filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) faz o seguinte comentário no post: “Tempo em que o Brasil tinha um presidente e as relações EUA-Brasil eram levadas a sério. Esses tempos retornarão”. As informações são do Poder360.
Eduardo está nos EUA desde fevereiro de 2025, quando começou a trabalhar por sanções do governo do atual presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), contra autoridades brasileiras. O lobby por sanções também é feito pelo neto de João Figueiredo, o empresário e jornalista Paulo Figueiredo.
Eis a postagem de Eduardo Bolsonaro:
🇧🇷🤝🇺🇸 1982, tempo em que o Brasil tinha um presidente e as relações EUA-Brasil eram levadas a sério. Esses tempos retornarão. pic.twitter.com/c0Lp2uJLQ5
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) August 10, 2025
No Dia dos Pais, meus filhos Magno Filho e João Pedro me presentearam com roupa. Adorei! Adorei igualmente o presente das minhas enteadas Maria Beatriz e Maria Heloísa, que me mandaram uma linda e gostosa cesta de café da manhã com uma surpresa junto: uma camisa estampando uma foto minha com elas e a mãe, a minha amada Nayla Valença.
Fiquei ancho da vida!
Do Estadão Conteúdo
A engenheira Camila Bruzzi, presidente e fundadora da Coalizão Licença-Paternidade (CoPai), cita mais um motivo para comemorar o Dia dos Pais neste domingo (10). A data pode ser a última em que vigora a licença-paternidade de cinco dias, menos da metade do recomendado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em entrevista à Coluna do Estadão, Bruzzi disse estar confiante de que neste semestre o Congresso aumentará o benefício, depois de quase 40 anos sem regulamentar uma regra temporária da Constituição.
O avanço não veio sem pressão, principalmente por parte do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte foi provocada sobre o tema ainda em 2012 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde. Em 2023, o tribunal traçou uma linha: o Congresso se omitiu e tem até julho de 2025 para decidir sobre o caso, ou o próprio Supremo fixaria a licença. Com o fim do prazo, o Congresso voltou a se movimentar para aprovar a proposta.
Leia maisNo mês passado, a Câmara aprovou urgência para o assunto ser votado no plenário. O texto a ser construído deve se basear nas duas propostas mais avançadas nas duas Casas legislativas. Elas preveem a elevação de cinco para 60 dias, ao longo de uma transição de cinco anos. Antes, o benefício passaria por 30 e 45 dias, com remuneração do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), nos moldes da licença-maternidade.
“O aumento da licença-paternidade pode transformar o Brasil e tem os ingredientes básicos para formar uma nova geração mais próspera”, afirmou Bruzzi, acrescentando que uma licença-paternidade de 60 dias teria impacto de menos de 1% no orçamento da Previdência. E reforçou que trata-se de um investimento, que auxiliaria pais, mães, filhos e até o Sistema Único de Saúde (SUS).
Desde 1988, a licença-paternidade no País é de cinco dias, podendo passar para 20 dias em empresas que aderem ao programa Empresa Cidadã. A licença-maternidade geral é de quatro a seis meses. Na Colômbia, a licença ao pai de um recém-nascido é de três semanas e, em Portugal, 22. Na Coreia do Sul, são 54 semanas.
Leia os principais trechos da entrevista
Após quase 40 anos, o Congresso vai finalmente regulamentar a licença-paternidade? Ou será preciso provocar o STF, que já deu um prazo de um ano e meio ao Parlamento, ainda sem sucesso?
Acreditamos que não há necessidade de pressionar o STF neste momento, porque a pauta está finalmente avançando. Nossa expectativa é de que seja aprovada pelo Congresso neste ano. O projeto já pode ir ao plenário da Câmara. Avaliamos que só haverá mudanças significativas se a licença-paternidade for maior que 30 dias, em linha com a Sociedade Brasileira de Pediatria.
Quais são os benefícios de aumentar a licença-paternidade de cinco para 60 dias?
O aumento da licença-paternidade pode transformar o Brasil e é apoiado por 92% da população. Estudos mostram que quando o pai fica um período prolongado com o filho no começo da vida, aumenta muito a probabilidade de ele permanecer nesse cuidado ao longo da vida. A neurociência aponta que isso gera efeitos hormonais no pai. E contribui para a primeira infância, nos dois primeiros anos, quando 80% do cérebro da criança é formado. O filho desenvolve melhor as habilidades cognitivas, a autoestima e até a fala. Diminuem-se as chances de abandono escolar, envolvimento com drogas e gravidez precoce. Essas mudanças são os ingredientes básicos de uma nova geração mais próspera.
E o impacto em termos econômicos?
Uma licença-paternidade de 60 dias representaria menos de 1% do orçamento da Previdência Social, segundo estimativas das áreas técnicas da Câmara e do Senado. A taxa de fecundidade brasileira não chega a dois filhos por casal e o Brasil tem 40 milhões de trabalhadores com carteira assinada. O professor James Heckman, vencedor do Nobel de Economia, diz que o investimento na primeira infância é o melhor que uma nação pode fazer em termos de retorno do investimento. A cada R$ 1 investido, R$ 7 retornam no longo prazo. Grandes empresas no Brasil já adotam seis meses de licença-paternidade, como O Boticário (cosméticos) e Diageo (dona do whisky Johnny Walker). Pelo menos 30 empresas oferecem dois meses.
Outra vantagem do aumento da licença-paternidade seria no auxílio à maternidade e à igualdade de gênero, certo?
Com certeza. O filho deve ser uma responsabilidade compartilhada entre pai e mãe. Muita gente fala: “O pai não precisa estar nos primeiros dias porque não dá de mamar”. Ironicamente, nessa fase é essencial a presença paterna em casa, também para a mãe da criança. 80% das mulheres têm dificuldade na amamentação. E é fundamental ter um parceiro ao lado para dar apoio emocional e prático, em um momento de muitas mudanças hormonais. É dar à mãe tempo de sono, alimentação e hidratação. Quanto menos a mãe dorme, menos leite ela vai ter. Uma pesquisa apontou que a chance de interrupção precoce da amamentação cai 160% quando há um parceiro em casa. E essa interrupção pode trazer riscos à saúde da mãe e do bebê. O SUS gasta R$ 1 bilhão ao ano com essas hospitalizações de mãe ou bebê.
A licença-paternidade do Brasil é de cinco dias. Como é a regra em outros países?
No México, lanterna junto ao Brasil, a licença-paternidade é de uma semana. Na Colômbia, três semanas. Na Hungria, 10. Na Grécia, 11. Na Espanha, 17. Em Portugal, são 22 semanas. O país mais generoso é a Coréia do Sul, com 54 semanas. Há países com meses a serem divididos entre o pai e a mãe, como na Alemanha, que dá 14 meses no total, com pelo menos dois meses exclusivos a cada genitor.
Leia menosPor Aloisio Sotero*
Eis a questão: será que existe um dilema shakespeariano entre humanos robotizados e robôs humanizados, tão presente em nossos dias? Na minha opinião, trata-se de um falso dilema. Não estamos diante de uma escolha exclusiva entre um ou outro. A verdadeira questão não é optar, mas compreender como essas fronteiras estão se dissolvendo.
Afinal, o que está em jogo não é ser um ou ser outro, mas como usamos a Inteligência Artificial para expandir — e não reduzir — nossa humanidade. A questão é a seguinte: como saber utilizar a Inteligência Artificial (IA) ao nosso favor e decidir o que podemos fazer com ela a cada momento no presente?
Leia maisSerá que vale a pena projetar um futuro cada vez mais incerto sem saber o que queremos hoje? Já enfrentamos inúmeros desafios em que podemos contar com a IA na gestão atual dos negócios! Aprimorando continuamente o que já existe, como dizem, “economizando tempo”, um dos recursos mais escassos nos tempos atuais. Inovar, de maneira criativa, significa trazer à existência algo que ainda não existe.
O exercício da criatividade nos desafia diariamente, como quando você “cria um novo caminho para sair de simples engarrafamento”. A interseção entre humanidade e tecnologia desafia nossa compreensão tradicional de identidade e função, sugerindo que o futuro pode não ser sobre escolher entre ser humano ou robô, mas sim sobre saber como usar a IA a nosso favor — e não o contrário.
Os humanos e os robôs têm qualidades e limitações únicas. Os humanos pensam e as máquinas repetem o já pensado. Simples assim. Os humanos são capazes de empatia, criatividade e pensamento crítico, mas também são propensos a erros e preconceitos. Os robôs são capazes de processar informações rapidamente e de realizar tarefas repetitivas de forma precisa, mas não são capazes de compreender e responder às emoções humanas. A melhor maneira de superar esse dilema é combinar as forças dos humanos e dos robôs.
Humanos: visionários na era da IA
Ser visionário, ter visão do futuro é uma habilidade natural da inteligência humana. Assim como dormir, comer e sonhar. Aqui me faz lembrar a mais humana das campanhas publicitárias do momento: “É feito de futuro”. Os robôs não comem, não dormem, não pensam no futuro.
Na era da IA, robôs são fantásticos em combinar informações do passado com velocidade e volume incompatíveis com a capacidade humana. A IA funciona como extensões habilitadoras da inteligência humana, como o garfo e a faca são extensões das mãos, ou como a caneta e o lápis são extensões dos dedos.
Confesso que o meu presente já é feito com IA. Meus amados “robôs que me poupam tempo” , já não posso viver sem IA no meu dia a dia, meu dia a dia é “feito de IA”. Já não consigo trabalhar sem vocês.
Meu grande auxiliar de poupar tempo. Digo o que quero, com experiência e pensamento crítico! Faço as escolhas à luz do portfólio de experiências. Saber perguntar é o desafio diário para testar a IA.
Os humanos podem usar a criatividade e o pensamento crítico para desenvolver novas tecnologias, enquanto os robôs podem usar sua capacidade de processamento de informações para automatizar tarefas e ajudar a tomar decisões rápidas.
Entretanto, como dizia Albert Einstein, “a imaginação é mais importante que o conhecimento”. Conhecimento em estoque é vaidade! O conhecimento é limitado, enquanto a imaginação abrange o mundo inteiro, estimulando o progresso, dando à luz à evolução. Movido pelas perguntas.
Agrego uma informação interessante em estudo realizado pela Page Personnel, consultoria de recrutamento. A pesquisa revela que 90% das promoções e demissões nas empresas acontecem em função das power skills, o conjunto de habilidades de hard skills com soft skills.
E mais. De acordo com uma pesquisa da Harvard University, Carnegie Foundation e Centro de Pesquisas de Stanford, 85% do sucesso dos profissionais é resultado do desenvolvimento das power skills, em especial para as soft skills, sendo que apenas 15% é proveniente das habilidades exclusivamente de conhecimentos técnicos, as hard skills. Ao fim e ao cabo, a IA está aí para realizar tarefas que talvez nunca tenham sido, de fato, humanas.
E mais: se os algoritmos são criados por nós, será que, no fundo, a IA não está apenas revelando a melhor face do que podemos fazer — e fazer cada vez melhor?
*Conselheiro em Negócios, Board Member, B-Level, membro do Conselho Editorial da Revista da FUNCEX (Fundação de Comércio Exterior do Brasil).
Leia menosDo Metrópoles
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), saiu fortalecido diante do motim bolsonarista que ocupou por dois dias o plenário da Casa, até a quinta-feira (7). Na avaliação de lideranças ouvidas pelo Metrópoles, a revolta também fortaleceu seus laços com a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o apoiou para a reconquista do espaço tomado pela oposição.
Um momento em especial ilustra o estreitamento da relação. Ao final da sessão que marcou a retomada das votações, Alcolumbre deixou o plenário literalmente abraçado ao líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP). O abraço também se estendeu ao ex-presidente do Senado Renan Calheiros (MDB-AL), outro cacique governista. A “trinca” caminhou até a presidência da Casa, onde se reuniu a portas fechadas.
Leia maisSegundo interlocutores dos senadores, eles fizeram em conjunto uma avaliação da semana, que finalizou com a aprovação da Medida Provisória que amplia a isenção do imposto de renda. Alcolumbre também teria explicado uma conversa anterior que teve com a oposição, e deixando claro que não fez ou faria qualquer concessão.
Davi foi apoiado pela base do presidente Lula na resistência ao motim. Ele garantiu, com todas as letras, que não daria sequência ao pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Essa era a exigência do bolsonaristas, que se recusavam a deixar a Mesa Diretora do Senado até que o requerimento contra o magistrado fosse pautado.
Na quarta-feira (6), com os bolsonaristas ainda amotinados no plenário, Alcolumbre afirmou, em reunião do colégio de líderes, que não pautaria o impeachment de Moraes nem se todos os integrantes da Casa assinarem o requerimento. O presidente da Casa afirmou que a prerrogativa de pautar o afastamento de ministros era exclusiva dele.
A fala foi direcionada ao senador Eduardo Girão (Novo-CE), um dos nomes mais estridentes da oposição. Alcolumbre foi incisivo ao negar que pautaria o requerimento. Ele convocou sessão virtual para esvaziar a manifestação, e depois disse que qualquer um que permanecesse seria retirado pela polícia antes da sessão presencial.
Acorrentado
A base governista o apoiou. Interlocutores da oposição pediram que ele ligasse para o senador Magno Malta (PL-ES), que estava literalmente acorrentado à mesa do plenário. O presidente do Senado se recusou, e os bolsonaristas deixaram o local sem perspectiva de votação alguma. Alcolumbre, após reassumir a cadeira, foi elogiado pelos senadores que já presidiram a Casa, incluindo Renan Calheiros.
O cenário contrastou com o da Câmara, onde o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), voltou ao plenário com deputados bolsonaristas ainda ocupando a Mesa Diretora. O chefe precisou se espremer entre os pares, aproximou-se e se afastou do lugar que lhe é de direito, e com custo, conseguiu retomar o controle. Após o episódio, Motta fez uma fala dura.
Na sexta, encaminhou, à Corregedoria da Casa, pedidos de suspensão contra 14 parlamentares que participaram do motim e de outros episódios ao longo da semana.
Leia menosAcontece, neste domingo (10), o ato “Reaja, Brasil”, em Brasília, em defesa da anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos no dia 8 de janeiro de 2023 e pelo impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A carreata bolsonarista iniciou a concentração na Torre de TV às 8h30 e segue trajeto pelo Eixo Monumental até o condomínio Solar de Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) encontra-se em prisão domiciliar. As informações são do Correio Braziliense.
Leia maisO deputado distrital Thiago Manzoni (PL-DF) é um dos organizadores da manifestação. Segundo o parlamentar, o movimento é orgânico e o objetivo é que ações como essa sejam realizadas “até que a justiça seja restabelecida”, comentou Manzoni.
“Esse é o movimento do povo de Brasília que está muito insatisfeito e muito descontente com o cenário atual do Brasil. A impressão que eu tenho é que o povo não vai sair das ruas, até que a justiça seja restabelecida no Brasil e até que o Brasil volte a ser um estado de direito”, disse o deputado.
A advogada e membro da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro (ASFAV), Carolina Siebra, 38 anos, acredita que as decisões de Moraes em relação aos condenados estão “fora da Constituição” e têm “viés político”.
“O que aconteceu no dia 8 de janeiro foram atos de vandalismo, não existe golpe de Estado”, disse Carolina. Para ela, as pessoas devem ser punidas “mas dentro do escopo legal”.
O ourives Vanderlei Suguino, de 59 anos, defende que os processos dos envolvidos nos atos antidemocráticos saiam do STF e sejam julgados na justiça comum. Entre eles, Bolsonaro. “Como ele não tem mais foro privilegiado, o correto é tramitar na primeira instância”, comentou.
Mesmo a tarifa de 50% imposta ao Brasil em alguns produtos exportados aos Estados Unidos, prejudicando a economia brasileira e os setores atingidos pela medida, os manifestantes acreditam que só aconteceu devido à falta de negociação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não por atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O parlamentar já afirmou diversas vezes publicamente que tem atuado, com Paulo Figueiredo, para impor sanções a Moraes e ao Brasil até que a anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado seja concedida.
Leia menos