Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) classificaram como “fora do tom” as últimas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abrindo guerra aberta com o Banco Central e atacando o hoje senador Sergio Moro.
Magistrados disseram ao blog que o problema do chefe do Executivo Federal é que não há, no Palácio do Planalto e nos ministérios, ninguém que fale de “igual para igual” com ele.
Os ministros avaliam que Lula está errando porque seus assessores não conseguem alertá-lo sobre “bolas divididas” em que não deveria entrar.
“Não tem ninguém que fale de igual para igual com ele, não tem mais José Dirceu, Antonio Palocci, Luiz Gushiken, José Genoíno, que traziam Lula para a realidade quando ele derrapava”, avaliou um ministro do STF ao blog do Valdo Cruz.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou, em entrevista hoje, que o Governo Federal pretende enviar ao Congresso, nos próximos dias, um projeto de lei que prevê a regulação e a punição de big techs pela divulgação de conteúdos criminosos nas redes. Segundo o ministro, as redes sociais “não querem ser fiscalizadas”, porque muitas delas “ganham muito dinheiro patrocinando, estimulando e viabilizando crime”.
Por isso, o presidente Lula “vai mandar, nos próximos dias, uma lei para o Congresso para regular isso”. O assunto voltou ao debate público nesta semana, após o youtuber e humorista Felipe Bressanim Pereira, mais conhecido como Felca, divulgar um vídeo na última quarta (6) denunciando casos de exploração de menores nas redes. As informações são do portal G1.
“O governo brasileiro, o presidente Lula é favorável à regulamentação, à fiscalização dessas plataformas digitais que ganham muito, muito dinheiro as custas da saúde mental e da saúde física, às vezes, de crianças, adolescentes, mulheres que são exploradas e são enganadas através de redes sociais e plataformas”, afirmou o ministro.
A declaração foi dada em entrevista à rádio Alvorada FM, de Guanambi (BA). O ministro foi questionado sobre o debate levantado pela denúncia do influenciador e humorista. “A denúncia feita pelo youtuber Felca sobre a adultização de crianças é mais um alerta para um problema que acontece no mundo inteiro”, afirmou Rui Costa.
“Você não pode, por ter um meio de comunicação na mão, viabilizar a atividade criminosa. O mesmo vale com a plataforma digital que não pode estimular o crime, ganhar dinheiro facilitando o crime contra pessoas vulneráveis contra crianças, idosos, adolescentes”, prosseguiu o ministro.
Segundo o ministro, “mais do que nunca, é preciso regular, fiscalizar e punir não apenas quem publica, mas também quem viabiliza a disseminação desses conteúdos”.
O Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais 2025 será realizado de 1º a 5 de dezembro deste ano, na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. A oitava edição do Teste Público da Urna teve recorde de inscrições, inclusive com o aumento da participação feminina. As informações são do Blog da Folha.
O teste chegou à 8ª edição com o número recorde de 149 inscrições aprovadas, o que demonstra um interesse da sociedade em uma das etapas mais importantes de fiscalização e auditoria do processo eleitoral. A lista publicada nesta terça-feira (29) traz 106 inscrições individuais e 16 de grupos (num total de 43 pessoas).
Do total, 14 inscrições são de investigadores individuais ou em grupo que declararam representar instituições, como faculdades, universidades e partidos políticos. Quarenta mulheres, sendo 35 individuais e cinco integrantes de grupos, se inscreveram. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu pedidos de inscrição de 151 pessoas interessadas em participar do Teste Público da Urna 2025, mas dois foram reprovados por não atenderem aos requisitos para participação no evento exigidos pelo edital.
O Teste Público da Urna acontece desde 2009, preferencialmente no segundo semestre de anos não eleitorais, e reúne especialistas em Tecnologia da Informação interessados em contribuir para o constante aperfeiçoamento do sistema eletrônico de votação. Desde a primeira edição, o evento contribui para que ocorram avanços no processo eleitoral. O Teste enfatiza ainda o caráter de colaboração da sociedade com a Justiça Eleitoral. Em 2025, o evento acontece de 1º a 5 de dezembro, em espaço preparado e reservado na sede do TSE, em Brasília.
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) promoveu, ontem, uma sessão solene em homenagem aos 78 anos do PSB e ao aniversário de 60 anos do ex-governador Eduardo Campos (1965-2014). A cerimônia, proposta pelos deputados Sileno Guedes (PSB) e Diogo Moraes (PSB), contou com a participação do prefeito do Recife e presidente nacional do PSB, João Campos, de autoridades e militantes de todo o estado. O evento se somou a uma série de atividades que vêm ocorrendo ao longo de agosto em alusão a datas simbólicas para a trajetória do partido e de seus líderes.
Durante a solenidade, as intersecções entre a história do PSB e de Eduardo foram realçadas. O prefeito João Campos falou do pai como alguém que “irradia vida mesmo depois da vida” e que fez a diferença por onde passou sem nunca estar inerte às transformações. Assim, em vez de tristeza, a história do ex-governador deve seguir promovendo inspiração. “Hoje a gente pode relembrar aqueles que verdadeiramente lutaram de forma honrada, patriótica, as lutas mais importantes das causas populares”, celebrou.
João Campos reforçou ainda o propósito de fazer do PSB “o maior partido da centro-esquerda brasileira” e disse que a conduta de homens públicos como seu bisavô, Miguel Arraes (1916-2005), e seu pai, ambos também presidentes nacionais do PSB, é um farol na missão que ele agora tem de dirigir a sigla em todo o país. “O sentimento que temos hoje no partido é de transformação e de crescimento com representatividade. Queremos mostrar para aqueles que estão desalentados na política que a gente está disposto a se colocar como alternativa. A soberania popular das urnas será um momento de grande triunfo do nosso partido”, avaliou, em referência ao fortalecimento do PSB para as eleições de 2026.
Já o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), ressaltou a importância de a casa saudar os 78 anos do PSB e enfatizou a relação respeitosa que Eduardo Campos tinha com todos os agentes políticos, independentemente se eram de campos opostos. “O PSB e Eduardo construíram uma trajetória exitosa, se constituindo em um pilar da democracia brasileira. A era Eduardo Campos se guiou pela inovação administrativa, desenvolvimento econômico e programas sociais que mudaram realidades e contribuíram para o crescimento do estado e a dignidade dos pernambucanos”, declarou.
Presidente estadual do PSB e líder da bancada do partido na Alepe, o deputado Sileno Guedes disse que “Pernambuco conhece a diferença que é ter o PSB governando, legislando, trabalhando”. Em seguida, avaliou que a legenda chega a quase 80 anos se reinventando e exaltou o prefeito João Campos como símbolo de renovação. “A saudade do futuro seguirá sempre batendo em nosso peito. Mas, nos corações de milhões de pernambucanos e pernambucanas, nasce também a expectativa para um amanhã que nos chama, um amanhã que reconhece em você, João, a grande liderança que nosso estado precisa”, discursou.
Além da sessão solene no Recife, eventos têm ocorrido em Brasília para assinalar as datas simbólicas para o PSB e seus líderes. Na semana passada, foi aberta a exposição “Ciclos de Coragem: duas gerações, um só compromisso”, em alusão aos 20 anos de falecimento de Miguel Arraes e ao aniversário de 60 anos de Eduardo Campos. Já nesta quarta (13), a memória dos ex-governadores será lembrada em uma missa e em uma sessão solene na Câmara dos Deputados.
O governo dos Estados Unidos, do presidente Donald Trump, criticará o governo brasileiro e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em um relatório anual do Departamento de Estado sobre a situação dos direitos humanos e das liberdades políticas no Brasil.
A informação é do jornal americano The Washington Post, que visualizou trechos do relatório com antecedência. O texto será apresentado ao Congresso dos Estados Unidos nesta terça-feira, 12.
Segundo o The Washington Post, o relatório citará Alexandre de Moraes de forma nominal, acusando o magistrado de “suprimir desproporcionalmente o discurso de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro” ao determinar “pessoalmente a suspensão de mais de 100 perfis de usuários na plataforma de mídia social X (antigo Twitter)“, segundo trecho reproduzido pelo jornal americano.
O “Post” procurou o Departamento de Estado americano, que se recusou a se manifestar sobre o relatório. Um funcionário disse, sob a condição de anonimato, que “governos em todo o mundo continuam a usar a censura, a vigilância arbitrária ou ilegal e leis restritivas contra vozes desfavorecidas, muitas vezes por motivos políticos e religiosos”.
O governo americano sancionou Moraes com a Lei Magnitsky, norma que restringe direitos de violadores graves dos direitos humanos. Antes, a gestão Trump havia suspenso vistos de oito dos onze ministros do STF, incluindo Moraes.
Ao retornar de um período de recesso, em 1º de agosto, o STF dedicou parte da sessão para um desagravo a Alexandre de Moraes. O presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso, afirmou que a Corte julgará as ações penais sobre a tentativa de golpe de Estado “sem qualquer tipo de interferência, venha de onde vier”.
O Departamento de Estado costuma divulgar suas análises março ou abril do ano subsequente ao período estudado. Os relatórios relativos a 2024, porém, tiveram a publicação atrasada pela gestão Trump.
Se o teor do relatório sobre o Brasil em 2024 for confirmado, o governo Trump romperá com a análise tradicional da diplomacia dos Estados Unidos sobre a condição dos direitos humanos no Brasil. As edições anteriores do relatório do Departamento de Estado consideraram o Brasil como uma democracia imperfeita. O verbete sobre o Brasil no ano de 2023 registra, por exemplo, que o País tem ”judiciário efetivo, sistema político democrático e funcional e garantia de direitos de expressão, incluindo membros da mídia”.
Uma pesquisa Ipsos-Ipec, divulgada hoje, aponta que 75% dos brasileiros acreditam que o tarifaço de Donald Trump aos produtos brasileiros importados aos Estados Unidos teve uma motivação política, enquanto 12% disseram ser uma questão comercial.
Dos entrevistados, 5% responderam “ambas”, considerando o tarifaço tanto como uma questão comercial quanto uma questão política. Não sabem ou não responderam somaram 8%. As informações são do portal G1.
O levantamento foi realizado entre os dias 1º e 5 de agosto, um dia antes do tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros exportados aos EUA entrar em vigor. Foram realizadas 2 mil entrevistas em 132 cidades. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
O tarifaço por Trump começou na sexta-feira (6) e pode impactar em até US$ 23,9 bilhões as exportações brasileiras, o que corresponde à maior parte do total de US$ 42,3 bilhões que o Brasil vende ao país. No entanto, uma lista de exceções divulgada pelo governo americano poupou 694 produtos da nova sobretaxa, que somam US$ 18,4 bilhões (43,4% do total). Com isso, a estimativa é que cerca de 3,8 mil itens de exportação ainda permaneçam sujeitos às novas regras.
Segundo o Ipsos-Ipec, a visão sobre ser uma questão política se intensifica sensivelmente entre os entrevistados com 45 a 59 anos (80%) e nos moradores das Regiões Nordeste e Sudeste (77%, em cada), na comparação com as demais regiões – Norte/Centro-Oeste (71%) e Sul (72%).
Entre os católicos, 76% acreditam ser uma questão política e, entre os evangélicos, 74%. Na divisão por renda, acham que se trata de uma questão política: 77% de quem ganha até 1 salário mínimo; 76% de quem ganha mais de 1 a 2 salários; 77% de quem ganha mais de 2 a 5 salários; e 70% de quem ganha mais de 5 salários.
A manchete do jornal carioca O Globo, do último domingo, foi de arrepiar. Trouxe um levantamento apontando que no Brasil já existem 64 facções criminosas em atuação. Quando detalha a ação da bandidagem no Nordeste, Bahia e Pernambuco aparecem entre os Estados que concentram mais grupos criminosos, 17 e 12, respectivamente, seguido pelo Mato Grosso do Sul, com 10.
Enquanto os dois do Nordeste têm um cenário fragmentado, com muitas facções locais disputando espaço, o território sul-mato-grossense é o maior “importador” de facções de outros estados. A rota do narcotráfico que passa pela fronteira com o Paraguai e a Bolívia estimulou nove das 12 facções interestaduais a criarem núcleos de atuação ali.
Apesar de o PCC já ter presença internacional, as autoridades brasileiras quase não encontram núcleos grandes de facções estrangeiras no país. Segundo a reportagem, a única exceção é no estado de Roraima, onde o grupo venezuelano Trem de Aragua possui membros. O Estado que mais “exporta” facções nacionalmente é o Rio de Janeiro, que além do CV tem duas organizações com atuação interestadual: o Terceiro Comando Puro (TCP) e os Amigos dos Amigos (ADA).
Ainda segundo a reportagem, o Primeiro Comando da Capital (PCC) já estava perto de completar uma década quando o Brasil tomou conhecimento de sua existência. “Por celular, a facção criminosa nascida no sistema prisional paulista tomou, em fevereiro de 2001, o controle de dezenas de presídios em apenas meia hora, deixando mais de cinco mil reféns. Diante da então maior rebelião da história do país, o governo de São Paulo não mais tinha como negar sua extensão e força. Para dar uma resposta pública, deu início à transferência de lideranças para unidades de outros estados. Foi um tiro no pé. Os criminosos passaram a batizar novos integrantes pelo Brasil, em troca de proteção”, relata o jornal.
Começava ali a semente da nacionalização do grupo, mas não só. Na esteira do PCC, surgiram dezenas de facções menores, até mesmo para fazer frente aos “forasteiros” de São Paulo em outros estados. Ao longo do último mês, o jornal mapeou as organizações criminosas presentes em todo o território nacional. O Brasil tem hoje 64 facções espalhadas pelas 27 unidades da federação, com menor ou maior tamanho e influência sobre a sociedade, segundo os dados coletados junto a fontes das secretarias de Segurança Pública, Administração Penitenciária e Ministérios Públicos de todos os estados.
Entre os grupos mencionados pelas autoridades, 12 têm presença em mais de um Estado, e os outros 52 são, até onde se sabe, organizações locais. Há duas delas, contudo, com presença efetivamente nacional. O PCC está em 25 unidades da federação, enquanto os fluminenses do Comando Vermelho (CV) se encontram em 26. Os grupos só não estão, ainda, no Rio Grande do Sul. O crime gaúcho gerou suas próprias facções interestaduais: Bala na Cara (BNC) e Os Manos.
A CÉU ABERTO – A reportagem do jornal O Globo, entretanto, não entra em detalhes sobre a ação desses grupos terroristas no Nordeste, principalmente em Pernambuco, Estado que implantam o terror a céu aberto. O repórter se concentrou basicamente no Rio de Janeiro. A despeito das dificuldades para estudar o tema, acadêmicos acreditam que existe uma tendência de “faccionalização” no Brasil, explica o professor de Ciência Política da Universidade de Chicago Benjamin Lessing. Grande parte disso continua sendo reflexo da expansão do PCC.
Nem um só vintém – São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana, fez um festão no último fim de semana em comemoração ao seu padroeiro. Atraiu uma multidão só comparável ao São João de Caruaru, mas o prefeito Vinícius Labanca (PSB) teve que se costurar com suas próprias linhas para bancar o evento, porque o Governo do Estado não apoiou com um só vintém. Até a segurança, reduzida, só veio a ser reforçada pela governadora depois de lamentáveis ocorrências violentas.
Efeito do tarifaço – Com o início da tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras aos Estados Unidos, que entrou em vigor no último dia 6, Pernambuco pena nas exportações de frutas e açúcar. O Estado, segundo projeções oficiais, tende a perder US$ 205 milhões. O país norte-americano é o segundo principal destino dos produtos pernambucanos, atrás da Argentina. Entre os principais setores afetados estão a fruticultura irrigada no Sertão do São Francisco, especialmente a manga e a uva. Além das exportações, o tarifaço representa risco à renda e aos empregos e aos contratos comerciais.
Cabo, o mais afetado – Em Pernambuco, o município mais impactado pelo tarifaço de 50% definido pelos Estados Unidos é o Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, que, em 2024, exportou US$ 27,20 milhões em produtos para o mercado americano. Em seguida, aparecem Lagoa do Itaenga (US$ 19,6 milhões) e Camutanga (US$ 15,69), ambos na Mata Norte do Estado, e Igarassu (US$ 6,97 milhões), também na RMR, além da capital Recife (US$ 6,01 milhões). Os números foram levantados em cima dos dados das exportações de Pernambuco em 2024, registradas no sistema Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Enfim, a sabatina – O administrador-adjunto de Fernando de Noronha, Virgílio Oliveira, será, enfim, sabatinado, hoje, na Comissão de Justiça da Assembleia Legislativa. Os deputados vão avaliar se ele está apto para assumir o cargo de administrador geral da ilha. A governadora Raquel Lyra (PSD) indicou Virgílio no fim de março, por sugestão do Avante. Ele é filho do deputado federal Valdemar Oliveira, o Dema. Há muito, já deveria estar nas suas funções, mas as divergências da governadora com a Alepe sobre a falta de pagamento das emendas impositivas de 2024 atrasaram a sabatina e, consequentemente, sua posse.
CURTAS
TERMÔMETRO – Virgílio Oliveira disse, em entrevista à TV-Globo Nordeste, estar pronto para a sabatina. “O maior termômetro para qualquer gestor é a população. Recebemos retorno positivo dos moradores sobre as ações e o empenho da gestão. O reconhecimento do povo é importante, assim como o da Alepe”, afirmou.
NO PAJEÚ – Na próxima semana, volto a lançar meu livro Os Leões do Norte, desta feita no Sertão do Pajeú. A maratona começa por Carnaíba, na segunda-feira. Na terça, Brejinho, na quarta Afogados da Ingazeira, quinta São José do Egito e na sexta-feira, por fim, Triunfo. Com exceção de Carnaíba e Triunfo, a noite de autógrafos será nas câmaras municipais. Em Carnaíba, será na escola de música e Triunfo na biblioteca municipal.
VITAL DO RÊGO – No podcast Direto de Brasília de hoje, uma parceria deste blog com a Folha de Pernambuco, o presidente do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo, vai tratar, dentre outros assuntos, de um velho problema no País: o canteiro de obras inacabadas. O programa será exibido das 18 às 19 horas, com transmissão pelo Youtube do meu blog e da Folha, além de 165 emissoras de rádio no Nordeste.
Perguntar não ofende: Vai ter bagunça no Congresso de novo esta semana?
Marcado por falhas e atrasos da empresa contratada, o novo sistema de videomonitoramento em Pernambuco completa seis meses com apenas 300 das 2 mil câmeras de segurança instaladas e em funcionamento. O índice equivale a 15% do total de equipamentos previstos no edital. Em nota, a Secretaria de Defesa Social (SDS), diz que a previsão é concluir o projeto nos próximos seis meses.
Vencedora da licitação, a empresa Teltex Tecnologia é a responsável por construir e operar o novo parque de câmeras em Pernambuco, considerado uma das principais apostas do governo Raquel Lyra (PSD) na área de segurança pública. O contrato, no valor de R$ 122,9 milhões, foi assinado no dia 17 de fevereiro.
Desde então, no entanto, a Teltex acumulou uma série de problemas para cumprir as exigências do edital. As falhas incluem desde baixa qualidade de imagens captadas, a atrasos na ampliação do parque de câmeras ou até mesmo equipamentos instalados em locais sem energia elétrica. As informações são do Diario de Pernambuco.
Conforme o cronograma inicial, em março de 2025, o sistema já deveria contar com ao menos 200 câmeras em funcionamento, mas apenas 47 estavam instaladas na ocasião. Por causa dos atrasos, a Secretaria de Defesa Social (SDS) chegou a notificar a empresa duas vezes. Já a Teltex atribuiu os problemas a terceiro.
Mesmo com os transtornos, um parecer do Núcleo de Contratos e Convênios, da SDS, apresentado no dia 30 de junho, é favorável a manter a contratação da empresa. O documento, ao qual o Diario de Pernambuco teve acesso, também mostra que a pasta tem discutido a prorrogação de prazos e até assinatura de termo aditivo com a Teltex.
“Salientamos que a continuidade contratual, por ora, é uma ação com maior benefício ao Estado, visto que diante do lapso temporal e das possibilidades dos vícios apresentados pela contratada, não se trata de ações insanáveis, sendo assim, o distrato seria mais dispendioso para a Administração Pública, visto a convocação de novos licitantes os quais detém da discricionariedade de participar, havendo o risco do fracasso do andamento dessa”, diz trecho do parecer.
Problemas
Os problemas de atraso são documentados desde março, após a SDS apontar baixa qualidade das imagens captadas no Marco Zero com a Avenida Marquês de Olinda, no Centro do Recife. Um totem no Pina, na Zona Sul, também havia provocado danos no pavimento. Os equipamentos foram instalados, em caráter de urgência, para o Carnaval 2025.
Na ocasião, a pasta informou, também, que o isolamento elétrico “se mostrava ausente” e solicitou informações de como a empresa o realizava. Em outro documento, assinado por dois coronéis do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (CIODS) em 5 de março, a SDS reiterou que a empresa deveria instalar, em média, sete câmeras por dia para cumprir a meta do primeiro mês.
Pouco depois, nova vistoria da SDS encontrou dois postes, usados como suporte das câmeras, com adesivos errados no Marco Zero e outro na Praça Visconde de Mauá, ambos no Centro. Fotos anexadas ao documento mostram que os equipamentos apresentavam inscrição da “Secretaria de Desenvolvimento Social” – e não da “Secretaria de Defesa Social”, que seria o correto.
Em abril, a Teltex fez o primeiro pedido de prorrogação do prazo para instalar as câmeras. No texto, alegou que “imprevistos alheios à vontade podem acontecer, acarretando na necessidade de um maior tempo para finalização da execução dos serviços”.
Segundo a empresa, os equipamentos ainda estavam em processo de entrega pelos fornecedores e era necessário um tempo “para cura e secagem das bases de concreto”. No dia 9 do mesmo mês, a Secretaria de Defesa Social emitiu a primeira notificação contra a Teltex, afirmando que a empresa infringiu o contrato ao não cumprir “qualquer item das obrigações da contratada”.
No documento, a SDS citou que a empresa não estaria prestando serviço com “excelência, confiabilidade e frequência na entrega e execução”. A segunda notificação foi feita 20 dias depois. Na ocasião, a pasta exigiu que a Teltex apresentasse novo cronograma de adimplemento – em que a empresa informa quando irá normalizar as falhas.
Defesa
Em defesa prévia, apresentada em 5 de maio, a Teltex citou motivos de “força maior” como justificativa para deixar de instalar as câmeras dentro do prazo. Entre eles, a empresa alegou falta de fornecimento de energia elétrica em pontos previstos para receber monitoramento.
A empresa disse, ainda, que teria “enviado todos os esforços cabíveis para o fiel cumprimento do contrato, e que quaisquer pendências existentes não decorrem de sua atuação, mas sim de fatores externos e alheios à sua responsabilidade”.
A reportagem procurou a Teltex na sexta-feira (8), mas não obteve resposta. Por sua vez, a SDS afirma que “não houve prorrogação de prazo no contrato solicitado pela empresa Teltex, mas sim um ajuste no cronograma de execução dos serviços observada a legislação aplicável”.
Ainda de acordo com a pasta, o novo parque de câmeras, que também prevê três Centros de Gerenciamento, “deve ser concluído em até seis meses, devido à sua complexidade”. Segundo a SDS, a ordem para instalação das próximas 320 câmeras foi realizada.
A deputada estadual Dani Portela (PSOL) divulgou vídeo nas redes sociais em que afirma existir “uma ação coordenada de mais de 300 perfis para atacar quem faz oposição à governadora Raquel Lyra”. Segundo a parlamentar, contas listadas por ela “receberam dinheiro público, assim como consta no Portal da Transparência”, mas “logo após a abertura da CPI, sumiram, ou melhor, foram apagados ou mudaram de nome”. Ela citou o perfil “PE tá ligado”, que, de acordo com Dani, “no dia do anúncio da CPI foi desativado”, e disse que “foram mais de 30 perfis desativados da notícia da CPI para agora”. Ao questionar possível “coordenação desses perfis… do palácio do governo”, concluiu: “Não recuaremos”.
No post, Dani Portela associou as supostas remoções à instalação da chamada “CPI do Bilhão” e publicou a relação dos perfis que, segundo ela, teriam participado da “ação coordenada de ataque” a ela e a outros parlamentares. “Perfil que ataca os poderes recebendo dinheiro público”, descreveu ao incentivar que “entrem agora no Portal da Transparência e coloquem TE tá ligado na busca”.
Em repercussão no plenário, o deputado Antônio Moraes prestou solidariedade a Dani pelos ataques virtuais dos quais foi alvo por ser a autora do pedido de CPI para investigar denúncias contra Raquel Lyra, mas voltou a criticar o que classifica como denúncias “infundadas” contra a governadora. Ele disse considerar a CPI “uma questão política”, afirmou ser “muito improvável” que existam notas fiscais ligando o governo aos perfis. Moraes acrescentou que o governo “não teme a CPI” e que “os contratos foram feitos de maneira correta”, afirmando ainda que a empresa responsável pela publicidade “é a mesma da época do governo do PSB”.
O presidente Lula (PT) vai passar um dia todo em Pernambuco, esta semana. Na próxima quinta-feira (14), ele tem agenda na Hemobrás, em Goiana, pela manhã. Em seguida, vai a uma unidade de saúde privada anunciar parceria entre o hospital e o Governo Federal.
O nome da unidade ainda não foi divulgado, mas sabe-se que participa do programa Mais Especialistas. A ideia da gestão petista é trocar dívidas do hospital com a União por serviços. Outros hospitais também farão parte da medida.
A terceira agenda de Lula será no bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, onde ele vai entregar mais de mil títulos de posse. O local é emblemático para o presidente.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um casal acusado de arrecadar dinheiro para manter o funcionamento do acampamento golpista montado em frente ao quartel do Exército, em Brasília, no final de 2022.
Na manifestação enviada no mês passado ao STF, a procuradoria acusa Rubem Abdalla Barroso Junior e Eloisa da Costa Leite dos crimes de associação criminosa e incitação das Forças Armadas contra os poderes constitucionais. As informações são da Agência Brasil.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, o casal montou uma tenda de alimentação dentro do acompanhamento e solicitou doações em dinheiro, via Pix, para compra de arroz, feijão, carne, salada e suco.
Segundo os investigadores, Eloisa da Costa realizou movimentações bancárias suspeitas de aproximadamente R$ 1 milhão.
“A dinâmica do casal consistia na arrecadação de recursos, por meio de chave Pix, vinculada à conta bancária de Eloisa da Costa Leite, para posterior repasse dos valores a Rubem Abdalla Barroso Junior. Parte da quantia angariada foi destinada para incitar a prática de atos antidemocráticos mediante o fornecimento de alimentos aos frequentadores do QGEx”, afirmou a PGR.
A denúncia foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos da trama golpista no Supremo. Não há prazo para julgamento da denúncia, que vai decidir se os investigados se tornarão réus pelas acusações.
Rubem Abdalla e Eloisa da Costa não indicaram nenhum advogado para realizar a defesa das acusações no STF.
No programa de hoje, comentei a decisão da governadora de cancelar a compra de celulares para secretários, no valor de R$ 137 milhões, depois de denúncia deste blog. A licitação previa smartphones de alto padrão — com tela de cinema, processador topo de linha, câmeras avançadas, resistência à água e internet 5G — em regime de comodato para uso de gabinete e assessores. O recuo da gestão, oficialmente, ocorreu para revisar os requisitos técnicos, diante da repercussão negativa. A suspensão foi assinada pelo pregoeiro da Secretaria de Administração do Estado, sem data para retomada.
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Assim que lançar o plano de ajuda econômica em resposta ao tarifaço de 50% anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos brasileiros, o governo quer iniciar o debate sobre medidas de reciprocidade.
O tema é considerado polêmico porque empresários brasileiros temem que a aplicação da Lei de Reciprocidade possa encarecer produtos importados dos EUA ou gerar outros impactos negativos na economia. Além disso, integrantes de setores econômicos avaliam que o uso da lei poderia sinalizar uma saída da mesa de negociação para tentar reverter as tarifas impostas nos últimos meses. As informações são do g1.
Segundo fontes do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu aos ministérios das Relações Exteriores, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Fazenda a análise de medidas pontuais de reciprocidade. A orientação, segundo integrantes dessas pastas, não é adotar ações amplas, mas medidas específicas.
Em julho, Lula já havia solicitado avaliações sobre possíveis medidas nos setores de óleo e gás, farmacêutico e agrícola. Entre as alternativas discutidas por especialistas desses setores está a suspensão de direitos de propriedade intelectual — o que poderia incluir a quebra de patentes de medicamentos e defensivos agrícolas.
Na semana passada, porém, o ministro da Saúde negou, em evento da Febraban, que haja qualquer determinação de Lula para avaliar a quebra de patentes de medicamentos.
A Lei de Reciprocidade, aprovada pelo Congresso neste ano, foi regulamentada pelo governo poucos dias após o anúncio do tarifaço de Trump, em julho.