O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (14/3) que a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês será anunciada oficialmente na próxima terça-feira (18).
O petista comentou também que os mais ricos “não precisam do Estado”, e que se incomodam com medidas do governo que beneficiam a população mais pobre. As informações são do Correio Braziliense.
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“Agora, nós vamos anunciar dia 18 que quem ganha até R$ 5 mil não pagará mais Imposto de Renda nesse país, porque, na verdade, quem paga Imposto de Renda é quem tem desconto na fonte, porque não tem como sonegar. Quem ganha muito às vezes nem paga, inventa sempre uma mutreta qualquer para não pagar”, declarou Lula.
A medida é uma das principais promessas de campanha do presidente, e deve representar uma renúncia fiscal de R$ 25 bilhões ao governo federal. A Fazenda estuda formas de compensar a arrecadação, especialmente a criação de um imposto de ao menos 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, incluindo lucros e dividendos.
“Tem gente que fica muito nervoso com esse tal de Lula que só quer cuidar de pobre. Eu quero cuidar, porque quem precisa do Estado são as pessoas mais humildes. As pessoas mais ricas não precisam do Estado”, acrescentou.
O presidente também destacou medidas econômicas que foram, ou ainda serão, anunciadas na tentativa de melhorar a aprovação do governo, como o crédito consignado privado lançado nesta semana para trabalhadores da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e um novo programa de crédito para a compra de casas em estudo, que não detalhou.
O presidente discursou durante cerimônia para entrega de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Sorocaba, São Paulo.
Lula entregou 789 ambulâncias para 559 municípios, de 21 estados, com investimento total de R$ 243,5 milhões por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo o Planalto, a meta para 2025 é que o Sistema Único de Saúde (SUS) não tenha veículos com mais de cinco anos de uso. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que tomou posse nesta semana, também estava presente.
“O Estado brasileiro não tinha ambulância antes de eu chegar à Presidência da República, se alguém ficava doente, ou o estado ou a cidade tinham uma ambulância ou, muitas vezes, era um vereador que tinha mais dinheiro que tinha um carro para levar a pessoa de uma cidade para a outra”, comentou o presidente sobre a entrega.
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