Foi lançado, na última quinta (15), o documentário “30 anos de FIG: A Vitória da Cultura de Pernambuco”. O documentário destaca a importância da história do maior evento multicultural do Brasil, em 52 minutos.
Foi lançado, na última quinta (15), o documentário “30 anos de FIG: A Vitória da Cultura de Pernambuco”. O documentário destaca a importância da história do maior evento multicultural do Brasil, em 52 minutos.
Por Marlos Porto*
Em 26/04/2019, o então ex-presidente Lula deu entrevista de 2 horas e 10 minutos, de dentro da prisão. Ele estava detido desde 07/04/2018. Todo o cenário foi montado, com direito a uma bancada com diversos jornalistas e toda deferência foi dada aquele que havia transformado a sua prisão, um ano atrás, em um show midiático de várias horas.
Ontem, um outro ex-presidente, Jair Bolsonaro, um dia após proferir, por telefone, a frase: “É pela nossa liberdade, estamos juntos”, tão somente transmitida para quem acompanhava manifestação em Copacabana e também pela Internet, foi preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Penso que a frase em questão tem potencial para entrar para a história como atestado da inequívoca escalada autoritária no Brasil.
Leia maisA história não se repete, a não ser como farsa, disse Karl Marx. O que vemos hoje não é propriamente um AI-5, mas algo farsescamente similar. A máxima ironia é ver que as medidas autoritárias não procedem do governo. Estarrecidos, constatamos que nenhum movimento cívico-militar usurpou o poder. Mas que o governo legítimo silencia diante da escalada autoritária contra opositores e posa perante o Brasil e o mundo ostentando sua soberania, esquecendo que, em última instância, toda poder soberano emana do povo.
O ex-capitão, máximo exemplo da outrora prevalente liberdade de opinião no Brasil, durante décadas de seu exercício parlamentar (vide as inumeras polêmicas que protagonizou), que conquistava multidões em 2018 e que, após ter sido vítima de um ignominioso atentado (que chegou a ser comemorado por muitos de seus detratores e até hoje negado por tantos outros), conseguiu uma das mais espetaculares vitórias eleitorais no país, foi um presidente de triste memória, que sabotava sistematicamente medidas sanitárias em plena pandemia. Quantas vítimas poderiam ter sido poupadas, se outra tivesse sido sua postura, incentivando uso de máscaras e distanciamento social?
Mas Bolsonaro não deveria jamais ser vitimado por uma de suas mais lúcidas e singelas frases, que galvaniza os anseios daqueles que não aceitam ter sua consciência obnubilada pela lavagem cerebral midiática e pelo crescente autoritarismo: “É pela nossa liberdade, estamos juntos”.
*Marlos Porto é bacharel em Direito
Leia menosO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (5) que vai ligar para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e convidar o republicano para participar da COP 30 (Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas), que vai acontecer em novembro, na Amazônia.
“Pode ficar certo, eu vou ligar para o Trump para convidar ele para a COP para saber o que ele pensa sobre a questão climática. Vou ter a gentileza de ligar. Só não vou ligar para o Putin porque o Putin não está podendo viajar”, disse o petista durante a reunião do Conselhão, no Itamaraty.
“Se ele [Trump] não vier é porque ele não quer, mas não vai ser por falta de delicadeza, charme e democracia. Eu vou convidar!”, concluiu. As informações são da CNN Brasil.
Leia maisA declaração de Lula acontece em meio ao anúncio de uma tarifa de 50% aplicada sobre importações brasileiras, que deve iniciar na quinta-feira (7).
Leia menosA convite do Ministro Vital do Rêgo, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), o deputado federal Felipe Carreras participou nesta terça-feira (05) do seminário “Aviação Civil: Desafios e Conquistas”, realizado na sede do TCU, em Brasília. O parlamentar foi convidado a compor a mesa do evento e contribuir com sua experiência como presidente da Frente Parlamentar do Turismo e da Aviação, reforçando a importância estratégica do setor para o desenvolvimento do país.
O seminário reuniu autoridades e especialistas para discutir o presente e o futuro da aviação civil brasileira, abordando temas como infraestrutura aeroportuária, conectividade, e ampliação do acesso da população ao transporte aéreo.
Leia maisEstiveram presentes os Ministros do TCU Augusto Nardes e Antonio Anastasia, o presidente da ANAC, o presidente da ABEAR, o Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, além de representantes das principais companhias aéreas do país e outras lideranças do setor.
Durante sua participação, Felipe Carreras destacou a aviação como um pilar essencial para a integração nacional, o fortalecimento do turismo e a geração de empregos.
“Um país continental como o Brasil exige um setor aéreo forte, moderno e acessível. Como presidente da Frente Parlamentar do Turismo e da Aviação, reforço meu compromisso com esse setor que é um pilar estratégico para integrar o Brasil, gerar empregos e impulsionar o turismo. Aviação forte é país conectado e desenvolvido”, afirmou o parlamentar.
Leia menosO presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli (PSB), é o convidado de hoje do ‘Direto de Brasília’, meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco.
Na entrevista, Cappelli comentará as medidas adotadas pela ABDI diante do tarifaço de 50% que os EUA aplicarão ao Brasil a partir desta semana, além da sua pré-candidatura ao governo do Distrito Federal e o livro “O 8 de janeiro que o Brasil não viu”, publicado em julho pela Intrínseca, com relatos inéditos da intervenção federal no DF após os ataques de 8 de janeiro de 2023 .
O podcast vai ao ar das 18h às 19h com transmissão pelo YouTube da Folha e do meu blog, incluindo também cerca de 165 emissoras de rádio no Nordeste. São parceiros do programa a Gazeta News, do Grupo Collor, em Alagoas, a Rede Mais Rádios, com 25 emissoras, na Paraíba, e a Mais-TV, do mesmo grupo, sob o comando do jornalista Heron Cid. Ainda a Rede ANC, do Ceará, formada por mais de 50 emissoras naquele Estado, além LW TV, de Arcoverde.
Os parceiros neste projeto são o Grupo Ferreira de Santa Cruz do Capibaribe, a Autoviação Progresso, o Grupo Antonio Ferreira Souza, a Água Santa Joana, a Faculdade Vale do Pajeú e o Grau Técnico.
Leia menosEx-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz publicou em sua conta do X [antigo Twitter] que, “no seu mundo ideal, a pena de morte para traição aos cânones democráticos seria pena de morte com bala na nuca”. A frase foi publicada em resposta a um internauta que questionou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) na segunda-feira (4/8).
Na postagem que deu origem à troca de mensagens, Santa Cruz escreveu: “Hoje [o dia da prisão de Bolsonaro] é um dia de festa! Esse merda [referindo-se a Jair Bolsonaro] que matou tantos na pandemia está preso. Que os mortos o assombrem”. As informações são do colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles.
Leia maisFelipe Santa Cruz e Jair Bolsonaro já haviam protagonizado embates anteriores. Em 2019, enquanto era presidente da OAB, Santa Cruz acionou o Supremo Tribunal Federal após declarações de Bolsonaro sobre o desaparecimento de seu pai, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, durante a ditadura militar.
À época, Bolsonaro também questionou publicamente a atuação da OAB no caso do autor da facada contra ele em 2018, Adélio Bispo. O então presidente perguntou: “Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados [do Adélio]? Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB?”.
Leia menosPor Murilo Cavalcanti*
Uma mulher, uma cadeira de rodas e a coragem de transformar tragédia em luta por dignidade e acessibilidade.
O dia 30 de janeiro de 2003 ficou definitivamente cravado na minha memória. Naquela tarde, às três horas, minha irmã Mosana levou um tiro durante um assalto e ficou paraplégica. Com o ocorrido, ela poderia ter sido mais “um número” nas estatísticas da violência. Poderia ter transformado sua dor em revolta, em ódio, em vingança. Mas não. Mosana buscou outro caminho: transformou sua dor numa causa.
Leia maisRecife – então a capital mais violenta do Brasil – passou a contar com uma mulher guerreira, uma guerreira do bem. A cidade da violência era também a capital da hostilidade aos seus usuários cadeirantes, aos que tinham mobilidade reduzida. Mosana, com sua cadeira de rodas, tornou-se uma militante dessa causa. Foi às ruas, reivindicou, protestou, apontou soluções. Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá, dizia em suas palestras: “A cadeira de rodas é a mais poderosa ferramenta de planejamento urbano. Se a cidade for boa para os cadeirantes, será boa para todos”. Mosana abraçou os princípios de Peñalosa e passou a ser uma voz ativa por cidades mais humanas.
Como se não bastasse tanta dor em 2003, Mosana partiu, precocemente, no dia 17 de julho de 2025 para outro mundo – desta vez, acometida por um AVC. Deixou uma legião de amigos com o coração partido. O meu, particularmente, dilacerado. Uma saudade eterna que somente o tempo se encarregará de amenizar. Mas Mosana não deixou somente saudade, deixou um legado para a cidade do Recife e uma lição para as gerações futuras: uma cidade só é boa se for uma cidade equitativa, de igualdade e oportunidades para todos. A cidade excludente, segregada e sem acessibilidade é a cidade da violência – em todos os sentidos.
Mosana foi a mente e o coração por trás do projeto ‘Praia Sem Barreiras’, uma iniciativa que devolveu às pessoas com mobilidade reduzida o prazer de sentir o mar. Por sua articulação incansável, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, estruturou e ofertou acessos com cadeiras anfíbias e passarelas nas praias de Boa Viagem e Fernando de Noronha. Assim, mais pessoas puderam viver a beleza do litoral com dignidade e liberdade.
A violência que a atingiu também provocou transformações em mim. Inspirado na dor de Mosana, fui trabalhar por um Recife mais seguro. Com os aprendizados dessa trajetória, concretizou-se a criação da rede Compaz – Centros comunitários que oferecem oportunidades, cultura e cidadania como instrumentos de prevenção à violência.
Mosana partiu, mas sua luz continua acesa em cada sorriso que reencontra o mar, em cada espaço público que se abre para todos, em cada cidadão que acredita num mundo mais justo e acessível.
Mosana era muito especial. Sua trajetória é um farol que continuará iluminando o caminho de quem acredita que barreiras existem para serem superadas. Seu legado viverá para sempre.
*Ex-secretário de Segurança Cidadã da cidade do Recife e formulador da rede COMPAZ
Leia menosOntem, a Prefeitura de Serra Talhada celebrou mais um resultado positivo na geração de empregos formais: o município registrou 379 admissões em junho, segundo dados do Novo Caged. O saldo do mês foi de 58 novos postos de trabalho, o 2º melhor da década para o mês de junho, o que evidencia o impacto direto de políticas de incentivo e programas como o Qualifica Serra, que já capacitou mais de 4.500 jovens para o mercado de trabalho.
“É gratificante ver que nosso esforço para investir na formação de nossa juventude e na criação de oportunidades está dando resultado. Cada emprego gerado é uma família que ganha mais dignidade e esperança”, destacou a prefeita Márcia Conrado.
Leia maisO setor de serviços liderou com saldo de 35 novos empregos, seguido pelo comércio, com 21, e pela indústria, com 7. Esses três setores concentraram 100% do saldo do mês e foram responsáveis por alavancar o resultado positivo de junho.
“Esses números mostram que Serra Talhada segue no caminho certo, com políticas públicas que transformam vidas e impulsionam nosso desenvolvimento. Seguiremos trabalhando para atrair mais empresas, gerar mais empregos e garantir oportunidades para nossa gente”, concluiu o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Elyzandro Nogueira.
Leia menosO presidente da Câmara de Vereadores de Arcoverde, Luciano Pacheco, fez um convite, em suas redes sociais, para o lançamento do livro ‘Os Leões do Norte’, na próxima quinta-feira, às 19h, na sede do legislativo municipal. Confira!
Com a demissão do ex-presidente da Sudene Danilo Cabral (PSB), na manhã de hoje, o segundo suplente da senadora Teresa Leitão (PT), Francisco Alexandre, será o novo superintendente da entidade. Conhecido como Piuta, Francisco é de Bom Conselho, município do Agreste pernambucano.
Entre os cargos que já ocupou, foi membro do Comitê Financeiro e de Investimentos da Invepar S.A., diretor-superintendente da BRF Previdência e vice-presidente do Conselho de Administração da Perdigão S.A., atual BRF S.A.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE), através do seu presidente Valdecir Pascoal, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a execução do contrato de publicidade da gestão Raquel Lyra. A informação é do jornalista José Matheus Santos, da Folha de São Paulo, na coluna Painel. O TCE entrou no STF com um pedido para cassar uma decisão liminar do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) que autorizou a execução de um contrato de comunicação do Governo de Pernambuco.
O contrato de R$ 1,2 bilhão para a comunicação institucional é o centro de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que foi autorizada na segunda-feira (4) pela Assembleia Legislativa contra o governo. No Supremo, o relator será o presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso. O TCE-PE entrou com o pedido nesta segunda. “Nessa diretiva, observa-se o Tribunal de Justiça causou, com essa decisão, lesão à ordem pública, coibindo a realização de atos que a Constituição Federal atribui, como poder-dever, ao Tribunal de Contas, assim como lesão à segurança jurídica”, diz o TCE-PE na ação.
“Tem-se a vultuosidade da quantia a ser paga de 120.000.000,00 (cento e vinte milhões de reais) por ano, podendo chegar a UM BILHÃO E DUZENTOS MILHÕES NOS DEZ ANOS DE EXECUÇÃO CONTRATUAL”, afirma o tribunal. No dia 28 de julho, o desembargador Fernando Cerqueira, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, concedeu uma liminar derrubando uma decisão do Tribunal de Contas do Estado que tinha suspendido a maior parte da execução do contrato. O desembargador atendeu a um pedido da empresa E3-Comunicação Integrada. O TJPE se baseou no parecer do Ministério Público de Contas, órgão que atua no TCE.
Por Cláudio Soares*
A recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro sem provocação da Procuradoria-Geral da República (PGR) ou representação de autoridade policial, aponta possíveis excessos do STF e violações ao devido processo legal.
A medida, decretada de ofício por Moraes, não tem previsão legal de acordo com o Código de Processo Penal (CPP), a decretação de medidas cautelares, especialmente aquelas que envolvem privação de liberdade, exige requisitos formais claros: ou a manifestação da autoridade policial ou a provocação do Ministério Público.
Leia maisNo processo penal brasileiro, não cabe ao juiz agir de ofício para decretar prisão ou medidas substitutivas, como a prisão domiciliar, sem requerimento prévio. Quando isso ocorre, há flagrante violação ao princípio da imparcialidade do juiz e ao sistema acusatório.
Outro ponto levantado é que a prisão domiciliar, ao contrário do que vem sendo tratado em algumas decisões recentes do STF, não é uma medida cautelar autônoma – como o uso de tornozeleira eletrônica ou proibição de contato com outros investigados.
Trata-se, segundo o CPP, de uma forma substitutiva da prisão preventiva, cabível apenas quando há razões médicas, idade avançada, ou outras condições pessoais específicas do réu, que não se aplicariam diretamente a Bolsonaro.
Além disso, a ausência de manifestação da PGR aponta questionamentos sobre o protagonismo judicial excessivo do Supremo em casos penais. A Procuradoria, responsável por conduzir a ação penal, sequer foi ouvida antes da decisão de Moraes, o que fere frontalmente o sistema acusatório previsto na Constituição Federal.
A defesa do ex-presidente deve articular recursos, apontando a nulidade da decisão e violação de garantias fundamentais. Não se combate a ilegalidade com mais ilegalidade. O STF tem extrapolado suas funções, atuando como investigador, acusador e julgador ao mesmo tempo.
Para analistas políticos, a decisão de Moraes pode aumentar a tensão institucional entre Judiciário e setores conservadores da sociedade, que veem no STF um ator político, e não apenas jurídico.
A crise revela uma inquietante inversão de papéis no sistema de Justiça brasileiro. Se, de um lado, a impunidade deve ser combatida, de outro, é imprescindível que qualquer processo respeite os limites constitucionais, garantindo a imparcialidade e a legalidade das decisões. Caso contrário, o que se pretende combater – o abuso de poder – passa a ser, ironicamente, praticado por quem deveria impedi-lo.
*Advogado criminalista e jornalista
Leia menosA política é mesmo dinâmica e o poder efêmero. O agora ex-superintendente da Sudene, Danilo Cabral, fez esta postagem no Instagram 40 minutos antes de anunciar a sua demissão da instituição. Pelo jeito, ainda alimentava esperança de o Governo não se submeter às pressões do governador do Ceará, Elmano Freitas (PT), que pediu a sua cabeça.