O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) afirmou que é legítimo o lançamento de candidaturas do PSOL em Pernambuco, mesmo diante da possível polarização entre a governadora Raquel Lyra (PSD) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que devem disputar o Governo do Estado em 2026 com amplo apoio político e institucional.
“É natural que o PSOL coloque nomes em debate. Todos os partidos fazem isso. Agora, o projeto do prefeito João Campos não é um projeto do qual o PSOL faça parte. Não compomos o governo dele”, afirmou Boulos, referindo-se à pré-candidatura já anunciada do ex-vereador do Recife Ivan Moraes (PSOL) ao Executivo estadual.
Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, nesta quinta-feira (7), o parlamentar também comentou que, apesar de Campos e Raquel manterem alianças com o presidente Lula (PT), é possível que o petista tenha mais de um palanque no estado.
“Imagino que o presidente Lula vá ter dois candidatos ao governo defendendo a sua reeleição. João Campos apoia e defende Lula, assim como imagino que a Raquel também vá apoiar. Isso faz parte da política”, avaliou.
Boulos citou o caso da eleição municipal de São Paulo em 2024, onde é pré-candidato com apoio do presidente Lula. Já o PSB, partido de João Campos, lançou a deputada federal Tabata Amaral.
“Faz parte do jogo. Respeitei em todos os momentos”, disse.
Relação com Dani
Ao ser questionado sobre a relação com a deputada estadual Dani Portela, que disputou as eleições majoritárias de 2022 e 2024 pelo PSOL, Boulos minimizou a proximidade.
“Não tenho tido relação, conversado com a Dani ultimamente. Sei da aproximação que ela tem tido —ela e o grupo dela — com setores do PT, mas não cheguei a conversar com ela”, afirmou.
Segundo ele, a parlamentar não integra seu núcleo interno no partido. “É como no PT: o PSOL também tem tendências. Quem olha de fora imagina que é todo mundo igual, mas de perto ninguém é normal, né?”
Dani Portela, que vem se afastando das diretrizes nacionais do PSOL, deve deixar o partido na próxima janela partidária, acompanhando a migração de seu grupo político para o PT.
O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) julgou, na segunda-feira (4), procedente ação da Coligação “Belo Jardim Para Todos” e condenou o prefeito Gilvandro Estrela e o vice Zé Lopes por abuso de autoridade ao utilizarem placas institucionais em obras públicas para promoção eleitoral, pratica vedada pela legislação. A decisão foi unânime entre os sete desembargadores, que rejeitaram totalmente as teses de defesa.
Eles foram obrigados a pagar, cada um, multa superior a R$ 45 mil, sujeita a juros e correção monetária em caso de inadimplência, e poderão ficar inelegíveis pelos próximos oito anos. Ainda respondem a outros quatro processos no TRE-PE, nos quais o Ministério Público já requereu a cassação de seus mandatos em três casos.
Nos últimos dias, aconteceu no Congresso uma rebelião promovida pela oposição após a prisão de Jair Bolsonaro. Em resposta à prisão do ex-presidente, ordenada por Alexandre de Moraes, opositores decidiram travar as pautas da Câmara e do Senado até que se vote a anistia aos golpistas do 8 de janeiro. A colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, analisa esse “sequestro” do Congresso. Assista:
O jornal O Estado de S.Paulo demitiu, ontem (6), o fotógrafo Alex Silva, de 63 anos, autor da foto (em destaque) na qual o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aparece mostrando o dedo do meio a torcedores durante a primeira partida entre Corinthians e Palmeiras, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, no dia 30 de julho, na NeoQuímica Arena, em São Paulo.
O flagrante do gesto obsceno ocorreu durante a primeira aparição de Moraes após o ministro receber sanções do governo dos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky. No estádio, Moraes reagiu a xingamentos de um grupo de torcedores corintianos. A foto viralizou nas redes sociais e deu ensejo a uma série de críticas ao ministro do STF pelo comportamento em público. As informações são do Metrópoles.
Por meio de nota, o jornal afirmou que “o encerramento do vínculo profissional com o fotógrafo já estava planejado com antecedência e faz parte de uma redução de quadros da editoria de Fotografia, seguindo critérios exclusivamente administrativos”.
Especialista em coberturas esportivas, Alex Silva trabalhava no jornal havia 23 anos. Ao Metrópoles ele disse que a direção do veículo “não apresentou uma justificativa concreta” para o seu desligamento. Ele contou ter reclamado internamente que o jornal havia dado pouco destaque para a foto de Moraes e que acredita que a demissão esteja relacionada à repercussão política da imagem.
“Fico indignado, porque o jornal não apresentou uma justificativa concreta para a demissão, sobre o desempenho do meu trabalho. Simplesmente disseram que o RH pediu para me demitir, porque a empresa está passando por mudanças”, disse Alex Silva. “Acho que o jornal escondeu a foto. Eu reclamei isso com eles. Deram pouco espaço na home e não deram na capa”, completou.
Segundo o jornal, “não há lógica em associar tal decisão [demissão] à foto do ministro Alexandre de Moraes” feita pelo profissional. “A imagem em questão foi considerada de relevante valor jornalístico pelo Estadão. Não à toa, foi publicada como principal destaque na home do jornal ainda na noite da quarta-feira, dia do jogo”, diz a nota.
Alex Silva contou que fez o flagrante durante o aquecimento dos jogadores, antes do início da partida em Itaquera, após ter sido avisado por seu editor que o ministro do STF estava no estádio — Moraes é torcedor do Corinthians.
“Eu estava no meio do campo olhando para os camarotes. Daqui a pouco, ele [Moraes] aparece junto com algumas pessoas. Eu enquadrei ele [na câmera] e ouvi algumas vaias. Acho que alguém xingou naquela hora e daí ele mostrou o dedo do meio. Foram três fotogramas, nada mais. Quando vi a foto, saí correndo para transmitir para a redação”, lembra Silva.
Segundo ele, cerca de 70 fotógrafos estavam credenciados para cobrir o clássico paulista naquela noite. “Pensei que mais gente tinha feito essa mesma foto. Mas, durante o jogo, o pessoal começou a me dizer que a minha foto já estava em todos os lugares.”
Leia a íntegra da nota do jornal
O encerramento do vínculo profissional com o fotógrafo já estava planejado com antecedência e faz parte de uma redução de quadros da editoria de Fotografia, seguindo critérios exclusivamente administrativos.
Não há lógica em associar tal decisão à foto do ministro Alexandre de Moraes feita pelo profissional durante uma partida do Corinthians. A imagem em questão foi considerada de relevante valor jornalístico pelo Estadão. Não à toa, foi publicada como principal destaque na home do jornal ainda na noite da quarta-feira, dia do jogo. Permaneceu na home durante toda o dia seguinte e também foi publicada em espaço importante na edição impressa. O jornal ainda pautou uma reportagem para informar ao público o contexto em que a imagem tinha sido obtida. Colunistas do jornal repercutiram a fotografia do ministro em textos e vídeos. Por meio do Estadão Conteúdo, a imagem foi vendida para inúmeros veículos.
O Estadão jamais abrirá mão de seu compromisso histórico com a liberdade de expressão e os mais altos padrões de independência editorial.
A Justiça condenou, nesta quinta-feira (7), José Pinteiro da Costa Júnior, o DJ Jopin, e outras quatro pessoas, incluindo o pai, a mãe e o primo dele, por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Eles são acusados de usar empresas da família em um esquema que resultou na sonegação fiscal de R$ 65 milhões durante cinco anos.
Segundo a decisão, Jopin deverá cumprir uma pena de 7 anos e 7 meses de prisão em regime semiaberto, além do pagamento de multa. Os réus podem recorrer.
Em 2019, o DJ Jopin e os parentes foram presos durante a Operação Mar Aberto, da Polícia Civil e da Secretaria da Fazenda. Ele foi solto três dias depois e, desde então, responde ao processo em liberdade. Na operação, foram apreendidos 28 carros de luxo.
A sentença foi publicada pela juíza Roberta Vasconcelos Franco Rafael Nogueira, da Vara dos Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária da Comarca da Capital. O g1 entrou em contato com as defesas dos acusados, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.
Na decisão, a magistrada considerou que Jopin era sócio de empresas utilizadas para ocultação de patrimônio, envolvidas em movimentações financeiras incompatíveis com a capacidade econômica delas.
“O uso do nome e das contas bancárias de José Pinteiro da Costa Júnior como veículos de movimentação de valores vultosos, sem lastro econômico compatível, revelou-se elemento essencial para a eficácia da engrenagem criminosa e para a obstrução da atividade estatal”, afirmou a juíza. Ainda de acordo com a magistrada, a relação de parentesco entre os réus foi usada para encobrir a prática dos crimes. De acordo com as investigações, o esquema era comandado pelo pai de Jopin, José Pinteiro da Costa Neto.
“As consequências do delito extrapolam, portanto, os efeitos normais do tipo penal, afetando a arrecadação tributária, a moralidade administrativa e a confiança da sociedade nas instituições encarregadas da repressão a ilícitos econômicos”, declarou a juíza no documento.
Além do DJ Jopin, foram condenados:
José Pinteiro da Costa Neto (pai de Jopin) — condenado a 12 anos e 7 meses de reclusão em regime semiaberto e multa, por lavagem de dinheiro e associação criminosa;
Andréa Bandeira de Melo Pinheiro (mãe de Jopin) — condenada a 7 anos e 7 meses de reclusão em regime semiaberto e multa e multa, por lavagem de dinheiro e associação;
Aníbal Teixeira de Vasconcelos Pinteiro (primo de Jopin) — condenado a 7 anos e 7 meses de prisão em regime semiaberto e multa, por lavagem de dinheiro e associação criminosa;
Rômulo Robérico Tavares Ramos (apontado como operador financeiro do esquema) — condenado a 13 anos de prisão em regime fechado e multa, por lavagem de dinheiro, associação criminosa e uso de documento falso.
Na decisão, a juíza absolveu das mesmas acusações outras quatro pessoas, que também foram denunciadas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Entenda o caso
A família do DJ Jopin tinha negócios ligados à promoção de eventos e fabricação de embarcações.
Segundo a Polícia Civil, o DJ Jopin era um dos nove integrantes de uma organização criminosa da qual o pai dele, o empresário José Pinteiro da Costa Neto, era o chefe (veja vídeo acima).
A investigação apontou que os impostos eram sonegados e, para despistar, as quantias eram “lavadas”.
As investigações se iniciaram em 2017, mas as irregularidades começaram a ser observadas pela Secretaria da Fazenda em 2012, com as constatações de 77 execuções fiscais em nome de José Pinteiro na Procuradoria-Geral do Estado.
Conforme as investigações, DJ Jopin praticava os crimes por meio de eventos promovidos pela empresa We Do Eventos, que fazia festas em praias do litoral pernambucano e montava camarotes em eventos como carnaval e São João.
A empresa é uma das 11 que participavam do esquema, de acordo com a denúncia.
De acordo com a polícia, Rômulo Robérico Tavares Ramos era o homem de confiança de José Pinteiro que assinava as procurações e fazia as transações financeiras para as contas de outros membros da família, com o objetivo de distanciar a verba sonegada das empresas.
Com o tema “A justiça socioambiental num contexto de leituras do mundo”, teve início nesta quinta-feira (7), no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, a última etapa do Circuito Literário de Pernambuco (Clipe). O evento segue até o dia 13 de agosto, sempre das 9h às 21h, com entrada gratuita e uma programação repleta de atrações.
O projeto reúne grandes nomes da literatura e da cultura local e nacional, com o objetivo de estimular a leitura entre jovens e adultos, além de ampliar a conscientização sobre temas como justiça socioambiental e sustentabilidade. A cerimônia de abertura contou com a presença da governadora Raquel Lyra, da prefeita de Olinda, Mirella Almeida, e de outras lideranças políticas do Estado.
Para a prefeita Mirella Almeida, o evento representa um importante passo para o fortalecimento da educação no município. “Educação tem que ser prioridade. É por meio dela que transformamos territórios, comunidades, famílias e impactamos diretamente a vida das nossas crianças e adolescentes”, ressaltou.
A governadora Raquel Lyra destacou a amplitude da programação e o impacto do evento. “Ver as maiores editoras do Brasil aqui, lançamentos de novos escritores, rodas de debate, apresentações culturais, oficinas e discussões sobre meio ambiente, racismo e futuro é falar sobre política pública de educação que transforma vidas”, declarou.
Além da exposição de milhares de livros dos mais diversos gêneros, o público pode conferir shows e participações especiais de Maciel Melo, Filipe Macedo, Mariah Moraes, Cafu, Irah Caldeira, Gigantes do Samba, entre outros. Confira a programação completa:
Clipe 2025 – Centro de Convenções
Dia 07/08/2025 – Quinta-feira • 09:00 – Banda Marcial – Escola Rotary Alto do Pascoal Itinerante • 09:20 – Apresentação Cultural – EREM Beberibe Itinerante • 09:40 – Apresentação Cultural – EREM Santa Paula Frassinetti Itinerante • 10:00 – Solenidade de Abertura com a Governadora – Homenagem ao Professor(a) Homenageado(a) e Aluno(a) Escritor(a) da GRE Recife Norte • 13:30 – Banda Marcial – EREM Rosa de Magalhães • 14:00 – Filipe Macedo • 15:00 – MOMENTO GERÊNCIA (SEE) • 16:00 – Gigantes do Samba • 18:00 – Benil e Banda Dia 08/07/2025 – Sexta-feira • 09:00 – Banda Marcial – EREF Senador Nilo de Souza Coelho • 10:00 – Bartira Ferraz e Tatiana Valença • 11:00 – Lúcia Serrano e César Nunes • 13:00 – Banda Marcial – EREM Amaury de Medeiros • 13:30 – Apresentação Cultural – EREFEM Monte Verde • 14:00 – Homenagem ao Professor homenageado, professor escritor e aluno escritor da GRE Recife Sul • 15:00 – Filipe Macedo • 16:00 – Bartira Ferraz e Tatiana Valença • 17:00 – Renata Fernandes – Contação de histórias infantis • 18:00 – Irah Caldeira Dia 09/07/2025 – Sábado • 09:00 – Banda Marcial – Erem João Pessoa Guerra • 10:00 – Homenagem ao professor homenageado, professor escritor e aluno escritor da GRE Metropolitana Norte • 11:00 – Moreira de Acopiara • 13:00 – Banda Marcial – Erem Santa Ana • 13:30 – Apresentação cultural – Erem de Olinda • 14:00 – Espetáculo Teatral Frei Caneca • 15:00 – Moreira de Acopiara • 16:00 – Renata Fernandes – Contação de histórias infantis • 17:00 – Carol Levy • 18:00 – Josildo Sá Dia 10/08/2025 – Domingo • 09:00 – Banda Marcial – Erem Saturnino de Brito • 10:00 – Thais Roque • 11:00 – Mariah Morais • 13:00 – Banda Marcial – Erem Deputado Oscar Carneiro • 13:30 – Apresentação cultural – Grupo de Dança Erem Pastor José Florêncio • 14:00 – Homenagem ao professor homenageado, professor escritor e aluno escritor da GRE Metropolitana Sul • 15:00 – Thais Roque • 16:00 – Roda de conversa com Mariah Moraes e as Mulheres do Brasil • 18:00 – Maciel Melo Dia 11/08/2025 – Segunda Feira • 09:00 – Banda Marcial – Escola Técnica Estadual (ETE) Maria José Vasconcelos • 09:30 – Apresentação cultural – Escola Técnica Estadual (ETE) José Joaquim da Silva • 10:00 – Cafú e Mariah Morais • 11:00 – Marina Bastos Estande • 13:00 – Banda Marcial – Erem Doutor Alexandrino da Rocha • 13:30 – Apresentação cultural – Escola Técnica Estadual (ETE) Célia de Souza Leão Arraes de Alencar • 14:00 – Homenagem ao Professor homenageado, professor escritor e aluno escritor da GRE Mata Centro – Vitória • 15:00 – Cafú e Mariah Morais • 16:00 – Marina Bastos • 18:00 – Sarah Leandro Dia 12/08/2025 – Terça-feira • 09:00 – Banda Marcial – Erem Antônio Correia de Oliveira Andrade • 10:00 – Homenagem ao professor homenageado, professor escritor e aluno escritor da GRE Mata Norte – Nazaré da Mata • 11:00 – Maria Senhora – palestra, literatura de cordel, toada, música e muito mais • 13:00 – Banda Marcial – Erem Joaquim Olavo • 13:30 – Dança Cultural – Erem Joaquina Lira • 14:00 – Momento gerência (SEE) • 15:00 – Maria Senhora – palestra, literatura de cordel, toada, música e muito mais • 18:00 – Vanessa Cardoso Dia 13/08/2025 – Quarta-feira • 09:00 – Banda Marcial – Escola Gabriela Mistral • 10:00 – Momento gerência (SEE) • 13:00 – Banda Marcial – Erem Dom Vital • 13:30 – Apresentação cultural – Erem Santa Paula Frassinetti • 14:00 – Momento gerência (SEE) • 15:00 – Roda de conversa com representantes estudantis dos Programas Parlamento Juvenil do Mercosul, Jovem Senador e Jovens Embaixadores • 16:00 – Maracatus • 18:00 – Grupo Musical Filhos da Terra Sol
Em vídeo divulgado ontem (6), o pastor Silas Malafaia acusou o senador Ciro Nogueira (PP-PI) de “traição” por não assinar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. “Essa raposa velha, esse camaleão que muda de lado conforme o interesse para mamar nas tetas do poder”, declarou Malafaia, estendendo as críticas ao senador Romário (PL-RJ), a quem chamou de “vergonhoso” por ter “ficado calado e escondido” durante a mobilização bolsonarista, apesar de “ter ajudado a eleger” o ex-jogador.
O movimento bolsonarista intensificou a pressão para que o Senado tramite, pela primeira vez na história, um processo de impeachment de ministro do Supremo. Contudo, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), foi categórico: “Nem se tiver 81 assinaturas, ainda assim não pauto impeachment de ministro do STF para votar”.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), disse ao colégio de líderes que não pautará o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nem se todos os integrantes da Casa assinarem o requerimento. Ele está sob pressão da oposição, que ocupou o plenário do Senado até esta quinta-feira (7/8) cobrando o afastamento do magistrado.
A fala de Alcolumbre aconteceu durante a reunião de líderes realizada na residência oficial do Senado, na tarde de quarta-feira (6/8), quando a oposição ainda buscava as assinaturas. Na ocasião, o presidente da Casa afirmou que a prerrogativa de pautar o impeachment de ministros era exclusiva dele. Numa fala direcionada ao senador Eduardo Girão (Novo-CE), foi incisivo ao negar que pautaria o requerimento. As informações são do Metrópoles.
Segundo apurou o Metrópoles, o presidente disse que “não se trata de uma questão numérica”, e, sim, de uma avaliação jurídica. Depois, fez um gesto à oposição, afirmando que qualquer novo pedido será avaliado com responsabilidade.
Nesta quinta (7), aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciaram que conseguiram 41 assinaturas no requerimento para afastar Moraes do cargo. Alcolumbre não se abalou. Interlocutores da oposição pediram que ele ligasse para o senador Magno Malta (PL-ES), que estava literalmente acorrentado à mesa do plenário. O presidente do Senado se recusou e reafirmou nos bastidores que qualquer um que permanecesse seria retirado pela polícia.
Pacote da paz A oposição no Congresso pressiona pelo andamento de um “pacote da paz” em resposta à decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro, determinada por Moraes. A lista de exigências inclui, além do impeachment de Moraes, o andamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Fim do Foro Privilegiado e da anistia “geral e irrestrita”.
Durante dois dias, aliados de Bolsonaro ocuparam as mesas da Câmara e do Senado para pressionar pela tramitação dos projetos e obstruíram a pauta do Legislativo.
Depois da declaração, Alcolumbre fez uma segunda reunião, desta vez, isoladamente com integrantes da oposição. Na ocasião, o parlamentar reforçou a posição de que não seria pressionado pelos aliados de Bolsonaro. No dia seguinte, a oposição desocupou o plenário.
A Esfera Brasil reunirá ministros de Estado e governadores do Nordeste no seminário Esfera Infra, em Recife (PE), em 9 de agosto, para debater soluções para os gargalos de infraestrutura no país, investimentos que destravem o desenvolvimento do setor e exemplos de sucesso regional. Entre os painelistas já confirmados para o primeiro evento da Esfera no Nordeste estão os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Jader Filho (Cidades), e os governadores Raquel Lyra (Pernambuco), Rafael Fonteles (Piauí) e Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), além do ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius de Carvalho.
Na ocasião, o Instituto Esfera de Estudos e Inovação, a frente acadêmica do think thank Esfera Brasil, divulgará o estudo “Contratos, riscos e flexibilidade: repensando a ponte aérea no Brasil”. A pesquisa integrará o debate para encontrar soluções práticas e impulsionar o setor aéreo no país.
SERVIÇO: Data: 9 de agosto de 2025 Horário: 9h às 13h Local: Recife Expo Center – Cais Santa Rita, 156 – São José, Recife – PE
Também estão confirmados no seminário o prefeito de Recife, João Campos (PSB), o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, o deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos-PE), o presidente de Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, o diretor-presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Armando Bisneto, a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, além do CEO da JBS Terminais, Aristides Russi Junior, e do cientista político e escritor Antonio Lavareda.
A Polícia Federal pediu em julho ao STF (Supremo Tribunal Federal) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sob o argumento de que ele tentava interferir no processo sobre a trama golpista.
Na avaliação dos investigadores, a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto ao governo Donald Trump na busca por sanções contra os ministros do Supremo foi financiada pelo ex-presidente —o principal beneficiado pela ofensiva nos Estados Unidos.
A PGR (Procuradoria-Geral da República), porém, considerou a medida mais dura do que o necessário naquele momento. Como caminho alternativo, o procurador-geral Paulo Gonet sugeriu que fossem aplicadas medidas cautelares contra Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acesso a sedes de embaixadas de países estrangeiros. As informações são da Folha de S. Paulo.
Ministros do STF chegaram a avaliar cenários de uma prisão preventiva do ex-presidente, como mostrou a Folha. A avaliação era que a tentativa de obstrução do processo era razão suficiente para a detenção de Bolsonaro.
A sugestão de Gonet acabou considerada mais adequada para o momento, com o entendimento de que a prisão poderia provocar divergências no tribunal e precipitar um processo de vitimização de Bolsonaro.
A representação da Polícia Federal pedindo a prisão de Bolsonaro está sob sigilo. O seu conteúdo foi revelado pelo Estado de S. Paulo e confirmado pela Folha.
O ministro Alexandre de Moraes decidiu em 18 de julho aplicar medidas cautelares contra Bolsonaro. Ele determinou o uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar das 19h às 7h e aos finais de semana e vetou o acesso a redes sociais e o contato com seu filho Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA.
A determinação foi dada dois dias após Donald Trump anunciar uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros.
A condição imposta pelo presidente americano para reverter o tarifaço era o arquivamento do processo contra Bolsonaro e aliados pela tentativa de golpe de Estado.
As medidas cautelares foram referendadas pela Primeira Turma do STF em 21 de julho. Foram quatro votos a um, vencido o ministro Luiz Fux.
Gonet defendeu ao Supremo que havia evidências de que Bolsonaro atuava em conjunto com Eduardo para “obstruir o curso seguro do processo” sobre a trama golpista.
O procurador via, ainda, a possibilidade de Bolsonaro tentar fugir do país. O receio era fundamentado pelo apoio do governo dos EUA à ofensiva contra o Supremo e pelo histórico do ex-presidente, de ter buscado refúgio na Embaixada da Hungria após ter seu passaporte apreendido.
“A situação descrita revela necessidade urgente e indeclinável, apta para justificar a imposição de novas medidas cautelares que possam assegurar a aplicação da lei penal e evitar a fuga do réu”, disse Gonet na petição.
Na decisão, Moraes afirmou que a soberania nacional não pode ser vilipendiada nem extorquida.
“Um país soberano como o Brasil sempre saberá defender a sua democracia e soberania e o Poder Judiciário não permitirá qualquer tentativa de submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado […] para criar verdadeira impunidade penal e favorecer o réu Jair Messias Bolsonaro”, afirmou Moraes.
Jair Bolsonaro acabou tendo sua prisão domiciliar decretada na segunda-feira (4) após Moraes considerar que o ex-presidente descumpriu, em dois momentos, as medidas cautelares impostas pelo Supremo.
A revelação da representação anterior da Polícia Federal reforça, porém, que a detenção de Bolsonaro já era cogitada antes.
Como a Folha mostrou no dia seguinte à fixação da tornozeleira eletrônica no ex-presidente, a tentativa de obstrução do processo já era vista por ministros do Supremo como razão suficiente para a decretação de uma prisão preventiva.
A medida foi tema de conversas no tribunal nos dias que antecederam a imposição das medidas cautelares, segundo relato de um ministro do STF, sob reserva. A avaliação, no entanto, era que a aplicação de algo alternativo seria mais adequado neste momento.
Essa visão levava em conta a percepção de que uma decretação de prisão antes de uma condenação definitiva poderia provocar divergências no STF e expor um tribunal dividido, num momento em que ministros tentavam construir uma resposta unificada ao que classificam como ataques de Trump.
Além da unidade da corte, buscou-se a calibragem para evitar a vitimização de Bolsonaro. Na avaliação de um ministro, bolsonaristas poderiam insistir no argumento de que o ex-presidente é alvo de perseguição do Judiciário.
Esse magistrado lembra que a instituição da tornozeleira nasceu como alternativa à prisão preventiva, adotada quando cautelares não são suficientes. Descartada uma medida abusiva, a avaliação é a de que o tribunal não poderia ser acusado de leniência diante de indicativos da existência de um plano de fuga.
No primeiro inverno após sua inauguração, o parque alagável do Rio Tejipió, localizado entre os bairros de Areias e Ipsep, tem uma avaliação positiva entre os moradores do seu entorno. O parque, que traz referências de projetos urbanísticos de cidades da China, Estados Unidos e Chile, foi inaugurado em novembro de 2024 com a proposta de minimizar alagamentos e atenuar o histórico problema de drenagem na região.
Em junho do ano passado, durante o seminário “Soluções e Inovações para Comunidades Ribeirinhas do Recife”, promovido pela Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), em parceria com a UFPE e a Secretaria Nacional das Periferias, vinculada ao Ministério das Cidades, a Marco Zero acompanhou técnicos da Fase e representantes da sociedade civil em uma visita às obras do parque alagável.
À época, os especialistas se preocupavam com os cálculos utilizados pelos engenheiros para delimitar em qual nível o rio poderia chegar em caso de enchentes, já que apenas a cota mais alta da maré de 2023 teria sido considerada para o projeto, sem levar em conta um eventual grande volume de chuvas no futuro.
Apesar da desconfiança inicial, até o momento o parque tem cumprido com seu objetivo, mesmo durante o período de chuvas intensas e maré alta, segundo a Autarquia de Urbanização do Recife (URB). A autarquia afirma que “até o momento, não foram registradas ocorrências significativas de alagamentos, apenas situações pontuais de manutenção, como furtos de lixeiras e descarte irregular de resíduos”.
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A obra do parque custou R$ 2,5 milhões para estruturar uma área de 3,9 mil m², com intervenções que envolveram o alargamento da calha do Rio Tejipió, que passou de 7 para 30 metros, a pavimentação da Rua Vitória da Conquista e a instalação de equipamentos públicos de lazer
Mesmo com esse resultado, a arquiteta, urbanista e pesquisadora do Inciti, Ana Raquel Meneses, reforça que fica difícil avaliar o êxito do parque quanto à drenagem, já que se trata só de um pequeno trecho e o volume de águas do rio em eventos extremos é muito grande.
Segundo a especialista, “é importante lembrar que a solução só vai chegar com um conjunto de ações funcionando como um sistema. Como, por exemplo, a remoção de algumas casas naquele trecho. Mas em caso de chuvas muito fortes e também para resolver o problema de inundações em outros trechos do rio, seria preciso implementar outros pontos/ações do projeto”.
Ana Raquel ainda afirma que para uma solução realmente efetiva, seria necessário uma série de ações que podem contribuir para mitigar os alagamentos da região. Nesse rol, ela cita exemplos como: a replicação de ações de liberação das margens ao longo do rio e recuperação da vegetação ciliar nativa, que poderiam dar espaço para o espraiamento das águas do rio e auxiliar na infiltração e retenção das águas pluviais; a implantação de sistemas de drenagem com uso de Soluções Baseadas na Natureza (SBN), como canteiros de chuva e/ou biovaletas associadas a lagoas ou tanques de retenção; ampliar a arborização urbana; ampliar o incentivo à captação, armazenamento e reuso de águas pluviais; despavimentação de áreas próximas, entre outros.
“É muito importante destacar a necessidade de respeitar o espaço de cada um, tanto das pessoas, como dos elementos naturais. Os rios vêm sendo sufocados há muito tempo, mas necessitam de seu espaço de espraiamento”, reitera Ana Raquel. Ela também alerta para a necessidade de olhar para as camadas afetadas por este tipo de obra com cuidado e respeito, sejam pessoas, infraestruturas ou elementos naturais.
Crédito: Arnaldo Sete/Marco Zero
Moradores fazem a manutenção básica
Moradora da rua Vitória da Conquista há 30 anos, a confeiteira Margareth Maranhão vê o parque com bons olhos. Segundo ela, o projeto veio em boa hora e melhorou a qualidade de vida dos moradores, apesar de sentir pelos vizinhos que foram retirados para que a obra pudesse ser realizada. No processo, a Prefeitura do Recife desapropriou 100 imóveis.
Entretanto, pouco mais de seis meses depois da entrega da obra, Margareth afirma que nem tudo é perfeito. “Aqui tá tão bom pra gente, pra todo mundo. A praça foi ótima, o problema é que eles não estão fazendo manutenção”.
A moradora afirma que os funcionários da prefeitura vão ao local para capinar a grama, mas o lixo das lixeiras quem recolhe são os próprios moradores. Pior: são os moradores que realizam a compra das sacolas plásticas para realizar a troca. Além disso, parte desses equipamentos já estão quebrados, inclusive a porta que dá acesso ao minicampo. Ela reforça, que esse minicampo também fica alagado e não possui um sistema de drenagem.
No local, é possível ver rachaduras na pista de caminhada, além de diversos tijolos da calçada fora do lugar. “Disseram que a empresa responsável tinha um contrato de cinco anos. Já vai fazer um ano e só vieram uma vez. Quando vieram eu até falei dos tijolos se soltando, mas justificaram que é por causa da maré que enche. Quando a água sobe o tijolo solta”, afirma.
Em nota, a URB informou que: “a empresa responsável pela construção realizará uma vistoria no parque alagável do Rio Tejipió para verificar o piso do local. Caso sejam identificados vícios construtivos, os reparos necessários serão executados, considerando que a obra possui garantia de cinco anos”. Já a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), afirmou que “ações de limpeza e capinação também são executadas periodicamente”. Uma equipe de limpeza teria ido ao local na última sexta-feira (01).
A Prefeitura de João Alfredo reuniu nesta semana merendeiras da rede municipal e gestores escolares em um encontro para alinhar melhorias no cardápio da merenda, ouvir demandas da equipe e oferecer formação técnica. As nutricionistas Cecília e Juliete conduziram o treinamento, abordando boas práticas de manipulação de alimentos, princípios de alimentação saudável e a importância da merenda no processo educativo, reforçando o compromisso da gestão com a saúde e o bem-estar dos alunos.
Durante o evento, o prefeito Zé Martins entregou kits personalizados a todas as merendeiras — compostos por avental, bolsa, camisa e manual de instruções — como forma de valorizar o trabalho e padronizar os serviços nas escolas. “Nossas merendeiras são parte essencial da educação. Valorizar essas profissionais é reconhecer a importância de cada detalhe na construção de uma escola pública de qualidade”, afirmou o prefeito.
O prefeito Diego Cabral anunciou nesta quinta-feira (7) a publicação do edital de licitação para a reforma e ampliação do Terminal Integrado de Passageiros de Camaragibe, orçado em quase R$ 36 milhões. A concorrência eletrônica está marcada para o dia 26 de agosto, conforme consta no Diário Oficial, e as obras têm previsão de duração de aproximadamente um ano.
Em discurso, Diego Cabral atribuiu a conquista à articulação política do deputado João de Nadegi junto ao Governo de Pernambuco e ao apoio da governadora Raquel Lyra. “Graças à nossa articulação política, temos tido êxito em garantir os investimentos necessários para o desenvolvimento da nossa cidade. A governadora Raquel Lyra tem sido muito sensível às demandas de Camaragibe e uma grande parceira da Terra dos Camarás”, afirmou o prefeito.
A governadora Raquel Lyra ressaltou os avanços previstos para Camaragibe: “Com banheiro climatizado, acessibilidade, quiosque, plataforma nova, é isso que o povo merece. É um investimento forte em mobilidade na Região Metropolitana, é o Governo do Estado agindo para não deixar ninguém para trás”.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Pernambuco (Seduh-PE), o Terminal Integrado de Camaragibe faz parte de um pacote de modernização de três terminais na Região Metropolitana do Recife — os outros dois em Olinda (PE-15) e Paulista (Pelópidas Silveira) — com o objetivo de ampliar a capacidade de atendimento de 60 mil para 80 mil passageiros por dia.