Hoje, a União Brasileira de Escritores – seção Pernambuco (UBE/PE) promove uma cerimônia especial que une celebração literária e memória afetiva. A data marca os 50 anos da publicação de “O Major Façanha”, obra-prima de Maximiano Campos e também os 27 anos do seu falecimento, ocorrido em 1998.
A homenagem também se estende ao romance “A História de Bernarda Soledade, a Tigre do Sertão”, de Raimundo Carrero, lançado no mesmo ano, consolidando um marco para a literatura nordestina.
O Major Façanha: Meio Século de Literatura Vigorosa
Publicado em 1975 pela Editora Arte Nova, O Major Façanha foi, desde o início, saudado por nomes ilustres da literatura brasileira. José Cândido de Carvalho descreveu o romance como “um livro e tanto”, destacando o estilo criativo, vigoroso e profundamente enraizado na tradição narrativa do Nordeste.
O lançamento de O Major Façanha e Bernarda Soledade aconteceu na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com a presença e o entusiasmo de Ariano Suassuna, mestre da cultura brasileira, que enalteceu a importância dos dois autores.
Duas datas marcantes
Além do cinquentenário das obras, o 7 de agosto remete à data da partida de Maximiano Campos, ocorrida em 1998. Uma ocasião que entrelaça a saudade e o tributo a um autor cuja obra permanece viva, inspiradora e necessária.
A cerimônia também homenageia Raimundo Carrero, autor de Bernarda Soledade e companheiro de Maximiano na Geração 65, cuja obra segue vital para a literatura brasileira e latino-americana.
Encerramos esta homenagem com um poema escrito por Maximiano Campos no nascimento de seus filhos, em 1968:
O FILHO
Para Eduardo e Antônio Campos
Que seja assim:
alegre sem desconhecer
a tristeza, capaz
de uma ilusão.
Forte sem apedrejar
derrotas, rebelde,
sem destruir a mansidão.
Servo apenas do ideal e sonho,
e rei de sua vontade.
Amando as pessoas sem
deixar que nenhum medo
o faça desconhecer a liberdade.
26 de julho de 1968
*Advogado, escritor, membro da Academia Pernambucana de Letras, da Academia de Artes e Letras de Pernambuco e da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
A Polícia Federal pediu em julho ao STF (Supremo Tribunal Federal) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sob o argumento de que ele tentava interferir no processo sobre a trama golpista.
Na avaliação dos investigadores, a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto ao governo Donald Trump na busca por sanções contra os ministros do Supremo foi financiada pelo ex-presidente —o principal beneficiado pela ofensiva nos Estados Unidos.
A PGR (Procuradoria-Geral da República), porém, considerou a medida mais dura do que o necessário naquele momento. Como caminho alternativo, o procurador-geral Paulo Gonet sugeriu que fossem aplicadas medidas cautelares contra Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acesso a sedes de embaixadas de países estrangeiros. As informações são da Folha de S. Paulo.
Ministros do STF chegaram a avaliar cenários de uma prisão preventiva do ex-presidente, como mostrou a Folha. A avaliação era que a tentativa de obstrução do processo era razão suficiente para a detenção de Bolsonaro.
A sugestão de Gonet acabou considerada mais adequada para o momento, com o entendimento de que a prisão poderia provocar divergências no tribunal e precipitar um processo de vitimização de Bolsonaro.
A representação da Polícia Federal pedindo a prisão de Bolsonaro está sob sigilo. O seu conteúdo foi revelado pelo Estado de S. Paulo e confirmado pela Folha.
O ministro Alexandre de Moraes decidiu em 18 de julho aplicar medidas cautelares contra Bolsonaro. Ele determinou o uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar das 19h às 7h e aos finais de semana e vetou o acesso a redes sociais e o contato com seu filho Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA.
A determinação foi dada dois dias após Donald Trump anunciar uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros.
A condição imposta pelo presidente americano para reverter o tarifaço era o arquivamento do processo contra Bolsonaro e aliados pela tentativa de golpe de Estado.
As medidas cautelares foram referendadas pela Primeira Turma do STF em 21 de julho. Foram quatro votos a um, vencido o ministro Luiz Fux.
Gonet defendeu ao Supremo que havia evidências de que Bolsonaro atuava em conjunto com Eduardo para “obstruir o curso seguro do processo” sobre a trama golpista.
O procurador via, ainda, a possibilidade de Bolsonaro tentar fugir do país. O receio era fundamentado pelo apoio do governo dos EUA à ofensiva contra o Supremo e pelo histórico do ex-presidente, de ter buscado refúgio na Embaixada da Hungria após ter seu passaporte apreendido.
“A situação descrita revela necessidade urgente e indeclinável, apta para justificar a imposição de novas medidas cautelares que possam assegurar a aplicação da lei penal e evitar a fuga do réu”, disse Gonet na petição.
Na decisão, Moraes afirmou que a soberania nacional não pode ser vilipendiada nem extorquida.
“Um país soberano como o Brasil sempre saberá defender a sua democracia e soberania e o Poder Judiciário não permitirá qualquer tentativa de submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado […] para criar verdadeira impunidade penal e favorecer o réu Jair Messias Bolsonaro”, afirmou Moraes.
Jair Bolsonaro acabou tendo sua prisão domiciliar decretada na segunda-feira (4) após Moraes considerar que o ex-presidente descumpriu, em dois momentos, as medidas cautelares impostas pelo Supremo.
A revelação da representação anterior da Polícia Federal reforça, porém, que a detenção de Bolsonaro já era cogitada antes.
Como a Folha mostrou no dia seguinte à fixação da tornozeleira eletrônica no ex-presidente, a tentativa de obstrução do processo já era vista por ministros do Supremo como razão suficiente para a decretação de uma prisão preventiva.
A medida foi tema de conversas no tribunal nos dias que antecederam a imposição das medidas cautelares, segundo relato de um ministro do STF, sob reserva. A avaliação, no entanto, era que a aplicação de algo alternativo seria mais adequado neste momento.
Essa visão levava em conta a percepção de que uma decretação de prisão antes de uma condenação definitiva poderia provocar divergências no STF e expor um tribunal dividido, num momento em que ministros tentavam construir uma resposta unificada ao que classificam como ataques de Trump.
Além da unidade da corte, buscou-se a calibragem para evitar a vitimização de Bolsonaro. Na avaliação de um ministro, bolsonaristas poderiam insistir no argumento de que o ex-presidente é alvo de perseguição do Judiciário.
Esse magistrado lembra que a instituição da tornozeleira nasceu como alternativa à prisão preventiva, adotada quando cautelares não são suficientes. Descartada uma medida abusiva, a avaliação é a de que o tribunal não poderia ser acusado de leniência diante de indicativos da existência de um plano de fuga.
No primeiro inverno após sua inauguração, o parque alagável do Rio Tejipió, localizado entre os bairros de Areias e Ipsep, tem uma avaliação positiva entre os moradores do seu entorno. O parque, que traz referências de projetos urbanísticos de cidades da China, Estados Unidos e Chile, foi inaugurado em novembro de 2024 com a proposta de minimizar alagamentos e atenuar o histórico problema de drenagem na região.
Em junho do ano passado, durante o seminário “Soluções e Inovações para Comunidades Ribeirinhas do Recife”, promovido pela Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), em parceria com a UFPE e a Secretaria Nacional das Periferias, vinculada ao Ministério das Cidades, a Marco Zero acompanhou técnicos da Fase e representantes da sociedade civil em uma visita às obras do parque alagável.
À época, os especialistas se preocupavam com os cálculos utilizados pelos engenheiros para delimitar em qual nível o rio poderia chegar em caso de enchentes, já que apenas a cota mais alta da maré de 2023 teria sido considerada para o projeto, sem levar em conta um eventual grande volume de chuvas no futuro.
Apesar da desconfiança inicial, até o momento o parque tem cumprido com seu objetivo, mesmo durante o período de chuvas intensas e maré alta, segundo a Autarquia de Urbanização do Recife (URB). A autarquia afirma que “até o momento, não foram registradas ocorrências significativas de alagamentos, apenas situações pontuais de manutenção, como furtos de lixeiras e descarte irregular de resíduos”.
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A obra do parque custou R$ 2,5 milhões para estruturar uma área de 3,9 mil m², com intervenções que envolveram o alargamento da calha do Rio Tejipió, que passou de 7 para 30 metros, a pavimentação da Rua Vitória da Conquista e a instalação de equipamentos públicos de lazer
Mesmo com esse resultado, a arquiteta, urbanista e pesquisadora do Inciti, Ana Raquel Meneses, reforça que fica difícil avaliar o êxito do parque quanto à drenagem, já que se trata só de um pequeno trecho e o volume de águas do rio em eventos extremos é muito grande.
Segundo a especialista, “é importante lembrar que a solução só vai chegar com um conjunto de ações funcionando como um sistema. Como, por exemplo, a remoção de algumas casas naquele trecho. Mas em caso de chuvas muito fortes e também para resolver o problema de inundações em outros trechos do rio, seria preciso implementar outros pontos/ações do projeto”.
Ana Raquel ainda afirma que para uma solução realmente efetiva, seria necessário uma série de ações que podem contribuir para mitigar os alagamentos da região. Nesse rol, ela cita exemplos como: a replicação de ações de liberação das margens ao longo do rio e recuperação da vegetação ciliar nativa, que poderiam dar espaço para o espraiamento das águas do rio e auxiliar na infiltração e retenção das águas pluviais; a implantação de sistemas de drenagem com uso de Soluções Baseadas na Natureza (SBN), como canteiros de chuva e/ou biovaletas associadas a lagoas ou tanques de retenção; ampliar a arborização urbana; ampliar o incentivo à captação, armazenamento e reuso de águas pluviais; despavimentação de áreas próximas, entre outros.
“É muito importante destacar a necessidade de respeitar o espaço de cada um, tanto das pessoas, como dos elementos naturais. Os rios vêm sendo sufocados há muito tempo, mas necessitam de seu espaço de espraiamento”, reitera Ana Raquel. Ela também alerta para a necessidade de olhar para as camadas afetadas por este tipo de obra com cuidado e respeito, sejam pessoas, infraestruturas ou elementos naturais.
Crédito: Arnaldo Sete/Marco Zero
Moradores fazem a manutenção básica
Moradora da rua Vitória da Conquista há 30 anos, a confeiteira Margareth Maranhão vê o parque com bons olhos. Segundo ela, o projeto veio em boa hora e melhorou a qualidade de vida dos moradores, apesar de sentir pelos vizinhos que foram retirados para que a obra pudesse ser realizada. No processo, a Prefeitura do Recife desapropriou 100 imóveis.
Entretanto, pouco mais de seis meses depois da entrega da obra, Margareth afirma que nem tudo é perfeito. “Aqui tá tão bom pra gente, pra todo mundo. A praça foi ótima, o problema é que eles não estão fazendo manutenção”.
A moradora afirma que os funcionários da prefeitura vão ao local para capinar a grama, mas o lixo das lixeiras quem recolhe são os próprios moradores. Pior: são os moradores que realizam a compra das sacolas plásticas para realizar a troca. Além disso, parte desses equipamentos já estão quebrados, inclusive a porta que dá acesso ao minicampo. Ela reforça, que esse minicampo também fica alagado e não possui um sistema de drenagem.
No local, é possível ver rachaduras na pista de caminhada, além de diversos tijolos da calçada fora do lugar. “Disseram que a empresa responsável tinha um contrato de cinco anos. Já vai fazer um ano e só vieram uma vez. Quando vieram eu até falei dos tijolos se soltando, mas justificaram que é por causa da maré que enche. Quando a água sobe o tijolo solta”, afirma.
Em nota, a URB informou que: “a empresa responsável pela construção realizará uma vistoria no parque alagável do Rio Tejipió para verificar o piso do local. Caso sejam identificados vícios construtivos, os reparos necessários serão executados, considerando que a obra possui garantia de cinco anos”. Já a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), afirmou que “ações de limpeza e capinação também são executadas periodicamente”. Uma equipe de limpeza teria ido ao local na última sexta-feira (01).
O prefeito Diego Cabral anunciou nesta quinta-feira (7) a publicação do edital de licitação para a reforma e ampliação do Terminal Integrado de Passageiros de Camaragibe, orçado em quase R$ 36 milhões. A concorrência eletrônica está marcada para o dia 26 de agosto, conforme consta no Diário Oficial, e as obras têm previsão de duração de aproximadamente um ano.
Em discurso, Diego Cabral atribuiu a conquista à articulação política do deputado João de Nadegi junto ao Governo de Pernambuco e ao apoio da governadora Raquel Lyra. “Graças à nossa articulação política, temos tido êxito em garantir os investimentos necessários para o desenvolvimento da nossa cidade. A governadora Raquel Lyra tem sido muito sensível às demandas de Camaragibe e uma grande parceira da Terra dos Camarás”, afirmou o prefeito.
A governadora Raquel Lyra ressaltou os avanços previstos para Camaragibe: “Com banheiro climatizado, acessibilidade, quiosque, plataforma nova, é isso que o povo merece. É um investimento forte em mobilidade na Região Metropolitana, é o Governo do Estado agindo para não deixar ninguém para trás”.
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Pernambuco (Seduh-PE), o Terminal Integrado de Camaragibe faz parte de um pacote de modernização de três terminais na Região Metropolitana do Recife — os outros dois em Olinda (PE-15) e Paulista (Pelópidas Silveira) — com o objetivo de ampliar a capacidade de atendimento de 60 mil para 80 mil passageiros por dia.
Dando continuidade à maratona de lançamentos do meu livro “Os Leões do Norte”, esta noite estarei em Arcoverde, cidade que me acolheu como cidadão honorário, onde tenho uma choupana com minha Nayla. A noite de autógrafos, iniciativa do presidente da Câmara, Luciano Pacheco (MDB), está marcada para às 19 horas, no plenário da Casa.
Todos os vereadores estão também envolvidos no evento, como Célia Galindo (Podemos), líder do Governo Zeca Cavalcante. Também meus amigos Rodrigo Roa e Luiza Margarida. Também na mobilização os amigos da Itapuama FM, à frente o diretor João Ferreira, emissora que retransmite o Frente a Frente no município, com repercussão em todo Sertão do Moxotó.
Há pouco, falei sobre a obra no programa “De primeira categoria”, da minha amiga Zalxijoane Ferreira, na Itapuama FM 92,7, de Arcoverde. No vídeo abaixo, confira a minha participação.
Líderes da oposição escantearam o presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB) na quarta-feira (6), no dia mais tenso do Congresso em anos, e procuraram o ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) para costurar um acordo que fizesse os parlamentares bolsonaristas desocuparem o plenário.
Nos relatos obtidos pelo blog (da Andréia Sadi), pelo menos cinco líderes de partidos se reuniram na sala do ex-presidente da Câmara para fechar um acordo que permitisse a retomada dos trabalhos.
Desde terça-feira (5), parlamentares bolsonaristas ocupavam a Mesa Diretora da Câmara em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Eles exigiam que Motta pautasse o projeto de lei de anistia para os réus dos atos golpistas de 8 de janeiro e mudança no foro privilegiado para autoridades.
O que prevê o acordo que levou ao fim da ocupação da Câmara por bolsonaristas
Segundo participantes da reunião, o acordo inclui
Votação da chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Prerrogativas, para definir que ações penais contra parlamentares só possam ser abertas com aval do Congresso, e que a prisão em flagrante de parlamentar só possa ocorrer em casos de crimes inafiançáveis listados na Constituição. A expectativa é que ela seja pautada na próxima semana.
Que medidas judiciais contra parlamentares só possam ser cumpridas dentro do Congresso com o aval do legislativo.
E mudança no foro privilegiado, para que processos que hoje são de competência do STF passem a ser de competência de instâncias inferiores da Justiça. Entre bolsonaristas, há esperança de que isso tire a ação penal da tentativa de golpe de Estado, da qual Bolsonaro é réu, das mãos de Alexandre de Moraes.
A anistia aos envolvidos no 8 de janeiro, segundo relatos colhidos, não seria pautada agora, mas a pressão vai continuar.
‘Café de Motta é frio e o de Lira sempre foi quente’, diz bolsonarista
Um líder bolsonarista disse ao blog que o grupo decidiu recorrer ao ex-presidente da Câmara para costurar o acordo que encerrou a ocupação porque o “café de Motta é frio e o de Lira sempre foi quente”.
Resta saber agora se Motta, avaliam, vai cumprir o que foi acertado.
Em entrevista nesta quinta (7), Motta negou ter negociado a votação de projetos com parlamentares da oposição em troca da desocupação do plenário da Casa.
“A presidência da Câmara é inegociável. Quero que isso fique bem claro” afirmou o presidente da Câmara. “O presidente da Câmara não negocia as suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com absolutamente ninguém”.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) afirmou que é legítimo o lançamento de candidaturas do PSOL em Pernambuco, mesmo diante da possível polarização entre a governadora Raquel Lyra (PSD) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que devem disputar o Governo do Estado em 2026 com amplo apoio político e institucional.
“É natural que o PSOL coloque nomes em debate. Todos os partidos fazem isso. Agora, o projeto do prefeito João Campos não é um projeto do qual o PSOL faça parte. Não compomos o governo dele”, afirmou Boulos, referindo-se à pré-candidatura já anunciada do ex-vereador do Recife Ivan Moraes (PSOL) ao Executivo estadual.
Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, nesta quinta-feira (7), o parlamentar também comentou que, apesar de Campos e Raquel manterem alianças com o presidente Lula (PT), é possível que o petista tenha mais de um palanque no estado.
“Imagino que o presidente Lula vá ter dois candidatos ao governo defendendo a sua reeleição. João Campos apoia e defende Lula, assim como imagino que a Raquel também vá apoiar. Isso faz parte da política”, avaliou.
Boulos citou o caso da eleição municipal de São Paulo em 2024, onde é pré-candidato com apoio do presidente Lula. Já o PSB, partido de João Campos, lançou a deputada federal Tabata Amaral.
“Faz parte do jogo. Respeitei em todos os momentos”, disse.
Relação com Dani
Ao ser questionado sobre a relação com a deputada estadual Dani Portela, que disputou as eleições majoritárias de 2022 e 2024 pelo PSOL, Boulos minimizou a proximidade.
“Não tenho tido relação, conversado com a Dani ultimamente. Sei da aproximação que ela tem tido —ela e o grupo dela — com setores do PT, mas não cheguei a conversar com ela”, afirmou.
Segundo ele, a parlamentar não integra seu núcleo interno no partido. “É como no PT: o PSOL também tem tendências. Quem olha de fora imagina que é todo mundo igual, mas de perto ninguém é normal, né?”
Dani Portela, que vem se afastando das diretrizes nacionais do PSOL, deve deixar o partido na próxima janela partidária, acompanhando a migração de seu grupo político para o PT.
Quem emitiu esses conceitos depreciativos, nas redes sociais, foi Jason Miller. Ele postou após Lula dizer que telefonema para Trump seria humilhação. Miller é estrategista politico (marqueteiro) de Trump e foi conselheiro sênior da campanha de reeleição de Trump em 2020. Ou seja, fala o que o presidente americano pensa. Ou vice versa.
Banana amassada
Em frase provocativa o marqueteiro diz que o cérebro de Lula é “banana amassada”, em tradução livre. Ou seja, duvida que Lula esteja com o juízo perfeito. Compara com a situação de Joe Biden, que renunciou à campanha de reeleição, ano passado, porque nem sempre conseguia expressar ideias que faziam sentido.
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), recuou nesta quinta-feira e negou que a oposição tenha feito um acordo com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para encerrar a obstrução nas votações. Sóstenes também pediu desculpas a Motta pela forma como conduziu a crise.
— Num dia como ontem, não há vencedores ou vencidos. O presidente Hugo não foi chantageado por nós e não assumiu compromisso com nenhuma pauta. Os líderes dos partidos que assumiram foram PSD, União Brasil e Progressistas — afirmou. As informações são do jornal O Globo.
Na sequência, Sóstenes fez um pedido de desculpas direto a Motta e disse que os deputados estavam emocionalmente abalados:
— Eu não fui correto e te peço perdão, presidente. Muitos colegas, no auge da emoção… Uma colega da esquerda agrediu o deputado Nikolas, mas, se depender do PL, não faremos representação. Estávamos emocionalmente desestruturados. Esta Casa precisa de recondução. Peço desculpas a todos, se fui indelicado.
Ontem, Sóstenes afirmou que havia um acordo para pautar a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro e pelo fim do foro privilegiado.
— Presidente Hugo Motta pediu aos líderes aqui representados, construímos compromisso que a na próxima semana abriremos trabalhos nessa casa pautando mudança do foro privilegiado para tirar a chantagem que muitos deputados e senadores vem sofrendo por parte de alguns ministros do STF
Após encontro com o ex-presidente Arthur Lira, deputados do PL e de partidos do centro se dirigiram ao gabinete de Hugo Motta. O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, também participou da reunião. Depois do encontro, os líderes e o próprio Motta foram ao plenário anunciar a saída dos deputados da Mesa Diretora, que inicialmente resistiram, mas acabaram cedendo.
São infinitos o universo e a estupidez humana. Os associados à estupidez não têm classe econômica e muito menos precisam de formação intelectual. São indivíduos que agem sem refletir, comprometendo a crítica dos fatos e, em muitos casos, se sobrepondo às ideologias. O estúpido é cheio de certezas e o inteligente tem muitas dúvidas, aponta um velho ditado político.
Ser estúpido, em termos de Brasil de hoje, é pertencer a militância petista/alexandrina, que sobrevive como um fenômeno coletivo de cegueira política e até de mau caratismo diante de uma realidade clara de má gestão governamental e postura autoritária de perseguição aos adversários auxiliados por um braço jurídico violador de leis.
Dado o diagnóstico da doença mental, o remédio tem sido amargo para a liderança autoritária que se mantinha até há pouco tempo numa arrogância atrevida, uma burrice, de que nada iria mudar, dando continuidade ao “mal hegemônico”. Mas, como registrou o poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) – expulso do PCB por não submeter sua arte ao comunismo nos anos 1930 –, há hoje uma “pedra no caminho/no caminho há uma pedra”.
A pedra no calçado dos autoritários começa a ferir seus pés, obrigando-os a abandonar suas botas pesadas que esmagaram e ainda esmagam inocentes e adversários do regime ditatorial, renomeado aqui como estado democrático de direito.
Antes fechados num núcleo de poder e mídia, a liderança atual observa com temor a perda de apoio e de aliados diante do medicamento importado que embrulha o intestino e mexe com a cabeça dos grandes tiranos. Uma revanche dos pequenos tiranos brasileiros.
As boas notícias para a população e más novidades para os autoritários chegam em cascata. Uma poderosa rede de televisão começa a preferir a produção de novelas e transmissões esportivas a apoiar politicamente os governistas que agem contra o povo. Jornais e revistas que vinham fazendo ataques à direita, de repente subiram no muro. Agora mordem e assopram. Antes só mordiam a oposição.
Internamente o próprio sistema, o mecanismo, banqueiros de São Paulo ou deep state, quem manda realmente no país, começa a expurgar membros antes importantes. Usadas em determinado tempo, estas tristes figuras deixaram de ser úteis. É o começo do fim de uma era sombria. Os detentores do poder de menor nível, estúpidos úteis ou puxa-sacos, vão ter que engolir a seco as consequências produzidas por suas maldades.
Já os aproveitadores de alto coturno apostam, como tem acontecido na história brasileira, num acordo para aliviar a tensão política, proporcionando só um pouco de mobilidade na estrutura autoritária de poder. Como disse o escritor italiano Giuseppe Tomasi di Lampedusa (1896-1957) na obra “O Leopardo” sobre a nascente República da Itália: “Para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude”, jogou o personagem Tancredi, príncipe de Falconeri, inimigo da república ao ver seu mundo se acabando.
Por isso, os brasileiros têm que estar espertos e não abestalhados pela estupidez da propaganda política travestida de notícias. Sem dúvida é bom achar positivas essas pequenas ações pró-democracia que estão ocorrendo, mas sempre deve levar em conta que, se aconteceram traições anteriores, elas podem se repetir. As boas e as más política são como marés: elas vão e voltam. Fiquem alertas, portanto. É isso.
*Jornalista
Os artigos publicados nesta seção não refletem necessariamente a opinião do blog.
Após forte mobilização política e debates na Câmara de Vereadores, tendo à frente a vereadora Célia Galindo, o Conselho Deliberativo da AESA decidiu, em reunião realizada na última terça-feira, manter as bolsas de estudo com 50% de desconto para alunos dos cursos integrais de História, Geografia, Letras e Educação Física até a conclusão dos cursos.
A proposta inicial da presidência da autarquia previa o corte das bolsas no último período, o que gerou reação por parte de parlamentares que atuaram em defesa dos estudantes, principalmente da vereadora Célia que destacou a importância do benefício garantido por lei desde 2017, atendendo a um pedido seu, na época.
Participaram da reunião o procurador adjunto da Prefeitura, Dr. Pedro Melchior, representando o Poder Executivo; coordenadores, professores, a direção da AESA, representada pelo presidente professor Franklin Freire; e Célia Galindo, representando o Poder Legislativo.
Célia também aproveitou para destacar a importância da participação do Legislativo nas decisões do Conselho, mesmo que, segundo ela, “às vezes seja esquecido”.
Foi deliberado que o artigo que limitava as bolsas ao sétimo período será revogado pelo prefeito, seguindo a orientação do Conselho e atendendo a pedido da vereadora Célia. Além disso, o programa PROUPE seguirá em vigor sem alterações, garantindo continuidade e segurança aos estudantes.
“Sempre defendemos a validade e o cumprimento dessa lei por acreditar que é justa, ajuda na manutenção desses cursos e oferece oportunidades aos estudantes mais carentes de ter um curso superior. As mudanças antes anunciadas nos surpreenderam, mas, graças a Deus e à compreensão do prefeito, está tudo mantido até o final do curso, beneficiando centenas de alunos. É uma luta nossa, iniciada em 2017 e que vamos seguir com ela em prol dos estudantes, da AESA e da Educação”, declarou Célia Galindo.
Uma nova fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) constatou que os problemas no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) de Peixinhos, em Olinda, persistem, colocando em risco profissionais de saúde e pacientes. A visita, realizada hoje, foi motivada por denúncias de um novo desabamento parcial do teto na sala de medicação e observação, o segundo incidente em pouco mais de um mês.
Ainda em junho, o Departamento de Fiscalização do Coren-PE vistoriou a unidade em duas ocasiões e identificou diversas irregularidades, como estrutura precária, medicamentos vencidos e déficit de pessoal. Na inspeção mais recente, o cenário pouco mudou: infiltrações e mofo permanecem, a sala de medicação segue interditada e os pacientes estão sendo atendidos em cadeiras no corredor. O déficit de profissionais de enfermagem, entre técnicos e enfermeiros, chega a 24 trabalhadores.
“Identificamos que, entre a primeira fiscalização e esta última, não houve adequação no número de profissionais necessários para garantir uma assistência segura à população. Quanto à estrutura física, observamos improvisações, o que mantém a exposição da população aos riscos decorrentes das más condições do prédio”, alerta a Dra. Ivana Andrade, chefe do Departamento de Fiscalização do Coren-PE.
Um dos pontos mais preocupantes destacados pela equipe de fiscalização foram as “gambiarras” encontradas no telhado, que está coberto apenas com lonas plásticas, sem garantir a segurança estrutural e sem impedir as constantes infiltrações. Segundo a direção do SPA, obras de reparo estão previstas para serem iniciadas até o fim de agosto. “Vamos acompanhar o prazo estipulado pela unidade para solução do déficit de pessoal e das questões estruturais. Caso não haja regularização até o final de agosto, o Coren-PE encaminhará relatório ao Ministério Público e à Procuradoria Jurídica do Conselho, com o objetivo de instaurar uma possível ação civil pública”, conclui a Dra. Ivana Andrade.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou, hoje, que tenha negociado a votação de projetos com parlamentares da oposição em troca da desocupação do plenário da Casa. As informações são do portal G1.
Nesta quarta-feira (6), aliados de Jair Bolsonaro deixaram a Mesa da Câmara após quase dois dias de protestos contra a prisão domiciliar do ex-presidente – determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
O funcionamento da Câmara foi travado como parte de um movimento da oposição para pressionar pela discussão da pauta prioritária do bloco, que contempla anistia aos condenados pelo 8 de janeiro e o fim do foro privilegiado.
Para impedir os trabalhos na Casa, deputados ocuparam o plenário principal da Câmara – situação que só desmobilizada no início da noite de quarta, em meio a um empurra-empurra e a uma tentativa hesitante de Motta de demonstrar força.
Parlamentares da oposição deixaram a sessão da noite de quarta afirmando que Motta havia se comprometido a dar seguimento aos pleitos do grupo. Nesta quinta, o presidente da Casa negou a articulação.
“A presidência da Câmara é inegociável. Quero que isso fique bem claro. As matérias que estão saindo sobre a negociação feita por esta presidência para que os trabalhos fossem retomados não está vinculada a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia as suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com absolutamente ninguém”, declarou Hugo Motta à imprensa.